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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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há efetivamente uma agenda, o que faltou (e continua faltando) foivontade política efetiva de dar uma resposta, o que, entre outras coisas,supõe o estabelecimento de uma nova institucionalidade capaz deoferecer instrumentos eficazes <strong>para</strong> viabilizar e materializar êxitospalpáveis em cada um dos temas referidos. Nesse sentido, a criação doParlamento do Mercosul pode ser um sinal promissor, com a condiçãode que não fique como uma iniciativa isolada, distante de um enfoquede reforma institucional integral e sistemática. 3Nenhum dos temas dessa nova agenda está desprovido deproblemas e contradições – todos eles exigem muita negociação políticae não é previsível um processo de mudanças sem conflitos e de formavertiginosa. Nesse sentido, os obstáculos não se revelam menores: oimperativo das exigências acrescentadas de sociedades nacionaisprofundamente feridas pela crise; a tentação sempre presente de acordosbilaterais por parte de um país sócio com resultados conjunturais eforçado pela lentidão, quando não pelas agressões de outros sócios; asdiferenças de padrões de comercialização entre as economias nacionaisdos Estados Partes; o esboçado debilitamento dos governos nacionais;os escassos avanços obtidos nos âmbitos internacionais de comércio; aheterogeneidade de economias e sociedades; a emergência de conflitosbilaterais de gravidade incremental e resolução incerta; etc. Entretanto,sem voluntarismo nem visões ingênuas, a atual conjuntura parece seapresentar – mais uma vez – como uma oportunidade <strong>para</strong> nãodesperdiçar. Mas o seu não aproveitamento, mais que outras vezes,parece apresentar conseqüências muito mais negativas e profundas queno passado em relação à solidez da aposta estratégica no futuro nobloco.3Para um aprofundamento das implicações dessa invocada reforma institucional doMercosul, cf. Gerardo Caetano, “Os desafios de uma nova institucionalidade <strong>para</strong> oMercosul”. Montevidéu, Fesur, 2005; o FESUR, “Desafios Institucionais <strong>para</strong> oMercosul. As relações entre Estados, Instituições Comuns e Organizações daSociedade”. Documento Pre<strong>para</strong>tório. Montevidéu, Fesur, 2005; entre outros.332

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