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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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ano 2000, hoje consomem 27%, o mesmo que a Europa e os EstadosUnidos. Enquanto que as exportações asiáticas <strong>para</strong> a África vêmcrescendo a 18% ao ano, e o mesmo está acontecendo com osinvestimentos diretos chineses e indianos, na África Negra,concentrados em energia, minérios e infra-estrutura. Basta dizer quejá existem no continente africano mais de 800 companhias com 900projetos de investimento e 80.000 trabalhadores chineses. Umverdadeiro “desembarque econômico”, liderado por empresas estataisque vêm sendo seguidas, ainda que em menor escala, pelo governo epelos capitais privados indianos que estão fazendo um movimentoanálogo de investimento massivo e de aprofundamento das suas relaçõespolíticas, econômicas e culturais com a África. Ou seja, todos os sinaisindicam que a África Subsaariana deve se transformar na nova fronteirade expansão econômica e política da China e da Índia nas primeirasdécadas do século XXI. Mas não é provável que os Estados Unidosabandonem suas posições na região, sobretudo na luta pela sua“segurança energética”.Por outro lado, na América Latina, uma vez mais, suaseconomias exportadoras estão acompanhando o ciclo expansivo daeconomia mundial. Mas também ali, a grande novidade é a importânciacrescente das exportações e importações asiáticas no continente, emparticular da China, que tem sido a grande responsável pelo aumentodas exportações latino-americanas de minérios, energia e grãos. E, aomesmo tempo, suas exportações <strong>para</strong> a América Latina aumentaram52%, em 2006, enquanto as dos Estados Unidos só aumentaram 20%.Só <strong>para</strong> o Brasil, as vendas chinesas cresceram 53%, enquanto asexportações brasileiras <strong>para</strong> a China cresciam 32% no mesmo ano. Em2006, o Brasil já importou mais da Ásia do que de seus parceirostradicionais, os Estados Unidos e a Europa, e a China já superou oBrasil como maior fornecedor de produtos manufaturados <strong>para</strong> ospaíses da América Latina. Só <strong>para</strong> que se tenha uma idéia da velocidadedessas mudanças, basta dizer que em 1990 o Brasil fornecia 10% das547

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