12.07.2015 Views

II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

esponderia também aos “déficits democráticos” que têm marcadofreqüentemente a história do processo. Para ele há que se evitarequívocos e tentações preguiçosas inconseqüentes. Não se deve pensaro Mercosul desde a identidade conjuntural de governos queideologicamente possam ser mais ou menos afins. Seria um erro grave.A experiência dos processos de integração não é exitosa. É certo que oque tenha governos afins ideologicamente pode ajudar a avançar emcertos tipos de acordos. Mas, se o que se quer é avançar, a acumulaçãoem matéria constitucional é o melhor resguardo e o instrumento maisidôneo <strong>para</strong> obter os êxitos econômicos que nossos povos necessitamcada vez mais com mais urgência. Claro que não há modeloinstitucional neutro e que as conjunturas de afinidade ideológica entreos governos sócios ajudam a avançar. Mas precisamente <strong>para</strong> aproveitarao máximo essas oportunidades, deve-se pensar a chave institucional enão ideológica, desde a premissa de que há que criar instituições queconsolidem desde a negociação política avanços que sejam muito difíceisde se reverter logo. Aprendamos (sem copiar, é verdade) com os quetiveram êxito: a União Européia não foi formada <strong>para</strong> governos socialdemocratas,<strong>para</strong> governos democrata-cristãos, <strong>para</strong> governos liberais.Não há processo de integração de governos democráticos, cuja vidanatural é a rotatividade no poder e a incerteza dos resultados eleitorais,que pode fazer-se articulado rigidamente a uma proposta ideológicafechada do bloco regional de que participa.Por isso, se se quer responder com êxito à difícil situaçãoque hoje está presente em um bloco cujos países sócios não têmsaída sozinhos (é verdade que o Uruguai não tem, mas tampoucocreio que o tenha sozinho o Brasil, a Argentina e a Venezuela –nossos países não se salvam sozinhos, têm que lutar por seu lugarno mundo a partir de uma posição do bloco), terá que se afirmaruma nova institucionalidade, que supere o “déficit democrático”que o processo tem tido, que supere esse interpresidencialismo quetem gerado uma espécie de superexecutivo totalmente ineficiente,335

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!