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slides - Universidade da Madeira

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Escola Massaseducação conjunta <strong>da</strong>população estu<strong>da</strong>ntilA Escola actual está em crise.Os professores adquiriram novas funções:Apoio aos alunos (pe<strong>da</strong>gógicas, psicológicas);Colaboração com as famílias;Formação permanente.2


Alargamento dos papéis <strong>da</strong> função docenteResponsabili<strong>da</strong>de pela avaliação contínua e progressão naescolari<strong>da</strong>de;Acompanhamento de alunos com NEE;Atendimento a crianças emigrantes e minorias étnicas;Apoio tutorial a alunos com dificul<strong>da</strong>des de aprendizagem;Atendimento aos pais/EE.3


Em termos curricularesnovas exigênciasManejo de metodologias diversifica<strong>da</strong>s;Responsabili<strong>da</strong>de na individualização do ensino;Concepção e orientação de activi<strong>da</strong>des de complementocurricular;Ocupação de tempos livres.Em termos de participação permanenteObrigatorie<strong>da</strong>de de frequência de “formação contínua”;Elaboração de Projectos na Escola (RI; PAE; PEE…);Participação na Comuni<strong>da</strong>de Educativa (interna e externa).4


Reflectir sobre a docência na escola actualActo educativo tem uma natureza complexaA profissão docente tem uma natureza complexaActivi<strong>da</strong>de intelectualActivi<strong>da</strong>de técnicaActivi<strong>da</strong>de moralActivi<strong>da</strong>de relacionalEscola de massas aumentou aimportância <strong>da</strong>s dimensõesmorais e intelectuais e “acentuouo seu carácter de profissão deaju<strong>da</strong>” (Formosinho, 2001)Professor: especialista numa área do saber, profissional de aju<strong>da</strong> eagente de desenvolvimento humano.5


Apesar <strong>da</strong> unificação dos estudos e do prolongamento <strong>da</strong> escolari<strong>da</strong>debásica […] as dificul<strong>da</strong>des mais do que a resolver-se, acentuam-se,mostrando assim o fracasso <strong>da</strong> democratização do ensino. (Loureiro)Embora acolhendo um número ca<strong>da</strong> vez maior de ci<strong>da</strong>dãos a escola não teve emconsideração as suas diferenças; surgiram entraves à massificação escolar:‣Desarticulação dos programas;‣Degra<strong>da</strong>ção do estatuto do professor;‣Falta de articulação com as especifici<strong>da</strong>des locais e regionais.6


“As pessoas investem mais e são mais responsáveis no seutrabalho quando percebem que têm algum poder paraajustar procedimentos, na medi<strong>da</strong> em que sentem otrabalho como mol<strong>da</strong>do a si”(Patrícia Palma)8


Problemas e dilemas do corpo docente:1. Enquadramento social dos alunos.2. Estrutura e organização escolar.9


1. Enquadramento social dos alunos1.1. Condições sócio-económicas e culturaisESCOLA DE MASSASExiste uma relação entre a origem social e o aproveitamento.Existe uma distância entre a cultura que os alunos possueme a cultura que a escola transmite.Ao ser igualitária, a escola ignora as diferenças culturais dosalunos.10


A gratuiti<strong>da</strong>denão consegue abarcar alguns encargos decorrentes <strong>da</strong>frequência escolar. Ex: vestuário, taxas e emolumentos.Aumentar o nível de rendimentosIngresso precoce no mercado de trabalho; necessi<strong>da</strong>de deindependência financeira ou de aumentar o rendimentofamiliar.11


Diferença de oportuni<strong>da</strong>des entre o meio rural e omeio urbanoAs vivências culturais dos alunos rurais não vão além doslimites <strong>da</strong>s locali<strong>da</strong>des isola<strong>da</strong>s onde vivem.Nas zonas rurais o isolamento físico traduz-se emisolamento social e cultural.12


Existência de barreiras geográficas e culturais;Para Ana Benavente a diferença de oportuni<strong>da</strong>des não severifica apenas entre meio urbano e meio rural; estende-sea todos os grupos desfavorecidos. Os limites do universodestes alunos são muito estreitos, se nascem no campo nãoconhecem a ci<strong>da</strong>de, se vivem na ci<strong>da</strong>de nunca saíram dobairro, ou seja, “medem o mundo a partir do queconhecem”.13


Aspirações e atitudes face à escolaO nível de instrução <strong>da</strong> família condiciona as aspirações, asescolhas e o sucesso académico dos alunos.As famílias com capital cultural elevado facultam aos filhosorientações relaciona<strong>da</strong>s com o prestígio e a quali<strong>da</strong>dedecorrentes de um diploma escolar.As famílias com baixo capital cultural incutem aos filhosuma perspectiva de futuro próximo, procurando diminuiros custos e adquirir proventos imediatos. Evidenciam odesconhecimento (ou a impossibili<strong>da</strong>de) face aosbenefícios <strong>da</strong> escola.14


Relações escola/famíliaAs famílias têm diferentes atitudes dedistanciamento/aproximação face à escola consoante aproximi<strong>da</strong>de entre os seus valores e os que a escolaveicula.As famílias socialmente desfavoreci<strong>da</strong>s conhecem mal aescola e o seu funcionamento. A visão que têm dela épouco positiva. Não se sentem à vontade e geralmente nãocomparecem às reuniões.Nas famílias socialmente favoreci<strong>da</strong>s os pais seguem aescolari<strong>da</strong>de dos filhos, informam-se e falam com osprofessores.15


2. Estrutura e organização escolarA escola unifica<strong>da</strong> e democrática, embora se destine a todos,permanece selectiva e elitista, pois não consegue facultar osucesso a todos os alunos.Este facto permite equacionar a sua eficiência.Muitos conhecimentos socialmente úteis não são ensinadosna escola;As disciplinas não têm uma valorização idêntica;Os conhecimentos transmitidos não estão ao alcance detodos os alunos.16


Ignoram-se os ritmos pessoais dos alunos assim como asassimetrias regionais.O grau de exigência (idêntico) não se articula àscaracterísticas diferencia<strong>da</strong>s dos alunos.Os currículos não se relacionam com os conhecimentosnem com as experiências que os alunos já possuem.A escolha curricular é uma opção política. (Forquin)As escolhas curriculares não são do âmbito académicomas sim do âmbito político. (Giroux)Os sistemas educativos respondem mais às exigências <strong>da</strong>socie<strong>da</strong>de que às dos indivíduos. (Archer)18


Abstracção dos conteúdosOs saberes académicos pressupõem uma abstracção, impossívelde conseguir para os alunos <strong>da</strong>s classes baixas, porquanto seencontram afastados do sistema de valores <strong>da</strong> escola.As disciplinas mais prestigia<strong>da</strong>s são as que requerem maiorabstracção. Assim, a escola/professores promovem o insucessonestas disciplinas àqueles que se encontram afastados destesprocessos de abstracção.As disciplinas que requerem maior abstracção dominam emtermos quantitativos e qualitativos pois determinam atransição de ano.Estas disciplinas encontram-se desliga<strong>da</strong>s <strong>da</strong> experiênciados alunos.Quanto mais académico [abstracto] for umcurrículo, mais escolarmente selectivo ele será.(Formosinho)19


Código LinguísticoO uso e domínio <strong>da</strong> linguagem é determinante nosprocessos de abstracção.A componente académica detém uma linguagem afasta<strong>da</strong>do discurso quotidiano típico dos ambientes menosinstruídos.A linguagem assume um critério de selecção.20


AvaliaçãoA escola julga valores que não ensinou (ex: facili<strong>da</strong>de deexpressão, à-vontade)21


Relação professor/alunoO quotidiano do aluno presente na pré-escola perde o seuespaço na escola formal onde a afectivi<strong>da</strong>de é substituí<strong>da</strong>pela indiferença.A dimensão <strong>da</strong>s turmas é impeditiva do estabelecimentode uma relação personalizadora.A interacção professor/aluno inicialmente intensifica<strong>da</strong>, égradualmente desestimula<strong>da</strong>, através <strong>da</strong> enfatização <strong>da</strong>imobili<strong>da</strong>de e do silêncio na sala de aulas.22

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