COLETÃNEA BITEC2008-2010 - CNI
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244 COLETÂNEA BITEC 2008-2010Rodrigues Guimarães Wollmann, para que tal reestruturação fosse feita, sob orientação de seu professororientador do projeto, Dewey Wollmann, também da PUC-PR.17.2 MetodologiaAntes do início do projeto, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o assunto aplicado no setor depanificação (ABIP, 2009; CAMPOS, 2004; SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2002).Após a revisão, houve sensibilização dos proprietários para explicar como seria o andamentodo projeto e, com isso, surgiu a ideia de fazer uma pesquisa em outras panificadoras (benchmarking)para ver como funcionava o setor produtivo e ver se algum método ou ideia poderia ser relevantepara nosso projeto.Por meio do acompanhamento dos processos produtivos, durante todos os turnos de operação(manhã, tarde, noite e madrugada), foi verificado onde estava o problema e, a partir daí, foi criado umplano de ação. Vale ressaltar que durante o acompanhamento dos processos, não houve interferênciado aluno em nenhum momento para que as etapas seguintes, de produção, não fossem afetadas (teoriadas restrições) e, por consequência, seu tempo de produção (lead time de produção) não sofressenenhum atraso.Após o plano de ação traçado, tornou-se necessária a utilização de algumas ferramentas de gestãoda qualidade (5S e divisão de tarefas) para subsidiar o novo setor produtivo e, com isso, surgiu o impassede os funcionários adaptarem-se às novas mudanças e saberem como operar em relação a isso. Sendoassim, foi feito um treinamento com os colaboradores da empresa em horários alternados e, novamente,sem parar a produção. Isso retrata a essência da produtividade sistêmica, englobando tudo que está emvolta do setor produtivo. Não adiantaria só alterar a produção, foi necessário, também, mudanças comos funcionários e na forma de gestão.Com todos os funcionários capacitados e os proprietários cientes das mudanças, o projeto poderia,então, entrar em prática, sempre acompanhado pelo ciclo PDCA (anexo A, figura A5), planejando, colocandoo planejamento em prática, checando os resultados e agindo sobre as causas.17.3 Plano de trabalhoFazendo uma média das vendas por departamento entre as panificadoras de alguns estados brasileiros,pode-se constatar que o setor de produção é o que mais vende, com aproximadamente 48,1% do totalda receita da panificadora. (anexo A, tabela A1 e gráfico A1) (ABIP, 2008).A partir desse dado, foi constatado que o setor de produção da panificadora é onde se deve darmais ênfase pelo alto percentual de vendas que se tem em relação aos outros setores. Sendo assim, areestruturação teria de ser algo que trouxesse grandes resultados para que, por consequência, o faturamentoaumentasse.17.4 Análise dos processosAs primeiras ferramentas utilizadas para análise dos processos foram o brainstorming, o fluxograma e odiagrama de causa e efeito (anexo A, figura A2). Para o brainstorming, um grupo de pessoas foi reunidoe, nessa reunião, foram ditos os problemas que afetavam a produção, o fluxograma serviu para ver o an-
8ª EDIÇÃO 245damento dos processos e a inter-relação entre eles e o diagrama de causa e efeito de Ishikawa, tambémconhecido como espinha de peixe, para ver a causa raiz de um problema principal, nesse caso, a “baixaprodutividade”.A partir disso, pôde-se ter uma conversa com os mesmos envolvidos no brainstorming para quesurgissem ideias, a fim de estabelecer um plano de ação, o qual foi analisado criteriosamente em ummomento posterior à reunião com os proprietários da panificadora.Ao fazer o fluxograma do processo do pão (anexo A, figura A1), foi observado que não existe umapadronização no modo de fazer e da quantidade de ingredientes utilizada em cada produto. Muitasmatérias-primas eram adicionadas ao produto sem qualquer tipo de medição, pesagem. Tendo em vistaque o fluxograma é uma ferramenta utilizada para garantir a qualidade (que é algo muito esperado pelocliente) e aumentar a produtividade (essencial para a panificadora), pode-se fazer uma relação entrequalidade e produtividade. Com o cliente satisfeito pela qualidade adquirida nos produtos, a produtividadeirá aumentar, visto que o cliente irá voltar e indicar a panificadora a amigos, parentes, e outraspessoas que compõe seu ciclo social. Para que se tenha um aumento de produtividade, é necessário umsistema padronizado com suas devidas medições.Gerenciar é estabelecer novos padrões, modificar os padrões existentes ou cumpri-los. A padronizaçãoé o cerne do gerenciamento (CAMPOS, 2004, p. 26). Sendo assim, é necessário instituir um sistemade medição nos processos para que se tornem padronizados e possam ser gerenciados de forma correta.Para fazer as medições de maneira correta, a ideia foi instituir um “laboratório de pré-pesagem –setor de fracionamento” dentro da panificadora. O laboratório tem como função deixar os ingredientesdevidamente pesados para que possam ser enviados à confeitaria e à padaria. Com os ingredientes pesadosde maneira correta e o modo de preparo padrão para todos os operadores, os processos tornam-sepadronizados e, então, possíveis de ser gerenciados.Para criar o laboratório de pré-pesagem na panificadora, foram necessárias algumas mudançasno layout.17.5 Arranjo físico (layout)Dentro da Panificadora Bela Vista, existem três tipos de arranjo físico. Arranjo físico por processos, porprodutos e celular.O arranjo físico por processo é assim chamado porque as necessidades e as conveniências dosrecursos transformadores que constituem o processo na operação dominam a decisão sobre o arranjofísico. No arranjo por processo, processos similares (ou com necessidades similares) são localizadosjuntos um do outro. A razão pode ser que seja conveniente para a operação mantê-lo juntos, ou dessaforma a utilização dos recursos transformadores seja beneficiada. Isso significa que, quando produtos,informações ou clientes fluírem pela operação, eles percorrerão um roteiro de processo a processo, deacordo com suas necessidades (SLACK, 2002, p. 203).O arranjo físico por produto envolve localizar os recursos produtivos transformadores inteiramentesegundo a melhor conveniência do recurso que está sendo transformado. Cada produto, elemento deinformação ou cliente seguem um roteiro predefinido no qual a sequência de atividades requerida coincidecom a sequência dos processos arranjados fisicamente (SLACK, 2002, p. 207).
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