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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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Os candidatos utilizam as redes de relações preexistentes nossubúrbios urbanos ou núcleos rurais <strong>para</strong> estabelecer sua comunidadede lealdades ore, que na campanha eleitoral conduzi-lo-á a um cargopúblico. Para isso apelam <strong>para</strong> os “brokers” ou mediadores: o operadorpolítico (“referente” ou “puntero”, de acordo com a importância dosvotos que assegura), que atua em nome do candidato, por meio deuma rede de promessas, ajudas e favores, satisfazendo as necessidadesdo eleitorado mais pobre. A clientela assim construída integra, pormeio do operador, uma rede de obrigações recíprocas, com a cargasolidária – e inclusive moral – própria do ore.“BROKERS” VERSUS “SECCIONALEROS”A legislação eleitoral da transição democrática instituiu ovoto direto obrigatório <strong>para</strong> todas as organizações (políticas ou não)em 1990, o que teve nível constitucional em 1992. Esse sistema, queobriga a preencher cargos e candidaturas com o voto de todos osmembros da organização, longe de “democratizar” as anquilosadaschefias dos partidos, alimentou exponencialmente o clientelismoeleitoral 21 , gerando, além disso, maior indisciplina e mudanças departido.O poder das autoridades partidárias, dos caudilhos regionaise dos presidentes das seccionais foi paulatinamente substituído pelodos operadores políticos que decidem sobre o resultado das campanhase tratam somente com o candidato <strong>para</strong> o qual trabalham, sem maiorlealdade com estrutura partidária. 22 Em conseqüência, estádesaparecendo esse “sentimento de pertencer a um partido que sempretem sido tradicional no Paraguai”. 2321USAID-Alter Vida-Desarrollo En Alianza, Clientelismo y Padrinazgo en la prácticapatrimonialista del gobierno en el Paraguay, “paper”, 2007.22Ibid.23M. Lacchi, op.cit.250

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