O principal desafio que se coloca para o educa<strong>do</strong>r é descobrir as característicasdesse conhecimento que o aluno traz, as noções que lhe servemde base, os conceitos, os procedimentos usa<strong>do</strong>s. E, mais ainda (para nãoficar só no encantamento), como propor situações de aprendizagemque:a. Possibilitem a expressão pelo aluno <strong>do</strong>s conhecimentos matemáticosprévios;b. Facilitem o exercício pelos alunos desses conhecimentos, explicitan<strong>do</strong>,nesse processo, a estrutura básica e a lógica subjacente a eles;c. Proponham formas de negociação entre os conceitos, procedimentosetc que o aluno já traz e aqueles <strong>do</strong> conhecimento escolar.Fica patente, portanto, o espaço que deve ser conferi<strong>do</strong> ao aluno paraexpressar-se e resolver exercícios de acor<strong>do</strong> com suas concepções, caben<strong>do</strong> aoprofessor trazer à tona as bases desses procedimentos e mediar <strong>um</strong>a passagemgradativa deles para processos escolares mais sistematiza<strong>do</strong>s, mais gerais emais aplicáveis. Nesse senti<strong>do</strong>, são válidas as fases (BERTONI, 2002) deregistros livres, início de sistematização e formalização para a aprendizagemde algoritmos das operações; as Orientações Didáticas <strong>do</strong>s ParâmetrosCurriculares Nacionais – Matemática 1º e 2º ciclos (1997), nos itensrepertório básico para o desenvolvimento <strong>do</strong> cálculo; ampliação <strong>do</strong>s procedimentosde cálculo e cálculo escrito, bem como o que preconizaChevallard et al. (2001), a respeito de solução de problemas, segun<strong>do</strong> os quaisa atividade matemática autêntica inclui usar a matemática que conhecemos oupesquisar a matemática existente (mobilização de conhecimentos) ou aindacriar novas estratégias. Segun<strong>do</strong> ele, “em <strong>um</strong> senti<strong>do</strong> mais amplo, podemosdizer que to<strong>do</strong> aquele que faz matemática participa de alg<strong>um</strong>a maneira em<strong>um</strong> trabalho ‘cria<strong>do</strong>r’” (CHEVALLARD et al., 2001, p. 55).É essa interação com o aluno, conferin<strong>do</strong>-lhe espaço, valorizan<strong>do</strong> seussaberes e median<strong>do</strong> seu progresso sem rupturas, que poderá devolver-lhe suaautoconfiança na capacidade de aprender e de usar a matemática.3.2.1.AS QUATRO COMPETÊNCIAS EM NUMERIZAÇÃOAs competências matemáticas que aparecem como exemplos no relatóriofinal <strong>do</strong> Expert Workshop <strong>do</strong> comitê Educação para To<strong>do</strong>s 2000 podem seragrupadas em: n<strong>um</strong>éricas; métricas e competências no tratamento da informação.Esta Proposta Meto<strong>do</strong>lógica inclui, ainda, no processo de alfabetizaçãomatemática, as competências geométricas.27
3.2.1.1. Competências n<strong>um</strong>éricasAs competências n<strong>um</strong>éricas relevantes para a alfabetização matemáticaconcentram-se, principalmente, na compreensão, identificação oral e escrita,representação e operação com os números naturais. Entretanto considera-setambém necessária <strong>um</strong>a introdução aos números decimais, visan<strong>do</strong> àrepresentação <strong>do</strong> dinheiro e de medidas de comprimento, e introdução aosnúmeros fracionários. Na verdade, as dificuldades na aprendizagem defrações são grandes, fazen<strong>do</strong>-se necessário <strong>um</strong> investimento para a compreensãodesses números e das situações em que são usa<strong>do</strong>s, daí incluir-se essaintrodução na fase de alfabetização.Uma boa percepção da quantidade expressa por <strong>um</strong> número natural é feitacom a constatação <strong>do</strong> que ele indica, poden<strong>do</strong> ser: apenas unidades (nãoforman<strong>do</strong> nenh<strong>um</strong> dez) ou apenas alg<strong>um</strong>as dezenas (não forman<strong>do</strong> nenh<strong>um</strong>cem), ou se indica centenas, milhares etc. A contagem de quantidades na vidareal – embalagens acondicionadas em caixas maiores, garrafas em <strong>um</strong>aprateleira, solda<strong>do</strong>s em batalhões – constrói o pensamento a respeito dequantidades, além daquilo que se dá pela simples manipulação de materiaisrepresentacionais, como, por exemplo, o material montessoriano.No que se refere aos números fracionários, em vista da dificuldade naaquisição <strong>do</strong>s conceitos a eles relativos – ou dessa aprendizagem, em últimainstância – é recomendável que sua introdução seja feita apenas verbalmente, sema notação simbólica correspondente. Veja-se, a esse respeito, as habilidadesH11 a H15 da Matriz de Competências e Habilidades em N<strong>um</strong>erização(Anexo I), que não envolvem a representação simbólica desses números.Nas habilidades referentes à compreensão <strong>do</strong>s números, estão a de pensar econceber os números, suas estruturas e relações, lembran<strong>do</strong> que é importanteter a mesma habilidade de pensar com números fracionários como a que se temde pensar com números naturais. Essa compreensão inclui as habilidades decontagem (quantificar coisas inteiras), as referentes ao reconhecimento dequantidades em particionamento igualitário (quantificar coisas inteiras e aindapartes ou pedaços especiais) e, em especial (mas não trata<strong>do</strong> como caso particular)as quantidades em particionamento decimal, presente no dinheiro e nasmedidas. Particionamentos da unidade surgi<strong>do</strong>s <strong>do</strong> contextode vivência e situaçõesde medida são situações que permitem a expansão <strong>do</strong> conceito de número.Uma situação que exemplifica como os alunos podem pensar a respeito denúmeros fracionários é narrada por Mack, <strong>um</strong>a pesquisa<strong>do</strong>ra norte-americana28
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