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O AQUÁRIO VASCO DA GAMA – UM PATRIMÓNIO ... - Academia

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O AQUÁRIO <strong>VASCO</strong> <strong>DA</strong> <strong>GAMA</strong>A 19 de Agosto de 1930, o diretor Alfredo Ramalho, num ofícioendereçado à Direção Geral da Marinha, refere-se ao grande incrementoque a atividade científica do Aquário estava a ter, não só nos “assuntos debiologia marítima (ictiologia, plâncton) como também, e nos últimos anosmais intensamente, na pesquisa no mar resultantes da cooperação íntima donavio de estudos de oceanografia e pescas “Albacora” e da participaçãomuito activa do seu actual comandante, em prol da Oceanografia 18 .Grande parte deste desenvolvimento deve-se, aliás, à dinâmica dessediretor, ligado ao Aquário desde 1915. O navio Aviso Cinco de Outubro ésubstituído, nas suas explorações hidrográficas, pelo Albacora, construídona Noruega e entregue à Estação de Biologia Marítima, em 1937.O próprio diretor se deslocou à Noruega para tratar do apetrechamentocientífico desse novo navio, aproveitando para frequentar em Bergen umcurso de oceanografia física, organizado pelo professor Helland Hansen.Sob a sua orientação, o Albacora, comandado pelo primeiro-tenenteLuciano Sena Dentinho, realizará todos os anos, até 1931, viagens deestudo entre o Continente, Madeira e ilhas Selvagens, Casablanca, Gibraltare Canárias, em cooperação com diversas instituições nacionais eestrangeiras.Alfredo Magalhães Ramalho conseguirá um reconhecimento pessoal queacabará por ter reflexos na Estação de Biologia Marítima. Viu o seu nomeser admitido em sociedades de renome como a <strong>Academia</strong> das Ciências deLisboa ou a internacional Zoological Society of London.Outro aspeto que contribuiu para o enriquecimento da parte museológica daEstação foi o regresso da coleção oceanográfica do rei D. Carlos e respetivabiblioteca. Após um período em que ficou guardada no Palácio dasNecessidades, em Fevereiro de 1910, foi entregue à Liga Naval Portuguesa,onde é inaugurada a “secção oceanográfica D. Carlos I”, no Palácio dosDuques de Palmela, no Calhariz. Aí ficará até 1929, data em que a coleçãoserá transferida para o Museu Castro Guimarães, onde foi exposta, sob aguarda da Câmara Municipal de Cascais. No início de 1930, a coleçãoacabará por ser encontrada pelo inspetor dos museus, Dr. José deFigueiredo, abandonada, por falta de instalações. Será esta a principal razãoque leva a Liga Naval a fazer doação da coleção, por escritura notarial, aoAquário Vasco da Gama. Num ofício de 15 de março de 1935, dirigido aoMinistro da Marinha, a Liga Naval refere, como motivo da sua decisão, “adificuldade de dar cumprimento ao legado do Senhor D. Manuel II –expondo ao público a coleção oceanográfica D. Carlos I e tratando daconservação dos exemplares que a compõem – e reconheceu que a entidade18 RAMALHO, Alfredo, Ofício nº 107 de 7 de julho de 1930, Arquivo Geral da Marinha,Lisboa17

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