COLETÃNEA BITEC2008-2010 - CNI
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108 COLETÂNEA BITEC 2008-2010viável, utilizando-se folhas, caules, cascas, sementes e raízes; usufruindo-se assim de boa parte do valornutricional proveniente do alimento. Afinal, aproveitar integralmente os alimentos significa mais queeconomia, pois preserva o meio ambiente, faz bem à sociedade, ao corpo e à mente; além da utilizaçãodos recursos disponíveis de forma consciente. O Brasil é rico em variedades de frutas, verduras e legumes,que, se tratadas perfeitamente desde sua produção até o consumo, permanecerão úteis por maistempo e manterão sua qualidade em termos nutricionais. É um direito de todos alimentar-se de maneiraadequada, com prazer e dignidade, em sintonia com sua cultura e preferências.Ressalta-se que o desperdício alimentar ainda é fator preocupante, pois aumenta o acúmulo delixo, trazendo consigo o agravamento da poluição ambiental. Sendo assim, pode-se aproveitar boa partedo que é jogado fora, reduzindo a poluição e o desperdício, reduzindo custos e melhorando o estadonutricional dos indivíduos.Portanto, todos os estabelecimentos envolvidos na produção de alimentos, precisam estar voltadosa uma produção consciente alimentar, pois além de influenciar a formação de hábitos alimentares daclientela; se aproveitarem integralmente os alimentos por meio de novas receitas e preparações, poderãoinfluenciar também os hábitos alimentares fora do estabelecimento, como no ambiente doméstico.7.6 Lixo para uns, tesouro para outrosConforme abordado anteriormente, a quantidade de alimentos que é jogada fora a partir da colheitaaté o momento final da produção é grande. E, quando se observa o que está sendo jogado fora dessesalimentos, é possível perceber que partes aproveitáveis e ricas nutricionalmente passam a compor o lixo.Diversos estudos comprovaram que as cascas, talos e sementes de alimentos são ricos em vitaminas, mineraise fibras. 1 O aproveitamento integral dos alimentos gera diminuição nos gastos com alimentação, além demelhorar a qualidade nutricional do cardápio e reduzir o desperdício (RODRIGUES; SARAIVA, 2007).Dessa forma, ao se pensar em aproveitamento integral de alimentos e os benefícios que podemser gerados, a economia aparece também como fator que exerce influência e que é influenciada. A economiae a nutrição têm caráter mutuamente determinante. O estado nutricional de uma população oude um indivíduo é determinado por fatores econômicos, tais como: renda, preços, subsídios, produçãoagrícola etc. A economia, por sua vez, pode ser afetada pelo estado nutricional, na medida em que seufuncionamento depende, basicamente, da reprodução da força de trabalho que, em última instância, égarantida pelo adequado consumo de alimentos em termos qualitativos pela população. Em outras palavras,a produtividade do trabalho humano, especialmente de processos “trabalho intensivos”, em certamedida é função do estado nutricional dos indivíduos (OLIVEIRA; MARCHINI, 1998).7.7 PadronizaçãoDesde que a humanidade começou a relacionar-se comercialmente entre si, surgiu a preocupação como que se estava vendendo e comprando. Se tudo estava dentro do combinado, como: tamanho, cor,peso, largura, altura, profundidade, capacidade e outras características. Com essas preocupações, originaram-seos sistemas de padrões em relação a todo tipo de produto daquela época (CRUZ, 2002).1 Para aprofundar sobre o tema, consultar entre outros, Cerqueira (2008) e Cintra et al. [s.d.].
8ª EDIÇÃO 109Atualmente, a padronização de processos está presente em todos os segmentos da sociedade edas organizações. Uma dona de casa utiliza um processo na preparação de um pão, um bolo etc. Na produçãode materiais de construção cerâmicos, existe a padronização de processo, seguindo um padrãode tamanho, textura e resistência do produto. Nas indústrias de vestuário, siderurgias, hospitais, hotéis,enfim, em todas as organizações, prestadoras de serviços ou produtora de algum bem, a padronizaçãode processos está presente (VIEIRA, 2003).A padronização, em qualquer segmento, objetiva à melhoraria da qualidade de produtos e serviços embenefício dos clientes. Buscam-se, cada vez mais, melhores resultados na produção e no aperfeiçoamento daqualidade e dos recursos disponíveis nas empresas para maior competitividade no mercado (FISCHER, 2002).Uma organização tem de estabelecer seu sistema de gestão visando a atingir, além da competitividade,a previsibilidade a qual é entendida como a capacidade de oferecer sempre aos clientes produtose/ou serviços com a mesma qualidade, produzidos ao menor custo, entregues no mesmo prazo e com omesmo atendimento (MYRRHA, 2006). Para isso, é preciso padronizar os principais processos das empresasque, na maioria das vezes, não são unificados. A maneira de executá-los só está clara, para quem o faze só está registrada em sua própria cabeça. Além disso, se várias pessoas executam o mesmo trabalho,normalmente cada uma faz de uma forma diferente, o “seu jeito”. Portanto, é fundamental se dispor deum sistema de padronização para assegurar a previsibilidade.A padronização significa deixar documentado como a empresa alcança seus resultados, por meio daexecução de suas atividades. É a preservação da tecnologia, do conhecimento e, até mesmo, da história daempresa. É a documentação do conhecimento, principalmente na forma de procedimentos operacionais, umpasso importante na implantação de um sistema de qualidade e até mesmo na obtenção de certificação. Apadronização exige que se escreva o que se produz, como se produz e para quem se produz. Esses procedimentosinformam aos que executam as atividades de produção, exatamente o que tem de ser feito, ou seja,informa o que se espera que ele faça e como deve fazer. Com a padronização, o resultado esperado é descritode forma a não haver dúvidas, eliminando receios e mal entendidos (NASCIMENTO, 2005).Em serviços de alimentação, a padronização é importante também para criar no cliente a “memóriado paladar”. Quando um consumidor vai a um restaurante e come determinado alimento, ele guardaem sua memória aquele sabor que, se o agradar, fará que ele retorne outras vezes. E é exatamente nesseponto que a padronização é crucial para um serviço de alimentação, pois é comum que em tais locais,principalmente de pequeno porte, não ocorra a padronização do processo produtivo. Os cozinheirospreparam tudo com base na experiência que possuem e não utilizam medidas estabelecidas, fazemuso da “pitada”, “porção” ou “um punhado”. E, quando esse cozinheiro se desliga do estabelecimento, eleleva consigo toda a experiência culinária. O cliente que ficou com aquela “memória do paladar” de determinadoalimento, da próxima vez que voltar, não irá experimentar o mesmo sabor, o que pode gerar,inclusive, grande decepção.Com a padronização, tanto empresa quanto do funcionário e dos clientes são beneficiados. Doponto de vista do cliente, a grande vantagem é a certeza da previsibilidade. A certeza de estar recebendosempre um produto ou serviço com a mesma característica de qualidade. A garantia de que, umavez escolhido e aprovado determinado serviço ou produto, pode-se continuar comprando esse serviçoou produto, pois contará sempre com a mesma qualidade. Se sua expectativa foi atendida da primeira
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108 COLETÂNEA BITEC 2008-<strong>2010</strong>viável, utilizando-se folhas, caules, cascas, sementes e raízes; usufruindo-se assim de boa parte do valornutricional proveniente do alimento. Afinal, aproveitar integralmente os alimentos significa mais queeconomia, pois preserva o meio ambiente, faz bem à sociedade, ao corpo e à mente; além da utilizaçãodos recursos disponíveis de forma consciente. O Brasil é rico em variedades de frutas, verduras e legumes,que, se tratadas perfeitamente desde sua produção até o consumo, permanecerão úteis por maistempo e manterão sua qualidade em termos nutricionais. É um direito de todos alimentar-se de maneiraadequada, com prazer e dignidade, em sintonia com sua cultura e preferências.Ressalta-se que o desperdício alimentar ainda é fator preocupante, pois aumenta o acúmulo delixo, trazendo consigo o agravamento da poluição ambiental. Sendo assim, pode-se aproveitar boa partedo que é jogado fora, reduzindo a poluição e o desperdício, reduzindo custos e melhorando o estadonutricional dos indivíduos.Portanto, todos os estabelecimentos envolvidos na produção de alimentos, precisam estar voltadosa uma produção consciente alimentar, pois além de influenciar a formação de hábitos alimentares daclientela; se aproveitarem integralmente os alimentos por meio de novas receitas e preparações, poderãoinfluenciar também os hábitos alimentares fora do estabelecimento, como no ambiente doméstico.7.6 Lixo para uns, tesouro para outrosConforme abordado anteriormente, a quantidade de alimentos que é jogada fora a partir da colheitaaté o momento final da produção é grande. E, quando se observa o que está sendo jogado fora dessesalimentos, é possível perceber que partes aproveitáveis e ricas nutricionalmente passam a compor o lixo.Diversos estudos comprovaram que as cascas, talos e sementes de alimentos são ricos em vitaminas, mineraise fibras. 1 O aproveitamento integral dos alimentos gera diminuição nos gastos com alimentação, além demelhorar a qualidade nutricional do cardápio e reduzir o desperdício (RODRIGUES; SARAIVA, 2007).Dessa forma, ao se pensar em aproveitamento integral de alimentos e os benefícios que podemser gerados, a economia aparece também como fator que exerce influência e que é influenciada. A economiae a nutrição têm caráter mutuamente determinante. O estado nutricional de uma população oude um indivíduo é determinado por fatores econômicos, tais como: renda, preços, subsídios, produçãoagrícola etc. A economia, por sua vez, pode ser afetada pelo estado nutricional, na medida em que seufuncionamento depende, basicamente, da reprodução da força de trabalho que, em última instância, égarantida pelo adequado consumo de alimentos em termos qualitativos pela população. Em outras palavras,a produtividade do trabalho humano, especialmente de processos “trabalho intensivos”, em certamedida é função do estado nutricional dos indivíduos (OLIVEIRA; MARCHINI, 1998).7.7 PadronizaçãoDesde que a humanidade começou a relacionar-se comercialmente entre si, surgiu a preocupação como que se estava vendendo e comprando. Se tudo estava dentro do combinado, como: tamanho, cor,peso, largura, altura, profundidade, capacidade e outras características. Com essas preocupações, originaram-seos sistemas de padrões em relação a todo tipo de produto daquela época (CRUZ, 2002).1 Para aprofundar sobre o tema, consultar entre outros, Cerqueira (2008) e Cintra et al. [s.d.].