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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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Segurança e de Reforma das Nações Unidas. Não fomos nós quecriamos isso. O Brasil não teria o poder de criar esse processo. É umprocesso que já vem se desenrolando há algum tempo, mas que seacentuou com a I Guerra do Golfo. Ao final da I Guerra do Golfo,os Estados Unidos apresentaram, à Alemanha e ao Japão, uma faturade 30 bilhões de dólares como contribuição às despesas que haviamsido feitas na I Guerra do Golfo. Isso gerou, tanto no Japão quantona Alemanha, uma grande inquietação porque não haviam participadoda decisão. E gerou também um interesse desses países de passarem aser membros permanentes do Conselho de Segurança, aliás, <strong>para</strong>recuperarem a sua importância histórica. A Alemanha é um grandepaís de grande importância na política internacional, historicamente,e que, por conta da <strong>II</strong> Guerra Mundial, virou inimiga das NaçõesUnidas. Mas, historicamente, isso já foi superado. É o mesmo caso doJapão que é a segunda maior potência econômica do mundo. Então,estar fora do Conselho de Segurança da ONU, do ponto de vista dosalemães e dos japoneses é algo que não é compreensível. Por outrolado, há o próprio interesse americano de incluir japoneses e alemães,até <strong>para</strong> efeito da divisão de tarefas no cenário internacional e tambémde custeio dessas operações que são, às vezes, um tanto ou quantocaras. Os custos das operações no Iraque chegam a vários bilhões dedólares. São operações de grande custo. A modificação do artigo daCarta da ONU <strong>para</strong> incluir novos membros do Conselho de Segurançaexige uma votação na Assembléia Geral da ONU, por 2/3 dos votos.Naturalmente, há um desequilíbrio dentro do Conselho de Segurançaporque as regiões periféricas praticamente não estão representadas,nem a África e nem a América Latina. Então, <strong>para</strong> obter 2/3 dosvotos, até <strong>para</strong> as candidaturas alemã e japonesa, é necessário ter apoioda África, da América Latina e das outras regiões. Então, há umprocesso em curso e se formou o G-04, em que o Brasil está nacompanhia de países “pouco importantes”, que são o Japão, a Alemanhae a Índia. Eu imagino que esses países se juntaram ao Brasil nessa79

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