12.07.2015 Views

II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

superpotências da Guerra Fria reconheciam suas próprias áreas deinfluência e deixavam seu adversário atuar e estabelecer a ordem nassuas zonas de influência.Hoje em dia, isso não acontece, uma vez que, por conta dessacomplexidade do unipolarismo, unilateralismo e multipolarismo,temos um jogo muito mais flexível. Há opções inimagináveis na GuerraFria que hoje em dia são parte da realidade dos governos latinoamericanos<strong>para</strong> nos restringirmos à nossa própria região. Há, cadavez mais, governos que não são pró norte-americanos, que podem seestabelecer sem grandes obstáculos, através de processos eleitoraisválidos, legítimos e que são reconhecidos pelo próprio Departamentode Estado do Governo da Casa Branca. Então, temos mais diversidadepolítica, mais competição econômica e a possibilidade de atuarmoscom mais recursos nesses espaços que não são os militares ou os decomunicação.A visão daqueles que desenharam a política externa dosquatro governos da concertação leva em conta essa situação e tentamse inserir numa coexistência apropriada com os grandes atores, nãoter conflitos que possam ser considerados como desnecessários emrelação aos Estados Unidos, acentuando mais as vantagens de umapolítica exterior menos ativa da grande potência do hemisfério, coisaque se acentua notavelmente quando passamos à segunda fase daglobalização e do Pós-Guerra Fria, depois dos acontecimentos de 11de setembro de 2001. Com esse novo desenho, a nova doutrina norteamericanade segurança nacional, proclamada em setembro de 2002,enfatiza a guerra e o combate global ao terrorismo e nas intervençõespreventivas <strong>para</strong> desestabilizar os governos que protejam as forçasterroristas. O papel da América Latina fica menos relevante por seruma zona em que esses grupos operam e influem muito menos doque em qualquer outra parte do planeta. Então, estamos num contextoem que os Estados Unidos deixam de ter políticas sistemáticas <strong>para</strong> aAmérica Latina e têm o que o Chanceler Mexicano, Bernardo172

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!