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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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contrário de seus adversários, em um discurso mercosuliano decidido,eixo programático que em particular confrontou na eleição com ocandidato “oficial” José Serra, muito mais cético que seu mentor, oentão Presidente Cardoso, a respeito do Mercosul como núcleo deuma nova proposta de governo <strong>para</strong> o Brasil. Tanto antes como depoisde ser eleito, Lula insistiu no imperativo de consolidar o Mercosulcomo um “projeto político” em um instrumento insubstituível, não só<strong>para</strong> articular as economias dos países da região, mas também <strong>para</strong>dotar o bloco de uma verdadeira identidade <strong>para</strong> comparecer e negociarno conflituoso cenário internacional atual.Nesse quadro, durante os últimos meses de 2002, voltaram adar avanços significativos na perspectiva de consolidar e aprofundar ainstitucionalidade do Mercosul. Alguns deles exibiram um certo tom“voluntarista”, como o acordo migratório subscrito no dia 8 denovembro, em Salvador, pelos Ministros de Justiça dos países do bloco,além da Bolívia e do Chile, pelo que se estabelecia a permissão aoscidadãos dessas seis nações de radicar e trabalhar livremente em qualquerum dos países depois de cumprir determinados requisitos dedocumentação que se estabeleciam no convênio. 8 Esse convênio, quepoderia ser considerado como a fundação de uma eventual e futura“cidadania mercosuliana”, foi referendado na ocasião da Cúpula doMercosul em Brasília, em dezembro de 2002. Nessa reunião, a agendade uma institucionalização mais profunda do Mercosul prosseguiuno centro do debate, renovando-se particularmente os tópicos da8O convênio tinha um verdadeiro significado histórico, algo que viria a se confirmarcomo sendo uma política de livre circulação de pessoas nos países do bloco e associadosnunca antes anunciada, além das dificuldades não ocultáveis <strong>para</strong> sua implementaçãono curto prazo, com sociedades tão castigadas pelo desemprego e a pobreza. Na falta deum Ministério de Justiça em seu formato institucional de governo, <strong>para</strong> o Uruguai,esse convênio se firmou no Ministério do Interior. Cf. “Liberdade de residência etrabalho no Mercosul”, no “El Observador”, Montevidéu, 9 de novembro de 2002, pp.1 e 14; “Acordo histórico no Brasil. Vantagens <strong>para</strong> os imigrantes entre os países doMercosul”, no “Clarín”, Buenos Aires, 10 de novembro de 2002. (Por Eleonora Gosman,correspondente em São Paulo).339

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