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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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ainda digeria a sua própria mudança de estratégia econômica egeopolítica internacional.<strong>II</strong>. O LIMITE DO PROJETO IMPERIAL NORTE-AMERICANODepois da queda do Muro de Berlim, o bombardeio de Bagdá,em 1991, cumpriu um papel equivalente ao bombardeio atômico deHiroshima e Nagasaki, em 1945: definiu o poder e a hierarquia do sistemamundial, depois do fim da Guerra Fria. Mas, dessa vez, não houve um“acordo de paz”, nem havia outra potência com capacidade de negociarou limitar o poder unilateral dos Estados Unidos. Foi assim que, depoisdo fim da União Soviética e da Guerra Fria, e no auge da globalizaçãofinanceira, o mundo experimentou na década de 90, pela primeira vezna história, a possibilidade real de um império global. Mas essa nova“situação imperial” ficou encoberta, num primeiro momento, pelacomemoração coletiva da vitória “ocidental”, e pela força da ideologiada globalização, com sua crença no fim da história, e das fronteirasnacionais, e das próprias guerras. Só no início do século XXI, emparticular depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, é que oprojeto imperial americano ficou mais transparente. A despeito disso,olhando retrospectivamente, pode-se ver que o próprio período Clinton– que foi o auge da utopia globalitária – seguiu, depois de 1993, a mesmaorientação estratégica que vinha sendo adotada pelo governo Bush (pai),depois do fim da Guerra do Golfo - ambos convencidos de que o novoséculo deveria ser um “século americano” global. Durante os oito anosdos seus dois mandatos, a administração Clinton manteve um forteativismo militar, apesar de sua retórica a favor da “convivência eintegração pacífica dos mercados nacionais”. Nesse período, segundoAndrew Bacevich, “os Estados Unidos fizeram 48 intervenções militares,muito mais do que em toda a Guerra Fria” 9 . Depois de 2001, a nova9Bacevich, A. J., “American Empire”, Harvard University Press, Cambridge, 2002, p.143.534

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