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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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Quando eu estava em Doha e era Embaixador em Genebra,recordo-me de uma conversa que tive com Lamy: “Por que vocês nãoestão de acordo com a eliminação dos subsídios à importação?” Eleme apresentou toda uma equação <strong>para</strong> demonstrar que era impossívelpela lógica econômica européia. Hoje a eliminação dos subsídios àsexportações já faz parte do acordo, a questão é concluir o resto. Esseé apenas um exemplo <strong>para</strong> mostrar o quanto já se ganhou. No início,quando falavam em acesso ao mercado, buscavam as fórmulas darodada Uruguai – que todos sabemos que não funcionaram <strong>para</strong> nós.Agora, já aceitaram a fórmula baseada no G-20. Claro que ainda háexceções e temos que trabalhar nisso. Há na verdade muito a se ganharnessas negociações. A redução dos subsídios internos é também muitoimportante.Participei de várias reuniões. Estive em Seattle, Cancún,Punta del Leste, hoje grande diferença é conceitual. As diferenças sãoem torno de números, claro que números são importantes, mas taldiferença de números não é algo assustador. Não é que os EstadosUnidos quiseram manter seus subsídios em trinta mil milhões e quede vinte ofereçam dez, de vinte falem de treze. Os Estados Unidospuseram vinte e um sobre a mesa, indicando que podem baixar mais,porém não querem dizer quanto com medo de seus congressistasenquanto estão discutindo. Não me surpreenderia, assim, se fossemdezesseis, quinze, quatorze. Quero dizer, não estamos falando de umadiferença brutal. O mesmo se aplica ao nosso mercado quanto à UniãoEuropéia e com relação aos Estados Unidos. A rodada se interrompeuem julho. A principal dificuldade era que não querem mover-se quantoa seus subsídios internos em torno de vinte e dois mil milhões de quefalei.Creio que hoje há avanços e, percebo, maior flexibilidadepor parte dos Estados Unidos, mas querem cobrar um preço pelasconcessões e não sei se tal será possível. Quanto à União Européia e aalguns países pequenos que dependem muito da agricultura familiar,38

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