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COLETÂNEA BITEC2008-2010 - CNI

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184 COLETÂNEA BITEC 2008-<strong>2010</strong>introduzindo novos sistemas. Entretanto existem poucos estudos sobre os impactos socioeconômicoscausados pela dengue, uma vez que se trata de uma doença negligenciada. As principais dificuldadesdesses estudos estão na coleta de dados. Os impactos econômicos envolvem diversos fatores, comocustos com o tratamento dos doentes, perdas de produtividade atribuídas a doença e a morte e custosenvolvidos no combate ao vetor. Valores como dor e sofrimento causados à população não são incluídospor serem custos intangíveis.Mecanismos de controle e vigilância são necessários para prevenir o surto de epidemias, preservandoa saúde da população. Para isso, é necessário o aumento do monitoramento de doenças, medidaque otimizaria intervenções de órgãos de saúde pública. A detecção precoce da presença da dengueajudaria a diminuir o número de doentes e os impactos negativos da doença.Estudos recentes sobre o impacto econômico da dengue no mundo apontam que apenas os custoscom o tratamento dos doentes – excluindo vigilância do vírus e controle do vetor – podem chegara US$ 1,8 bilhão (SUAYA et Al., 2009), sendo assim a dengue responsável por impacto substancial tantopara o setor da saúde quanto para a economia de maneira geral. O alto impacto da dengue deve-setanto aos custos relativos ao tratamento dos doentes, que em caso de haver necessidade de internaçãocrescem consideravelmente, como pelo tempo que os trabalhadores afastam-se do trabalho em decorrênciada doença.A dengue apresenta alto custo para o já sobrecarregado sistema de saúde brasileiro. Segundo oDepartamento de Informática do SUS (DATASUS), um paciente com dengue custa aproximadamenteR$ 250,00 para o Sistema Único de Saúde (SUS) e caso necessite de internação esse valor sobe para R$3.500,00. Uma vez que o orçamento para a doença tem limites e o sistema carece de soluções baratas erealmente eficazes para seu controle.No ano de 2009, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) registrou, atéa semana epidemiológica 20, 332.083 casos de dengue no país. Foram confirmados 874 casos de FHD,com 77 óbitos, e letalidade de 8,8%. Também foram confirmados 1.386 casos de dengue com complicação(DCC) com 46 óbitos e taxa de letalidade de 3,3%. A taxa de letalidade do total de casos graves(FHD+DCC) é de 5,4%. A análise do monitoramento da circulação viral feita pela SVS/MS demonstra oisolamento dos sorotipos DENV-1, DENV-2 e DENV-3, com o predomínio para o sorotipo DENV-2 (54%).Até o presente momento não foi isolado o DENV-4, assim como não há evidência epidemiológica de suacirculação no Brasil.12.1.1 Dengue virusO agente etiológico da febre do dengue (FD), o Dengue virus (DENV), pertence à ordem Nidovirales eà família Flaviviridae (do latim, flavus = amarelo). O nome Flaviviridae foi estabelecido por Westaway ecolaboradores (1985). Essa família caracteriza-se por vírus encapsulados de RNA, que incluem diversosvírus transmitidos por artrópodes (arboviroses) como o vírus da febre amarela (YFV), o vírus da encefalitejaponesa (JEV) e o vírus do oeste do Nilo (WNV).Em análise molecular, a partícula do DENV apresenta forma esférica e com nucleocapsídeo desimetria icosaédrico, com diâmetro de 40 a 50 nm, contendo três proteínas estruturais: a proteínado nucleocapsídeo C, a proteína M e a proteína glicosilada do envelope E (revisado por MELINO;

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