a pessoa é empurrada para frente, ela não vai saber, vai ter queprocurar em outros meios. (RIPPEL, 2007, p. 250).Apesar <strong>de</strong> a maioria estar inerte, alguns ainda têm consciência da suasituação após terem participado <strong>de</strong> um projeto <strong>de</strong>sse escalão. Provadisso é o relato acima, que salienta a angústia <strong>de</strong> seusfrequentadores, dizendo nada menos que o projeto serviu apenaspara continuar mantendo-os na exclusão social.CONSIDERAÇÔES FINAISComo visto na discussão apresentada, é inaceitável que sejamoscondizentes <strong>com</strong> dada situação, on<strong>de</strong> o discurso é <strong>de</strong> inclusão, mas aprática é exclu<strong>de</strong>nte da forma até <strong>de</strong>nominável <strong>de</strong> cruel, <strong>de</strong> umaforma que acaba por "podar" o indivíduo no que lhe é essencial navida, o seu intelecto, sua forma <strong>de</strong> pensar e <strong>de</strong> agir no contexto dasua vida.Essa realida<strong>de</strong> precisa ser transformada. A inclusão não <strong>de</strong>ve dar-sesomente para aqueles que apresentam alguma necessida<strong>de</strong> especialfísica ou mental. Deve abranger também os que apresentam déficitintelectual <strong>de</strong> aprendizagem, que somam, por sinal, um númerosignificativo nas escolas, assim <strong>com</strong>o os que são <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> umasituação digna <strong>de</strong> vida (sem saú<strong>de</strong>, sem saneamento básico, semmoradia, etc.).As escolas precisam <strong>de</strong> mais recursos e, além disso, o governoprecisa preparar melhor os profissionais. Com isso as empresassaberão <strong>com</strong>o aprimorar seu relacionamento <strong>com</strong> esse público, o que,consequentemente, trará maiores benefícios para todas as partes. Emoutras palavras, é uma re<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve ser bem planejada <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o seuinício para que se <strong>de</strong>senvolva da melhor forma possível e não damaneira <strong>com</strong>o vemos.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBRASIL. Lei Fe<strong>de</strong>ral nº 8.213/1991. Disponível em:. Acesso em: 4 ago.2009.BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes nacionais para aeducação especial na educação básica. Secretaria <strong>de</strong> EducaçãoEspecial. MEC; SEESP, 2001. 79 p.CELEDÓN. E. R. Inclusão escolar: um <strong>de</strong>safio. Disponível em:.Acesso em: 4 ago. 2009.
COLL, C.; MARCHESI, A.; PALACIOS, J. e COLS. Desenvolvimentopsicológico e educação: transtornos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento enecessida<strong>de</strong>s educativas especiais. 2. ed. Porto Alegre, RS: Artmed,2004. 3 v.CONVENÇÃO INTERAMERICANA PARA A ELIMINAÇÃO DE TODAS ASFORMAS DE DISCRIMINAÇÃO CONTRA AS PESSOAS PORTADORASDE DEFICIÊNCIA (CONVENÇÃO DA GUATEMALA). Disponível em:. Acesso em: 1º ago. 2009.DECLARAÇÃO DE SALAMANCA. Sobre princípios, políticas epráticas na área das necessida<strong>de</strong>s educativas especiais.Disponível em: . Acesso em: 1º ago. 2009.EDUCAÇÃO ESPECIAL EM DEBATE. São Paulo: Casa do Psicólogo:Conselho Regional <strong>de</strong> Psicologia, 1997.ENCONTRO DAS APAES DO PARANÁ (39. : 200: Bela Vista doParaíso) Anais / 39º Encontro das APAEs do Paraná;organizadora: Maria Amélia Almeida. - Sertanópolis: GrafCel 2000.232 p.GHIRALDELLI, P. O que é inclusão? Disponível em:.Acesso em: 7 set. 2009.JOSÉ, E. A.; COELHO, M. T. Problemas <strong>de</strong> aprendizagem. 12. ed.São Paulo: Ática, 2008.RIPPEL. V. C. L. Avaliação <strong>de</strong> política pública: o itinerário dosestudantes egressos do Projeto Correção <strong>de</strong> Fluxo em Toledo PR.Campinas, 2007. 665 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculda<strong>de</strong><strong>de</strong> Educação, UNICAMP - Universida<strong>de</strong> Estadual <strong>de</strong> Campinas.Disponívelem:. Acessoem: 4 ago. 2009.¹ Daiana Dal Col Dias² Val<strong>de</strong>rice Cecília Limberguer Rippel¹ Pós-graduada do curso <strong>de</strong> especialização em Educação Especial peloInstituto MAKRO ? Pós-Graduação e Extensão. E-mail:daianadalcol10@hotmail.<strong>com</strong>² Doutora em Educação ? Professora e Orientadora do InstitutoMAKRO