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MAIO 2013 • 116 - CTT

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38 DAR UM GIRO ● APOSTA <strong>116</strong>TERMINADO O PERCURSO DAEXPOSIÇÃO, APETECE FAZER UMARETROSPETIVA, PASSEAR MAISUMA VEZ POR ENTRE TANTOSREGISTOS DA NOSSA GLÓRIA.SAÍMOS COM O EGO BEM ALTOÉ interessante também a contraposição que se faz entre omundo antigo, simbolizado pela Bíblia dos Jerónimos, e estenovo horizonte científico.Natureza a coresAs novidades não se ficaram pela geografia. A descobertade novos lugares causou também um impacto gigantescono conhecimento sobre o mundo natural. Foi como se, atéàquela época, a natureza fosse vista a preto e branco e, derepente, ganhasse cor. Se ainda hoje conseguimos ficarsurpreendidos com documentários sobre as maravilhas danatureza, é fácil imaginar o deslumbramento, o espantodos navegadores ibéricos perante o exotismo de além--mar: “novos e estranhos povos, plantas desconhecidas,animais de formas nunca antes vistas, fenómenos naturaissurpreendentes.”A Europa rapidamente se deixou seduzir por este admirávelmundo novo. Passada a consternação perante a evidênciade que o saber antigo, de autores tão respeitados comoPtolomeu, era afinal muitíssimo limitado, a curiosidadetomou o seu lugar. Assim surgiu a necessidade de relatar edocumentar exaustivamente todas as novas descobertas, etambém de recolher plantas, animais e produtos naturais.Aqui, mais uma vez, portugueses e espanhóis, tanto os marinheiroscomo os intelectuais deram um enorme contributo.Também neste aspeto a exposição se revela bastante rica:podemos ver os relatos escritos e gráficos das descobertasdaquele tempo; reproduções de animais exóticos; umagrande montra com especiarias; uma estrutura em vidroque exibe coleções de borboletas, peixes africanos, aves,insetos e conchas; vasos de botica; entre outros.Deixe-se ficar…Terminado o percurso da exposição, apetece fazer uma retrospetiva,passear mais uma vez por entre tantos registosda nossa glória. Saímos com o ego bem alto.Não se vá embora sem antes visitar a exposição dedicadaà escritora brasileira Clarice Lispector, “A Hora da Estrela”,inserida no âmbito das comemorações do ano do Brasilem Portugal. Não perca, logo à entrada, a sua declaraçãode amor à Língua Portuguesa. É mais um alento ao nossopatriotismo. Que bem precisamos. ● INÊS NORONHA MACEDO

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