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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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Em qualquer sociedade multiétnica, um partido democráticodirigente tem de demonstrar que todos os grupos étnicos merecematenção e são servidos com o devido processo, eqüidade e justiça. Essaespécie de prova é, na verdade, parte integral da boa governança e nãouma resposta a problemas de insegurança racial-étnica. De fato, todosos bons governos necessitam fazer isso, isto é, precisam claramentedemonstrar que tratam todos os grupos de forma eqüitativa. Se nósnão estivermos de acordo com esse papel governamental, então estamoscontra a boa governança. No espírito da boa governança, o PPC temmostrado que seus resultados se destinam a trazer benefícios <strong>para</strong> todose essa determinação <strong>para</strong> mostrar imparcialidade tem tudo a ver coma boa governança e nada a ver com a encenação <strong>para</strong> camuflarinsegurança étnica e conflito.Claramente, no “front” guianense, alguns políticos, meiosde comunicação privados e publicações de cultivo ao ódio promoveme estimulam conflitos étnico-raciais e polarização étnica. As massasnão são jogadoras na construção social de conflitos étnico-raciais. Essegrupo de alguns políticos não-santos, meios de comunicação privadose literatos do ódio induzem que a diferença de etnias é ameaça àsobrevivência desses grupos. Nesse cenário de conflitos locais, Bowen 12(1996) argumenta que, nessa situação, três erros de avaliação sãocometidos: que as identidades étnicas são estáticas; que tais identidadeslevam as pessoas a odiar e criar instabilidade e que a diversidade étnicaproduz violência étnica. Ao contrário, esses grupos não-santos utilizamessas deduções equivocadas <strong>para</strong> criar conflitos étnico-raciais atravésdo uso de “carta racial”.A história das experiências em direitos humanos e asolidariedade periódica entre as classes trabalhadoras indianas e africanasindicam uma unidade fundamental de seus interesses. Essa unidadesubjacente revela a importância que africanos e indianos atribuem à12Bowen, John R. 1996. “O Mito do Conflito Étnico Global”. Revista da Democracia7.4 3-14.469

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