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Betalactamases de Espectro Ampliado (ESBL): um ... - NewsLab

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então, têm sido <strong>de</strong>scritas emtodo mundo n<strong>um</strong>erosas enzimasdos tipos TEM e SHV com estefenótipo <strong>de</strong> resistência.Cepas <strong>de</strong> Klebsiella spp e Escherichiacoli são as bactériasmais comuns produtoras <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong>,porém já foram <strong>de</strong>tectadas emdiversas espécies <strong>de</strong> Enterobacteriaceaee em Pseudomonas aeruginosa.Atualmente existemmais <strong>de</strong> 150 <strong>ESBL</strong> <strong>de</strong>scritas, dasquais mais <strong>de</strong> 90 são do tipo TEMe mais <strong>de</strong> 25 dos tipos SHV e OXA(14). As enterobactérias produtoras<strong>de</strong> <strong>ESBL</strong> têm sido isoladascom maior freqüência em amostrasproce<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> pacienteshospitalizados, porém tambémpo<strong>de</strong>m ser encontradas emamostras <strong>de</strong> origem comunitária.Estes isolamentos po<strong>de</strong>m aparecer<strong>de</strong> forma esporádica, semrelação epi<strong>de</strong>miológica ou dar lugara surtos nosocomiais.O tubo digestivo atua comoreservatório potencial <strong>de</strong>stesmicroorganismos multirresistentes.Além disso, é o habitata<strong>de</strong>quado para que a resistênciase transmita a outras espéciesbacterianas (4).O aparecimento <strong>de</strong> surtos nosocomiais<strong>de</strong>vido a estes microorganismos<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> tanto dascondições ambientais (elevadocons<strong>um</strong>o <strong>de</strong> cefalosporinas <strong>de</strong> terceirageração, manipulação dospacientes, etc.) como das característicasespeciais do microorganismo(fatores <strong>de</strong> virulência, a<strong>de</strong>rência,etc). Além do cons<strong>um</strong>o <strong>de</strong>antibióticos <strong>de</strong> amplo espectro,outros fatores <strong>de</strong> risco são importantespara adquirir infecção/colonizaçãocomo a cateterizaçãoarterial e/ou urinária (6).É importante conhecer o mecanismo<strong>de</strong> resistência para queocorra a <strong>de</strong>terminação fenotípicae genotípica do microorganismo,para posterior relevância epi<strong>de</strong>miológicado surto. Além <strong>de</strong> evi<strong>de</strong>nciarse é a mesma cepa que estácausando <strong>de</strong>terminado surto ou sesão cepas diferentes do mesmomicroorganismo.Detecção <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong>A <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong>stas enzimas emisolados <strong>de</strong> E. coli e Klebsiella pnemoniaeé problemática <strong>de</strong>vido àvariabilida<strong>de</strong> fenotípica dos tiposenzimáticos, pois as expressõesguardam estreita correlação com osmecanismos <strong>de</strong> ação dos antibióticos.Alguns métodos têm sido propostos,baseados no fato da produção<strong>de</strong> <strong>ESBL</strong> ser afetada pelosinibidores <strong>de</strong> betalactamases, comoo método da fita E-teste (fita dupla),o método da dupla difusão emágar ou método <strong>de</strong> aproximação <strong>de</strong>disco, o método da adição <strong>de</strong> ácidoclavulânico ao disco <strong>de</strong> ceftazidimae o método automatizado.Apesar da aparente sensibilida<strong>de</strong>in vitro a vários antimicrobianos,pacientes com infecções porcepas produtoras <strong>de</strong> <strong>ESBL</strong> po<strong>de</strong>mnão respon<strong>de</strong>r à terapia com betalactâmicose monobactâmicos. Oscarbapenêmicos, imipenem e meropenem,são opções terapêuticasindicadas para o tratamento <strong>de</strong> infecçõespor cepas produtoras <strong>de</strong>ssasenzimas. Geralmente estasamostras exibem co-resistência àsquinolonas e aminoglicosí<strong>de</strong>os, portanto,o uso <strong>de</strong>stes agentes <strong>de</strong>veser baseado no antibiograma.Mutações na ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> aminoácidospo<strong>de</strong>m ser responsáveispela falha na <strong>de</strong>tecção <strong>de</strong>ssas enzimasporque alteram a capacida<strong>de</strong>ou a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> hidrólise<strong>de</strong> oximino-betalactâmicos. As<strong>ESBL</strong> <strong>de</strong>rivadas da enzima TEM ecom apenas <strong>um</strong>a substituição naca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> aminoácidos (TEM-7 ouTEM-12) apresentam baixo po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> hidrólise <strong>de</strong>ste grupo <strong>de</strong> antibióticos,po<strong>de</strong>ndo não ser <strong>de</strong>tectadasem testes laboratoriais.Outras, como aquelas <strong>de</strong>rivadasdas enzimas TEM-3, TEM-26,SHV-2 e SHV-4, exibem alto po<strong>de</strong>r<strong>de</strong> hidrólise <strong>de</strong> betalactâmicos.Por esta razão o betalactâmicoque será hidrolisado <strong>de</strong>maneira mais eficaz varia muito<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da enzima (6).Segundo o NCCLS, para as cepascom testes positivos para<strong>ESBL</strong> no laboratório <strong>de</strong> microbiologiaclínica, <strong>de</strong>vem ser reportadasno laudo como resistentesaos antibióticos betalactâmicos eàs combinações <strong>de</strong> betalactamasescom inibidores <strong>de</strong> betalactamases(mesmo que sensíveis invitro). Além disso, <strong>de</strong>ve seracrescentada <strong>um</strong>a observação re-162<strong>NewsLab</strong> - edição 63 - 2004

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