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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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Mercosul/Estados Unidos. Porque o que mais nos causa mal nocomércio internacional, são, sem dúvida, os subsídios no caso daagricultura – os subsídios, só poderemos eliminá-los e reduzi-los naOMC. Não há condição de fazê-lo em uma negociação bilateral, oque seria suficiente em minha opinião. O que dizem os Estados Unidose a União Européia é que não irão desarmar-se unilateralmente. Se ooutro grande bloco rival mantiver os subsídios, eles não renunciarãoaos seus.O acordo Mercosul/União Européia é muito útil eimportante <strong>para</strong> abrir mercados <strong>para</strong> o Brasil, Argentina, Uruguai eBolívia. Esta razão já seria suficiente, mas há outras <strong>para</strong> dar-nossegurança. Na OMC, temos um conjunto de regras discutido de formamais equilibrada. Não é um equilíbrio absoluto, não podemos serinfantis. O Brasil tem sido protagonista nisso, sofreu ações, moveuações, por exemplo, contra os Estados Unidos quanto ao algodão econtra a União Européia quanto ao açúcar. E esses casos jamaispoderiam ter êxito no âmbito da ALCA ou bilateral na UniãoEuropéia. Inclusive, tivemos também um caso mais complicado dosaviões com o Canadá (Embraer/Bombardier), <strong>para</strong> dizer que não sãosó produtos primários. Inicialmente, saímos atrás, perdemos muito.Como no futebol, o 1º tempo foi 4 a 1, <strong>para</strong> eles (talvez um gol demão). No 2º tempo, ficou o placar 4 a 4, que logramos levar, o queno contexto bilateral não conseguiríamos. O acordo nos interessa eestamos avançando ao que tudo indica. As regras anteriormenteatendiam mais aos interesses dos países desenvolvidos. No contextoregional, não lograríamos. Na OMC, há rivalidades entre os grandes.Há juízes de diferentes países que podem atuar com maiorindependência, o que nos cria um ambiente mais favorável à soluçãode controvérsias – portanto, cabe a prioridade à OMC. O acordoMercosul/União Européia nos interessa e creio que está mais avançadodo que parece. Quando terminarmos a negociação com a OMC,inclusive por uma evolução legislativa no Brasil e a evolução na política36

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