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Betalactamases de Espectro Ampliado (ESBL): um ... - NewsLab

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<strong>de</strong> <strong>um</strong>a terceira zona <strong>de</strong> inibiçãonão po<strong>de</strong> ser quantificada.O método <strong>de</strong> E-teste e a análiseautomatizada requerem custos adicionaisao laboratório, sendo entãorealizados somente por laboratórios<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> porte e centros <strong>de</strong>referência. O método <strong>de</strong> adição <strong>de</strong>ácido clavulânico ao disco <strong>de</strong> ceftazidimapo<strong>de</strong> ser realizado em qualquerlaboratório <strong>de</strong> microbiologia,porém acarreta custos adicionais,visto que este disco combinado nãoestá disponível pelo mercado paraa terapêutica e não é usualmenteutilizado pelos Clínicos.Palasubramaniam & Parasakthiem 2001 na Malásia compararamos três métodos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificaçãopresuntiva <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong> (excluindo ométodo automatizado) e concluíramque o método E-teste com fitadupla combinada mostrou-se maisefetivo em todas as amostras <strong>de</strong>Klebsiella pne<strong>um</strong>oniae resistentesà ceftazidima analisadas.Be<strong>de</strong>nic & Boras em 2001 naCroácia concluíram em seu trabalhosobre os métodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>tecção<strong>de</strong> <strong>ESBL</strong> que o método<strong>de</strong> dupla-difusão necessita <strong>de</strong><strong>um</strong>a padronização mais rigorosado inóculo com a escala <strong>de</strong>MacFarland do que os outrosmétodos manuais, o que <strong>de</strong>monstraa importância do inóculopara o antibiograma.Segundo Blatt em 2000, o surgimento<strong>de</strong> resistência bacterianaaos antimicrobianos é inevitável,pela conservação das espécies, maso controle na utilização dos mesmospo<strong>de</strong> limitar o aparecimento<strong>de</strong> cepas multirresistentes. Barbosaet al em 1998, concordam comesta afirmação dizendo que somentea utilização indiscriminada dosantibióticos não po<strong>de</strong> ser responsabilizadapelas resistências emergentes.Porém, Silva & Salvino em2000, dizem que <strong>um</strong> longo período<strong>de</strong> hospitalização e o uso abusivo<strong>de</strong> cefalosporinas <strong>de</strong> terceira geraçãosão fatores <strong>de</strong> risco primordiaispara a disseminação <strong>de</strong> surtospor bactérias produtoras <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong>;o que <strong>de</strong>monstra a divergência <strong>de</strong>autores a respeito do uso indiscriminado<strong>de</strong> antibióticos como responsávelpela múltipla resistência.O papel do laboratório <strong>de</strong> microbiologiaclínica é <strong>de</strong> extremaimportância para o diagnóstico,visto que é a partir da análise doantibiograma que o Clínico <strong>de</strong>veprescrever o antimicrobiano aopaciente. Se o Clínico prescrever<strong>um</strong> antibiótico betalactâmico parao paciente portador <strong>de</strong> <strong>um</strong>a infecçãopor bactéria produtora <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong>po<strong>de</strong>rá acarretar em falha terapêutica,seja por erro do laboratórioque po<strong>de</strong> não ter <strong>de</strong>tectado a produçãoda enzima ou por equívocodo Clínico ao indicar <strong>um</strong>a drogadotada <strong>de</strong> anel betalactâmico. Assim,o paciente não vai respon<strong>de</strong>rpositivamente ao tratamento epo<strong>de</strong> ocorrer agravamento da infecção,pois com a diminuição daflora bacteriana normal (que po<strong>de</strong>se <strong>de</strong>monstrar sensível ao betalactâmico),certamente ocorrerá <strong>um</strong>adiminuição da competitivida<strong>de</strong> coma flora normal a <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do sítioanatômico da infecção.Como a produção <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong> po<strong>de</strong>ocorrer espontaneamente, há a possibilida<strong>de</strong><strong>de</strong>ssa produção se evi<strong>de</strong>nciarno <strong>de</strong>correr do tratamento. Então,o paciente que estaria respon<strong>de</strong>ndopositivamente à <strong>um</strong>a infecçãopor <strong>um</strong>a bactéria não produtora<strong>de</strong> <strong>ESBL</strong>, passa a <strong>de</strong>monstrar <strong>um</strong>agravamento do quadro infecciosoe ocorre recidiva da infecção. Umanova amostra do material clínicopo<strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar a presença da produção<strong>de</strong> <strong>ESBL</strong>, o que po<strong>de</strong> ser interpretadocomo erro laboratorial.As drogas que a totalida<strong>de</strong>dos autores recomendam para otratamento das infecções porbactérias produtoras <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong> sãoos carbapenêmicos (imipenem emeropenem), por estas drogasnão sofrerem hidrólise pela<strong>ESBL</strong>. No entanto, Kocazeybec &Arabaci em 2002 encontraram89,7% e 95,1% <strong>de</strong> sensibilida<strong>de</strong>in vitro para imipenem e meropenem,respectivamente, em185 cepas isoladas <strong>de</strong> enterobactérias.Para as espécies <strong>de</strong> Klebsiellaa sensibilida<strong>de</strong> foi <strong>de</strong>98,4% para imipenem e 100%para meropenem. Já em Pseudomonasaeruginosa a resistênciafoi <strong>de</strong> 21,6% para imipeneme 10,8% para meropenem, o que<strong>de</strong>monstra <strong>um</strong>a maior resistênciapara as cepas <strong>de</strong> Pseudomonasaeruginosa. Esta resistência170<strong>NewsLab</strong> - edição 63 - 2004

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