4.2. ESCOPO DA MATRIZ DECOMPETÊNCIAS E DE HABILIDADES EM LEITURA 6A matriz de competências e habilidades em leitura embasa-se em teoriasatuais da aprendizagem e nos enfoques modernos da lingüística, da teoria <strong>do</strong>letramento, da psicolingüística, da sociolingüística e da análise <strong>do</strong> discurso,áreas interdisciplinares que acentuam a importância <strong>do</strong> processo, da atividade<strong>do</strong> sujeito que aprende, que lê, que escreve. A matriz, por meio de habilidades,descreve estratégias cognitivas, elementos afetivos, elementos lingüísticos,experiências sociais e modelos culturais que intervêm no ato de ler.Além das habilidades de leitura previstas na matriz, há que se destacar acomplexidade lexical, frasal e textual que determinará a construção de itenscom níveis de dificuldades gradativas que permitam identificar os leitoresprecários e os leitores competentes. <strong>Por</strong> isso, os textos devem ser relaciona<strong>do</strong>scom os níveis de analfabetismo funcional, sen<strong>do</strong>, portanto, necessárioincluir os conteú<strong>do</strong>s e os formatos com que os adultos se defrontam,normalmente, em situações cotidianas. <strong>Por</strong> essa razão, foram incluídas habilidadesrelativas ao <strong>do</strong>mínio de leitura sobre tabelas, anúncios, títulos, avisos,instruções, notícias, artigos de revistas etc.Foram definidas três dimensões de práticas sociais de leitura.a. Ler para informar-se – Ao ler para informar-se, o leitor necessita conhecera estrutura textual ou forma de organização para desenvolver a compreensão.A leitura para informação é mais com<strong>um</strong>ente associada a livro-texto, fontes deinformação primárias e secundárias, a jornais, a artigos de revista etc;b. Ler para executar tarefas – Quan<strong>do</strong> o leitor lê com o objetivo de executartarefas, ele usa a estrutura <strong>do</strong> texto para orientá-lo como selecionar,compreender e aplicar informação. Exemplo desses textos são tabelas,horários de trens e de ônibus, instruções de jogos, procedimentos dedetermina<strong>do</strong>s locais como sala de aula, biblioteca etc. Além de formulários,cupons, receitas médicas, mapas, garantias de produtos, receitasculinárias, memoran<strong>do</strong>s etc;c. Ler para familiarizar-se com a cultura literária – O leitor traz sua experiênciae conhecimento para o texto quan<strong>do</strong> antecipa eventos, idealiza ambiente,prevê conseqüências, analisa ações e reflete sobre a linguagem <strong>do</strong>s textos6. As matrizes de competências e habilidades encontram-se no Anexo deste relatório.33
literários. Vários tipos de textos são associa<strong>do</strong>s com a leitura para experiêncialiterária, incluin<strong>do</strong>, romances, contos, poemas, peças de teatro, lendas etc.É preciso frisar, ainda, que, ao enfocarem-se as funções práticas de leitura,não se está minimizan<strong>do</strong> a importância de <strong>um</strong> programa de ensino de leituramais artístico, rico em literatura e que inclua leitura informativa e recreativa,além de jornais, revistas e outros tipos de publicações. O que se deseja é queto<strong>do</strong>s os usos de leitura seleciona<strong>do</strong>s exerçam funções legítimas na perspectivade práticas sociais de letramento que atendam efetivamente às necessidadessociais, políticas e profissionais de leitura <strong>do</strong>s alfabetizan<strong>do</strong>s adultos.4.3. ESCOPO DA MATRIZ DE COMPETÊNCIASE DE HABILIDADES EM NUMERIZAÇÃO 7Ser alfabetiza<strong>do</strong> matematicamente significa ter as competências matemáticasbásicas que permitem enfrentar situações da vida e da profissão querequerem conhecimentos matemáticos.Abrantes (1998, pp. 52-53), discutin<strong>do</strong> o papel da resolução de problemasno currículo de matemática, afirma que:Tem-se dito por vezes, e com alg<strong>um</strong>a razão, que a resolução de problemasé, ao mesmo tempo, <strong>um</strong> objetivo, <strong>um</strong> conteú<strong>do</strong> e <strong>um</strong> méto<strong>do</strong>. Nos nossosprogramas escolares de Matemática, a capacidade de resolver problemassurge habitualmente, embora sem o destaque que merecia, como <strong>um</strong> <strong>do</strong>sobjetivos a alcançar. Mas a inexistência de <strong>um</strong> plano compatível, ao nível<strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s e das meto<strong>do</strong>logias, transforma essa capacidade em <strong>um</strong>objetivo vago, em relação ao qual raramente se encontram o espaço e otempo adequa<strong>do</strong>s. Um pressuposto essencial para que a resolução deproblemas ocupe <strong>um</strong> lugar central no currículo consiste em aceitar-seque o ensino de matemática se deve orientar para os processos e não paraos conteú<strong>do</strong>s. Este é <strong>um</strong> passo difícil, mas necessário.Isso posto, compreende-se que as competências em n<strong>um</strong>erização apareçam,neste <strong>do</strong>c<strong>um</strong>ento, sob <strong>um</strong>a cúpula geral da resolução de problemas de origemou de natureza matemática. Assim, parte-se de que o objetivo fundamental, comocompetência geral a ser alcançada com relação à matemática, é a construção deestratégias que levem à estruturação de procedimentos capazes de mobilizara busca pelo conhecimento, por meio <strong>do</strong> desenvolvimento de atividade matemáticasignificativa que implique o entendimento e a capacidade de resoluçãode situações-problema.7. As matrizes de competências e habilidades encontram-se no Anexo deste relatório.34
- Page 7 and 8: 4.2. Escopo da Matriz de Competênc
- Page 10: APRESENTAÇÃOO presente relatório
- Page 14 and 15: 1. INTRODUÇÃOO Projeto SESI - Por
- Page 16: 1.2.A PARTICIPAÇÃO DA INDÚSTRIA
- Page 19 and 20: O Sistema de Avaliação fundamenta
- Page 21 and 22: c. Assistir escolas e programas par
- Page 23: Machado (2002) expõe com muita pro
- Page 26 and 27: Numerização possibilita interpret
- Page 28 and 29: O principal desafio que se coloca p
- Page 30 and 31: citada por Nunes e Bryant (1997, p.
- Page 32 and 33: 4. AS MATRIZES DE COMPETÊNCIASE HA
- Page 36 and 37: 5. FUNDAMENTAÇÃOMETODOLÓGICA DA
- Page 38 and 39: zadas, como é o caso dos sistemas
- Page 40 and 41: No que se refere ao aluno, pelo men
- Page 42 and 43: também desvantagens, tendo como um
- Page 44 and 45: 5.3. INSTRUMENTOS DE APLICAÇÃO(CA
- Page 46 and 47: cialmente uma questão que apresent
- Page 48 and 49: chaleira sobre o fogão; (3) acende
- Page 50 and 51: a utilização de itens “âncora
- Page 52 and 53: aprendizagem, mas quando se busca c
- Page 54 and 55: conhecimentos e experiência muito
- Page 56 and 57: guia de marcação específica e im
- Page 58 and 59: 5.7.1.TEORIA CLÁSSICA DOS TESTES (
- Page 60 and 61: a) Os escores verdadeiros são igua
- Page 62 and 63: onde,A: número de sujeitos que ace
- Page 64 and 65: não é capaz de fazer predições
- Page 66 and 67: aumenta o nível de habilidade atri
- Page 68 and 69: ilidade zero de acertar o item. Sen
- Page 70 and 71: Figura 5.7.2.3.4.1 - CCI do modelo
- Page 72 and 73: Figura 5.7.2.3.4.2 - Curva de respo
- Page 74 and 75: 6. A AVALIAÇÃO DOS ALFABETIZANDOS
- Page 76 and 77: ∆ = 13 + 4zonde z representa os v
- Page 78 and 79: mesmo quando comparada com a profic
- Page 80 and 81: A atividade requeria que o aluno id
- Page 82 and 83: ecebem em um bilhete pode ter atra
- Page 84 and 85:
palavra “passa”. O texto utiliz
- Page 86 and 87:
senta tipos diferentes de placa de
- Page 88 and 89:
Para aferir essa habilidade, os alu
- Page 90 and 91:
Observou-se que 75% dos estudantes
- Page 92 and 93:
6.3. PERCENTUAL DE ACERTO POR ITEME
- Page 94 and 95:
Quatro caixas, de tamanhos proporci
- Page 96 and 97:
melhores as possibilidades de compr
- Page 98 and 99:
Ao apresentar uma situação-proble
- Page 100 and 101:
O alfabetizador pode sugerir vivên
- Page 102 and 103:
propor a resolução de situações
- Page 104 and 105:
de créditos parciais de cada item;
- Page 106 and 107:
Atividade 11Tabela 6.4.1.2 - Sumár
- Page 108 and 109:
6.4.2.ANÁLISE DE ITENS SELECIONADO
- Page 110 and 111:
Atividade 22Tabela 6.4.2.2 - Sumár
- Page 112 and 113:
6.5. PERCENTUAL DE ACERTO POR ITEM
- Page 114 and 115:
Além disso, os item 21 e 22 de num
- Page 116 and 117:
informações selecionadas na leitu
- Page 118 and 119:
De acordo com o gráfico ‘a’ de
- Page 120 and 121:
Segundo o gráfico ‘a’ de lingu
- Page 122 and 123:
7. VALIDADE DO TESTEA validade cons
- Page 124 and 125:
Gráfico 7.1.1 - Scree plot da aval
- Page 126 and 127:
A tabela 7.1.2 apresenta a análise
- Page 128 and 129:
Ao se analisarem as curvas de infor
- Page 130 and 131:
8. CONCLUSÃOAs diferentes análise
- Page 132 and 133:
isco social, por exemplo, dificulta
- Page 134 and 135:
Esse tipo de circunstâncias procur
- Page 136 and 137:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASABRANTE
- Page 138 and 139:
LORD, F.M. Applications of item res
- Page 140 and 141:
ANEXOS
- Page 142 and 143:
141
- Page 144 and 145:
143
- Page 146 and 147:
145
- Page 148:
147