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Obra no Canal do Cunha - Redes de desenvolvimento da Maré

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Elisângela LeiteA<strong>no</strong> IV, N o46outubro <strong>de</strong> 2013 - Maré, Rio <strong>de</strong> Janeiro - distribuição gratuitaElisângela LeiteDivulgaçãoTem até festapara papagaioMora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Timbauorganizam festa<strong>de</strong> <strong>de</strong>butantepara o simpáticopapagaio Dudu,<strong>da</strong> Dona Lili.Pág. 4 e 5Seus DireitosSaiba o que é e quem tem direito aoBenefício <strong>de</strong> Prestação Continua<strong>da</strong> (BPC).Pág. 6Boxe campeão!Roberto é campeão continental Pág. 13Exposição <strong>do</strong>Imagens <strong>do</strong> PovoFotógrafos expõem ensaio <strong>de</strong> artecontemporânea Pág. 14Centro <strong>de</strong> Artes e Lona <strong>da</strong> Maré Pág. 15Aramis AssisBoa <strong>no</strong>tícia:<strong>Obra</strong> <strong>no</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> <strong>Cunha</strong>A prefeitura está investin<strong>do</strong> <strong>no</strong><strong>de</strong>sassoreamento <strong>do</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong><strong>Cunha</strong> para evitar alagamento<strong>da</strong>s casas próximas <strong>da</strong> margem.Enquanto isso, <strong>no</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> Fundão,ouvimos muitas reclamações<strong>do</strong>s pesca<strong>do</strong>res, emborao local também tenha passa<strong>do</strong>por uma obra há <strong>do</strong>is a<strong>no</strong>s, comrecursos <strong>do</strong> gover<strong>no</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>.Pág. 10 e 11Somos quase to<strong>do</strong>s negrosConheça o trabalho <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>nas EscolasMunicipais Arman<strong>do</strong> <strong>de</strong>Salles Oliveira e IV Centenário<strong>de</strong> valorização <strong>da</strong>cultura afro-brasileira eafricana. Segun<strong>do</strong> o IBGE,<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> 10 mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong>Maré, seis são pretos oupar<strong>do</strong>s. Pág. 4 e 5O que faz uma associação <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res?Dirigentes <strong>da</strong>s 16 Associações <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> conjunto <strong>de</strong> favelas <strong>da</strong> Maré<strong>de</strong>sejam tornar mais conheci<strong>da</strong>s as múltiplas funções que <strong>de</strong>senvolvem, com oobjetivo <strong>de</strong> fortalecer politicamente o bairro e atrair melhorias estruturantes. Nestaluta, eles estiveram com o prefeito Eduar<strong>do</strong> Paes, em setembro, que prometeuimplantar aqui o programa Bairro Maravilha. Pág. 8 e 9Elisângela Leite


EditorialHUMOR - André <strong>de</strong> Lucena: “Etiqueta”EDITORIAL<strong>de</strong> Notícias No 46 - outubro / 20132MaréMuitas pautas ambientaisna MaréA obra <strong>no</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> <strong>Cunha</strong> (leia na pág.10) é muito bem-vin<strong>da</strong>, mas antes <strong>de</strong>cantar vitória vamos acompanhar <strong>de</strong>perto para avaliar os reais impactos paraos mora<strong>do</strong>res. A intenção <strong>da</strong> prefeitura éótima. Está fazen<strong>do</strong> a sua parte, mas háoutras para serem executa<strong>da</strong>s. O esgoto<strong>da</strong> zona <strong>no</strong>rte corre in natura pelos riachos<strong>da</strong> sub-bacia <strong>do</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> <strong>Cunha</strong> evem parar na Baía <strong>de</strong> Guanabara, passan<strong>do</strong>pela Maré. A dragagem <strong>de</strong>veria viracompanha<strong>da</strong> <strong>de</strong> obras <strong>da</strong> Ce<strong>da</strong>e. Porisso temos cobra<strong>do</strong> a obra anuncia<strong>da</strong>pela Ce<strong>da</strong>e <strong>de</strong> melhoria <strong>no</strong> sistema <strong>de</strong>coleta e implantação <strong>do</strong> tratamento <strong>do</strong>esgoto <strong>da</strong> Maré. Anunciamos a obra eaté agora na<strong>da</strong>.Por falar em obras, em setembro foi avez <strong>de</strong> o prefeito anunciar aos lí<strong>de</strong>rescomunitários a implantação <strong>do</strong> programaBairro Maravilha aqui na Maré (leianas pág. 8 e 9). Eduar<strong>do</strong> Paes chegoua falar em investimentos <strong>de</strong> R$ 400 milhõesem um pacote <strong>de</strong> ações. Tomamosa <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong> divulgar esse assunto comcautela. Na<strong>da</strong> <strong>de</strong> manchete, por enquanto.Até porque não sabemos quais intervençõesvirão nem se a prefeitura estápreven<strong>do</strong> um processo <strong>de</strong> participação<strong>do</strong> mora<strong>do</strong>r.Vamos acompanhar!A to<strong>do</strong>s e to<strong>da</strong>s, uma boa leitura!CARTASClínica <strong>da</strong> FamíliaEntro em contato, primeiro, para agra<strong>de</strong>cer a citaçãoà <strong>no</strong>ssa tão espera<strong>da</strong> e necessária Clínica <strong>da</strong> Família(Por Dentro <strong>da</strong> Maré, Ed. 45, setembro, pág. 12),que há mais <strong>de</strong> um a<strong>no</strong> <strong>no</strong>s foi prometi<strong>da</strong> e até agorana<strong>da</strong>; e segun<strong>do</strong> para pedir que façam isso commais frequência e se possível com uma reportagemmaior, que chame atenção e traga mais apelo aosmora<strong>do</strong>res. Temos uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> extremamente precária,com um médico para aten<strong>de</strong>r uma população<strong>de</strong> mais <strong>de</strong> 20 mil pessoas, entre eles, gestantes,i<strong>do</strong>sos e crianças, que pela escassez <strong>de</strong> médicosnão são <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente acompanha<strong>do</strong>s. Temos direitoà saú<strong>de</strong>, mas está ca<strong>da</strong> vez mais difícil proporcioná--la. Aju<strong>de</strong>m-<strong>no</strong>s a conseguir a <strong>no</strong>ssa clínica. É muitobom saber que não estamos sozinhos nessa.Gostaria também <strong>de</strong> parabenizar o conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> jornale as informações úteis por ele passa<strong>da</strong>s à população<strong>da</strong> Maré!Mora<strong>do</strong>ra que preferiu não ser i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>Elogios ao MaréGostaria <strong>de</strong> parabenizar o jornal pelas ótimasreportagens. Como é bom ler <strong>no</strong>tícias que realmenterefletem as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Maré.Sempre utilizo o Maré <strong>de</strong> Notícias na minha turma<strong>da</strong> EJA (Educação <strong>de</strong> Jovens e Adultos), e ele é oponto <strong>de</strong> parti<strong>da</strong> para <strong>de</strong>bates sempre interessantesentre os alu<strong>no</strong>s.Após a leitura <strong>da</strong>s reportagens, também utilizamosparte <strong>da</strong>s matérias para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> escrita einterpretação <strong>de</strong> textos, pois na<strong>da</strong> melhor <strong>do</strong> quetrabalhar a leitura e a escrita com fontes reais e querefletem o dia a dia <strong>do</strong>s alu<strong>no</strong>s.Em um trabalho recente sobre cartas <strong>do</strong> leitor,os alu<strong>no</strong>s escreveram algumas cartas sobrereportagens <strong>do</strong> jornal. (Nota <strong>da</strong> re<strong>da</strong>ção: leia ascartas <strong>no</strong> Espaço Aberto, na pág. 16)Renata Vieira Reis,<strong>do</strong> Programa Integra<strong>do</strong> <strong>da</strong> UFRJpara Educação <strong>de</strong> Jovens e AdultosExpedienteInstituição Proponente<strong>Re<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>da</strong> MaréDiretoriaAndréia MartinsEblin Joseph Farage (Licencia<strong>da</strong>)Eliana Sousa SilvaEdson Diniz Nóbrega JúniorHelena EdirPatrícia Sales ViannaCoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> ComunicaçãoSilvia NoronhaInstituição ParceiraObservatório <strong>de</strong> FavelasApoioAção Comunitária <strong>do</strong> BrasilAdministração<strong>do</strong> Piscinão <strong>de</strong> RamosAssociação ComunitáriaRoquete PintoAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res eAmigos <strong>do</strong> ConjuntoBento Ribeiro DantasAssociação <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res eAmigos <strong>do</strong> Conjunto EsperançaAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Conjunto Marcílio DiasAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Conjunto PinheirosAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Morro <strong>do</strong> TimbauAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Parque EcológicoAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Parque Habitacional<strong>da</strong> Praia <strong>de</strong> RamosAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Parque MaréAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Parque Rubens VazAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>do</strong> Parque UniãoAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>da</strong> Vila <strong>do</strong> JoãoAssociação Pró-Desenvolvimento<strong>da</strong> Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Nova Holan<strong>da</strong>Biblioteca Comunitária Néli<strong>da</strong> PiñonCentro <strong>de</strong> Referência <strong>de</strong> Mulheres<strong>da</strong> Maré - Carminha RosaConexão GConjunto Habitacional Nova MaréConselho <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res<strong>da</strong> Vila <strong>do</strong>s PinheirosLuta pela PazUnião <strong>de</strong> Defesa eMelhoramentos <strong>do</strong> ParqueProletário <strong>da</strong> Baixa <strong>do</strong> SapateiroUnião EsportivaVila Olímpica <strong>da</strong> MaréEditora executiva ejornalista responsávelSilvia Noronha(Mtb – 14.786/RJ)Repórteres e re<strong>da</strong>toresAramis AssisBeatriz Lin<strong>do</strong>lfo (estagiária)Hélio Eucli<strong>de</strong>s (Mtb – 29919/RJ)Rosilene MiliottiFabíola Loureiro (estagiária)FotógrafaElisângela LeiteProjeto gráficoe diagramaçãoPablo RamosLogomarcaMonica SoffiattiColabora<strong>do</strong>resAnabela PaivaAndré <strong>de</strong> LucenaAy<strong>da</strong><strong>no</strong> André MotaDiogo <strong>do</strong>s SantosFlávia OliveiraCoor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>res<strong>de</strong> distribuiçãoLuiz GonzagaSirlene Correa <strong>da</strong> SilvaImpressãoGráfica Jornal <strong>do</strong> CommércioTiragem40.000 exemplares<strong>Re<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>da</strong> MaréRua Sargento Silva Nunes, 1012,Nova Holan<strong>da</strong> / MaréCEP: 21044-242(21) 3104.3276(21)3105.5531www.re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare.org.brcomunicacao@re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare.org.brOs artigos assina<strong>do</strong>s nãorepresentam a opinião <strong>do</strong> jornal.Parceiros:Leia o Maré e baixe o PDF em www.re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare.org.br /re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare @re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare


CONSCIÊNCIA NEGRA<strong>de</strong> Notícias No 46 - outubro / 20134MaréA cor <strong>da</strong> Maré“Serviço <strong>de</strong> preto”, “chuta que é macumba”, “magia negra”: são muitos os termospejorativos e pia<strong>da</strong>s que ouvimos <strong>no</strong> <strong>no</strong>sso cotidia<strong>no</strong> que <strong>de</strong>nigrem a imagem <strong>do</strong>negro e sua cultura. Mas o que tem si<strong>do</strong> feito para reverter esse quadro? Você sabiaque há uma lei que exige o ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong> Cultura Afro-brasileira e Africana nas escolas?Alu<strong>no</strong>s e a equipe <strong>do</strong> PCP Maré nas oficinasque trabalham a cultura afroAramis AssisA história <strong>do</strong> Brasil é marca<strong>da</strong> pelo racismoe exclusão <strong>do</strong>s negros. O problemaracial é uma herança <strong>do</strong> <strong>no</strong>ssopassa<strong>do</strong>, ain<strong>da</strong> presente <strong>no</strong> dia a diaem diferentes ações. Na Maré, segun<strong>do</strong>o censo <strong>de</strong> 2010 <strong>do</strong> Instituto Brasileiro<strong>de</strong> Geografia e Estatística (IBGE),61,5% <strong>da</strong> população se consi<strong>de</strong>ra pretaou par<strong>da</strong>, sen<strong>do</strong> que 11,70% se consi<strong>de</strong>rapreta e 49,71% par<strong>da</strong>, o que representaquase 80.000 pessoas paraos 130.000 habitantes <strong>da</strong> Maré. Esses<strong>da</strong><strong>do</strong>s colocam a Maré, juntamentecom a Pavuna, como a terceira região<strong>do</strong> Rio com maior percentual <strong>de</strong> pretose par<strong>do</strong>s, atrás somente <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>Deus e <strong>de</strong> Santa Cruz.Des<strong>de</strong> 2003, quan<strong>do</strong> foi aprova<strong>da</strong>a lei 10.639 que obriga o ensi<strong>no</strong> <strong>da</strong>História e Cultura Afro-brasileira e Africanaem to<strong>da</strong>s as escolas<strong>de</strong> Ensi<strong>no</strong>Fun<strong>da</strong>mental eMédio <strong>da</strong>s re<strong>de</strong>spública e priva<strong>da</strong>,essa temática<strong>de</strong>veria ter si<strong>do</strong>incorpora<strong>da</strong> <strong>no</strong>sistema educacionalbrasileiro. Alei exige o ensi<strong>no</strong>nas aulas <strong>de</strong> históriae em to<strong>do</strong> ocurrículo escolar,até mesmo nasdisciplinas <strong>de</strong> artese música.“O <strong>no</strong>sso trabalho anseiadiminuir ca<strong>da</strong> vez mais adistância e o preconceitoentre as pessoas <strong>da</strong> Maré,principalmente entre o negroe o <strong>no</strong>r<strong>de</strong>sti<strong>no</strong>; e a cultura é amelhor ferramenta pra isso,sabe por quê? porque ela éalegre!”Tereza Onã, <strong>do</strong> PCP MaréA pesquisa<strong>do</strong>rae professora <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Educação<strong>da</strong> UFRJ, Rosana Heringer, aponta que “ofato <strong>de</strong> incluir o ensi<strong>no</strong> <strong>de</strong> história e culturaafro-brasileira gerou a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>produção <strong>de</strong> materiais didáticos específicose também <strong>de</strong> formação <strong>de</strong> professoresneste campo, o que cresceu muito <strong>no</strong>s últimosa<strong>no</strong>s”. Este é o caso, por exemplo, <strong>do</strong>kit <strong>de</strong> formação “A Cor <strong>da</strong> Cultura”, <strong>da</strong> SalaFutura Maré, que está presente em to<strong>da</strong>sas escolas <strong>da</strong> Maré.Um <strong>do</strong>s princípios <strong>do</strong> ProgramaCriança Petrobrasna Maré (PCP Maré),que aten<strong>de</strong> sete escolase uma creche na região,é o trabalho <strong>do</strong>s educa<strong>do</strong>rescom a questão <strong>da</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> étnico-racialcom seus alu<strong>no</strong>s. Assim,diante <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> local,a equipe <strong>do</strong> PCP Maréque atua nas escolasmunicipais Arman<strong>do</strong> <strong>de</strong>Salles Oliveira e IV Centenárioestá trabalhan<strong>do</strong>com várias questões <strong>da</strong>cultura popular e <strong>da</strong> i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>brasileira.Tereza Onã, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong>s projetosnas duas escolas, afirma que “o trabalhoabrange to<strong>da</strong> a cultura popular brasileira, enão somente a questão <strong>do</strong> negro, pois sóassim é possível trabalhar com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong>miscigenação. É um trabalho conjunto entrea escola, alu<strong>no</strong>s, pais e educa<strong>do</strong>res em suasdiferentes linguagens artísticas”.


Releituras <strong>de</strong> clássicos<strong>da</strong> literaturaNa Escola Arman<strong>do</strong> <strong>de</strong> Salles, o projeto “OPeque<strong>no</strong> Príncipe visita o Brasil e conheceVinícius e Ba<strong>de</strong>n” trabalha a questão <strong>de</strong>i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> a partir <strong>da</strong> releitura <strong>do</strong> personagemPeque<strong>no</strong> Príncipe, que chega ao Brasil econhece Vinícius <strong>de</strong> Moraes e Ba<strong>de</strong>n Powell,músicos cria<strong>do</strong>res <strong>do</strong> gênero musical afrosamba. Na Escola IV Centenário, o projeto“África somos nós” mostra a cultura afrobrasileira<strong>no</strong> cotidia<strong>no</strong> <strong>da</strong>s crianças, comona <strong>da</strong>nça, alimentação e língua.Cátia <strong>do</strong>s Santos, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra pe<strong>da</strong>gógica<strong>no</strong> IV Centenário, conta que tenta revertero preconceito encontra<strong>do</strong> em alguns paise mães, principalmente por questõesreligiosas. Ela explica a eles que é umtrabalho pe<strong>da</strong>gógico que faz parte <strong>do</strong> pla<strong>no</strong><strong>da</strong> escola. O objetivo é formar ci<strong>da</strong>dãospolíticos capazes <strong>de</strong> atuar na comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>em que vivem.O jongo, consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> avô <strong>do</strong> samba, é umamanifestação cultural ensina<strong>da</strong> por GenilsonLeite, educa<strong>do</strong>r <strong>de</strong> <strong>da</strong>nças populares <strong>no</strong> IVCentenário. “Uma coisa é religião e outracoisa é cultura. Ensi<strong>no</strong> cultura africana eafro-brasileira e os aju<strong>do</strong> a enten<strong>de</strong>r e arespeitar as diversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s”.Articular questões afro-brasileiras com oque já está <strong>no</strong> currículo escolar não é tãodifícil, já que o <strong>de</strong>scobrimento <strong>do</strong> Brasil,as gran<strong>de</strong>s navegações e vários outrosassuntos já integram essas questões. Ahistória ensina<strong>da</strong> nas escolas não discuteo negro após a escravidão, portanto éessencial que o professor abor<strong>de</strong> esse tema.Os projetos terão suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>encerramento com <strong>da</strong>nça <strong>do</strong> jongo,exposição <strong>de</strong> trabalhos, baiana ensinan<strong>do</strong>a fazer acarajé, lançamento <strong>de</strong> livro <strong>de</strong>pa<strong>no</strong>, entre outras ações envolven<strong>do</strong> to<strong>da</strong>a escola, alu<strong>no</strong>s, pais e responsáveis. “O<strong>no</strong>sso trabalho anseia diminuir ca<strong>da</strong> vezmais a distância e o preconceito entre aspessoas <strong>da</strong> Maré, principalmente entre onegro e o <strong>no</strong>r<strong>de</strong>sti<strong>no</strong>; e a cultura é a melhorferramenta pra isso, sabe por quê? porqueela é alegre!”, finaliza Tereza Onã.Consciência Negra<strong>de</strong> Notícias No 46 - outubro / 20135MaréOs mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Marése consi<strong>de</strong>ram:Apresentações <strong>da</strong>s oficinas <strong>do</strong> PCP nasescolas Arman<strong>do</strong> <strong>de</strong> Salles Oliveira (fotos àesqu.) e <strong>no</strong> IV Centenário (à dir.)49,71% seconsi<strong>de</strong>ram par<strong>do</strong>sFonte: IBGE11,70% seconsi<strong>de</strong>ram pretos“O trabalho nas escolas abrange to<strong>da</strong> acultura popular brasileira, e não somente aquestão <strong>do</strong> negro, pois só assim é possíveltrabalhar com a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> miscigenação”Tereza Onã, <strong>do</strong> PCP MaréIncorporan<strong>do</strong> a cor <strong>da</strong> culturaA Sala Futura Maré realizou, nesse mês <strong>de</strong>agosto, a capacitação “Incorporan<strong>do</strong> a Cor<strong>da</strong> Cultura” com os educa<strong>do</strong>res <strong>do</strong> ProgramaCriança Petrobras na Maré e <strong>de</strong>mais interessa<strong>do</strong>s.Foram propostas reflexões, provocações eativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s diárias sobre a questão <strong>da</strong> raça ei<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> étnico-racial na reali<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira.Ao final <strong>do</strong>s encontros ficou clara a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> se aprofun<strong>da</strong>r mais <strong>no</strong> assunto.Marcelo Wasem, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>da</strong> SalaFutura Maré, conta que “o foco <strong>da</strong> capacitaçãofoi voltar-se para o <strong>de</strong>senvolvimentolocal a partir <strong>da</strong>s questões queatravessam os conceitos <strong>de</strong> raça e i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong>étnico-cultural. Para tanto, propomosações utilizan<strong>do</strong> <strong>do</strong> material didáticojá disponível, o kit A Cor <strong>da</strong> Cultura.”O kit está disponível na Sala Futura (RuaSargento Silva Nunes, 1.012. Nova Holan<strong>da</strong>)e nas escolas <strong>da</strong> Maré, para educa<strong>do</strong>res eprofessores <strong>de</strong>senvolverem propostas <strong>de</strong>trabalhos com seus alu<strong>no</strong>s.


SEUS DIREITOSColuna especialSexto tema:SEUS DIREITOS O mun<strong>do</strong> é <strong>no</strong>sso e o direito é <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s!Equipe Social <strong>da</strong> <strong>Re<strong>de</strong>s</strong> <strong>da</strong> Maré equipesocial@re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare.org.brVocê sabe o que é BPC?<strong>de</strong> Notícias No 46 - outubro / 20136MaréBenefício garante um salário mínimo a i<strong>do</strong>sos e pessoas com <strong>de</strong>ficiência, mesmo que nunca tenham contribuí<strong>do</strong> para o INSSO Benefício <strong>de</strong> Prestação Continua<strong>da</strong> (BPC) faz parte <strong>da</strong> política nacional <strong>de</strong> assistência social e é operacionaliza<strong>do</strong> pelo InstitutoNacional <strong>do</strong> Seguro Social (INSS). Destina-se a i<strong>do</strong>sos e pessoas com <strong>de</strong>ficiência que se enquadrem <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> alguns requisitos,que estarão explica<strong>do</strong>s a seguir. Antes <strong>de</strong> esclarecer como obter o benefício é necessário compreen<strong>de</strong>rmos um pouco sobre apolítica <strong>de</strong> assistência social. A <strong>no</strong>ssa Constituição Fe<strong>de</strong>ral garante que to<strong>da</strong> criança, a<strong>do</strong>lescente, jovem, mulher, homem, i<strong>do</strong>sa oui<strong>do</strong>so tenham suas integri<strong>da</strong><strong>de</strong>s física e psicológica respeita<strong>da</strong>s e preserva<strong>da</strong>s.Para que isso ocorra, a Constituição prevê a Seguri<strong>da</strong><strong>de</strong> Social, que tem como princípio a proteção social para to<strong>do</strong>s. Essa proteçãogarante o direito à saú<strong>de</strong> gratuita para to<strong>do</strong>s os ci<strong>da</strong>dãos através <strong>do</strong> SUS; à Previdência Social para quem contribuir para o INSS; eà Assistência Social que, além <strong>do</strong> BPC, possui uma série <strong>de</strong> outros benefícios, como o Bolsa Família, Bolsa Carioca, Minha CasaMinha Vi<strong>da</strong> etc. A assistência social foi cria<strong>da</strong> para auxiliar as pessoas que não po<strong>de</strong>m trabalhar, não possuem ren<strong>da</strong> e são <strong>de</strong> umafamília que não tem possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ter sustento próprio.Quem tem direito ao BPC?I<strong>do</strong>sos a partir <strong>de</strong> 65 a<strong>no</strong>s e pessoas com <strong>de</strong>ficiência em qualquer i<strong>da</strong><strong>de</strong>, incapacita<strong>da</strong>s para a vi<strong>da</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte e para o trabalho(a <strong>de</strong>ficiência será avalia<strong>da</strong> por profissionais <strong>do</strong> INSS a fim <strong>de</strong> comprovar o diagnóstico e a incapaci<strong>da</strong><strong>de</strong> para o trabalho).Saiba se você tem direitoPara obter o benefício, é necessário calcular a ren<strong>da</strong> familiare o seu valor por pessoa que resi<strong>de</strong> <strong>no</strong> mesmo <strong>do</strong>micílio <strong>do</strong>beneficiário, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> chegar ao máximo em ¼ <strong>de</strong> salário mínimo(ou seja, R$169,50) para ca<strong>da</strong> familiar, incluin<strong>do</strong> a pessoa queestá requeren<strong>do</strong> esse direito.Exemplos <strong>de</strong> cálculo:1) Seu João tem 65 a<strong>no</strong>s, não trabalha e mora com sua esposae três filhos sen<strong>do</strong> que somente um filho trabalha e ganha R$750.Quan<strong>do</strong> dividimos este valor pelo número que pessoas quemoram na casa (os cinco) obtemos o valor <strong>de</strong> R$ 150, ou seja,valor inferior a ¼ <strong>do</strong> salário mínimo. Sen<strong>do</strong> assim, seu João temdireito <strong>de</strong> entrar com o pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> benefício <strong>do</strong> BPC.2) Dona Maria possui uma <strong>de</strong>ficiência física. Ela mora com umairmã e quatro filhos. Apenas a irmã <strong>de</strong> Dona Maria trabalhana casa e ganha R$ 950. Quan<strong>do</strong> dividimos este valor pelosmora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> casa (os seis) obtemos a valor <strong>de</strong> R$ 158,33,ou seja, inferior ao valor <strong>de</strong> ¼ <strong>do</strong> salário mínimo. Sen<strong>do</strong> assim,<strong>do</strong>na Maria tem o direito <strong>de</strong> entrar com o pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> BPC. Nestecaso, vale lembrar que é necessário que <strong>do</strong>na Maria passepor um profissional <strong>do</strong> INSS que faça o diagnóstico <strong>de</strong> sua<strong>de</strong>ficiência antes que o benefício seja libera<strong>do</strong>.Como obter o BPC?Para requerer o BPC, a pessoa i<strong>do</strong>sa ou com <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong>ve procurar uma Agência <strong>do</strong> INSS, preencher o formulário <strong>de</strong> solicitação <strong>do</strong>benefício, apresentar <strong>de</strong>claração <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> <strong>do</strong>s membros <strong>da</strong> família, comprovar residência e apresentar os <strong>do</strong>cumentos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaçãopróprios e <strong>da</strong> família. Para tanto, é necessário fazer o agen<strong>da</strong>mento <strong>do</strong> atendimento, com <strong>da</strong>ta e hora marca<strong>da</strong>.O agen<strong>da</strong>mento po<strong>de</strong> ser feito pelo telefone 135 <strong>da</strong> Central <strong>de</strong> Atendimento <strong>da</strong> Previdência Social (ligação gratuita) ou pela internet<strong>no</strong> site www.previ<strong>de</strong>nciasocial.gov.br.Qual é o valor <strong>do</strong> BPC?Um salário mínimo vigente. Atualmente: R$ 678Quais os postos <strong>do</strong> INSS mais perto <strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Maré?Ramos: Rua Joaquim Gomes, 269Vila <strong>da</strong> Penha: Aveni<strong>da</strong> Meriti, 2661. Tel.: 2121-1007Ilha <strong>do</strong> Governa<strong>do</strong>r : Estra<strong>da</strong> Galeão, 853, Cacuia. Tel.: 2193-1630Para tirar qualquer dúvi<strong>da</strong>, buscar outros locais <strong>de</strong> atendimentoou marcar a i<strong>da</strong> aos postos <strong>da</strong> previdência basta ligar para 135.


Não é só outra morteMortes na Maré imprimem <strong>no</strong>s mora<strong>do</strong>res um misto <strong>de</strong> me<strong>do</strong> e revoltaRosilene MiliottiQuem nunca ouviu a frase:“Era bandi<strong>do</strong>, por isso apolícia matou”? Em maio<strong>de</strong>ste a<strong>no</strong>, cinco pessoasforam mortas pela polícia emum apartamento <strong>no</strong> ConjuntoPinheiro e os mora<strong>do</strong>res foramobriga<strong>do</strong>s a limpar o local.Na<strong>da</strong> <strong>de</strong> perícia ou <strong>no</strong>tíciana imprensa. Um mês <strong>de</strong>pois,outras <strong>no</strong>ve pessoas forammortas pela polícia e boa parte<strong>do</strong>s meios <strong>de</strong> comunicaçãojustificou a chacina dizen<strong>do</strong>que a maioria <strong>da</strong>s vítimas tinhapassagem pela polícia.Os meses se passaram e ninguém falamais na<strong>da</strong>. O que fica é o sentimento<strong>de</strong> naturalização por morte violenta nasfavelas. Para a assistente social GiseleMartins, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> equipe social<strong>da</strong> <strong>Re<strong>de</strong>s</strong> <strong>da</strong> Maré, há uma linha muitotênue entre o me<strong>do</strong> e a revolta por parte<strong>do</strong>s familiares <strong>da</strong>s vítimas. Além disso,a própria família muitas vezes naturalizaa morte porque a vítima fazia parte <strong>do</strong>mun<strong>do</strong> <strong>do</strong> crime ou porque estava na ruaem um horário que não <strong>de</strong>veria estar.Vânia Gomes, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> DigaíMaré, explica que a questão <strong>da</strong> banalização<strong>da</strong> violência na Maré é uma perguntaque <strong>de</strong>ve ser coloca<strong>da</strong>, porémnão existe uma resposta única. “Comorespon<strong>de</strong>r por uma violência que toca aca<strong>da</strong> um <strong>de</strong> forma diferente? Não há nenhumateoria que dê conta <strong>de</strong> explicaro mo<strong>do</strong> particular <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um li<strong>da</strong>r comsituações difíceis em sua vi<strong>da</strong>. Muitasvezes uma aparência <strong>de</strong> banalizaçãoencobre um sofrimento gran<strong>de</strong> que apareceem outro lugar, <strong>de</strong> outro jeito. Nóssó temos a apren<strong>de</strong>r com as pessoasque <strong>no</strong>s procuram e que topam fazerum trabalho <strong>de</strong> subjetivar um sofrimentocom os instrumentos que a psicanáliseoferece”, esclarece ela.O Digaí Maré oferece tratamento psicoterapêuticoem grupo para crianças,a<strong>do</strong>lescentes e adultos. Em oito a<strong>no</strong>s <strong>de</strong>existência, o projeto já realizou cerca <strong>de</strong>mil atendimentos. O objetivo é tornar oprocesso psicanalítico acessível ao mora<strong>do</strong>rque queira elaborar suas própriassaí<strong>da</strong>s ou soluções para momentos difíceis.Mais informações sobre o Digaí Maré na Rua Sofia Azeve<strong>do</strong>, 50, na Nova Holan<strong>da</strong>.SEGURANÇA PÚBLICA<strong>de</strong> Notícias No 46 - outubro / 20137MaréPolicial lê sobre mortes violentas na Conferência Livre <strong>da</strong> Maré, em 2009Rosilene Miliotti / Imagens <strong>do</strong> Povo


ociação <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res?ServiçoASSOCIAÇÕES DEMORADORES DA MARÉLocais e o horários <strong>de</strong> funcionamentoA partir <strong>da</strong> esquer<strong>da</strong>: Cremil<strong>da</strong> (Bento Ribeiro Dantas), Andréa (Nova Holan<strong>da</strong>),Marquinho (Vila <strong>do</strong> João), Osmar (Timbau), Cláudia (Parque Ecológico),Braz (Parque União), Janaína (Vila <strong>do</strong> Pinheiro), Pedro (Conj. Esperança), Altemir(Roquete Pinto), Eunice (Conj.Pinheiro), Charles (Baixa <strong>do</strong> Sapateiro),Carlinhos (Parque Maré), Agacha<strong>do</strong>s: Waldir (Conj. Esperança) e Cristia<strong>no</strong>(Praia <strong>de</strong> Ramos)não soluciona o problema, porque <strong>no</strong> dia seguinte falta luz <strong>de</strong> <strong>no</strong>vo.Queremos que a Light invista na Maré; precisamos <strong>no</strong>s prepararpara o verão, quan<strong>do</strong> o consumo aumenta”, explica Marco AntonioBarcellos, o Marquinho Gargalo, presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> Associação <strong>da</strong> Vila<strong>do</strong> João.Maré po<strong>de</strong>rá ter Bairro MaravilhaEsse é o tom que os atuais dirigentes querem <strong>da</strong>r ao trabalho que<strong>de</strong>senvolvem – um tom mais <strong>de</strong> políticas públicas, <strong>de</strong> planejamentoe não apenas <strong>de</strong> “apagar incêndio”. Por isso, eles participam <strong>de</strong><strong>do</strong>is coletivos: A Maré que Queremos, projeto coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> pela<strong>Re<strong>de</strong>s</strong> <strong>de</strong> Desenvolvimento <strong>da</strong> Maré; e <strong>da</strong> Liga <strong>da</strong>s Associações <strong>de</strong>Mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Maré, que reúne somente os dirigentes. O objetivoé unir esforços para conseguir melhorias estruturantes para as 16comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s.Com isso, várias reuniões com representantes <strong>do</strong>s órgãos públicosvêm ocorren<strong>do</strong>. Em 6 <strong>de</strong> setembro, eles se reuniram com o prefeitoEduar<strong>do</strong> Paes, <strong>no</strong> Palácio <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, em Botafogo. Paes anunciouem primeira mão que implantará na Maré o programa BairroMaravilha. Ele viria ao Conjunto Esperança em 28 <strong>de</strong> setembrolançar o programa, mas o evento foi cancela<strong>do</strong> na véspera.Até o fechamento <strong>de</strong>sta edição, não havia previsão <strong>de</strong> <strong>da</strong>ta parao lançamento <strong>do</strong> programa. Além <strong>do</strong> contato com o prefeito, osdirigentes tentam se reunir com o governa<strong>do</strong>r Sérgio Cabral paracobrar ações <strong>do</strong> esta<strong>do</strong>, entre elas o prometi<strong>do</strong> investimento que aCe<strong>da</strong>e ficou <strong>de</strong> fazer <strong>no</strong> sistema <strong>de</strong> coleta e tratamento <strong>de</strong> esgoto.Associação <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res e Amigos <strong>do</strong> Conjunto EsperançaRua Ma<strong>no</strong>el Falcão A. Maranhão, 19 | Tel.: 2573-5958Segun<strong>da</strong> a sexta feira, <strong>de</strong> 8h às 17hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Vila <strong>do</strong> JoãoRua 14, 224 | Tel.: 3104-9785.Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 8h às 17hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Vila <strong>do</strong> Pinheiroe Salsa e MerengueVia A/1,135 | Telefone: 3109-2576.Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 9h às 18hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Conjunto PinheiroVia B/9 s/nº | Telefone: 3109-2169De segun<strong>da</strong> a <strong>do</strong>mingo, <strong>de</strong> 8h às 24hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parque EcológicoVia B/9 nº 1 | Tel.: 9522-1616.Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 8h às 17hAssociação <strong>do</strong>s Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Morro <strong>do</strong> TimbauRua <strong>do</strong>s Caetés, 131 | Tel.: 3105-7008Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 9h às 17h; sába<strong>do</strong>, <strong>de</strong> 9h às 12hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Baixa <strong>do</strong> SapateiroRua Nova Canaã, nº 8 | Tel.: 2290-1092Segun<strong>da</strong> a sexta, <strong>de</strong> 9h às 12h e <strong>de</strong> 14h às 19hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Conjunto Bento Ribeiro DantasAveni<strong>da</strong> Bento Ribeiro Dantas, s/nº | Tel.: 2005-5980.Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 9h às 16hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Nova MaréRua C, loja 5, quadra 4 | Tel.: 8603-4469 / 8663-7931Segun<strong>da</strong> a sexta, <strong>de</strong> 8h às 12h e <strong>de</strong> 14h às 17hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parque MaréRua Rua Flávia Farnese, 45 – Tel.: 3105-6930Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 9h às 17hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Nova Holan<strong>da</strong>Rua Sargento Silva Nunes, 1008 | Telefone: 3105-7148Segun<strong>da</strong> a sexta, <strong>de</strong> 9h às 18hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parque Rubens VazRua João Araújo, 117 | Tel.: 3105-7146.Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 9h às 12h e <strong>de</strong> 13h às 18hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parque UniãoRua Ary Leão, 33 | Telefone: 3882-5510.Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 8h às 11h30 e <strong>de</strong> 13h às 17hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Parque Roquete PintoRua Ouricuri, 135 | Tel.: 3026-6998Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 9h às 17hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Praia <strong>de</strong> RamosLargo <strong>da</strong> Felici<strong>da</strong><strong>de</strong>, nº 2. Tel: 3104-6124.Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 8h às 16hAssociação <strong>de</strong> Mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong> Conjunto Marcílio DiasAveni<strong>da</strong> Lobo Júnior, 83Segun<strong>da</strong> a sexta-feira, <strong>de</strong> 9h às 17h; sába<strong>do</strong>, <strong>de</strong> 8h às 12h<strong>de</strong> Notícias No 46 - outubro / 20139Maré


10POLÍTICAS PÚBLICASMaré <strong>de</strong> Notícias N o 46 - outubro / 2013Foi um “canal”que passou emminha vi<strong>da</strong>Boa <strong>no</strong>tícia: a prefeitura está investin<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong><strong>Cunha</strong>. Já <strong>no</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> Fundão, que passou porobras <strong>do</strong> gover<strong>no</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> em 2010 e 2011, ospesca<strong>do</strong>res continuam com problemas<strong>de</strong> navegaçãoos mora<strong>do</strong>res <strong>da</strong>Maré, principalmentecom a prevenção <strong>de</strong>enchentes por meio <strong>do</strong>sserviços <strong>de</strong> <strong>de</strong>sobstrução<strong>do</strong> canal. Há mais <strong>de</strong> 10 a<strong>no</strong>s,os pesca<strong>do</strong>res <strong>da</strong> Maré não veemuma limpeza <strong>do</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> <strong>Cunha</strong>.Hélio Eucli<strong>de</strong>sElisângela LeiteDescontentamento com as obras<strong>do</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> FundãoOs canais <strong>do</strong> entor<strong>no</strong> <strong>da</strong> Maré já sãotema <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate há algum tempo <strong>no</strong>Maré <strong>de</strong> Notícias. Na edição 11, <strong>de</strong><strong>no</strong>vembro <strong>de</strong> 2010, na reportagemintitula<strong>da</strong> “Canais <strong>do</strong> Fundão e <strong>do</strong><strong>Cunha</strong> pe<strong>de</strong>m passagem”, foi discuti<strong>da</strong>a obra <strong>de</strong> dragagem realiza<strong>da</strong> naquelaépoca. Em <strong>no</strong>vembro <strong>de</strong> 2011, naedição 23, <strong>no</strong> texto “Debaixo <strong>da</strong> grama”,foi abor<strong>da</strong><strong>do</strong> o que tinham feito coma lama retira<strong>da</strong>. Passa<strong>do</strong>s quase trêsa<strong>no</strong>s <strong>de</strong>sta obra que foi toca<strong>da</strong> pelogover<strong>no</strong> <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> a um custo <strong>de</strong> R$270 milhões, o tema é retoma<strong>do</strong> pornós para saber como ficou o <strong>Canal</strong><strong>do</strong> Fundão. Outro ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>bate éa intervenção que a prefeitura estárealizan<strong>do</strong> <strong>no</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> <strong>Cunha</strong>, com oobjetivo <strong>de</strong> prevenir alagamentos <strong>da</strong>shabitações próximas à margem.No <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> <strong>Cunha</strong>, a Fun<strong>da</strong>ção Rio-Águas realiza obra <strong>de</strong> canalização e<strong>de</strong>sassoreamento <strong>no</strong> trecho entre a Aveni<strong>da</strong>Leopol<strong>do</strong> Bulhões e o <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> Fundão.A assessoria <strong>de</strong> imprensa informou quea limpeza mecânica <strong>do</strong> canal está eman<strong>da</strong>mento, ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> o trechoaté a Av. Brasil. Foram retira<strong>do</strong>s mais <strong>de</strong>18 mil metros cúbicos <strong>de</strong>18 material assorea<strong>do</strong><strong>do</strong> fun<strong>do</strong> <strong>do</strong> rio. A estima<strong>da</strong> é a retira<strong>da</strong> <strong>de</strong>70 mil metros cúbicos. O investimento é <strong>de</strong>R$ 31,7 milhões e a conclusão está previstapara <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>ste a<strong>no</strong>.A intenção é beneficiar os mora<strong>do</strong>res <strong>do</strong>Bairro Carioca <strong>de</strong> Triagem e usuários <strong>do</strong>strens, com a eliminação <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> alagamento.A obra também vai favorecerJá o <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> Fundão, apesar <strong>da</strong> aparênciamais harmoniosa, ain<strong>da</strong> escon<strong>de</strong> impurezas<strong>no</strong> fun<strong>do</strong>. O <strong>de</strong>spejo <strong>de</strong> esgoto in natura (semqualquer tratamento), proveniente <strong>de</strong> indústriase <strong>do</strong>micílios, continua diariamente, pois nãohouve obra <strong>de</strong> coleta e tratamento <strong>do</strong>s <strong>de</strong>jetos.“Ficou péssimo <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> obra. Quan<strong>do</strong> amaré está baixa dá para ver o esgoto. Se nãosairmos <strong>de</strong> madruga<strong>da</strong>, per<strong>de</strong>mos o dia. Foiuma maquiagem, tiraram lama <strong>de</strong> um lugar ecolocaram em outro”, observa o pesca<strong>do</strong>r <strong>da</strong>Vila <strong>do</strong> Pinheiro, Norival Pedro <strong>de</strong> Mello. Seucolega <strong>de</strong> profissão, Gilberto Coura, o Gil, tema mesma opinião. “Tem que dragar tu<strong>do</strong>, o queLixo próximo ao mangue


não aconteceu. A empreiteira só fez a Ponte <strong>do</strong>Saber e cercou o mangue”, conta <strong>de</strong>sanima<strong>do</strong>.Os pesca<strong>do</strong>res são os mais revolta<strong>do</strong>s coma situação após a obra. “O projeto <strong>no</strong> papelera lin<strong>do</strong>, até um píer iriam fazer. Os órgãosvêm com tanta promessa, acreditamos ena<strong>da</strong>. Dá pena <strong>da</strong> gente”, comenta AntonioDomingos. O presi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> organização nãogovernamental Olhar <strong>do</strong> Mangue, JoséAlailton, ressalta a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>barcos navegarem, e que na re<strong>de</strong><strong>de</strong> pesca não vem peixe esim lixo. “Uma promessanão cumpri<strong>da</strong> foia construção <strong>do</strong>s píeres <strong>da</strong> Vila <strong>do</strong> Pinheiro,Parque União e Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Universitária. Na épocaos pesca<strong>do</strong>res visitaram a obra e constataramque não existia a separação <strong>de</strong> materiais e nãoocorreu um estu<strong>do</strong> técnico a<strong>de</strong>qua<strong>do</strong>”, aponta.José Augusto Lopes, também pesca<strong>do</strong>r, dizque a obra não favoreceu nem o seu trabalhonem o mora<strong>do</strong>r. “Só encalhamos. Tem queaumentar a profundi<strong>da</strong><strong>de</strong> para uns setemetros. Hoje com a maré alta dá um metro,isso não é canal <strong>de</strong> navegação”, afirma.“De fato o projeto <strong>de</strong> dragagem <strong>do</strong> <strong>Canal</strong><strong>do</strong> Fundão previa uma série <strong>de</strong> obras“Quan<strong>do</strong> a maré está baixadá para ver o esgoto. Senão sairmos <strong>de</strong> madruga<strong>da</strong>per<strong>de</strong>mos o dia. Foi umamaquiagem, tiraram lama <strong>de</strong> umlugar e colocaramem outro “(sobre a obra <strong>do</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> Fundão)Norival Pedro <strong>de</strong> Mellopesca<strong>do</strong>r <strong>da</strong> Vila <strong>do</strong> Pinheirocomplementares como o cota<strong>do</strong> píer<strong>do</strong>s pesca<strong>do</strong>res que, apesar <strong>de</strong> seremcontraparti<strong>da</strong>s sociais, não saíram <strong>do</strong>papel. Através <strong>do</strong> Olhar <strong>do</strong> Mangue,estamos organizan<strong>do</strong> um <strong>do</strong>ssiê queserá encaminha<strong>do</strong> com fotos e ví<strong>de</strong>osao Ministério Público com pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong>providências”, conta o ambientalista SérgioRicar<strong>do</strong>.O Maré entrou em contato com a SecretariaEstadual <strong>de</strong> Meio Ambiente, mas até ofechamento <strong>de</strong>sta edição, o órgão não haviarespondi<strong>do</strong> os questionamentos feitos sobrea obra <strong>do</strong> <strong>Canal</strong> <strong>do</strong> Fundão.11Políticas PúblicasMaré <strong>de</strong> Notícias N o 46 - outubro / 2013


12NOTASO que acontece e o que não <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> acontecer por aquiUma ponte entre Maré e VascoUma parceria está <strong>da</strong>n<strong>do</strong> oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong> para atletas realizarem testenum gran<strong>de</strong> clube. A Escolinha <strong>do</strong> Mário, que funciona na ciclovia <strong>do</strong>Conjunto Pinheiro com apoio <strong>do</strong> Instituto Roberto Dinamite <strong>de</strong> Futsal,levou quatro meni<strong>no</strong>s para avaliação <strong>no</strong> Vasco. Foram os primeiros<strong>do</strong> grupo que será convoca<strong>do</strong> para o exame. Nessa primeira leva osescolhi<strong>do</strong>s foram os zagueiros Juan Rodrigues, <strong>de</strong> 7 a<strong>no</strong>s, e FranciscoIvan, <strong>de</strong> 8; e os atacantes Rafael Sousa, <strong>de</strong> 8, e Wen<strong>de</strong>l Lima, <strong>de</strong> 13.Maré <strong>de</strong> Notícias N o 46 - outubro / 2013Elisângela Leite“Sinto-me em casa aqui. Foi muito legal fazer o teste. Na próxima achoque tenho chance <strong>de</strong> passar. Meu sonho é ser joga<strong>do</strong>r <strong>de</strong> futebol”, confessaWen<strong>de</strong>l, que treina <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os 4 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> i<strong>da</strong><strong>de</strong>.A escolinha existe há 17 a<strong>no</strong>s, já ten<strong>do</strong> envia<strong>do</strong> um meni<strong>no</strong> para oBotafogo. “Aqui as portas estão abertas para a garota<strong>da</strong>. Faço esse trabalho,pois na minha época não tinha essa força”, lembra o ex-joga<strong>do</strong>r<strong>do</strong> Madureira e treina<strong>do</strong>r Mário Alves. A escolinha conta com 82 meni<strong>no</strong>se seis meninas e funciona às terças e quintas, <strong>da</strong>s 16 às 20h. Otreinamento é gratuito.Rosilene MiliottiPara<strong>da</strong> gay <strong>da</strong> Vila <strong>do</strong> João atrai 8 milCerca <strong>de</strong> 8 mil pessoas participaram <strong>da</strong> 5ª Para<strong>da</strong> Gay – Maré sempreconceito, realiza<strong>da</strong> <strong>no</strong> <strong>do</strong>mingo, 6 <strong>de</strong> outubro, na Vila <strong>do</strong> João e naVila <strong>do</strong> Pinheiro. “Queremos mostrar à socie<strong>da</strong><strong>de</strong> que a comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>LGBT vive feliz. A Vila <strong>do</strong> João é pacífica e po<strong>de</strong>mos ir e vir sem nenhumtipo <strong>de</strong> preconceito”, conta Alberto Araújo Duarte, o Beto, organiza<strong>do</strong>r <strong>do</strong>evento, que contou com a presença <strong>de</strong> David Brasil, Susy Brasil e transformistas<strong>do</strong> Rio.


13Boxea<strong>do</strong>r <strong>da</strong> Marérumo ao mundialESPORTERosilene MiliottiCuriosi<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>de</strong>fesa pessoal, essesforam os motivos que levaramo mora<strong>do</strong>r <strong>da</strong> Maré a praticar boxe<strong>no</strong> Luta Pela Paz, em 2001. “Minhamãe ficou muito preocupa<strong>da</strong> e chegoua pedir para eu parar com essai<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> lutar boxe. Minha famíliaincentiva, mas minha mãe ain<strong>da</strong>tem me<strong>do</strong> <strong>de</strong> que eu me machuque”,brinca Roberto Custódio que,em setembro, sagrou-se campeãoContinental na categoria até 69kg.Engana-se quem pensa que vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> atleta éfácil. Roberto confessa que teve dúvi<strong>da</strong> emcontinuar <strong>no</strong> esporte, principalmente quan<strong>do</strong>foi convoca<strong>do</strong> para a seleção brasileira <strong>de</strong>boxe, que treina em São Paulo. “Na épocaminha esposa estava grávi<strong>da</strong> e não queriaO boxea<strong>do</strong>r Roberto Custódio tor<strong>no</strong>u-se campeão Continental<strong>de</strong> Boxe na categoria até 69 kg e se prepara para participar <strong>do</strong>Mundial, a partir <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> outubro, <strong>no</strong> Cazaquistão<strong>de</strong>ixá-la sozinha. Mas ela me incentivoue foi muito forte em passar esses mesespraticamente sozinha em um momento final<strong>de</strong> gestação. Nossa filha nasceu bem e euestava em uma competição <strong>no</strong> momento <strong>do</strong>nascimento <strong>de</strong>la, por isso não pu<strong>de</strong> estarpresente”, lamenta.Como i<strong>de</strong>ntificar um atletaSegun<strong>do</strong> Roberto, a <strong>de</strong>dicação a um esportefaz muita diferença, mas nem to<strong>do</strong>s quetreinam chegarão a ser um atleta <strong>de</strong> altorendimento. Ele mesmo não pensava em seratleta <strong>de</strong> seleção. “Com o passar <strong>do</strong> tempo,isso foi viran<strong>do</strong> uma meta. Agora é só umaquestão <strong>de</strong> tempo e logo teremos maisjovens <strong>da</strong> Maré aqui em São Paulo treinan<strong>do</strong>na seleção”, acredita ele.Para Luke Dowdney, fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r <strong>do</strong> Luta pelaPaz, situa<strong>do</strong> na Nova Holan<strong>da</strong>, existe umprocesso <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação para saber seum a<strong>do</strong>lescente tem potencial para serum atleta, mas é importante dizer queo <strong>do</strong>m <strong>do</strong> boxe não dá para ensinar. “Otreina<strong>do</strong>r percebe alguns elementos, comocoor<strong>de</strong>nação motora avança<strong>da</strong>, inteligência<strong>no</strong> ringue, habili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ler o adversárioe a vonta<strong>de</strong> <strong>de</strong> lutar. Uma combinação <strong>de</strong>talento, empenho e gosto para o que faz”,explica. No caso <strong>de</strong> Roberto, o treina<strong>do</strong>rGibi foi quem o acompanhou <strong>de</strong> perto atéa convocação <strong>do</strong> rapaz para a seleção.Sobre a vitória <strong>de</strong> Roberto, Luke diz queele é um atleta <strong>de</strong> projeção mundial comgran<strong>de</strong>s chances <strong>de</strong> ir para os jogosolímpicos <strong>de</strong> 2016. O Luta, que fica naNova Holan<strong>da</strong>, é um projeto que nasceucom o objetivo <strong>de</strong> acolher jovens quemuitas vezes são vistos como problema,mas que hoje é procura<strong>do</strong> pelos mora<strong>do</strong>resem geral.DivulgaçãoMaré <strong>de</strong> Notícias N o 46 - outubro / 2013


14CULTURAImagens <strong>do</strong> povo, para o povoFotógrafos <strong>do</strong> Imagens <strong>do</strong> Povo expõem ensaios <strong>de</strong> artecontemporânea <strong>no</strong> Centro <strong>do</strong> RioFabíola Loureiroveri-vgMaré <strong>de</strong> Notícias N o 46 - outubro / 2013Até 10 <strong>de</strong> <strong>no</strong>vembro é possível visitar aexposição “Na Teia <strong>da</strong> Memória - Mostracoletiva <strong>do</strong> Programa Imagens <strong>do</strong> Povo”,<strong>no</strong> Centro Cultural <strong>da</strong> Justiça Fe<strong>de</strong>ral. Aexposição é o resulta<strong>do</strong> <strong>da</strong> capacitaçãoque o programa Imagens <strong>do</strong> Povo, <strong>do</strong>Observatório <strong>de</strong> Favelas, ofereceu a seusfotógrafos, com o objetivo <strong>de</strong> habilitar osalu<strong>no</strong>s para operar <strong>no</strong> circuito <strong>da</strong> arte.Elisângela Leite, mora<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Nova Holan<strong>da</strong>,fotógrafa <strong>do</strong> Imagens e <strong>do</strong> Maré <strong>de</strong> Notícias, dizque teve um pouco <strong>de</strong> dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> em ir para aarte contemporânea, pois sua formação vem<strong>da</strong> área <strong>do</strong>cumental. “O curso aju<strong>do</strong>u a analisar<strong>no</strong>sso material, saber o que é contemporâneo eampliar <strong>no</strong>sso olhar <strong>de</strong> fotógrafo. Escolhi falar <strong>da</strong>rua on<strong>de</strong> moro por ser muito diverti<strong>da</strong>. As criançasficam <strong>da</strong>nçan<strong>do</strong>, os vizinhos tomam cerveja efazem churrasquinho, fazem seu lazer aqui”, contaElisângela.O Coletivo Pandilla Fotográfica, forma<strong>do</strong> pelosfotógrafos Américo Júnior, Bru<strong>no</strong> Morais e LéoMelo, <strong>de</strong>senvolveu o trabalho em Nova Friburgocom pessoas que tiveram suas casas atingi<strong>da</strong>spelas enchentes, mas que conseguiram recuperaralgum objeto <strong>de</strong> valor sentimental para elas.“Nosso tema é o <strong>de</strong>s<strong>do</strong>bramento <strong>de</strong> um projetoque fizemos em 2011, na Região Serrana, logoapós a tragédia causa<strong>da</strong> pelas chuvas <strong>de</strong> janeiro.Voltamos aos lugares que tínhamos visita<strong>do</strong>, naintenção <strong>de</strong> fotografar rastros <strong>de</strong>ssa paisagemsubjetiva que paira <strong>no</strong> município. Para chegarao resulta<strong>do</strong>, fotografamos a pessoa e o objetosepara<strong>da</strong>mente, unin<strong>do</strong>-os <strong>de</strong>pois <strong>no</strong> programa <strong>de</strong>edição”, explica Léo.Joana Mazza, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>ra <strong>do</strong> Imagens <strong>do</strong> Povo,explica que a escolha <strong>do</strong> tema foi feita pelos própriosalu<strong>no</strong>s e to<strong>da</strong> a produção foi acompanha<strong>da</strong> pelacoor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> curso. “A exposição é o resulta<strong>do</strong><strong>de</strong> um processo coletivo <strong>de</strong> elaboração com osalu<strong>no</strong>s. Eles escolheram o tema e <strong>de</strong>senvolveramseus ensaios ao longo <strong>do</strong> a<strong>no</strong>. Além disso, elesparticiparam <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> cura<strong>do</strong>ria, <strong>do</strong> projetoexpográfico e <strong>da</strong> montagem”, pontua ela.Exposição “Na teia<strong>da</strong> memória: Mostracoletiva <strong>do</strong> ProgramaImagens <strong>do</strong> Povo”Centro Cultural Justiça Fe<strong>de</strong>ral<strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro (CCJF)Av. Rio Branco, 241, CentroVisitação: <strong>de</strong> 02/10 a 10/11Terça a <strong>do</strong>mingo, <strong>de</strong> 12h às 19hEntra<strong>da</strong> gratuita


Rosilene MiliottiLona culturalHerbert ViannaPROGRAME-SE !OficinasVeja a programação completaem www.re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare.org.brENTRADA GRATUITA!Elisângela LeiteCine RabiolaFilmes infanto-juvenis to<strong>da</strong>sas sextas, às 16h3004/10 – Valente11/10 – Ratatouile18/10 – Mary Poppins25/10 – Hotel TransylvaniaDesenho BásicoA partir <strong>de</strong> 10 a<strong>no</strong>s2 as , <strong>de</strong> 10 às 12hProf.: Jandir Leite MoreiraLona Música Livre5ª feira, 17/10, às 19hShow com a ban<strong>da</strong> LosChivitos e convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s.Intervenções, projeções,<strong>da</strong>nça, poesia, DJs emuito mais!Artesanato (Módulo I: Fuxico)A partir <strong>de</strong> 14 a<strong>no</strong>s2 as , <strong>de</strong> 8 às 10hProf.: Jandir Leite MoreiraOficina <strong>de</strong> MC’sA partir <strong>de</strong> 12 a<strong>no</strong>s2 as , 4 as <strong>de</strong> 15 às 17hProfessor: SuccoProgramação para outubroCep 20 000Com Chacal e convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s6ª feira, 25/10, às 20hO Centro <strong>de</strong>Experimentação Poética(CEP 20 000)vem à Lona pela primeira vez!Agricultura UrbanaA partir <strong>de</strong> 14 a<strong>no</strong>s5ª feira, 9h às 11h30Oficina <strong>do</strong> projeto Mu<strong>da</strong> Maré (UFRJ)Dança <strong>de</strong> salãoA partir <strong>de</strong> 16 a<strong>no</strong>sSáb., <strong>de</strong> 18 às 20hProf.: Roberto QueirózFavela Rock Show6ª feira, 18/10, às 20hCom as ban<strong>da</strong>sThrashera e SakhetculturaR. Ivanil<strong>do</strong> Alves, s/n - Nova MaréTels.: 3105-6815 / 7871-7692lona<strong>da</strong>mare@gmail.comFACE: Lona <strong>da</strong> Maré / Twitter: @lona<strong>da</strong>mareBiblioteca Popular Municipal Jorge Ama<strong>do</strong>Ao la<strong>do</strong> <strong>da</strong> Lona, aten<strong>de</strong> a to<strong>da</strong> a Maré: Amplo acervo,brinque<strong>do</strong>teca, gibiteca e empréstimo <strong>do</strong>miciliarDivulgação15CULTURAMaré <strong>de</strong> Notícias N o 46 - outubro / 2013Dança <strong>de</strong> RuaSegun<strong>da</strong>s, 17h30 às 18h30iniciante18h30 às 19h30avança<strong>do</strong>Consciência CorporalTerças, 17h30 às 19h30Com Lylien VassPercussãoTerças, 19h30 às 21h30Com Marcelo Sant’Annaaulas recomeçam em 20 <strong>de</strong> agostoOFICINASDança criativaQuarta: 17h30 às 18h30Com Jeane LimaDança contemporâneaQuarta, 18h30 às 19h30Com Jeane LimaCorpo e ExpressãoSexta, 17h30 às 18h30Com Talitta ChagasDança <strong>de</strong> salãoSexta, 18h30 às 20h30Com Roberto QueirozRECEITA - Envia<strong>da</strong> pela Rosana Alves, aluna forma<strong>da</strong> pelo Maré <strong>de</strong> SaboresCheesecake com cal<strong>da</strong> <strong>de</strong> goiaba<strong>da</strong>Ingredientes:- 1 pacote <strong>de</strong> biscoito maisena (125g)- Manteiga amoleci<strong>da</strong> (75g/ 4 colheres)- Cream cheese (300g)-Açúcar <strong>de</strong> confeiteiro (60g)- Essência <strong>de</strong> baunilha (5 ml/ 1 colher<strong>de</strong> chá)- Suco <strong>de</strong> limão (5 ml/ 1 colher <strong>de</strong> chá)- 3 ovos- Goiaba<strong>da</strong> (500g)Mo<strong>do</strong> <strong>de</strong> preparar:1- Bata os biscoitos em um liquidifica<strong>do</strong>r até que vire farelo;2- Junte a manteiga ao farelo e amasse até que fique uma massa compacta;3- Pressione essa mistura em uma forma <strong>de</strong> fun<strong>do</strong> removível <strong>de</strong> 20 cm <strong>de</strong> diâmetro;4- Pressione bem os la<strong>do</strong>s para que eles fiquem mais altos que o fun<strong>do</strong>;5- Bata junto o cream cheese, a essência <strong>de</strong> baunilha, o suco <strong>de</strong> limão, o açúcare os ovos, até que fique uma mistura cremosa;6- Bata o creme <strong>de</strong> leite e junte a mistura ao cream cheese;7- Espalhe sobre a massa <strong>do</strong> biscoito e alise com uma espátula.Asse em for<strong>no</strong> pré aqueci<strong>do</strong> (180°c) por 40 minutos ou até a superfície <strong>do</strong>urar.Cal<strong>da</strong> <strong>de</strong> goiaba<strong>da</strong>:Em uma panela aqueça a goiaba<strong>da</strong>, o suco <strong>de</strong> limão e 1 xícara <strong>de</strong> chá <strong>de</strong> água.Cozinhe em fogo baixo. Quan<strong>do</strong> estiver morna <strong>de</strong>speje a cobertura sobre a torta.R. Bitencourt Sampaio, 181 Nova Holan<strong>da</strong>.Programação <strong>no</strong> localou pelo tel. 3105-7265 De 2 a a 6 a , <strong>de</strong> 14h às 21h30Elisângela Leite


16ESPAÇO ABERTOMaré <strong>de</strong> Notícias N o 46 - outubro / 2013Envie seu <strong>de</strong>senho, foto, poesia, pia<strong>da</strong>, receita ou sugestão <strong>de</strong> matéria.Rua Sargento Silva Nunes, 1.012 – Nova Holan<strong>da</strong> Tel.: 3104-3276 – E-mail: comunicacao@re<strong>de</strong>s<strong>da</strong>mare.org.brAlu<strong>no</strong>s <strong>do</strong> Programa Integra<strong>do</strong> <strong>da</strong> UFRJ paraEducação <strong>de</strong> Jovens e Adultos, <strong>da</strong> Nova Holan<strong>da</strong>,<strong>de</strong>batem temas <strong>de</strong> interesse local a partir<strong>da</strong> leitura <strong>do</strong> Maré <strong>de</strong> Notícias. O uso <strong>do</strong> jornalem sala <strong>de</strong> aula é incentiva<strong>do</strong> pela professoraRenata Vieira Reis. Em um trabalho recentesobre cartas <strong>do</strong> leitor, os alu<strong>no</strong>s escreveram algunstextos sobre reportagens <strong>do</strong> jornal. Leiamabaixo:“Sobre a reportagem ‘Cadê a kombi que estavaaqui?’ <strong>da</strong> edição nº 45, nós achamos que aquina Maré muita gente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong>s vans e kombis,e ao invés <strong>de</strong> tirar, seria bom que legalizasseas vans pra gente po<strong>de</strong>r usar o bilhete único.Só essas duas linhas que vão continuar não vãobeneficiar to<strong>do</strong>s os trabalha<strong>do</strong>res que precisam<strong>de</strong>sse transporte.”pra Maré participar <strong>do</strong> MaréMaré em <strong>de</strong>bateRenata Vieira Reis“Sobre a reportagem ‘Cadê o carteiro?’ <strong>da</strong> ediçãonº 44, nós gostaríamos <strong>de</strong> saber quem realmenteé o responsável pela i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>sruas e casas na Maré. Se o correio não recebe ai<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s ruas, a culpa é <strong>da</strong> Associação?”“Nós achamos que se não fosse a colaboração<strong>do</strong>s mora<strong>do</strong>res, as cartas não chegariam nas<strong>no</strong>ssas casas.”Nota <strong>da</strong> Re<strong>da</strong>ção: São cinco comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>Maré sem entrega <strong>de</strong> correspondência <strong>do</strong>miciliar.As associações <strong>de</strong> mora<strong>do</strong>res, na ver<strong>da</strong><strong>de</strong>,se veem obriga<strong>da</strong>s a cumprir essa tarefa que seria<strong>do</strong>s Correios. A empresa alega que somentequan<strong>do</strong> to<strong>da</strong>s as ruas estiverem com <strong>no</strong>mes e ascasas com números <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente oficializa<strong>do</strong>spela Câmara <strong>de</strong> Verea<strong>do</strong>res, os Correios po<strong>de</strong>rãogerar os CEPs e iniciar a entrega <strong>do</strong>miciliar.Garanta o seu jornalBusque um exemplarMora<strong>do</strong>resarquivo Ana Carolinana Associação <strong>de</strong><strong>da</strong> sua comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>!to<strong>do</strong>s os meses!Mora<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Marépresenteia Jessie J<strong>no</strong> Rock in RioAna Carolina Oliveira, mora<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> Baixa <strong>do</strong> Sapateiro,foi ao Rock in Rio <strong>no</strong> dia 15 <strong>de</strong> setembro paraassistir o show <strong>da</strong> britânica Jessie J e acabou viran<strong>do</strong>matéria <strong>da</strong> TV Globo. Ela, que é fã <strong>de</strong>clara<strong>da</strong><strong>da</strong> cantora, conseguiu um fato inusita<strong>do</strong>: jogou seuursinho <strong>no</strong> palco, o empresário pegou e o entregoupara Jessie J. “Ela não gosta que joguem coisas <strong>no</strong>palco, nem acreditei quan<strong>do</strong> ela pegou”, conta.Carol ganhou esse ursinho <strong>do</strong> pai quan<strong>do</strong> tinha apenas7 a<strong>no</strong>s. Sempre teve o maior cui<strong>da</strong><strong>do</strong> com eleaté que resolveu presentear a cantora. “Chorei, fiqueibem emociona<strong>da</strong>, foi missão cumpri<strong>da</strong> quan<strong>do</strong>a vi seguran<strong>do</strong> o ursinho”, finaliza Carol.São Cosme e DamiãoSr. Reinal<strong>do</strong>, mora<strong>do</strong>r <strong>da</strong> Nova Holan<strong>da</strong>, fez umapromessa para os santos Cosme e Damião e há 7a<strong>no</strong>s distribui <strong>do</strong>ces <strong>no</strong> dia 27 <strong>de</strong> setembro. A tradiçãoestá se per<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, mas muitas crianças pegamas mochilas e saem corren<strong>do</strong> atrás <strong>de</strong> <strong>do</strong>ces. Mães,pais, tias e tios acompanham a criança<strong>da</strong> na caça<strong>da</strong>aos <strong>do</strong>ces e brinque<strong>do</strong>s. E apesar <strong>de</strong> não serferia<strong>do</strong>, alguns professores liberaram os alu<strong>no</strong>s <strong>da</strong>saulas neste dia. São Cosme e Damião são consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>sprotetores <strong>da</strong>s crianças.AMOR VERDADEIRODiogo <strong>do</strong>s Santos)Rin<strong>do</strong>atoaUm casal toman<strong>do</strong> sol e comen<strong>do</strong> churrasco quan<strong>do</strong> o mari<strong>do</strong> diz: EU TE AMO!E a mulher pergunta: É você que está falan<strong>do</strong> ou já é á cerveja?E o mari<strong>do</strong> diz: Sou eu que estou falan<strong>do</strong>... pra cervejA.Rosilene Miliotti

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