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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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Então, qual pode ser o rumo? Sobre o quê o Mercosulcomeça a falar? É o Mercosul da complementação produtiva, dos forosde complementação produtiva. É o Mercosul que necessita, desde umaaceitação plena de sua condição de projeto político, articular projetosativos e setoriais, por exemplo, no campo das políticas energéticas,fitossanitárias, em matéria agrícola e pecuária, na coordenação de infraestrutura<strong>para</strong> uso comum, na adoção de políticas de fronteira. É oMercosul que discute de forma séria a livre circulação de pessoas, masincorporando na agenda a necessidade de projetar, divulgar econsolidar um grande acordo em relação à Carta Sociolaboral, quefoi aprovado como documento e que reconhece direitos, mas que nasatuais condições se apresenta como de nula aplicação e duvidosaaplicabilidade. É o Mercosul que por muitos motivos, com outrosblocos do mundo, deve contribuir <strong>para</strong> contestar o esquema deglobalização unipolar que se consolidou depois do 11 de setembro de2001, que tem que atuar como bloco em âmbitos internacionais, emâmbitos multilaterais, na busca de acesso efetivo a mercados externossob condições favoráveis, a partir do reconhecimento externo de sujeitointernacional, como bloco que pode falar com outros blocos.E em um contexto de disputa assimétrica entre ounilateralismo imposto e as difíceis possibilidades de ummultilateralismo alternativo, a emergência de um novo bloco que poroutra parte se projete <strong>para</strong> a América do <strong>Sul</strong> e <strong>para</strong> a América Latinaadquire uma dimensão de projeção internacional forte. É a necessidadede atuar na negociação internacional como um bloco unificado diantede terceiros, além de condições diferentes, mas que não sejam obstáculos<strong>para</strong> a concretização efetivamente negociada de posturas comuns. É aidéia de defender a busca de mercados, ratificando a filosofia de um“regionalismo aberto” genuíno, mas discutindo agendas, discutindocom rigor, por exemplo, os temas emergentes e especialmente sensíveisda chamada “agenda de Cingapura” na OMC, como a nova articulaçãode organismos internacionais e suas intervenções no plano das políticas333

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