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II Curso para Diplomatas Sul-Americanos - Funag

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lerdas e estimuladas pelas altas esferas, sobretudo no México e noBrasil. Desde a ascensão do peronismo, o movimento sindical argentinomudou, até diferenciar-se nitidamente dos do Chile e do Uruguai,mantendo muitas de suas tradicionais formas organizativas eideológicas, embora modernizadas. Dentre nós, foi imposto um tipode liderança caudilhista que gera grupos dirigentes muito maisafastados das bases do que costuma acontecer nos países de estruturademocrática. É certo que, perante os avanços da vida moderna, asassociações se deram, em todas as partes, em uma organização de algumamaneira burocrática, com certos limites, pois a característica associativase manteve e a violência – com algumas marcantes exceções, como ados caminhoneiros nos Estados Unidos – não é endêmica na lutainterna. Na Argentina, a proliferação de grupos violentos nosindicalismo foi, em parte, uma reação perante a ameaça de infiltraçãopor parte de grupos rivais, muitas vezes apoiados por governosautoritários, começando pela assim chamada Revolução Libertadora.Mas, com a consolidação de um Estado de Direito, a possibilidade oulegitimidade de seguir aplicando tais métodos não pode senãodesaparecer lentamente.No Brasil, a transição de uma liderança sindical tradicionalmentemuito manipuladora, como a dos “pelegos”, <strong>para</strong> expressões de esquerdamais ligadas aos militantes foi óbvia e constitui a base do PT de Lula. Seráque esse processo é possível na Argentina? Talvez o seja, embora comimportantes diferenças, pois, no Brasil, o varguismo, como já vimos,nunca calou tão fundo nas classes populares como o peronismo e, alémdisso, o país se transformou radicalmente, como resultado de uma macroindustrializaçãoque brilha por sua ausência na Argentina.Se olharmos agora a classe média, é preciso observar que,longe de apoiar em sua maioria algum partido conservador, com esteou outro nome – que é o que faz em quase todo o mundo desenvolvido– ela foi a base da União Cívica Radical, que ostenta brasões da lutademocrática, mas pouco apoiou nos interesses corporativos. Sua força112

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