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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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Nacional (UDN), incorporando inclusive setores da antiga direitaVarguista, o Partido Social Democrático (que nada tinha de socialdemocrata).No Chile, ambos partidos conservadores sãoperfeitamente capazes de alcançar quase a metade do eleitorado. NoBrasil, o PP e o PFL somados ocupam bem um terço do eleitorado e,embora em geral não estejam aliados, formam um bastão claramenteconservador, independentemente de sua fraseologia eleitoral, de suasbandeiras regionalistas ou das alianças a que se viu induzido o PFLem certo momento com um centro ou centro-esquerda encarnadosem Fernando Henrique Cardoso.É preciso acrescentar que, no Partido do MovimentoDemocrático Brasileiro (PMDB), herdeiro problemático em algumsentido do Varguismo moderado, há fortes tendências de direita quecertamente prenunciam maus augúrios <strong>para</strong> a manutenção de suaunidade, já erodida por múltiplas cisões que tem sofrido ao longo desua existência, desde que deixou de cumprir o papel aglutinadorantiditatorial desempenhado por muitos anos 3 .A força eleitoral de um partido de direita tem duas patas:uma que se debilita com o tempo, é a do campesinato tradicional quevota pelos seus patrões, ou pelos notáveis parentes de seus patrões; aoutra, que se consolida com o tempo, é a classe média urbana e moderna– sem ela nunca poderia ganhar uma eleição. Há os que dizem haveruma terceira pata: os “working class tories” ou “red necks”, ousindicalistas burocratizados. Esta última é um tanto coxa, ou melhor,não é realmente conservadora: refiro-me aos sindicalistas. Poderão3Oscar Cornblit, “A opção conservadora na política argentina”, DesenvolvimentoEconômico 14, nº. 56, janeiro-março, 1975, pp. 599-639; Douglas Chalmers AtílioOrén e Maria do Carmo Campelo de Souza, Camps, “A Direita e a Democracia naAmérica Latina”, Nova York, Praeger, 1991; Edvard Gibson, “Partidos de ClassesConservadores: Argentina em perspectiva Com<strong>para</strong>tiva”, Baltimore, Johns Hopkins,University Press, 1996. Para dados eleitorais com<strong>para</strong>tivos, ver Torcuato S. Di Tellae outros, “Estruturas Sindicalistas na Argentina e no Brasil: algumas tendênciasrecentes”, Buenos Aires, Biblos, 1995.87

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