COLETÂNEA BITEC2008-2010 - CNI

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170 COLETÂNEA BITEC 2008-2010As vantagens de uma comunicação interna bem estruturada atingem todas as esferas da empresa,desde a operacional, à medida que o funcionário está muito mais predisposto a colaborar efetivamentecom a organização, até o administrativo, que além de se incluir nos resultados de predisposição podemvislumbrar qualitativa e quantitativamente as melhorias.Tendo em vista os benefícios da comunicação interna em uma organização, este trabalho objetivaapresentar, por meio de um estudo de caso, como se deu o processo de implantação de um núcleo decomunicação e um o plano de comunicação interna na empresa Montisol – Construção e ManutençãoLtda., atuante na área de fabricação, manutenção mecânica e montagem industrial.A metodologia deste trabalho está dividida em duas etapas: a primeira apresenta referencial teóricoe a segunda compreende o estudo de caso propriamente dito.Cumprindo essa metodologia, este trabalho está dividido em quatro partes. A primeira, esta, éconstituída pelo problema investigado, delimitação do assunto, objetivos propostos, relevância do tema,metodologia adotada e estruturação do trabalho. A segunda trata da complexidade das organizaçõescontemporâneas e da necessidade da comunicação nas organizações. Na terceira parte, encontra-seo panorama da empresa Montisol – Construção e manutenção Ltda., constatando a necessidade deum plano de implantação de um núcleo de comunicação, a elaboração de um plano de comunicaçãointerna, considerações sobre o processo de implementação do projeto de comunicação envolvendo osdois planos e recomendações, bem como, os resultados alcançados pela organização por meio de umacomunicação estratégica. Finalizando, a quarta parte traz breve conclusão deste trabalho.11.2 Complexidade das organizações contemporâneasNa sociedade atual, praticamente todo o processo produtivo é realizado por meio de organizações.O homem contemporâneo passa a maior parte do seu tempo em organizações e delas depende paranascer, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, adquirir produtos e serviços. Isso é possível graças aotrabalho coletivo.Maximiano (1992) define organização como sendo “uma combinação de esforços individuais quetem por finalidade realizar propósitos coletivos.” Ou seja, a partir de uma organização passa a ser viávelperseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis individualmente.Pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e outros constituem uma organização.Ela, portanto, é o resultado da combinação de todos esses elementos orientados a um objetivocomum. Uma organização, portanto, é formada por relacionamentos interpessoais e, por isso, possuemgrande complexidade.Imersas em um ambiente cada vez mais competitivo e em plena era da informação, o grande desafiodas organizações, desse momento, é fazer que elas se adaptarem rapidamente às mudanças de ummercado cada vez mais complexo e dinâmico. Mas para que isso aconteça, é necessário aquilo que EdgarMorin (2003) diz sobre ser igualmente impossível conhecer o todo sem conhecer as partes e conheceras partes sem conhecer o todo. Dessa premissa, coloca-se que as organizações devem ter ciência daimportância do seu papel como agente transformador, bem como compreender como o movimento domercado afeta a comunidade, a sua empresa, os seus concorrentes e, consequentemente, o seu trabalho,inter-relacionando-os.

8ª EDIÇÃO 171Toda a organização é formada por bens tangíveis – meios físicos, financeiros, etc. – e intangíveis– pessoas e os conhecimentos que podem agregar ao todo. Portanto, cada empresa tem sua culturaorganizacional e seus recursos estruturais para produção. Em decorrência disso, seus valores (tangíveise intangíveis) devem ser constantemente reavaliados, observando se continuam capazes de atenderdinamicamente as exigências do mercado. Nessas reavaliações, deve-se sempre ter seus objetivos emissão orientada por sua visão e valores, mantendo uma boa imagem pública, uma boa imagem internae reputação empresarial, em outras palavras, coerência.Faz parte do desafio das organizações identificar quais as atividades levam ao sucesso competitivonesse novo mundo, entre elas a comunicação.Segundo Nassar, “A sociedade e o mercado consumidor tornaram-se bastante hostis às ‘empresasanalfabetas’, que não aprendem a escrever, ouvir, falar, se expressar e, principalmente, dialogar no ambienteem que atuam” (1995, p. 12). Usando o neologismo proposto pelo autor, o desafio da comunicaçãoé alfabetizar as organizações. E depois é necessário organizar-se eficaz e efetivamente, definindoassim novos rumos.11.3 Comunicação nas organizações: do instrumental ao estratégicoO homem um ser eminentemente social e, portanto, incapaz de viver isolado, prescinde da comunicaçãopara a própria sobrevivência. Por isso, diz-se que a comunicação manifesta-se na vida dos sereshumanos como parte integrante e indispensável. Ela está presente e a utilizamos desde o nascimentose estendendo aos mais variados fins da vida em sociedade, tais como: trabalhar, receber e expressaremoções, relacionar-se, sobreviver. O homem utiliza-se da comunicação sob diferentes formas, por meioda fala, da escrita e dos gestos. Sua finalidade consiste em satisfazer necessidades de informar e manterseinformado acerca do que acontece no mundo, nos relacionar, persuadir, atingir poder ou manterrelações de poder, tomar decisões e expressar pensamentos e sentimentos entre outros. Tais propósitospodem ser explicitados de maneira consciente ou não.Da mesma forma que as pessoas, as organizações também possuem necessidades e propósitos que sãosatisfeitos e alcançados por meio da comunicação, afinal as organizações são formadas por pessoas que serelacionam entre si e com a instituição, por conseguinte, com outras organizações e com a sociedade.É sobre essa compreensão que Kunsch (2003) afirma que as organizações são interdependentese precisam manter relações de maneira interna com seus funcionários e relações externas com outrasorganizações, evitando a entropia e até mesmo sua falência, uma vez que da sua comunicação dependea alimentação e, até mesmo, sua sobrevivência.Entrou em voga desde a década de 1980, a concepção de comunicação integrada por causa deuma realidade de mercado, tanto por exigência dos clientes/anunciantes, quanto dos consumidores quedemandam cada vez mais informações, visto que a imagem do produto e das empresas é intrincada.Dessa forma, a comunicação integrada parte das noções de interdisciplinaridade, da “atuação conjugadade todos os profissionais da área” (ABERP apud KUNSCH, 1997, p. 107) e da interação das atividades deáreas afins da comunicação.A comunicação integrada implica junção da comunicação institucional, da comunicação mercadológicae da comunicação interna, que formam o composto da comunicação organizacional.

170 COLETÂNEA BITEC 2008-<strong>2010</strong>As vantagens de uma comunicação interna bem estruturada atingem todas as esferas da empresa,desde a operacional, à medida que o funcionário está muito mais predisposto a colaborar efetivamentecom a organização, até o administrativo, que além de se incluir nos resultados de predisposição podemvislumbrar qualitativa e quantitativamente as melhorias.Tendo em vista os benefícios da comunicação interna em uma organização, este trabalho objetivaapresentar, por meio de um estudo de caso, como se deu o processo de implantação de um núcleo decomunicação e um o plano de comunicação interna na empresa Montisol – Construção e ManutençãoLtda., atuante na área de fabricação, manutenção mecânica e montagem industrial.A metodologia deste trabalho está dividida em duas etapas: a primeira apresenta referencial teóricoe a segunda compreende o estudo de caso propriamente dito.Cumprindo essa metodologia, este trabalho está dividido em quatro partes. A primeira, esta, éconstituída pelo problema investigado, delimitação do assunto, objetivos propostos, relevância do tema,metodologia adotada e estruturação do trabalho. A segunda trata da complexidade das organizaçõescontemporâneas e da necessidade da comunicação nas organizações. Na terceira parte, encontra-seo panorama da empresa Montisol – Construção e manutenção Ltda., constatando a necessidade deum plano de implantação de um núcleo de comunicação, a elaboração de um plano de comunicaçãointerna, considerações sobre o processo de implementação do projeto de comunicação envolvendo osdois planos e recomendações, bem como, os resultados alcançados pela organização por meio de umacomunicação estratégica. Finalizando, a quarta parte traz breve conclusão deste trabalho.11.2 Complexidade das organizações contemporâneasNa sociedade atual, praticamente todo o processo produtivo é realizado por meio de organizações.O homem contemporâneo passa a maior parte do seu tempo em organizações e delas depende paranascer, aprender, trabalhar, ganhar seu salário, adquirir produtos e serviços. Isso é possível graças aotrabalho coletivo.Maximiano (1992) define organização como sendo “uma combinação de esforços individuais quetem por finalidade realizar propósitos coletivos.” Ou seja, a partir de uma organização passa a ser viávelperseguir e alcançar objetivos que seriam inatingíveis individualmente.Pessoas, máquinas e outros equipamentos, recursos financeiros e outros constituem uma organização.Ela, portanto, é o resultado da combinação de todos esses elementos orientados a um objetivocomum. Uma organização, portanto, é formada por relacionamentos interpessoais e, por isso, possuemgrande complexidade.Imersas em um ambiente cada vez mais competitivo e em plena era da informação, o grande desafiodas organizações, desse momento, é fazer que elas se adaptarem rapidamente às mudanças de ummercado cada vez mais complexo e dinâmico. Mas para que isso aconteça, é necessário aquilo que EdgarMorin (2003) diz sobre ser igualmente impossível conhecer o todo sem conhecer as partes e conheceras partes sem conhecer o todo. Dessa premissa, coloca-se que as organizações devem ter ciência daimportância do seu papel como agente transformador, bem como compreender como o movimento domercado afeta a comunidade, a sua empresa, os seus concorrentes e, consequentemente, o seu trabalho,inter-relacionando-os.

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