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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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oposição no seio de uma Frente Ampla e em certos círculos intelectuaisque começou a afetar a estratégia dos “fatos consumados” e asofreguidão negociada, impulsionada principalmente por Astori, ascâmaras empresariais e a maioria dos meios de comunicação. De formaum tanto imprevista, prevenido de que a maioria de sua força políticacontestava o projeto TLC e que seus sócios do Mercosul (em especialBrasil e Argentina) tampouco estavam dispostos a autorizar umanegociação dessa magnitude com o Uruguai, o presidente Vázquez,em setembro de 2006, assumiu a responsabilidade pessoal de ter porconcluída a negociação com os EUA de um acordo típico de TLC (oformato seria o mesmo do celebrado com Peru), abrindo, porém, apossibilidade de um acordo mínimo tipo TIFA. O debate em tornoda representação internacional do país converteu-se, desse modo, numdos principais pontos da agenda pública de 2006. Apesar da decisãode Vázquez (que terminou abruptamente seu curto idílio com osempresários) e os resultados das eleições legislativas de novembro nosEUA (que deram maioria aos democratas em ambas as câmaras,tradicionalmente mais protecionistas e menos inclinados a aceitar osTLCs), tudo isso parece afastar com vigor a possibilidade de retomadade uma negociação séria pró-TLC, pelo menos durante a atualAdministração. O debate, porém, sobre a inserção internacional dopaís continua fora e dentro do próprio governo.Nesse sentido, o ministro Astori (que não abandonou seuprojeto pela assinatura de um TLC) aponta agora suas baterias contraum debilitado Mercosul, objetivo que em virtude das circunstânciasatuais se revela como um alvo mais fácil de atingir em termos de opiniãopública do país. De todas as formas, apesar de voltar a contar com oapoio dos empresários e dos partidos da oposição e que o processo deintegração com seus problemas provocou uma diminuição dos apoiosno plano da opinião pública, não parece previsível que o governouruguaio tome medidas drásticas quanto à categoria de sua participaçãocomo sócio pleno do Mercosul, pelo menos a curto prazo. No401

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