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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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(ao máximo outros 5%) e que tem um sistema político-partidário muitomoderno, o mais parecido em nosso continente com o europeu 1 . Masentão deveriam resultar Brasil e Chile muito parecidos, contrastadosambos com a Argentina? Não necessariamente, porque as estruturassociais de ambos são bem diferentes, quase diria diametralmente oposta.Relativamente à estrutura social básica, o Chile é mais parecido com aArgentina, por seus assentamentos e tradicionais índices de urbanização,educação, vigência de classes médias e precoce organização obreira esindical. Uma conseqüência da referida maior memória históricaexistente no Brasil e no Chile é que há neles fortes partidosconservadores, com esta ou outra denominação, característica quecompartilham com praticamente todas as nações desenvolvidas edemocráticas do mundo 2 .Por partido conservador entendo ser um que goza de sólidasraízes nas classes altas e que tem uma ideologia muito próxima davisão empresarial das coisas. Para tanto, incluo no Chile tanto o Partidode Renovação Nacional (PRN), como a União DemocráticaIndependente (UDI), ambos com mais de um século de história, emvirtude de sua origem nos antigos partidos Conservador e Liberal.No Brasil, incluo o Partido Progressista (PP, ex-Progressista Brasileiro,PPB) e o Partido da Frente Liberal (PFL), ambos “filhos” ou “netos”da Aliança Renovadora Nacional (ARENA) e da União Democrática1Tratei desse tema mais extensivamente em “O impacto da imigração no sistemapolítico argentino”, “Estudos migratórios Latino-<strong>Americanos</strong>”, 4:12, agosto, 1989,pp. 211-230. Ver também Oscar Comblit, “Imigrantes e empresários na políticaargentina”, “Desenvolvimento econômico 6”, nº. 24, janeiro/março, 1967, pp. 641-691: Fernando Devoto e Gian Fausto Rosali Camps, “A imigração italiana naArgentina”, Buenos Aires, Biblos, 1985, Carl Solberg, “Imigração e Nacionalismo:Argentina e Chile”, 1890-1914, Austin, Universidade de Texas Press, 1970; HerbertKlein, “A integração de italianos na Argentina e nos Estados Unidos” – uma análisecom<strong>para</strong>tiva; “Desenvolvimento Econômico 21”, nº. 81, abril-junho,1981, pp. 3-27.2Espanha e Itália, até umas décadas atrás, duas das principais exceções à presença deuma clara direita na estrutura partidária, “normalizaram” sua situação através doprogressivo fortalecimento do Partido Popular de José Maria Aznar e do MovimentoForça Itália, de Silvio Berlusconi, com sua aliada e reformulada “Alleanza Nazionalle”.86

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