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Controle de Vetores - Ministério da Saúde

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VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE


<strong>Controle</strong> <strong>de</strong> <strong>Vetores</strong>Procedimentos<strong>de</strong> SegurançaBrasília, novembro <strong>de</strong> 2001


© 2001. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.1ª EdiçãoÉ permiti<strong>da</strong> a reprodução parcial ou total <strong>de</strong>sta obra, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que cita<strong>da</strong> a fonte.Editor:Assessoria <strong>de</strong> Comunicação e Educação em Saú<strong>de</strong> - Ascom/Pre/UNASANúcleo <strong>de</strong> Editoração e Mídia <strong>de</strong> Re<strong>de</strong>Setor <strong>de</strong> Autarquias Sul, Quadra 4, Bl. N, 5º An<strong>da</strong>r - Sala 517CEP.: 70.070-040 - Brasília/DDistribuição e Informação:Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong> Vigilância Ambiental, Centro Nacional <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>miologia, un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>/MS.SAS – Setor <strong>de</strong> Autarquias Sul, Quadra 04, Bl. N, 7º An<strong>da</strong>r - Sala 712Telefone: (061) 314.6388/314.6492CEP.: 70.070-040 - Brasília/DTiragem: 6.000 exemplares.Impresso no Brasil / Printed in Brazil.icha Catalográfica<strong>Controle</strong> <strong>de</strong> <strong>Vetores</strong> – Procedimento <strong>de</strong> Segurança, elaborado por Eng. PauloCesar <strong>da</strong> Silva, Eng. arnésio Luís Guimarães e Assistente Social Raimun<strong>da</strong>Nonata Carlos erreira, 1ª edição – Brasília : <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> : un<strong>da</strong>çãoNacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, 2001.1. I. <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. II. un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. III.Centro Nacional <strong>de</strong> Epi<strong>de</strong>miologia. IV. Coor<strong>de</strong>nação Geral <strong>de</strong> Vigilância Ambiental.208p.: il


Agra<strong>de</strong>cimentosNossos agra<strong>de</strong>cimentos aos técnicos <strong>da</strong>s coor<strong>de</strong>nações regionais e presidência pelas sugestões apresenta<strong>da</strong>sque contribuíram para o aprimoramento do presente trabalho.Esperamos continuar contando com essas colaborações em futuras edições.Equipe <strong>de</strong> elaboração


ApresentaçãoNo momento em que as políticas públicas estão sendo repensa<strong>da</strong>s e a saú<strong>de</strong> pública reestrutura<strong>da</strong>, aun<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (UNASA) tem procurado exercer um <strong>de</strong> seus mais importantes compromissos,normatizando e assessorando tecnicamente estados e municípios, para que o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scentralização<strong>da</strong>s ações <strong>de</strong> epi<strong>de</strong>miologia e controle <strong>de</strong> doenças ocorra <strong>de</strong> maneira sustentável e tranqüila. Isto <strong>de</strong>terminaque se <strong>de</strong>va <strong>de</strong>finir normas e procedimentos <strong>de</strong> segurança a serem observados por todos os servidores queatuam nesta área, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> esfera <strong>de</strong> governo.Este manual procura estabelecer procedimentos <strong>de</strong> segurança a serem seguidos pelos servidores quetrabalham nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores e que ficam expostos, muitas vezes, a riscos dos mais diversostipos.As informações aqui presentes <strong>de</strong>stinam-se, prioritariamente, ao corpo técnico e <strong>de</strong>vem servir comoinstrumento <strong>de</strong> apoio para difundir informações que, estando até o momento dispersas e, a partir <strong>de</strong> agora,consoli<strong>da</strong><strong>da</strong>s, servirão como marco para implantação <strong>de</strong> uma cultura prevencionista na área <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>vetores.Mauro Ricardo Machado CostaPresi<strong>de</strong>nte <strong>da</strong> UNASA


SumárioIntrodução .................................................................................................................... 111. Consi<strong>de</strong>rações legais .............................................................................................. 132. Tipos <strong>de</strong> controle ..................................................................................................... 152.1. <strong>Controle</strong> mecânico ........................................................................................... 152.2. <strong>Controle</strong> biológico............................................................................................ 152.3. <strong>Controle</strong> legal .................................................................................................. 152.4. <strong>Controle</strong> químico ............................................................................................. 162.5. <strong>Controle</strong> integrado ou manejo integrado <strong>de</strong> pragas ......................................... 162.6. Ações educativas .............................................................................................. 163. O uso <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s no controle <strong>de</strong> vetores ............................................................. 174. Praguici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> pública...................................................................... 194.1. Classificação quanto aos grupos químicos ..................................................... 194.1.1. Organoclorados .................................................................................. 194.1.2. Organofosforados ............................................................................... 204.1.3. Carbamatos ........................................................................................ 214.1.4. Piretrói<strong>de</strong>s ........................................................................................... 215. Vias <strong>de</strong> absorção ..................................................................................................... 236. ormulações ........................................................................................................... 256.1. Produtos Grau Técnico (GT) .............................................................................. 256.2. ormulações intermediárias ............................................................................. 256.3. Concentrações inicial e final............................................................................. 257. Tipos <strong>de</strong> tratamento ................................................................................................ 277.1. Tratamento residual ......................................................................................... 277.2. Tratamento espacial ......................................................................................... 277.3. Tratamento focal .............................................................................................. 288. Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> ............................................................................................................... 298.1. Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns insetici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> pública................................ 308.2. Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s preparações .............................................................................. 308.3. Diagnóstico <strong>de</strong> intoxicações – sinais e sintomas ................................................ 309. Regulamentação do transporte <strong>de</strong> cargas perigosas ................................................ 339.1. Condições do transporte .................................................................................. 339.2. Acondicionamento <strong>da</strong> carga ............................................................................. 339.3. Itinerário .......................................................................................................... 339.4. Pessoal envolvido na operação <strong>de</strong> transporte ................................................... 349.5. Documentação obrigatória ............................................................................... 349.6. Procedimentos em caso <strong>de</strong> emergência, aci<strong>de</strong>nte ou avaria .............................. 369.7. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s do contratante, do expedidor e do <strong>de</strong>stinatário.................... 369.8. Classificação e <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s classes <strong>de</strong> produtos perigosos ............................. 369.9. Prescrições particulares para a subclasse 6.1 – Substâncias tóxicas .................. 37


9.9.1. Veículos e equipamentos ..................................................................... 379.9.2. Prescrições <strong>de</strong> serviço .......................................................................... 379.10. Utilização <strong>de</strong> rótulos <strong>de</strong> risco subsidiário nas embalagens externas ....... 389.11. Nome apropriado para embarque ........................................................ 389.12. Relação <strong>de</strong> Produtos Perigosos (RPP) ..................................................... 3910. Informações complementares sobre o transporte, armazenamento e manuseio <strong>de</strong>praguici<strong>da</strong>s................................................................................................................... 4110.1. Transporte ..................................................................................................... 4110.1.1. Transporte a curtas distâncias ............................................................ 4110.1.2. Transporte a longas distâncias ........................................................... 4110.1.3. Operações <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga......................................................... 4110.1.4. Aci<strong>de</strong>ntes durante o percurso ............................................................. 4210.1.5. Preparo <strong>de</strong> soluções neutralizadoras .................................................. 4210.2. Armazenagem e outros cui<strong>da</strong>dos ................................................................... 4310.3. Cui<strong>da</strong>dos durante o manuseio ....................................................................... 4310.3.1. Abastecimento ................................................................................... 4310.3.2. Aplicação .......................................................................................... 4410.4. Descarte <strong>de</strong> embalagens ................................................................................ 4410.5. Lavagem <strong>de</strong> roupas contamina<strong>da</strong>s ................................................................. 4711. Atmosferas <strong>de</strong> trabalho .......................................................................................... 4911.1. Atmosferas normais ....................................................................................... 4911.2. Atmosferas IPVS (Imediatamente Perigosa à Vi<strong>da</strong> e à Saú<strong>de</strong>) ......................... 4911.3. Riscos respiratórios ........................................................................................ 4911.3.1. Atmosfera com <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> oxigênio .............................................. 4911.3.2. Atmosfera com contaminantes ........................................................... 4911.4. Riscos <strong>de</strong> contaminação por partículas ........................................................... 5011.4.1. Tipos <strong>de</strong> partículas ............................................................................. 5011.5. Riscos <strong>de</strong> contaminação por gases contaminantes .......................................... 5011.5.1. Classificação dos gases contaminantes – Efeitos biológicos ................ 5112. Equipamentos <strong>de</strong> proteção ...................................................................................... 5312.1. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Coletiva (EPC)........................................................ 5312.2. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Individual (EPI)....................................................... 5312.2.1. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Dermal (EPD)............................................. 5412.2.2. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Auditiva (EPA) ............................................ 5512.2.3. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Visual (EPV) ............................................... 5512.2.4. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Respiratória (EPR) ...................................... 5512.3. Classificação dos respiradores ....................................................................... 5512.4. Purificadores <strong>de</strong> ar......................................................................................... 5512.5. ator <strong>de</strong> proteção dos respiradores ................................................................ 5612.6. Indicação <strong>de</strong> respiradores para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores .................. 5712.6.1. Peça semifacial .................................................................................. 5712.6.2. Peça facial completa .......................................................................... 5713. iltros purificados <strong>de</strong> ar ........................................................................................... 5913.1. iltros mecânicos ........................................................................................... 5913.2. iltros <strong>de</strong> cartucho químico ............................................................................ 5913.2.1. iltros classe 1 ................................................................................... 5913.2.2. iltros classe 2 ................................................................................... 60


13.2.3. iltros classe 3 ................................................................................... 6013.3. iltros com cartuchos combinados mecânicos/químicos .................................. 6013.4. Vali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos filtros químicos.......................................................................... 6014. Programa <strong>de</strong> proteção respiratória .......................................................................... 6314.1. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do empregador .................................................................. 6314.2. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do usuário ......................................................................... 6414.3. Programa <strong>de</strong> proteção respiratória – Itens mínimos a serem observados ........ 6414.3.1. Administração do programa .............................................................. 6414.3.2. Instituir procedimentos operacionais escritos...................................... 6414.3.3. Limitações fisiológicas e psicológicas dos usuários <strong>de</strong> respiradores .... 6414.3.4. Seleção do respirador ........................................................................ 6414.3.5. Treinamento ...................................................................................... 6514.4. Manutenção <strong>de</strong> registros individuais do servidor ............................................ 6514.5. A Escolha do respirador pelo usuário ............................................................. 6614.6. Comprovação do bom funcionamento dos respiradores ................................. 6614.6.1. Verificação <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção pelo teste <strong>de</strong> pressão positiva ........................ 6714.6.2. Verificação <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção pelo teste <strong>de</strong> pressão negativa ...................... 6714.7. Realização do teste <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção ..................................................................... 6714.7.1. Consi<strong>de</strong>rações sobre os ensaios <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção ...................................... 6714.8. Procedimentos para realização do teste <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção ....................................... 6715. Manutenção dos respiradores ................................................................................. 6915.1. Higienização, lavagem e <strong>de</strong>sinfecção ............................................................. 6915.2. Inspeção ........................................................................................................ 7015.3. Substituição <strong>de</strong> peças ..................................................................................... 7015.4. Acondicionamento ......................................................................................... 7016. Programa <strong>de</strong> treinamento ....................................................................................... 7116.1. O Supervisor .................................................................................................. 7116.2. O Responsável pela distribuição ..................................................................... 7116.3. O Aplicador <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s ............................................................................ 7117. Aquisição <strong>de</strong> EPI ...................................................................................................... 7317.1. Levantamento do pessoal <strong>de</strong> acordo com as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s .................................. 7317.2. Levantamento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s/Base <strong>de</strong> cálculo ............................................ 7317.3. Exigências a serem feitas no edital ................................................................. 7317.4. Aquisição <strong>da</strong>s peças <strong>de</strong> reposição .................................................................. 7418. Postos <strong>de</strong> abastecimento ......................................................................................... 7519. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores ............................................................................ 7720. Referências bibliográficas ....................................................................................... 79Anexo 1 - Itens <strong>da</strong> pasta <strong>de</strong> segurança individual.......................................................... 81Anexo 2 - Levantamento <strong>de</strong> pessoal para aquisição <strong>de</strong> EPI ............................................ 87Anexo 3 - icha <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> ............................................................... 95Anexo 4 - Especificações técnicas para aquisição <strong>de</strong> EPI .............................................. 175Anexo 5 - Instrução normativa nº 01 <strong>de</strong> 11.04.94 <strong>da</strong> SSST/MTb .................................. 201


IntroduçãoAs instruções <strong>de</strong>ste manual são úteis a todos os servidores que, nas suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s rotineiras, trabalhamno campo ou em laboratórios e necessitam executar tarefas <strong>de</strong> risco ou usar produtos tóxicos paracontrolar vetores. Tais informações não se restringem aos servidores <strong>da</strong> un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, mastambém aos <strong>da</strong>s secretarias estaduais e municipais <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que, cumprindo as diretrizes do SUS, vêmgra<strong>da</strong>tivamente, assumindo essas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.A finali<strong>da</strong><strong>de</strong> principal <strong>de</strong>ste trabalho é fornecer informações sobre procedimentos <strong>de</strong> segurança. Consi<strong>de</strong>ramosimportante abor<strong>da</strong>r ain<strong>da</strong> os diversos tipos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores, o uso <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s para ocontrole <strong>de</strong> <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s doenças por eles transmiti<strong>da</strong>s, noções básicas sobre a toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sses produtos,bem como sua armazenagem e transporte.Embora o uso <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s no controle <strong>de</strong> vetores no Brasil seja feito há mais <strong>de</strong> quarenta anos, nãoexistem regras e equipamentos <strong>de</strong> segurança próprios para os profissionais <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> pública. Muitas consi<strong>de</strong>raçõesaqui <strong>de</strong>scritas foram basea<strong>da</strong>s nos procedimentos adotados na agricultura, uma vez que a utilização <strong>de</strong>insetici<strong>da</strong>s, equipamentos e tecnologia <strong>de</strong> aplicação já foram incorpora<strong>da</strong>s à rotina <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong> campo emsaú<strong>de</strong> pública.Dentro <strong>de</strong> uma perspectiva prevencionista, a UNASA vem implementando a realização <strong>de</strong> examesperiódicos <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os servidores, prioritariamente os <strong>de</strong> campo, que manuseiam produtos tóxicosno controle <strong>de</strong> vetores, e promovendo ações <strong>de</strong> capacitação permanente. Essas medi<strong>da</strong>s objetivam aprevenção <strong>de</strong> riscos <strong>de</strong> intoxicação e <strong>de</strong>verão estar integra<strong>da</strong>s ao repasse <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteçãoindividual, com vistas a oferecer condições seguras <strong>de</strong> trabalho a seus servidores. O <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong>ssasações circunscreve-se <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma política <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ocupacional que articule as diversas áreas <strong>da</strong> Instituiçãoe, tem por finali<strong>da</strong><strong>de</strong> garantir condições <strong>de</strong> trabalho que não incorram em riscos para a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> seusservidores.UNASA - novembro/2001 - pág. 11


1. Consi<strong>de</strong>rações legaisO monitoramento biológico <strong>da</strong> exposição a insetici<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ve ser realizado em todos os indivíduos quemanuseiam esses produtos, através <strong>de</strong> exames periódicos.A obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> elaboração e implementação do Programa <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> Médico <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>Ocupacional (PCMSO) é estabeleci<strong>da</strong> pela legislação relativa à Segurança e Medicina do Trabalho, através <strong>da</strong>Norma Regulamentadora nº 7 (NR-7), para todos os empregadores e Instituições que admitem trabalhadorescomo empregados.O PCMSO tem como objetivo promover e presevar a saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os trabalhadores e inclui arealização <strong>de</strong> exames médicos admissional, periódico, <strong>de</strong> retorno ao trabalho, mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> função e <strong>de</strong>missional.Os exames acima requeridos compreen<strong>de</strong>m: a avaliação clínica, que abrange a anamnese ocupacional,exame físico e mental e os exames complementares, especificados naquela norma regulamentadora.UNASA - novembro/2001 - pág. 13


2. Tipo <strong>de</strong> controleVárias medi<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s para o controle <strong>de</strong> pragas, as quais tanto po<strong>de</strong>m ser usa<strong>da</strong>sem saú<strong>de</strong> pública, como na agricultura. Tais ações <strong>de</strong>vem, sempre que possível, ser coloca<strong>da</strong>s em prática, amaneira mais racional <strong>de</strong> controlar algum tipo <strong>de</strong> praga, na perspectiva <strong>de</strong> evitar ou minimizar maiores <strong>da</strong>nos.Os tipos <strong>de</strong> controle são:2.1. <strong>Controle</strong> mecânicoO controle mecânico compreen<strong>de</strong> técnicas bastante simples e eficazes, representando algumas vezes,alto investimento inicial, porém com resultados permanentes, pois envolvem ações <strong>de</strong> saneamento básico e<strong>de</strong> educação ambiental, como:• drenagem e retificação <strong>de</strong> criadouros;• coleta e <strong>de</strong>stino a<strong>de</strong>quado <strong>de</strong> lixo;• <strong>de</strong>struição <strong>de</strong> criadouros temporários;• telagem <strong>de</strong> janelas.2.2. <strong>Controle</strong> biológicoO controle biológico consiste na repressão <strong>de</strong> pragas utilizando inimigos naturais específicos, comopre<strong>da</strong>dores, parasitos ou patógenos.Consi<strong>de</strong>ra-se controle biológico natural, a ação dos inimigos naturais biológicos sem a intervenção dohomem, ou artificial, quando há interferência humana. Na natureza nem sempre se consegue a abundância<strong>de</strong> inimigos biológicos e este problema afeta a eficácia do controle, fazendo com que seja necessária aintervenção humana para proteger e incrementar a ação <strong>de</strong>sses agentes.O controle biológico po<strong>de</strong> ser feito com o uso dos seguintes organismos:• Pre<strong>da</strong>dores: são insetos ou outros animais (peixes, etc.) que eliminam as pragas <strong>de</strong> forma mais oumenos violenta, sugando-lhes a hemolinfa ou consumindo seus tecidos;• Parasitos: são organismos como nematói<strong>de</strong>s e fungos que vivem às expensas do corpo <strong>de</strong> outroinseto (hospe<strong>de</strong>iro), alimentando-se <strong>de</strong> seus tecidos, ocasionando a morte, ao mesmo tempo emque completam seu <strong>de</strong>senvolvimento biológico;• Patógenos: são microorganismos, entre eles alguns vírus, bactérias, protozoários ou fungos queagem provocando enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e epizootias entre as pragas e vetores.2.3. <strong>Controle</strong> legalO controle legal implica no uso <strong>de</strong> instrumentos jurídicos (leis e portarias) que exigem, regulamentamou restringem <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s ações, po<strong>de</strong>ndo-se lançar mão com eficácia, nas questões <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública,sobretudo, pelas autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s municipais. Assuntos como coleta e <strong>de</strong>stinação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> <strong>de</strong> resíduos sólidos,regulamentação <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas críticas (ferro-velho, borracharias), limpeza <strong>de</strong> terrenos baldios,educação ambiental, são pontos prepon<strong>de</strong>rantes e <strong>de</strong>cisivos que <strong>de</strong>vem ser abor<strong>da</strong>dos nas leis orgânicasmunicipais. Vale ressaltar que tais questões, soma<strong>da</strong>s a outras, contribuem para a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> hábitos,conscientização, enfim, para a melhoria <strong>da</strong>s condições <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> <strong>da</strong> população.UNASA - novembro/2001 - pág. 15


2.4. <strong>Controle</strong> químicoO controle químico pressupõe o uso <strong>de</strong> produtos químicos para eliminar ou controlar vetores <strong>de</strong>doenças ou pragas agrícolas. É a última alternativa <strong>de</strong> controle a ser utiliza<strong>da</strong>, uma vez que outras açõesmenos agressivas e eficazes <strong>de</strong>vem ser prioritárias. Recomen<strong>da</strong>-se que a utilização <strong>de</strong> substâncias químicasseja restrita a situações <strong>de</strong> emergência ou quando não se dispuser <strong>de</strong> outra ferramenta <strong>de</strong> intervenção.2.5. <strong>Controle</strong> integrado ou manejo integrado <strong>de</strong> pragas<strong>Controle</strong> integrado <strong>de</strong>fine a combinação <strong>de</strong> vários métodos que relacionam e integram diversas alternativas<strong>de</strong> controle. Configura-se em um enfoque ecológico para o controle <strong>de</strong> pragas e consiste no usointegrado e racional <strong>de</strong> várias técnicas disponíveis e necessárias a um programa unificado. Busca diminuir os<strong>da</strong>nos econômicos e evitar a transmissão <strong>de</strong> doenças, produzindo um mínimo <strong>de</strong> efeitos adversos adicionaisao ecossistema. Por “integrado” <strong>de</strong>ve-se enten<strong>de</strong>r a utilização harmoniosa, seletiva e oportuna <strong>de</strong> duas oumais técnicas <strong>de</strong> repressão <strong>de</strong> pragas.2.6. Ações educativasAs ações educativas são <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância para o controle <strong>de</strong> doenças transmiti<strong>da</strong>s porvetores. O controle <strong>da</strong> <strong>de</strong>ngue é exemplo claro <strong>de</strong> que, quando as ações educativas são <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente valoriza<strong>da</strong>se implementa<strong>da</strong>s, traz como conseqüência a redução ou mesmo a não utilização <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s.A população é a principal responsável pela proliferação do vetor Ae<strong>de</strong>s aegypti, ao permitir que o mosquitoviva ao seu redor, mas se for <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente conscientiza<strong>da</strong>, torna-se a principal alia<strong>da</strong> na resolução doproblema.Mesmo para que outros métodos alternativos tenham sucesso, o envolvimento e a participação <strong>da</strong>comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> são essenciais.Outra importante função <strong>da</strong>s ações educativas é a tarefa <strong>de</strong> contribuir para conscientizar os servidores<strong>de</strong> campo, acerca <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> usar os equipamentos <strong>de</strong> proteção individual indicados.UNASA - novembro/2001 - pág. 16


3. O uso <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s no controle <strong>de</strong> vetoresO homem necessita freqüentemente controlar pragas. Elas têm acompanhado a humani<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong>seus primórdios, causando-lhe inúmeros <strong>da</strong>nos, seja diminuindo a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alimentos a serem colhidos,seja transmitindo doenças a pessoas ou animais que o cercam e lhe são úteis.Existem vários métodos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> pragas. Diz-se que uma praga está controla<strong>da</strong> quando seusníveis populacionais estão sob controle. Na agricultura, <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> espécie <strong>de</strong> praga está controla<strong>da</strong> quandoa população está “abaixo do nível <strong>de</strong> <strong>da</strong>no econômico” e, em saú<strong>de</strong> pública quando, “abaixo do nível <strong>de</strong><strong>da</strong>no à saú<strong>de</strong>”.Adotando-se alguns procedimentos em saú<strong>de</strong> pública, não será necessário, em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s situações,o uso extremo <strong>de</strong> substâncias tóxicas. Essas técnicas são bastante simples e <strong>de</strong> fácil execução. O uso <strong>de</strong>insetici<strong>da</strong>s representa, às vezes, “falhas” no controle <strong>da</strong>s pragas, ou seja, procedimentos menos agressivos eeficazes que <strong>de</strong>veriam ter sido adotados preventivamente e não o foram, restando como alternativa a intervenção<strong>de</strong> lançar mão do uso <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s.Quando ocorre propagação <strong>da</strong>s pragas, o uso <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s é, em algumas situações, <strong>de</strong>terminante,pois representa, como no caso <strong>de</strong> um surto <strong>de</strong> <strong>de</strong>ngue em gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s, medi<strong>da</strong> emergencial que po<strong>de</strong>impedir o surgimento do <strong>de</strong>ngue hemorrágico, com graves conseqüências para a população, po<strong>de</strong>ndo levarpessoas à morte.O uso <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s apresenta <strong>de</strong>svantagens, uma vez que produz efeitos adversos. Alguns favorecema contaminação ambiental, po<strong>de</strong>ndo causar a <strong>de</strong>struição genérica <strong>da</strong> fauna. Os produtos biocumulativos,<strong>de</strong>vido a sua difícil <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção, ficam retidos no tecido vivo e passam a fazer parte <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia alimentar, comoos insetici<strong>da</strong>s clorados, que não são mais usados no Brasil para controle <strong>de</strong> vetores, tendo sido substituídospor outros produtos alternativos.Em contraparti<strong>da</strong>, o controle químico oferece como principais vantagens, a rapi<strong>de</strong>z e a facili<strong>da</strong><strong>de</strong> comque <strong>de</strong>stróem as pragas, sendo recomen<strong>da</strong>do o seu uso <strong>de</strong> maneira seletiva nos programas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>vetores, tanto nas ações <strong>de</strong> rotina, como nas <strong>de</strong> emergência.O uso <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s em saú<strong>de</strong> pública, no controle <strong>de</strong> vetores, <strong>de</strong>ve seguir as recomen<strong>da</strong>ções dogrupo <strong>de</strong> especialistas <strong>da</strong> Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, conforme <strong>de</strong>scrito no documento Chemical Methodsfor the Control of Vectors and Pests of Public Health Importance (WHO/CTD/WHOPES/97.2).Em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s situações é a única forma <strong>de</strong> intervenção disponível, <strong>de</strong>vendo ser adota<strong>da</strong> umatecnologia <strong>de</strong> aplicação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> a ca<strong>da</strong> caso. O sucesso <strong>da</strong> sua aplicação <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> adoção <strong>de</strong> critérios,os quais pressupõem o conhecimento sobre a biologia <strong>da</strong> praga que se busca controlar, principalmente, aduração dos seus ciclos, hábitos alimentares, locais <strong>de</strong> alimentação e repouso, interação com fatores climáticos,entre outros.A finali<strong>da</strong><strong>de</strong> básica do conhecimento <strong>de</strong>talhado <strong>da</strong> biologia do inseto é levantar seus possíveis pontosvulneráveis, on<strong>de</strong> uma intervenção <strong>de</strong>sse tipo po<strong>de</strong>ria ser eficaz. De acordo com a estratégia escolhi<strong>da</strong>, <strong>de</strong>veseselecionar o tipo e formulação <strong>de</strong> produto mais a<strong>de</strong>quado, mo<strong>da</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tratamento que melhor atinja osobjetivos e o equipamento i<strong>de</strong>al para a aplicação.A exemplo disso, tem-se o controle residual do vetor <strong>da</strong> malária transmiti<strong>da</strong> pelos anofelinos. Algumasespécies <strong>de</strong>sses mosquitos preferem alimentar-se do homem (antropofagia) <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s residências (antropofagiaendofílica), o que faz com que sejam excelentes transmissores, mas os <strong>de</strong>ixam vulneráveis à ação insetici<strong>da</strong><strong>de</strong> po<strong>de</strong>r residual. Ao alimentarem-se, ingerem uma gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sangue, aumentando muitasvezes o seu peso, quando então repousam nas pare<strong>de</strong>s trata<strong>da</strong>s com o insetici<strong>da</strong>, sendo assim, eliminados. Otratamento residual intradomiciliar para controle do Ae<strong>de</strong>s aegypti apresenta uma série <strong>de</strong> inconvenientes quese resumem no fato do mosquito, além <strong>de</strong> pousar nas pare<strong>de</strong>s também o fazem em objetos pendurados,móveis, vegetação interior, etc. O outro fato a se relatar seria o gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> residências que necessitariamser trata<strong>da</strong>s em uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>cisão técnica difícil <strong>de</strong> ser adota<strong>da</strong>.UNASA - novembro/2001 - pág. 17


4. Praguici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> públicaDá-se o nome genérico <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s aos compostos orgânicos ou inorgânicos, <strong>de</strong> origem naturalou sintética, que po<strong>de</strong>m ser usados puros ou misturados no controle <strong>de</strong> pragas (animais ou vegetais) e sãoprejudiciais ao homem, animais domésticos ou plantas cultiva<strong>da</strong>s.De acordo com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> para a qual são usados, classificam-se em:• Acarici<strong>da</strong>s • Vampirici<strong>da</strong>s• Insetici<strong>da</strong>s • ungici<strong>da</strong>s• Ro<strong>de</strong>ntici<strong>da</strong>s • Moluscici<strong>da</strong>s• Herbici<strong>da</strong>s • OutrosOs praguici<strong>da</strong>s <strong>de</strong> uso corrente <strong>de</strong>vem reunir certas características como: inocui<strong>da</strong><strong>de</strong> ao ambiente eanimais, maior especifici<strong>da</strong><strong>de</strong> possível ao inseto alvo e bom po<strong>de</strong>r residual, sem persistência prolonga<strong>da</strong> nosolo. Outro fator <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância é a economia, tanto no que diz respeito a dosagens, quanto arecursos para a sua aquisição.4.1. Classificação quanto aos grupos químicosA quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> pública é bem menor que aqueles disponíveispara uso agrícola. No Brasil, os mais usados, atualmente, no controle <strong>de</strong> vetores são: fosforados, carbamatose piretrói<strong>de</strong>s.4.1.1. OrganocloradosO DDT (Diclorodifeniltricloroetano) foi o primeiro insetici<strong>da</strong> a ser usado em gran<strong>de</strong> escala, em nívelmundial. oi sintetizado casualmente por Zeidler, em 1874 e, re<strong>de</strong>scoberto em 1939 por Muller, que comprovousuas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s insetici<strong>da</strong>s e sua persistência residual. oi intensamente usado durante a Segun<strong>da</strong>Guerra Mundial, quando se <strong>de</strong>scobriu que po<strong>de</strong>ria ser usado, com eficácia, contra mosquitos anofelinos,vetores <strong>da</strong> malária. Essa <strong>de</strong>scoberta permitiu que se estruturassem, sob o incentivo <strong>da</strong> OMS, projetos nacionais<strong>de</strong> erradicação <strong>da</strong> malária, a partir do final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1950.Os insetici<strong>da</strong>s clorados, embora proibidos para uso agrícola no Brasil, <strong>de</strong>ste 1985, ain<strong>da</strong> continuampreconizados pela Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (OMS) para o controle vetorial <strong>da</strong> malária e <strong>da</strong> leishmaniose.Devido ao alto grau <strong>de</strong> permanência ambiental, a tendência é que ocorra a proibição do seu uso, mesmo nospaíses em <strong>de</strong>senvolvimento. Apesar dos problemas ambientais ocasionados pela contaminação <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>iaalimentar, os estudos até o momento, não chegaram a um consenso sobre o nexo causal entre o uso do DDTe a ocorrência <strong>de</strong> câncer no homem. Entretanto, o fato <strong>de</strong> ter sido relatado que o DDT po<strong>de</strong>, em algumascircunstâncias, provocar o aparecimento <strong>de</strong> tumores em algumas espécies <strong>de</strong> ratos <strong>de</strong> laboratório, é indicativosuficiente para que se realizem estudos mais <strong>de</strong>talhados, visando melhor conhecer os efeitos <strong>de</strong>ssas substânciassobre o organismo humano.Os clorados agem sobre o sistema nervoso, alterando a entra<strong>da</strong> e saí<strong>da</strong> <strong>de</strong> íons <strong>da</strong> membrana dosneurônios, prejudicando a transmissão dos impulsos nervosos.Insetici<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sse grupo foram intensivamente usados na agricultura e no controle <strong>de</strong> doenças endêmicas.O DDT foi amplamente usado nas campanhas <strong>de</strong> erradicação <strong>da</strong> malária e o BHC, no controle <strong>da</strong> doença <strong>de</strong>Chagas. O volume <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s clorados usados na agricultura, foi muitas vezes superior ao utilizado nocontrole <strong>de</strong> vetores, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>mos inferir que gran<strong>de</strong> parte do DDT, ain<strong>da</strong> presente no ambiente, sejaoriun<strong>da</strong>, principalmente, <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s agrícolas.Com a proibição dos clorados na agricultura e a diminuição crescente <strong>da</strong> sua utilização nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> pública em outros países, a tendência é que seu <strong>de</strong>saparecimento dos tecidos vivos, ocorra lentamente. Ameia vi<strong>da</strong> do DDT no organismo é <strong>de</strong> pouco mais <strong>de</strong> 3 anos, sendo eliminado pela urina na forma <strong>de</strong> DDA.Define-se meia vi<strong>da</strong> o tempo necessário para uma substância diminuir sua concentração inicial pela meta<strong>de</strong>.UNASA - novembro/2001 - pág. 19


O DDT faz parte, junto com uma série <strong>de</strong> outras substâncias, dos chamados Compostos OrgânicosPersistentes (COP). Existe, no plano mundial, um acordo entre vários países, organizações não governamentaise indústrias, para eliminar a sua fabricação, até o ano <strong>de</strong> 2007. Estima-se que ain<strong>da</strong> sejam fabricados,anualmente, cerca <strong>de</strong> 35 mil tonela<strong>da</strong>s do produto, incluindo-se aí os gastos em saú<strong>de</strong> pública e o uso nãoautorizado em agricultura.4.1.2. OrganofosforadosOs insetici<strong>da</strong>s fosforados são <strong>de</strong>rivados do ácido fosfórico e sua primeira síntese <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> 1820, anterior,portanto, aos clorados. A molécula dos fosforados quebra-se com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>, através <strong>de</strong> hidrólise. Essesinsetici<strong>da</strong>s têm pequena persistência ambiental, embora sejam tóxicos para mamíferos. Competem com aacetilcolina causando inibição irreversível <strong>da</strong> enzima acetilcolinesterase, mediador químico nas transmissõesnervosas. Entre os fosforados encontram-se substâncias extremamente tóxicas, como o parathion e outras <strong>de</strong>baixíssima toxici<strong>da</strong><strong>de</strong>, como o temephós.Alguns insetici<strong>da</strong>s fosforados sofrem biotransformação por processo enzimático, on<strong>de</strong> um átomo <strong>de</strong>enxofre é substituído por oxigênio, passando <strong>da</strong> forma thion para a oxon. O malathion é um dos produtos quesofre essa ação enzimática, sendo transformado em malaoxon. Essa transformação é <strong>de</strong>terminante para atoxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>sses produtos, uma vez que as formas oxon são altamente inibidoras <strong>da</strong> colinesterase sangüínea.A meia vi<strong>da</strong> dos fosforados é muito curta, durando <strong>de</strong> minutos a horas (máximo <strong>de</strong> 72 horas).Biotransformação <strong>de</strong> alguns organofosforados:SOI I → Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Enzimática → I IPPorma thionorma oxonDe acordo com a biotransformação que sofrem alguns organofosforados, po<strong>de</strong>-se classificá-los em:• Inibidores Diretos: esses insetici<strong>da</strong>s inibem diretamente a colinesterase, pois naturalmente já seencontram na forma oxon;• Inibidores Indiretos: na sua forma original thion não tem ação inibitória sobre a colinesterase,necessitando <strong>da</strong> ação enzimática para passar para a forma oxon.Conclui-se que os inibidores diretos são relativamente menos perigosos que os indiretos, pois ao inibirema colinesterase <strong>de</strong> maneira direta, os sintomas <strong>de</strong> intoxicação vão surgir mais rapi<strong>da</strong>mente, indicando,assim, ao usuário, o afastamento imediato <strong>da</strong> exposição ao produto. Os inibidores indiretos agem <strong>de</strong> maneirainsidiosa. Quando começam a produzir sintomas, é sinal <strong>de</strong> que gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tóxico po<strong>de</strong> ter sidoabsorvi<strong>da</strong> pelo organismo, consi<strong>de</strong>rando-se que o processo <strong>de</strong> biotransformação pelas enzimas é lento.O efeito <strong>de</strong> colinesterase é variável <strong>de</strong> pessoa a pessoa e po<strong>de</strong> alterar-se em <strong>de</strong>corrência <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong>outros fatores, como por exemplo, no caso <strong>de</strong> algumas doenças, como alergias, cardiopatias, câncer, doençashepáticas e renais ou, ain<strong>da</strong>, pelo uso <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminados medicamentos. O uso <strong>de</strong> bebi<strong>da</strong>s alcóolicas po<strong>de</strong>também induzir alteração do efeito <strong>de</strong> colinesterase.O conhecimento prévio do efeito <strong>de</strong> acetilcolinesterase nas pessoas envolvi<strong>da</strong>s em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s comexposição a insetici<strong>da</strong>s organofosforados, é <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância. Esse levantamento é imprescindívelpara se estabelecer critérios <strong>de</strong> avaliação <strong>da</strong> inibição colinesterásica, no monitoramento biológico. Énecessário que se disponha <strong>de</strong> uma estrutura laboratorial que possibilite a realização <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssaenzima, rotineiramente, conforme preconiza a NR-7, a fim <strong>de</strong> <strong>de</strong>tectar as possíveis alterações, o mais precocementepossível.UNASA - novembro/2001 - pág. 20


Entre as várias formas <strong>de</strong> vigilância estão os testes <strong>de</strong> campo que, mesmo sem ter gran<strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>,po<strong>de</strong>m proporcionar a triagem, sobretudo dos casos <strong>de</strong> intoxicação agu<strong>da</strong>.4.1.3. CarbamatosOs insetici<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ste grupo são <strong>de</strong>rivados do ácido carbâmico e possuem ação colinesterásica semelhanteà dos fosforados. A diferença é que a inibição <strong>da</strong> enzima é reversível, voltando a sua função normal,mediante o afastamento <strong>da</strong> fonte <strong>de</strong> inibição. Esse fato indica que os carbamatos são consi<strong>de</strong>rados maisseguros que alguns fosforados.A utilização <strong>de</strong> carbamatos em controle <strong>de</strong> vetores tem sido restrita <strong>de</strong>vido ao alto custo, sendo maisfreqüentemente utilizado no programa <strong>de</strong> controle <strong>da</strong> Xenopsyla cheops, transmissora <strong>da</strong> peste bubônica.4.1.4. Piretrói<strong>de</strong>sOs primeiros estudos para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> uma molécula mais estável que as piretrinas naturaiscomeçaram a ser <strong>de</strong>senvolvidos na déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1930, por La orge, Schechter & Green. A síntese <strong>da</strong> aletrinainicia a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do surgimento <strong>de</strong> uma família <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s chamados <strong>de</strong> piretrói<strong>de</strong>s sintéticos. Estespossuem uma série <strong>de</strong> características que os distinguem <strong>da</strong> molécula natural, como por exemplo, maioreficácia, estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> química e segurança, que os <strong>de</strong>mais grupos <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s.O modo <strong>de</strong> ação dos piretrói<strong>de</strong>s é semelhante ao dos clorados, pois atua sobre a membrana dosneurônios, alterando a condução dos impulsos nervosos. Sua molécula é bio<strong>de</strong>gradável, não causando problemas<strong>de</strong> contaminação ambiental. Alguns tipos <strong>de</strong> piretrói<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m ter alta ação alergênica, causandoirritação dérmica e ocular em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s pessoas.A utilização dos piretrói<strong>de</strong>s tem sido intensa, tanto em agricultura, como em saú<strong>de</strong> pública. Atualmentesão usados nos programas <strong>de</strong> malária, doença <strong>de</strong> Chagas e Calazar.UNASA - novembro/2001 - pág. 21


5. Vias <strong>de</strong> absorçãoExistem três maneiras pelas quais um produto tóxico é introduzido nos organismos. São tambémconheci<strong>da</strong>s como “portas <strong>de</strong> entra<strong>da</strong>”. Essas vias são as mesmas para os insetos e para o homem:• oral;• dérmica;• respiratória.A ingestão do produto tóxico caracteriza a contaminação por via oral. A entra<strong>da</strong> <strong>de</strong>sses produtos noorganismo pela boca, ocorre quando o aplicador se alimenta ou fuma, durante o manuseio do produto; pelaingestão voluntária no caso <strong>de</strong> tentativa <strong>de</strong> suicídio e aci<strong>de</strong>ntal, como no <strong>de</strong>sentupimento <strong>de</strong> bicos com aboca. Po<strong>de</strong> ain<strong>da</strong> ocorrer a ingestão aci<strong>de</strong>ntal por crianças ou pessoas priva<strong>da</strong>s <strong>da</strong> razão, por negligência ouação criminosa. Po<strong>de</strong> haver contaminação oral indireta, quando o aplicador não utiliza equipamento <strong>de</strong>proteção a<strong>de</strong>quado e acaba <strong>de</strong>glutindo gotículas <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s que ficaram reti<strong>da</strong>s na mucosa nasal. A absorçãovia oral ocorre <strong>de</strong> maneira mais rápi<strong>da</strong> pela mucosa bucal e, especialmente, na região sublingual.A via dérmica é importante forma <strong>de</strong> contaminação ocupacional <strong>de</strong> aplicadores <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s, sobretudoquando estes não fazem uso <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individual. Os insetici<strong>da</strong>s mo<strong>de</strong>rnos sãotodos orgânicos, possuindo uma gran<strong>de</strong> facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> absorção, através <strong>da</strong> pele <strong>de</strong>sprotegi<strong>da</strong>. Essa via po<strong>de</strong>ser classifica<strong>da</strong> em transfolicular, quando ocorre a introdução do produto pelos folículos pilosos e,transepidérmica, quando a mesma ocorre através dos poros e cama<strong>da</strong>s <strong>da</strong> <strong>de</strong>rme.O volume <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong> a ser absorvido, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>da</strong> via <strong>de</strong> exposição, tempo e área do organismo<strong>de</strong>sprotegi<strong>da</strong>, durante o manuseio com o produto.A absorção por via respiratória ocorre, sobretudo, em pulverizações feitas sem equipamentos <strong>de</strong> proteçãorespiratória, cuja contaminação po<strong>de</strong> se <strong>da</strong>r por partículas <strong>de</strong> diferentes tamanhos. Parte <strong>de</strong>las atinge osalvéolos pulmonares e muitas ficam reti<strong>da</strong>s nas vias aéreas superiores, quando po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>gluti<strong>da</strong>s, resultandonuma contaminação digestiva.De acordo com as diversas formas <strong>de</strong> penetração dos tóxicos nos organismos dos insetos, as substânciasinsetici<strong>da</strong>s são classifica<strong>da</strong>s pelo modo <strong>de</strong> ação em:• ingestão ou estomacais: eliminam o inseto <strong>de</strong>pois que estes ingerem o tóxico, interferindo noprocesso digestivo ou através do sistema nervoso;• contato: a maioria dos insetici<strong>da</strong>s mo<strong>de</strong>rnos atuam por “contato”, <strong>de</strong>vido à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> penetraçãopela quitina dos insetos. Nesse caso, a contaminação po<strong>de</strong>rá ocorrer pelas patas ou pela superfíciecorporal e <strong>de</strong>mais apêndices do inseto. Decorre <strong>da</strong>í, a <strong>de</strong>terminação do modo como será realizadoo controle <strong>de</strong> vetores, po<strong>de</strong>ndo ser o tratamento residual ou espacial;• fumigantes ou respiratórios: são produtos formulados a partir <strong>de</strong> substâncias voláteis, que penetramno inseto através <strong>da</strong>s espiráculas respiratórias. Normalmente são usados no controle <strong>de</strong> pragasem grãos armazenados em silos e tratamento <strong>de</strong> solos. As aplicações <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong> a Ultra BaixoVolume não são consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s fumigações.UNASA - novembro/2001 - pág. 23


6. ormulaçõesOs diversos insetici<strong>da</strong>s usados em controle <strong>de</strong> vetores passam por um processo industrial <strong>de</strong>nominado“formulação”, o qual consiste em se preparar uma mistura do ingrediente ativo com outras substâncias inertes,chama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> coadjuvantes. A aplicação <strong>da</strong>s formulações nos tratamentos, ao invés do “ingrediente ativo”puro, oferece vantagens, tais como: facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> manuseio, transporte e aumento <strong>de</strong> segurança do produto.As formulações garantem, ain<strong>da</strong>, a colocação <strong>de</strong> uma dose <strong>de</strong> ingrediente ativo (i.a.) constante emto<strong>da</strong> a superfície a ser trata<strong>da</strong>, o que é possível pela agregação <strong>de</strong> substâncias que asseguram a homogenei<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> mistura, durante o tempo necessário para sua aplicação.Determinados tipos <strong>de</strong> formulações colaboram também para proporcionar maior segurança ao produto.As formulações granula<strong>da</strong>s oferecem menor risco do que as líqui<strong>da</strong>s. Um insetici<strong>da</strong> mais tóxico, apresentadocomo granulado, po<strong>de</strong> ser mais seguro que um produto menos tóxico na forma <strong>de</strong> concentradoemulsionável.6.1. Produtos grau técnico (GT)Denomina-se <strong>de</strong> produto grau técnico a forma mais pura que se po<strong>de</strong> adquirir o ingrediente ativo.Apresenta uma concentração inicial a partir <strong>de</strong> 93%, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que não contenha substâncias intencionalmenteagrega<strong>da</strong>s. Junto com o produto po<strong>de</strong>m existir vários contaminantes industriais, formados durante o processo<strong>de</strong> síntese. O refinamento implica em altos custos, inviabilizando, às vezes, a aquisição do produto. Algumas<strong>de</strong>ssas substâncias po<strong>de</strong>m aumentar o grau <strong>de</strong> toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto ou colaborar para que o mesmoapresente odor <strong>de</strong>sagradável.Em <strong>de</strong>corrência do exposto, os produtos GT com maior grau <strong>de</strong> pureza são consi<strong>de</strong>rados <strong>de</strong> melhorquali<strong>da</strong><strong>de</strong>.6.2. ormulações intermediáriasAs formulações intermediárias são compostas <strong>da</strong> mistura i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> i.a. e várias outras substâncias, ca<strong>da</strong>uma com uma função específica. Algumas <strong>de</strong>ssas substâncias são: solventes, emulsionantes, antiespumantes,agentes a<strong>de</strong>sivos, anticompactantes, etc. Estas formulações po<strong>de</strong>m ser:• Solução (S);• Pó molhável (PM);• Pó seco (PS/P);• Suspensão concentra<strong>da</strong> (SC/W);• Concentrado emulsionável (CE);• Granulado (G);• Outras.6.3. Concentrações inicial e finalNos trabalhos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s, em geral, manuseiam-se produtos em duas concentrações, umainicial e outra final. A inicial correspon<strong>de</strong> à concentração do produto antes <strong>de</strong> sua mistura com água ou outrosolvente e a final, refere-se à concentração <strong>de</strong> ingrediente ativo no momento <strong>de</strong> sua aplicação no campo.O valor <strong>da</strong> concentração inicial é fornecido pelo fabricante e expresso no rótulo. Por exemplo: umproduto formulado como PM40 ou PM400, representa um formulado em pó molhável com concentraçãoinicial <strong>de</strong> 40% <strong>de</strong> ingrediente ativo. No primeiro caso, a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> i.a. está relaciona<strong>da</strong> a 100 e nosegundo, a 1.000. As informações conti<strong>da</strong>s no rótulo indicam o volume a que se refere a concentração inicial.UNASA - novembro/2001 - pág. 25


7. Tipos <strong>de</strong> tratamentoExistem vários métodos para a realização do controle químico, os quais levam em consi<strong>de</strong>ração, principalmente,as vias <strong>de</strong> absorção do insetici<strong>da</strong>, os hábitos e duração do ciclo biológico do vetor que se preten<strong>de</strong>controlar. Antes <strong>da</strong> <strong>de</strong>finição do método <strong>de</strong> tratamento, é necessário conhecer amplamente a biologia dovetor alvo do controle, conforme foi mencionado anteriormente.A capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ação dos insetici<strong>da</strong>s usados nos tratamentos residuais e espaciais <strong>de</strong>ve ser por meio do“contato”, <strong>de</strong> modo que atravessem com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> o tegumento dos insetos.7.1. Tratamento residualO tratamento residual é uma <strong>da</strong>s maneiras mais tradicionais <strong>de</strong> controle químico <strong>de</strong> insetos. A adoção<strong>de</strong>ssa metodologia pressupõe o conhecimento dos hábitos do vetor, uma vez que, ao freqüentar ou <strong>de</strong>scansarhabitualmente em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s superfícies tratáveis, o vetor torna-se vulnerável ao insetici<strong>da</strong>, o quepo<strong>de</strong> contribuir para sua eliminação. O controle residual <strong>de</strong> mosquitos anofelinos, transmissores <strong>da</strong> malária,exemplifica essa metodologia <strong>de</strong> controle.Enquadra-se nessa categoria <strong>de</strong> tratamento o controle perifocal para combate do Ae<strong>de</strong>s aegypti,atualmente preconizado apenas para uso em pontos consi<strong>de</strong>rados estratégicos, como borracharias, ferrosvelhos,etc.Os insetici<strong>da</strong>s usados nesse tipo <strong>de</strong> tratamento <strong>de</strong>vem oferecer alguma estabili<strong>da</strong><strong>de</strong> química, em função<strong>de</strong> que é <strong>de</strong>terminado o espaçamento <strong>da</strong>s aplicações. Por outro lado, moléculas com gran<strong>de</strong> estabili<strong>da</strong><strong>de</strong>química po<strong>de</strong>m ser prejudiciais ao ambiente. O i<strong>de</strong>al é que se faça opção por produtos formulados como pómolhável (PM) ou suspensão concentra<strong>da</strong> (SC), pois os concentrados emulsionáveis (CE) não dão bomefeito residual, po<strong>de</strong>ndo ser rapi<strong>da</strong>mente adsorvidos em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s superfícies.No tratamento residual o equipamento aplicador gera partículas gran<strong>de</strong>s, em torno <strong>de</strong> 400 micras <strong>de</strong>diâmetro, formando gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> gotículas muito pequenas. Essas pequenas gotas po<strong>de</strong>m atingir oaparelho respiratório <strong>de</strong> quem manuseia o equipamento, caso não esteja protegido a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente.7.2. Tratamento espacialO tratamento espacial consiste em colocar gotículas micropulveriza<strong>da</strong>s do insetici<strong>da</strong> na massa <strong>de</strong> ar <strong>de</strong><strong>de</strong>terminado local ou ambiente. Essas partículas são classifica<strong>da</strong>s como “aerossol” e <strong>de</strong>vem ser gera<strong>da</strong>s<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma faixa <strong>de</strong> tamanho i<strong>de</strong>al, sendo que o dimensionamento consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong> melhor impacto sobreos insetos, está na faixa <strong>de</strong> 5 a 25 micras. O equipamento aplicador <strong>de</strong>ve estar convenientemente regulado ecalibrado (pressão e vazão do insetici<strong>da</strong>) para gerar partículas nesta faixa <strong>de</strong> tamanho, o que não impe<strong>de</strong> aformação <strong>de</strong> uma parcela <strong>de</strong> gotas muito pequenas (abaixo <strong>de</strong> cinco micras) e outras gran<strong>de</strong>s (acima <strong>de</strong> 25micras). As gotículas menores <strong>de</strong> cinco micras, são mais leves e ten<strong>de</strong>m a se elevar na atmosfera, acompanhandoas massas ascen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> ar, po<strong>de</strong>ndo também chegar com facili<strong>da</strong><strong>de</strong> ao aparelho respiratório, casoo aplicador esteja <strong>de</strong>sprotegido e trabalhando próximo ao aparelho.A eficácia <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> tratamento é relativa, eliminando a ca<strong>da</strong> aplicação gran<strong>de</strong> parte dos insetosadultos, mas não a totali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Isso se <strong>de</strong>ve a vários fatores que escapam ao nosso controle, como por exemplo,o grau <strong>de</strong> abertura <strong>da</strong>s portas e janelas <strong>da</strong>s residências, nos horários <strong>de</strong> aplicação. Desse modo, o tratamento<strong>de</strong>ve ser feito em ciclos <strong>de</strong> aplicação, relacionando-os com a duração do ciclo biológico do mosquito.O encurtamento dos ciclos é um procedimento que po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido, quando se dispõe <strong>de</strong> equipamentosaplicadores suficientes.UNASA - novembro/2001 - pág. 27


7.3. Tratamento focalO termo tratamento focal refere-se às ações <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s para eliminação <strong>de</strong> larvas em criadouros,usando-se larvici<strong>da</strong>s. As larvas são focos <strong>de</strong> infestação, <strong>da</strong>í a <strong>de</strong>nominação <strong>de</strong> tratamento focal.Existem vários larvici<strong>da</strong>s químicos e biológicos à disposição. No caso específico do controle do Ae<strong>de</strong>saegypti, o temephós granulado é bastante utilizado. Além <strong>da</strong> segurança, pois o temephós granulado foi <strong>de</strong>senvolvidopara uso até em água <strong>de</strong> consumo humano, sua formulação permite manter a concentração i<strong>de</strong>al <strong>de</strong>princípio ativo na água trata<strong>da</strong>. Assim, é possível tratar <strong>de</strong>pósito com água abaixo <strong>da</strong> capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> total, com aquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong> suficiente para tratamento do <strong>de</strong>pósito cheio. A dissolução do produto <strong>da</strong>r-se-á <strong>de</strong>maneira controla<strong>da</strong>, à medi<strong>da</strong> que o <strong>de</strong>pósito receba quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s adicionais <strong>de</strong> água. Isso faz <strong>da</strong> formulaçãogranula<strong>da</strong> do temephós uma importante ferramenta <strong>de</strong> intervenção contra larvas do mosquito, já que sepo<strong>de</strong> contar com um efeito “residual” nos criadouros tratados.UNASA - novembro/2001 - pág. 28


8. Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong>A toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma substância, seja ela <strong>de</strong> origem natural ou sintética, é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pelo grau <strong>de</strong> <strong>da</strong>nosque po<strong>de</strong> provocar à saú<strong>de</strong>.A uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> normalmente utiliza<strong>da</strong> é a DL 50(Dose Letal 50) oral, dérmica ou respiratória ediz respeito ao ingrediente ativo. A DL 50oral ou dérmica é a estimativa estatística <strong>da</strong> menor dose <strong>de</strong> tóxicoque, administra<strong>da</strong> uma só vez, mata a meta<strong>de</strong> <strong>da</strong> população em estudo, geralmente, utilizando-se ratos brancos.Assim, quanto menor a DL 50, maior a toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto e vice-versa. Outro parâmetro <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>muito importante nos estudos toxicológicos humanos e ambientais, que traduz melhor o grau <strong>de</strong> segurança,é o NOEL (No Observed Effect Level), ou seja, representa a menor dose do tóxico que nos testes não induziuo aparecimento <strong>de</strong> nenhum efeito adverso.De acordo com o valor <strong>da</strong> DL 50, os praguici<strong>da</strong>s são or<strong>de</strong>nados, segundo a sua toxici<strong>da</strong><strong>de</strong>, em umatabela <strong>de</strong> classificação toxicológica (tabela 1), na qual os produtos extremamente tóxicos são aqueles quepossuem uma DL 50menor.Algumas classificações como a adota<strong>da</strong> pela Organização Mundial <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, evitam a utilização <strong>de</strong>termos como “praticamente atóxicos”. Esse procedimento tem por finali<strong>da</strong><strong>de</strong> evitar que se minimizem ospossíveis riscos, mesmo que pequenos ou improváveis, e induzam o usuário ao relaxamento na adoção <strong>de</strong>medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> proteção individual, durante o manuseio <strong>de</strong>sses produtos.As indicações quanto à toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um produto são apresenta<strong>da</strong>s no rótulo para que o usuário conheçao seu grau <strong>de</strong> risco. Essas indicações são expressas através <strong>de</strong> tarja <strong>de</strong> cores, símbolos como caveira com duastíbias cruza<strong>da</strong>s e algumas frases <strong>de</strong> alerta que guar<strong>da</strong>m correlação com a DL 50do ingrediente ativo.Para a <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma substância são consi<strong>de</strong>rados os seguintes critérios: efeitoscumulativos, via <strong>de</strong> penetração no organismo, além <strong>de</strong> outros fatores, como a toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> dos produtos <strong>de</strong><strong>de</strong>sdobramento, consi<strong>de</strong>rando que alguns praguici<strong>da</strong>s são transformados <strong>de</strong>ntro do organismo, em produtosmais tóxicos que os iniciais.Tabela 1 - Classificação Toxicológica dos Praguici<strong>da</strong>sonte: Praguici<strong>da</strong>s em Saú<strong>de</strong> Pública - <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> (Modificado)UNASA - novembro/2001 - pág. 29


8.1. Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alguns insetici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> pública (*)As informações constantes nos rótulos dos produtos são regulamenta<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> portarias específicasdo <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Agricultura e do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong>. A DL 50<strong>de</strong> um produto po<strong>de</strong> diminuir, consi<strong>de</strong>ravelmente,quando este é formulado. Dessa forma, no campo a substância po<strong>de</strong> ser classifica<strong>da</strong> quanto àtoxici<strong>da</strong><strong>de</strong>, levando-se em conta a sua formulação e não a do ingrediente ativo (i.a.).Tabela 2 - Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Alguns Insetici<strong>da</strong>s Usados em Saú<strong>de</strong> Pública e Respectivo ProgramaPRODUTO TÉCNICO PROGRAMAS DL 50ORAL / MG/KG/PV1. osforadosenitrothion Dengue, Malária 503Malathion Dengue, Malária 2.100Temephós Dengue 8.6002. CarbamatosCarbaril Peste 3003. Piretrói<strong>de</strong>sDeltametrina Malária, Chagas, Calazar 135Lamb<strong>da</strong>cyalotrina Malária, Chagas, Calazar 56Cypermetrina Malária, Chagas, Calazar 250Alfacypermetrina Malária, Chagas, Calazar 79Betacypermetrina Malária, Chagas, Calazar 166Cyflutrina Malária, Chagas, Calazar 250(*) Segundo o documento WHO/PCS/94.2 - “The WHO Recomen<strong>de</strong>d Classification of Pestici<strong>de</strong>s by Hazard and Gui<strong>de</strong>lines Classification,1994/95”.8.2. Toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s preparaçõesDevido às diluições sofri<strong>da</strong>s no processo <strong>de</strong> preparação <strong>da</strong> formulação intermediária, assim como aaplicação do insetici<strong>da</strong> no campo, a toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> original do produto é reduzi<strong>da</strong>. Po<strong>de</strong>-se ter uma idéia <strong>da</strong> DL 50<strong>da</strong> preparação <strong>de</strong> campo, utilizando-se a seguinte fórmula:DL 50do i.a. x 100DL50 <strong>da</strong> ormulação =% <strong>da</strong> ormulação ou <strong>da</strong> solução finalAlguns produtos quimicamente puros possuem uma DL 50relativamente alta, como o malathion, cujaDL 50é <strong>de</strong> 10.700 mg/Kg/PV, porém os contaminantes presentes que se formam durante o processo <strong>de</strong>síntese, a exemplo do isomalation, malaoxon e outros, fazem a DL 50<strong>da</strong> mistura baixar para 2.100 mg/Kg/PV, aumentando a toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto.8.3. Diagnóstico <strong>de</strong> intoxicações - Sinais e SintomasO entendimento dos sinais e sintomas que caracterizam uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> doença é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importânciapara o profissional médico, principalmente, para aqueles que prestarão atendimento aos servidores<strong>de</strong> campo que trabalham com produtos tóxicos, nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores. MuitoUNASA - novembro/2001 - pág. 30


embora esse tema <strong>de</strong>va ser objeto <strong>de</strong> um manual específico, é necessário que se faça algumas consi<strong>de</strong>raçõesacerca <strong>de</strong>sse assunto.Consi<strong>de</strong>ra-se “sinal clínico” manifestações que o médico <strong>de</strong>tecta num paciente, como por exemplo,pressão alta, aumento do fígado, sopro no coração, cor <strong>da</strong> pele e <strong>da</strong>s mucosas, etc. Os “sintomas clínicos” sãosubjetivos, sendo <strong>de</strong>finidos como sensações que o paciente refere ao médico. Por ser o sintoma subjetivo, énatural o paciente “valorizar” <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> queixa, associando o fato a eventos que talvez não estejam relacionados.É fun<strong>da</strong>mental, nesse momento, a figura do médico que, com sua experiência, <strong>de</strong>ve saber “filtrar” asinformações, consi<strong>de</strong>rando aquelas que são realmente importantes para a construção <strong>de</strong> um diagnósticopreciso. Este <strong>de</strong>ve ser feito baseado numa perfeita combinação entre os sintomas, achados clínicos (sinais) einvestigação laboratorial, que a ca<strong>da</strong> dia evolui para uma maior precisão e especifici<strong>da</strong><strong>de</strong>. Devem ser consi<strong>de</strong>radostambém a história epi<strong>de</strong>miológica, o tempo e o grau <strong>de</strong> exposição a que o indivíduo foi submetido.Para que o médico possa melhor diagnosticar e tratar os ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros casos <strong>de</strong> intoxicação, <strong>de</strong>ve possuirconhecimentos básicos <strong>de</strong> toxicologia clínica. Muitos sintomas <strong>de</strong> intoxicação são “inespecíficos”, confundindo-seàs vezes com os <strong>de</strong> outras patologias, tornando-se difícil o estabelecimento do nexo causal, apenaspelos <strong>da</strong>dos clínicos.Uma vez que a intoxicação foi <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente caracteriza<strong>da</strong>, o paciente <strong>de</strong>verá ser encaminhado para are<strong>de</strong> <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>. Se na locali<strong>da</strong><strong>de</strong> em que o fato ocorreu o Sistema <strong>de</strong> Informações <strong>de</strong> Agravos <strong>de</strong> Notificação(SINAN) tenha sido implantado e esteja funcionando, o caso em questão <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente registradoe notificado.Para maiores informações <strong>de</strong>ve ser consultado o “Manual <strong>de</strong> Vigilância <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Populações Expostase Agrotóxicos”.UNASA - novembro/2001 - pág. 31


9. Regulamentação do transporte <strong>de</strong> cargas perigosasO Decreto-Lei nº 2.063, <strong>de</strong> 06 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 1983, instituiu as penali<strong>da</strong><strong>de</strong>s a serem aplica<strong>da</strong>s porinfrações à regulamentação do transporte rodoviário <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong> produtos perigosos e, em 1988, o Decretonº 96.044, <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1988, regulamentou o transporte <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>ssa categoria.De acordo com a regulamentação acima referi<strong>da</strong>, o transporte em vias públicas <strong>de</strong> substâncias perigosasou que representem risco para a saú<strong>de</strong> humana, a segurança pública ou o meio ambiente, realizar-se-á <strong>de</strong>maneira criteriosa.Compete ao <strong>Ministério</strong> dos Transportes manter atualiza<strong>da</strong> a legislação, através <strong>da</strong> emissão <strong>de</strong> portarias,instituindo os atos complementares e as modificações técnicas necessárias para assegurar a vigilância frente aessa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.O transporte dos praguici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> pública enquadra-se na categoria <strong>de</strong> produtos perigosos,o que supõe a observação <strong>de</strong> alguns critérios, os quais <strong>de</strong>verão ser obe<strong>de</strong>cidos, levando-se em conta asnormas estabeleci<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> acordo o Decreto nº 96.044.A un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong>ve exigir <strong>da</strong>s empresas contrata<strong>da</strong>s para o transporte <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s,o atendimento <strong>da</strong>s exigências e normas legais, <strong>de</strong>ntro dos padrões mínimos <strong>de</strong> segurança estabelecidos, osquais são extensivos aos casos em que o transporte seja realizado em veículos próprios. Maiores informações<strong>de</strong>vem ser colhi<strong>da</strong>s junto aos órgãos regionais do <strong>Ministério</strong> dos Transportes.9.1. Condições do transportePara maior segurança, em to<strong>da</strong>s as operações <strong>de</strong> carga, transporte, <strong>de</strong>scarga, transbordo, limpeza e<strong>de</strong>scontaminação, os veículos <strong>de</strong>verão portar rótulos <strong>de</strong> riscos e painéis <strong>de</strong> segurança, conforme padronizadopelas normas NBR-7500 e NBR-8286. Devem portar, ain<strong>da</strong>, um conjunto <strong>de</strong> equipamentos para uso emsituações <strong>de</strong> emergência, para os quais também já existem especificações. Na inexistência <strong>de</strong>ssas normas,<strong>de</strong>vem ser segui<strong>da</strong>s as orientações do fabricante.9.2. Acondicionamento <strong>da</strong> cargaAs embalagens <strong>de</strong> produto perigoso fracionado <strong>de</strong>verão ser resistentes o suficiente para suportar osriscos do carregamento, transporte, <strong>de</strong>scarregamento e transbordo. O expedidor é responsável pela a<strong>de</strong>quaçãodo acondicionamento, segundo especificações do fabricante.De acordo com a regulamentação, é ve<strong>da</strong>do o transporte <strong>de</strong> produto perigoso juntamente com animais,alimentos e medicamentos.9.3. ItinerárioO trajeto <strong>de</strong> veículos transportando produtos perigosos <strong>de</strong>ve, sempre que possível, evitar vias <strong>de</strong>tráfego em áreas <strong>de</strong>nsamente povoa<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> mananciais e reservatórios <strong>de</strong> água, bem como vias<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> trânsito, nos horários <strong>de</strong> maior intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> tráfego.É responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do expedidor informar anualmente ao Departamento Nacional <strong>de</strong> Estra<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Ro<strong>da</strong>gem(DNER), os fluxos <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> produtos perigosos a serem embarcados com regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>, especificandoa classe do produto, quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> transporta<strong>da</strong>, pontos <strong>de</strong> origem e <strong>de</strong>stino. Tais informações ficarão àdisposição dos órgãos e enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s do meio ambiente, <strong>de</strong>fesa civil e autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s com jurisdição sobre a via.Ao condutor do veículo transportador é recomen<strong>da</strong>do estacionar para <strong>de</strong>scanso ou pernoite, evitandoáreas <strong>de</strong>nsamente povoa<strong>da</strong>s e logradouros públicos. Em caso <strong>de</strong> para<strong>da</strong> <strong>de</strong> emergência por causa <strong>de</strong> falhamecânica ou aci<strong>de</strong>nte, o motorista <strong>de</strong>ve procurar sinalizar o local <strong>de</strong> maneira conveniente, ressaltando-seque, somente em caso <strong>de</strong> emergência, o veículo po<strong>de</strong> estacionar ou parar no acostamento <strong>da</strong>s rodovias.UNASA - novembro/2001 - pág. 33


9.4. Pessoal envolvido na operação <strong>de</strong> transporteO condutor <strong>de</strong> veículos utilizados no transporte <strong>de</strong> produtos perigosos, <strong>de</strong>ve, além <strong>da</strong>s qualificaçõesprevistas na legislação <strong>de</strong> trânsito, receber treinamento específico, cujo programa será submetido à aprovaçãodo Conselho Nacional <strong>de</strong> Trânsito (CONTRAN). Recomen<strong>da</strong>-se que as condições do veículo sejamverifica<strong>da</strong>s, antes do mesmo ser mobilizado, <strong>de</strong>vendo estar em perfeito estado, cabendo ao transportadoraveriguá-las, mediante inspeção prévia e criteriosa.A constatação <strong>de</strong> situações que coloquem em risco a segurança <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> bens e do meio ambiente,supõe a interrupção <strong>da</strong> viagem. Para tanto, o condutor <strong>de</strong>ve entrar em contato com a transportadora, autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> segurança, pelo telefone que esteja listado no “envelope para o transporte”. O condutor não <strong>de</strong>veparticipar <strong>da</strong>s operações <strong>de</strong> carregamento, <strong>de</strong>scarregamento e transbordo <strong>da</strong> carga, exceto quando <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>menteorientado e autorizado pelo expedidor ou pelo <strong>de</strong>stinatário, com anuência do transportador.Durante o transporte o condutor do veículo usará o traje mínimo obrigatório, sendo o uso do EPIrecomen<strong>da</strong>do apenas em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.9.5. Documentação obrigatóriaOs veículos usados no transporte <strong>de</strong> produtos perigosos somente po<strong>de</strong>rão circular por vias públicas,portando os seguintes documentos:• Certificado <strong>de</strong> Capacitação para o Transporte <strong>de</strong> Produtos Perigosos a Granel do Veículo edos Equipamentos, expedido pelo INMETRO ou enti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente cre<strong>de</strong>ncia<strong>da</strong> (<strong>de</strong> transporte<strong>de</strong> produtos a granel, se for o caso);• Documento iscal do Produto Transportado, contendo as seguintes informações:– número e nome apropriado para embarque;– classe e, quando for o caso, subclasse à qual o produto pertence;– <strong>de</strong>claração assina<strong>da</strong> pelo expedidor <strong>de</strong> que o produto está a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente acondicionado parasuportar os riscos normais <strong>de</strong> carregamento, <strong>de</strong>scarregamento e transporte, conforme a regulamentaçãoem vigor;• icha <strong>de</strong> Emergência e Envelope para o Transporte, emitidos pelo expedidor, <strong>de</strong> acordo comas NBR-7.503, NBR-7.504 e NBR-8.285, preenchido conforme instruções forneci<strong>da</strong>s pelo fabricanteou importador do produto transportado, contendo:– orientação do fabricante do produto quanto ao que <strong>de</strong>ve ser feito e como fazer em caso <strong>de</strong>emergência, aci<strong>de</strong>nte ou avaria;– telefone <strong>de</strong> emergência <strong>da</strong> corporação <strong>de</strong> bombeiros e dos órgãos <strong>de</strong> policiamento do trânsito, <strong>da</strong><strong>de</strong>fesa civil e do meio ambiente, ao longo do itinerário.Apresentamos a seguir o mo<strong>de</strong>lo <strong>da</strong> icha <strong>de</strong> Emergência padroniza<strong>da</strong> em sua forma, sendo oconteúdo elaborado pela empresa fabricante do produto.UNASA - novembro/2001 - pág. 34


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9.6. Procedimentos em caso <strong>de</strong> emergência, aci<strong>de</strong>nte ou avariaEm caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte, avaria ou outro fato que obrigue a para<strong>da</strong> do veículo transportador, o condutor<strong>de</strong>ve adotar as medi<strong>da</strong>s indica<strong>da</strong>s na ficha <strong>de</strong> emergência e no envelope para transporte, correspon<strong>de</strong>ntes aosprodutos transportados. As autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> trânsito <strong>de</strong>verão ser comunica<strong>da</strong>s imediatamente pelo condutor,que <strong>de</strong>talhará a ocorrência, o local, as classes e quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos materiais transportados.Depen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> natureza, extensão e características <strong>da</strong> emergência, a autori<strong>da</strong><strong>de</strong> responsável peloatendimento <strong>de</strong>terminará ao expedidor ou ao fabricante do produto a presença <strong>de</strong> técnicos ou pessoal especializado.O contrato <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>signar a quem caberá assumir as <strong>de</strong>spesas <strong>de</strong>correntes <strong>da</strong> assistência.Quando esse procedimento não for citado no contrato, o ônus <strong>da</strong>s <strong>de</strong>spesas correrá às expensas dotransportador.Ocorrendo uma situação <strong>de</strong> emergência, aci<strong>de</strong>nte ou avaria, o fabricante, transportador, expedidor e<strong>de</strong>stinatário do produto <strong>de</strong>vem oferecer apoio e suporte para evitar maiores problemas, prestando os esclarecimentosnecessários.Os procedimentos <strong>de</strong> transbordo em condições <strong>de</strong> emergência <strong>de</strong>vem ser executados conforme orientaçõesdo expedidor ou fabricante do produto, em presença <strong>de</strong> autori<strong>da</strong><strong>de</strong> pública. Caso o transbordo ocorraem via pública, serão observa<strong>da</strong>s as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> resguardo do trânsito. Por ocasião <strong>de</strong>ssas operações, aspessoas envolvi<strong>da</strong>s usarão equipamentos <strong>de</strong> proteção individual.9.7. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong>s do contratante, do expedidor e do <strong>de</strong>stinatárioO contratante do transporte exigirá que o transportador ofereça veículos e equipamentos em boascondições operacionais e a<strong>de</strong>quados para a carga a ser transporta<strong>da</strong>, cabendo ao expedidor, antes <strong>de</strong> iniciar aviagem, avaliar as condições <strong>de</strong> segurança.Caso o transportador não possua os equipamentos necessários para enfrentar situações <strong>de</strong> emergência,aci<strong>de</strong>nte e avaria, os mesmos serão fornecidos pelo contratante. O expedidor é responsável pelo acondicionamentodo produto, <strong>de</strong> acordo com as especificações do fabricante.O expedidor <strong>de</strong>verá exigir do transportador as indicações, através <strong>de</strong> rótulos <strong>de</strong> risco e painéis <strong>de</strong>segurança, correspon<strong>de</strong>ntes aos produtos a serem transportados. A capacitação do pessoal encarregado <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga é <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do expedidor e do <strong>de</strong>stinatário. Nas operações <strong>de</strong> cargae <strong>de</strong>scarga, os cui<strong>da</strong>dos com a amarração serão redobrados, a fim <strong>de</strong> que sejam evitados <strong>da</strong>nos e avariasdurante o transporte.Compete ao transportador fazer manutenção preventiva, bem como vistoriar constantemente as condições<strong>de</strong> funcionamento dos veículos, equipá-los com os instrumentos necessários às situações <strong>de</strong> emergência,aci<strong>de</strong>nte ou avaria. É também responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do transportador promover a qualificação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> dopessoal envolvido nas operações <strong>de</strong> transporte, proporcionando treinamento específico, exames médicosperiódicos, assim como oferecer condições <strong>de</strong> trabalho <strong>de</strong>ntro dos padrões <strong>de</strong> higiene e <strong>da</strong>s normas <strong>de</strong>Segurança e Medicina do Trabalho, além <strong>de</strong> fornecer uniformes e equipamentos <strong>de</strong> segurança, <strong>de</strong> acordocom normas do <strong>Ministério</strong> do Trabalho.9.8. Classificação e <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s classes <strong>de</strong> produtos perigososA Portaria nº 291, <strong>de</strong> 31 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 1988, <strong>de</strong>fine e apresenta outras informações sobre as diversasclasses e subclasses dos produtos, bem como as recomen<strong>da</strong>ções gerais para o transporte. A relação <strong>de</strong> produtosperigosos, constante <strong>de</strong>ssa portaria, foi feita basea<strong>da</strong> nas Recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s para oTransporte <strong>de</strong> Produtos Perigosos, edita<strong>da</strong>s em 1986. Os diversos produtos foram classificados em trêsgrupos <strong>de</strong> risco:I – Alto;II – Médio;III – Baixo.UNASA - novembro/2001 - pág. 36


oram estabeleci<strong>da</strong>s nove classes, as quais se incluem todos os produtos consi<strong>de</strong>rados perigosos:• Classe 1 - Explosivos;• Classe 2 - Gases comprimidos, liquefeitos, dissolvidos sob pressão ou altamente refrigerados;• Classe 3 - Líquidos inflamáveis;• Classe 4 - Sólidos inflamáveis; substâncias sujeitas à combustão espontânea; substâncias que, emcontato com a água, emitem gases inflamáveis;• Classe 5 - Substâncias oxi<strong>da</strong>ntes; peróxidos orgânicos;• Classe 6 - Substâncias tóxicas; substâncias infectantes;• Classe 7 - Substâncias radioativas;• Classe 8 - Corrosivos;• Classe 9 - Substâncias perigosas diversas.De acordo com a classificação acima, os produtos usados em saú<strong>de</strong> pública enquadram-se nas seguintesclasses:• Classe 2: quando as ações envolvem tecnologia <strong>de</strong> aplicação basea<strong>da</strong> em misturas <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>scom gases premidos, o que po<strong>de</strong> ocorrer em algumas situações; e• Classe 6: todos os outros produtos usados no controle químico <strong>de</strong> vetores.A classe 6, cuja <strong>de</strong>finição i<strong>de</strong>ntifica as substâncias tóxicas e infectantes, abrange as seguintes subclasses:– Subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas: são capazes <strong>de</strong> provocar a morte, injúria séria ou <strong>da</strong>nos àsaú<strong>de</strong> humana, caso sejam ingeri<strong>da</strong>s, inala<strong>da</strong>s ou através do contato com a pele;– Subclasse 6.2 - Substâncias infectantes: são substâncias ou produtos biológicos, além <strong>de</strong> espécimespara pesquisas.Os produtos <strong>da</strong> Subclasse 6.1, <strong>de</strong>ntre os quais estão os pestici<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>m ser distribuídos em trêsgrupos <strong>de</strong> risco:I – Substâncias e preparações que apresentam um risco muito elevado <strong>de</strong> envenenamento;II – Substâncias e preparações que apresentam sério risco <strong>de</strong> envenenamento;III– Substâncias e preparações que apresentam um risco <strong>de</strong> envenenamento relativamente baixo.9.9. Prescrições particulares para a subclasse 6.1 - Substâncias tóxicas9.9.1. Veículos e equipamentosOs veículos que transportam produtos voláteis, assim como embalagens vazias não <strong>de</strong>scontamina<strong>da</strong>s,mas que tenham contidos esses produtos, <strong>de</strong>vem estar munidos <strong>de</strong> luvas, botas e respiradores faciais a<strong>de</strong>quadospara, em casos <strong>de</strong> emergência, assegurar a proteção <strong>da</strong>s pessoas envolvi<strong>da</strong>s nessa ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>; neutralizante,para o caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento; cavaletes e cartazes, para isolar o local e indicar o risco. Esse material <strong>de</strong>veestar disponível em lugar acessível para a equipe <strong>de</strong> socorro, caso se faça necessário.9.9.2. Prescrições <strong>de</strong> serviçoOs produtos <strong>da</strong> subclasse 6.1 <strong>de</strong>vem ser mantidos isolados <strong>de</strong> gêneros alimentícios e quaisquer outrosobjetos <strong>de</strong> consumo.Em caso <strong>de</strong> contaminação do veículo transportador, este <strong>de</strong>verá ser cui<strong>da</strong>dosamente lavado com águacorrente e <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente <strong>de</strong>scontaminado, em local previamente licenciado pelo órgão <strong>de</strong> controle ambiental,antes <strong>de</strong> ser recolocado em serviço.Produtos tóxicos não <strong>de</strong>vem ser carregados ou <strong>de</strong>scarregados em locais públicos, em aglomeradospopulacionais, sem autorização especial <strong>da</strong>s autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s competentes, a menos que essas operações seUNASA - novembro/2001 - pág. 37


justifiquem por representar ameaças à segurança. Em tais situações, as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s acima menciona<strong>da</strong>s <strong>de</strong>verãoser imediatamente informa<strong>da</strong>s.Caso seja necessário efetuar operações <strong>de</strong> manuseio em locais públicos, as embalagens contendo produtos<strong>de</strong> naturezas distintas <strong>de</strong>vem ser separa<strong>da</strong>s, segundo os respectivos símbolos <strong>de</strong> risco. Durante otransporte <strong>de</strong> produtos <strong>de</strong>ssa subclasse, as para<strong>da</strong>s por necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> serviço <strong>de</strong>vem ocorrer, sempre quepossível, longe <strong>de</strong> aglomerados urbanos ou locais com gran<strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> pessoas. Não sendo possível evitar aspara<strong>da</strong>s e em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>r maior tempo nas proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> tais lugares, as autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem serinforma<strong>da</strong>s, como medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> precaução.9.10. Utilização <strong>de</strong> rótulos <strong>de</strong> risco subsidiário nas embalagens externasO uso <strong>de</strong> rótulos no veículo transportador <strong>de</strong> produtos perigosos tem a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:• tornar os produtos facilmente reconhecíveis à distância, pela i<strong>de</strong>ntificação dos símbolos (forma, cor,<strong>de</strong>senho);• facilitar o reconhecimento rápido dos riscos que po<strong>de</strong>m apresentar;• indicar os cui<strong>da</strong>dos a serem observados no manuseio e estiva.9.11. Nome apropriado para embarqueA regulamentação exige a adoção <strong>de</strong> um “nome apropriado” para embarque <strong>de</strong> uma substância nodocumento que a acompanha, a fim <strong>de</strong> que seja imediatamente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong> durante o transporte. Em caso<strong>de</strong> <strong>de</strong>rramamento ou vazamento do produto, a rápi<strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong> substância permite agilizar a toma<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão quanto aos procedimentos a serem adotados, como por exemplo: tipo <strong>de</strong> ações <strong>de</strong> controle,equipamentos <strong>de</strong> emergência e, em se tratando <strong>de</strong> produtos tóxicos, quais os antídotos <strong>de</strong>vem ser levadospara a área do aci<strong>de</strong>nte.Em razão <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s técnicas para listar todos os produtos perigosos, individualmente, na Relação<strong>de</strong> Produtos Perigosos (RPP) e <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> caracterizar a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>mente a substância através donome apropriado para o embarque, os produtos genéricos ou não especificados (NE) <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntificadoscom os respectivos nomes técnicos entre parêntesis.As <strong>de</strong>signações NE e “genéricas” <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> pública que exigem informaçõessuplementares, são:Nº ONUProdutos25882902Pestici<strong>da</strong>s sólidos, tóxicos, NEPestici<strong>da</strong>s líquidos, tóxicos, NEO nome apropriado para embarque faz parte <strong>da</strong> <strong>de</strong>signação que especifica o produto, <strong>de</strong>ntre as constantes<strong>da</strong> RPP. Exemplos que ilustram a escolha <strong>de</strong> um nome apropriado:a) Nº 3.018 - Pestici<strong>da</strong>s à base <strong>de</strong> organofosforados, líquidos, tóxicos, NE;O nome mais apropriado para o embarque do malathion, seria:PESTICIDA ORGANOOSORADO (malathion), LÍQUIDO;b) Nº 2.588 - Pestici<strong>da</strong> sólido, tóxico, NE(no caso, um produto não especificado na RPP).O nome mais apropriado para o embarque <strong>de</strong> um produto piretrói<strong>de</strong>, seria:PESTICIDA (PIRETRÓIDE), SÓLIDO.UNASA - novembro/2001 - pág. 38


9.12. Relação <strong>de</strong> Produtos Perigosos (RPP)A tabela 3 contém a relação <strong>de</strong> produtos praguici<strong>da</strong>s consi<strong>de</strong>rados perigosos para o transporte, segundoas recomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> Organização <strong>da</strong>s Nações Uni<strong>da</strong>s.Dentre os produtos perigosos relacionados na Portaria nº 291, <strong>de</strong>stacamos na tabela, aqueles quepertencem ao grupo <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s usados em saú<strong>de</strong> pública, o que po<strong>de</strong> facilitar a a<strong>de</strong>quação à legislaçãovigente, no tocante à adoção <strong>de</strong> procedimentos corretos e seguros no transporte <strong>de</strong>sses produtos.As <strong>de</strong>signações genéricas ou não especifica<strong>da</strong>s (NE) foram adota<strong>da</strong>s para permitir o transporte <strong>de</strong>produtos, cujos nomes não estão especificados na relação, os quais só po<strong>de</strong>m ser transportados após ai<strong>de</strong>ntificação dos riscos. Determ ina-se a classe ou subclasse e grupo <strong>de</strong> risco, <strong>de</strong> forma a permitir que asprecauções sejam toma<strong>da</strong>s, visando oferecer maior segurança, por ocasião do transporte. As <strong>de</strong>signaçõescoletivas do tipo genérico ou NE só po<strong>de</strong>m ser utiliza<strong>da</strong>s para produtos com riscos subsidiários idênticos aosconstantes <strong>da</strong> relação.Tabela 3 - relação <strong>de</strong> produtos perigosos – RPP - uso em saú<strong>de</strong> pública /controle <strong>de</strong> vetores (*)(*) A primeira coluna mostra os produtos em or<strong>de</strong>m alfabética; a segun<strong>da</strong>, contém o número <strong>da</strong> ONU; a terceira, o número do Risco;a quarta, a classe ou subclasse que indica o risco principal; a quinta, fornece informações sobre riscos subsidiários; a sexta, indica ogrupo <strong>de</strong> risco a que pertencem os diversos produtos, po<strong>de</strong>ndo apontar indicações básicas sobre os cui<strong>da</strong>dos com as especificações <strong>da</strong>sembalagens; a sétima, indica se o produto está sujeito a provisões especiais, cujos números são <strong>de</strong>talhados a seguir; a oitava colunaapresenta a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> máxima (peso bruto) que po<strong>de</strong> ser transporta<strong>da</strong> sem que sejam atendi<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as exigências do regulamento.(1) Não incluídos produtos com “ponto <strong>de</strong> fulgor” menor que 23ºC, pois não são usados em saú<strong>de</strong> pública no Brasil. (2) O DDT não émais usado para controle <strong>de</strong> vetores no Brasil, porém, restos do produto po<strong>de</strong>m ser transportados para incineração controla<strong>da</strong>.UNASA - novembro/2001 - pág. 39


Provisões Especiais (Parte)40 - Os riscos subsidiários e as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s precauções durante o transporte <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m <strong>da</strong> natureza do conteúdo do aerossol.87 - As isenções estabeleci<strong>da</strong>s com base na classificação toxicológica do <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Agricultura são: 5Kg para a CategoriaToxicológica (CT) - I; 10Kg para a CT - II; 25Kg para a CT - III e 100Kg para a CT - IV. Caso os produtos, além <strong>de</strong> tóxicos,sejam também inflamáveis, essa isenção só é váli<strong>da</strong> se não houver outros produtos perigosos na uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> transporte.94 - Observar as disposições relativas à utilização <strong>de</strong> <strong>de</strong>signações genéricas. No transporte <strong>de</strong>vem ser adota<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as precauçõescorrespon<strong>de</strong>ntes à Classe ou subclasse e ao grupo <strong>de</strong> risco pertinentes.Tabela 4 - Critérios <strong>de</strong> Classificação pelas vias <strong>de</strong> Administração: por Ingestão Oral, Contato Dérmico eInalação <strong>de</strong> Pós e NeblinasPV: Peso vivoDL: Dose Letal médiaCL: Concentração Letal médiaPara uma preparação contendo um pestici<strong>da</strong> que não conste <strong>da</strong> relação <strong>de</strong> produtos perigosos, mas cujaDL 50seja conheci<strong>da</strong>, a classificação po<strong>de</strong> ser obti<strong>da</strong> pela tabela acima, <strong>de</strong> acordo com a seguinte fórmula:Valor <strong>da</strong> DL 50<strong>da</strong> preparação =Valor <strong>da</strong> DL 50<strong>da</strong> substância ativa x 100Porcentagem, em peso, <strong>da</strong> substância ativaTabela 5 - Classificação <strong>de</strong> Pestici<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Acordo com o Percentual <strong>da</strong> Substância Ativa (*)(*) Os números ONU fornecem uma referência para o nome <strong>de</strong> embarque que <strong>de</strong>ve ser usado.(1) O DDT não é mais usado para controle <strong>de</strong> vetores no Brasil, porém, restos do produto po<strong>de</strong>m ser transportados paraincineração controla<strong>da</strong>.Po<strong>de</strong>-se observar que alguns produtos, como os pertencentes ao grupo dos piretrói<strong>de</strong>s e o malathion,não constam <strong>da</strong> relação. Deverão ser adota<strong>da</strong>s as recomen<strong>da</strong>ções que incluem os produtos NE, para efeito<strong>de</strong> classificação do grupo <strong>de</strong> risco.UNASA - novembro/2001 - pág. 40


10. Informações complementares sobre o transporte,armazenamento e manuseio <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>sAlém <strong>da</strong>s informações oficiais, apresentamos outras recomen<strong>da</strong>ções que, soma<strong>da</strong>s àquelas constantesno Regulamento, visam contribuir para o transporte mais seguro <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> produto.Os encarregados <strong>da</strong>s operações <strong>de</strong> transporte e armazenagem, em razão <strong>da</strong>s gran<strong>de</strong>s quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>insetici<strong>da</strong>s requeri<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>vem ser cui<strong>da</strong>dosamente informados e orientados sobre as características dos produtose os riscos potenciais que representam. De um modo geral, as recomen<strong>da</strong>ções orientam que to<strong>da</strong>s aspessoas envolvi<strong>da</strong>s nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s menciona<strong>da</strong>s, sejam convenientemente treina<strong>da</strong>s em operações <strong>de</strong> emergênciae uso correto do EPI, em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.A ca<strong>da</strong> remessa <strong>de</strong> um novo insetici<strong>da</strong>, todos os <strong>de</strong>talhes a respeito do produto <strong>de</strong>vem ser esclarecidose repassados aos <strong>de</strong>mais trabalhadores relacionados com as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em questão.10.1. TransporteRessaltamos que as normas correlatas ao transporte e armazenamento <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s, já regulamenta<strong>da</strong>s,<strong>de</strong>vem ser observa<strong>da</strong>s cui<strong>da</strong>dosamente. Desse modo, é indispensável o uso <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> ProteçãoIndividual, como avental impermeável, luvas nitrílicas e peças faciais, nas operações relaciona<strong>da</strong>s nestemanual. O veículo transportador <strong>de</strong>ve estar equipado com esses materiais para uso do motorista e auxiliar,além <strong>de</strong> pás e enxa<strong>da</strong>s para construir diques <strong>de</strong> terra, caso seja necessário.Recomen<strong>da</strong>-se que, para maior segurança, todos os veículos usados no transporte <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s estejamem condições a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s <strong>de</strong> tráfego e, em viagens longas, o motorista seja acompanhado <strong>de</strong> um auxiliar,o que po<strong>de</strong> agilizar as providências em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes.O transporte <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s feito pela própria Instituição <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer à legislação sobre transporte<strong>de</strong> produtos perigosos. Caso se faça contratos para prestação <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> transporte, as empresas escolhi<strong>da</strong>s<strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer, também, aos regulamentos vigentes sobre a movimentação <strong>de</strong>sses produtos.10.1.1. Transporte a curtas distânciasAlguns cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong>vem ser observados durante a transferência <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s do armazém regionalpara os pontos <strong>de</strong> abastecimento. Preferencialmente, os insetici<strong>da</strong>s <strong>de</strong>verão ser distribuídos às frentes <strong>de</strong>trabalho, através <strong>de</strong> veículo próprio para esta finali<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong>ndo ficar encarregado <strong>de</strong>ssa tarefa, o inspetorou supervisor <strong>da</strong> área. É ve<strong>da</strong>do o transporte <strong>de</strong> servidores, assim como o <strong>de</strong> alimentos ou medicamentosjunto com os insetici<strong>da</strong>s.10.1.2. Transporte a longas distânciasO transporte a longa distância exige que se tome uma série <strong>de</strong> cui<strong>da</strong>dos com o veículo, quais sejam:inspeção nos freios, suspensão, estado do compartimento <strong>de</strong> cargas, etc. De todo modo, os trabalhadoresenvolvidos nessas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, sobretudo o encarregado do almoxarifado e os motoristas, <strong>de</strong>vem observar osprocedimentos a serem executados <strong>de</strong> forma segura, tomando as precauções, cercando-se dos cui<strong>da</strong>dosnecessários para evitar ou diminuir os riscos inerentes a elas.10.1.3. Operações <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scargaO piso do compartimento <strong>de</strong> carga do veículo <strong>de</strong>ve estar livre <strong>de</strong> pregos ou parafusos salientes, evitando-se<strong>da</strong>nos às embalagens. Quando essas forem frágeis ou passíveis <strong>de</strong> ruptura, recomen<strong>da</strong>-se que sejamprotegi<strong>da</strong>s por materiais e estruturas apropria<strong>da</strong>s. O rótulo é importante fonte <strong>de</strong> informações. São exigidoscui<strong>da</strong>dos no sentido <strong>de</strong> evitar que o mesmo seja <strong>da</strong>nificado ou rasgado; os fechos e tampas serão individualmenteinspecionados antes <strong>de</strong> serem colocados no veículo.UNASA - novembro/2001 - pág. 41


Os produtos embalados em bal<strong>de</strong>s ou tambores <strong>de</strong>vem ser colocados na vertical, evitando-se que,durante o trajeto, venham a rolar. Não é recomen<strong>da</strong>do colocar uma segun<strong>da</strong> fileira <strong>de</strong> tambores sobre os <strong>da</strong>base, evitando que caiam, em caso <strong>de</strong> choque ou aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> trânsito, <strong>de</strong>vido à instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> carga.Caso não se disponha <strong>de</strong> equipamento mecânico a<strong>de</strong>quado para carga e <strong>de</strong>scarga <strong>de</strong> tambores, <strong>de</strong>verãoser improvisa<strong>da</strong>s vigas paralelas resistentes, as quais servirão como plano inclinado para rolamento até o chãoou carroceria do veículo, com as precauções e segurança requeri<strong>da</strong>s. As embalagens não <strong>de</strong>verão ser joga<strong>da</strong>sno chão ou sobre o caminhão, pois po<strong>de</strong>m romper e provocar contaminação humana e ambiental.10.1.4. Aci<strong>de</strong>ntes durante o percursoOcorrendo aci<strong>de</strong>nte durante o percurso, o motorista e auxiliar <strong>de</strong>verão tomar alguns cui<strong>da</strong>dos imediatamente.Se o veículo estiver transportando produto líquido, <strong>de</strong>verá ser estacionado em local on<strong>de</strong> o vazamentonão atinja esgoto, cursos <strong>de</strong> água ou pistas <strong>de</strong> rolamento. O vazamento será contido com colocação <strong>de</strong> terra ouabertura <strong>de</strong> valetas. Havendo rompimento <strong>de</strong> caixas com pós, as precauções <strong>de</strong>verão ser as mesmas, tomandosecui<strong>da</strong>do para não ocorrer o espalhamento do produto pelo vento. O local do aci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>verá ser isolado,evitando-se a presença <strong>de</strong> curiosos ou até mesmo o saque <strong>da</strong> carga aci<strong>de</strong>nta<strong>da</strong>. Quando for próximo à locali<strong>da</strong><strong>de</strong>que possua corpo <strong>de</strong> bombeiros ou <strong>de</strong>fesa civil, estas instituições <strong>de</strong>verão ser comunica<strong>da</strong>s imediatamente,pois po<strong>de</strong>m auxiliar nas medi<strong>da</strong>s a serem adota<strong>da</strong>s para a condução do problema.Os produtos com embalagens rompi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>verão ser reembalados e rotulados. A terra usa<strong>da</strong> na contenção<strong>de</strong> vazamentos será embala<strong>da</strong> e trata<strong>da</strong> como material tóxico e, posteriormente, enterra<strong>da</strong> em localapropriado ou transporta<strong>da</strong> para <strong>de</strong>stino a<strong>de</strong>quado, quando a situação exigir. Após o aci<strong>de</strong>nte, a carroceriado caminhão <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>scontamina<strong>da</strong> com <strong>de</strong>tergente, solução satura<strong>da</strong> <strong>de</strong> carbonato <strong>de</strong> sódio a 10% ousolução <strong>de</strong> so<strong>da</strong> cáustica a 5%. A recomen<strong>da</strong>ção é que seja feita em local afastado, distante <strong>de</strong> residências,esgotos e cursos <strong>de</strong> água. Havendo contaminação <strong>da</strong> pista <strong>de</strong> rolamento esta também <strong>de</strong>verá ser<strong>de</strong>scontamina<strong>da</strong>, observando-se as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> resguardo pelas autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> trânsito.10.1.5. Preparo <strong>de</strong> soluções neutralizadorasA legislação <strong>de</strong>termina o emprego <strong>de</strong> soluções neutralizadoras para <strong>de</strong>scontaminação, em caso <strong>de</strong>aci<strong>de</strong>ntes. Devido à dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se transportar soluções concentra<strong>da</strong>s para diluição no campo, em caso <strong>de</strong>aci<strong>de</strong>nte, po<strong>de</strong>-se preparar essas soluções no próprio local.As preparações <strong>da</strong>s soluções <strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer às diluições apresenta<strong>da</strong>s na tabela 6 para uso comcarbonato <strong>de</strong> sódio ou so<strong>da</strong> cáustica. A solução <strong>de</strong>verá ser mistura<strong>da</strong> em recipiente apropriado, como porexemplo, tambores plásticos ou metálicos <strong>de</strong> boca larga para facilitar o manuseio.A quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> indica<strong>da</strong> será coloca<strong>da</strong> no recipiente, homogeneiza<strong>da</strong> com um pouco <strong>de</strong> água e apósdiluição do soluto, a mistura <strong>de</strong>verá ser completa<strong>da</strong> com água para chegar ao volume e à concentraçãopretendidos.A <strong>de</strong>scontaminação <strong>de</strong>verá ser feita em local apropriado, longe <strong>de</strong> cursos <strong>de</strong> água, esgotos sanitários,galerias <strong>de</strong> águas pluviais etc. Recomen<strong>da</strong>-se aspergir pequenas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> solução, esfregando comvassoura e, posteriormente, enxaguar com água abun<strong>da</strong>nte. No caso <strong>de</strong> carrocerias <strong>de</strong> veículos, após a<strong>de</strong>scontaminação, é conveniente submeter o veículo a uma lavagem cui<strong>da</strong>dosa, para retira<strong>da</strong> dos restos <strong>da</strong>solução que po<strong>de</strong> ter efeito corrosivo sobre metais.Tabela 6 - Para Preparação <strong>de</strong> Soluções para Descontaminação <strong>de</strong> Carbonato <strong>de</strong> Sódio a 10% ou <strong>de</strong> So<strong>da</strong> Cáustica a 5%Litros <strong>de</strong>SoluçãoKg <strong>de</strong> Carbonato <strong>de</strong> Sódio(solução a 10%)Kg <strong>de</strong> So<strong>da</strong> Cáustica(Solução a 5%)Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> em Litros <strong>de</strong>Água Suficientes para501002005,010,020,02,55,010,050 litros100 litros200 litrosUNASA - novembro/2001 - pág. 42


10.2. Armazenagem e outros cui<strong>da</strong>dosOs <strong>de</strong>pósitos on<strong>de</strong> são guar<strong>da</strong>dos praguici<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vem ser construídos ou a<strong>da</strong>ptados obe<strong>de</strong>cendo aalgumas regras básicas. O prédio ficará isolado do corpo principal <strong>de</strong> qualquer outro edifício, sempre em pisotérreo, em local apropriado e longe <strong>de</strong> residências e cursos <strong>de</strong> água.A construção <strong>de</strong>ve ser feita em alvenaria, com boa ventilação e iluminação, piso <strong>de</strong> cimento comresistência suficiente para suportar gran<strong>de</strong>s pesos. Os equipamentos contra incêndio <strong>de</strong>verão ser constantementevistoriados. Para evitar aci<strong>de</strong>ntes graves, <strong>de</strong>verá haver chuveiro <strong>de</strong> emergência em local <strong>de</strong> fácil acessoe serem mantidos em boas condições higiênicas. O armazém será inspecionado periodicamente, para <strong>de</strong>tectarpossíveis vazamentos ou caixas rompi<strong>da</strong>s. Para uso emergencial, pequena quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> material absorvente<strong>de</strong>verá ser manti<strong>da</strong> em estoque. Esses materiais po<strong>de</strong>m ser serragem ou terra argilosa que, após utilizados,serão convenientemente embalados e <strong>de</strong>scartados, tomando-se todos os cui<strong>da</strong>dos.Os vasilhames nunca <strong>de</strong>verão ser colocados diretamente sobre o piso, mas sobre estrados <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira,obe<strong>de</strong>cendo às recomen<strong>da</strong>ções do fabricante a respeito do número máximo <strong>de</strong> embalagens por empilhamento.O local <strong>de</strong>ve ser seguro, com fechaduras apropria<strong>da</strong>s, telhado resistente e sem goteiras, sinalizando-se emlocais visíveis com placas indicativas <strong>de</strong> não fumar e perigo.A exposição dos recipientes ao sol não é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong>, pois temperaturas eleva<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m colaborarpara a <strong>de</strong>terioração do produto.O armazém não <strong>de</strong>ve ser utilizado para alojamento ou preparação e guar<strong>da</strong> <strong>de</strong> alimentos. No casoespecífico dos pontos <strong>de</strong> abastecimento no campo, on<strong>de</strong> pequenas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s são guar<strong>da</strong><strong>da</strong>spara distribuição para frentes <strong>de</strong> trabalho, as instruções <strong>de</strong> segurança acima relata<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>vem sempre serobserva<strong>da</strong>s, apesar <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s.10.3. Cui<strong>da</strong>dos durante o manuseioConsi<strong>de</strong>ram-se operações <strong>de</strong> “manuseio”, as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que compreen<strong>de</strong>m a preparação <strong>de</strong> soluções ecargas, abastecimento <strong>de</strong> equipamento e aplicação do produto, <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s pelo pessoal <strong>de</strong> campo. O uso<strong>de</strong> EPI durante estas operações é indispensável, o que será tratado posteriormente.10.3.1. AbastecimentoRecomen<strong>da</strong>-se que o abastecimento seja feito, sempre que possível, em ambiente aberto e ventilado.Ao transferir insetici<strong>da</strong>s líquidos para recipientes menores, utilizar preferencialmente bombas manuais <strong>de</strong>transferência. Nunca aspirar a mangueira com a boca. A manipulação do insetici<strong>da</strong> <strong>de</strong>verá ser feita sempre <strong>de</strong>costas para o vento.No caso do insetici<strong>da</strong> concentrado entrar em contato com a pele, lavar imediatamente o local combastante água corrente e sabão, pelo menos durante 15 (quinze) minutos. Havendo <strong>de</strong>rramamento sobre aroupa, tirá-la imediatamente e não voltar a vesti-la contamina<strong>da</strong>. A lavagem <strong>da</strong> roupa também exige cui<strong>da</strong>dosque serão repassados mais adiante.Ao ser aberta a embalagem original para reembalagem, diluição ou uso, mantê-la assim, apenas otempo suficiente para a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> necessária. Os restos do produto diluído serão <strong>de</strong>scartados,não <strong>de</strong>vendo retornar à embalagem original.No pátio, on<strong>de</strong> se abastecem os tanques dos nebulizadores pesados para aplicação <strong>de</strong> UBV, <strong>de</strong>ve existiracesso fácil a um banho com chuveiro, assim como a disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> sabão para a limpeza imediata <strong>de</strong>áreas contamina<strong>da</strong>s por possíveis <strong>de</strong>rramamentos <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong> sobre o operador.Caso o insetici<strong>da</strong> seja embalado em tambores <strong>de</strong> 200 litros, é aconselhável provi<strong>de</strong>nciar a aquisição <strong>de</strong>bombas <strong>de</strong> transferência (mo<strong>de</strong>lo usado para movimentação <strong>de</strong> combustível, acopla<strong>da</strong> em tambores).UNASA - novembro/2001 - pág. 43


10.3.2. AplicaçãoOs servidores responsáveis pela aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s <strong>de</strong>verão estar gozando <strong>de</strong> perfeita saú<strong>de</strong>; estarsem ferimentos expostos e serem orientados a não trabalhar com o estômago vazio. Periodicamente, serãosubmetidos a exames <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong> colinesterase sangüínea, particularmente os que manuseiam eaplicam insetici<strong>da</strong>s fosforados e carbamatos.A mistura <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s do mesmo ou <strong>de</strong> grupo químico diferente não é recomen<strong>da</strong><strong>da</strong> sem indicaçãotécnica, assim como a aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s <strong>de</strong> grupos diferentes (exemplo: piretrói<strong>de</strong>s e fosforados), nomesmo turno <strong>de</strong> trabalho, não <strong>de</strong>ve ser executa<strong>da</strong>. Os produtos utilizados serão indicados pela própriaInstituição.O equipamento aplicador será submetido à inspeção minuciosa, antes <strong>de</strong> se <strong>da</strong>r início à aplicação doproduto. Havendo qualquer problema com o equipamento, a exemplo <strong>de</strong> entupimento <strong>de</strong> bicos, válvulas ououtras partes, o responsável pela aplicação, em hipótese alguma, <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sobstruí-las com a boca.O operador <strong>de</strong> equipamento portátil <strong>de</strong> UBV em áreas abertas, sempre que possível, <strong>de</strong>ve colocar-se<strong>de</strong> costas para o vento. No interior <strong>da</strong>s residências, nunca <strong>de</strong>ve circular por áreas já trata<strong>da</strong>s.Recomen<strong>da</strong>-se que a aplicação <strong>de</strong> termonebulização seja feita do exterior para o interior <strong>da</strong>s casas, comportas e janelas abertas, <strong>de</strong>vendo os operadores serem instruídos a não permanecerem no interior <strong>da</strong>s residênciastrata<strong>da</strong>s. É importante evitar a permanência do equipamento à gasolina ligado em ambientes fechados,<strong>de</strong>vido ao risco <strong>de</strong> intoxicação por monóxido <strong>de</strong> carbono.Algumas atitu<strong>de</strong>s, aparentemente simples, po<strong>de</strong>m aumentar o risco <strong>de</strong> contaminação e, como tal,<strong>de</strong>vem ser evita<strong>da</strong>s, como por exemplo: alimentar-se, beber ou fumar durante as aplicações. É contra-indica<strong>da</strong>a ingestão <strong>de</strong> leite após a aplicação, pois substâncias <strong>de</strong> origem orgânica com alto teor <strong>de</strong> gorduras, colaborampara a maior absorção do produto tóxico pelo organismo, não possuindo po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> <strong>de</strong>sintoxicação.O supervisor <strong>da</strong> área <strong>de</strong>verá ser imediatamente avisado sobre qualquer aci<strong>de</strong>nte ocorrido durante omanuseio e aplicação do produto e o fato, cui<strong>da</strong>dosamente registrado. No caso <strong>de</strong> vazamento sobre roupa,esta <strong>de</strong>verá ser troca<strong>da</strong> logo em segui<strong>da</strong> e, se a pele for atingi<strong>da</strong>, <strong>de</strong>verá ser lava<strong>da</strong> com água fria abun<strong>da</strong>nte esabão, imediatamente.Aos primeiros sintomas <strong>de</strong> intoxicação, tendo ou não acontecido aci<strong>de</strong>nte com vazamento <strong>de</strong> líquidosobre a pele ou <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> pó, o servidor será encaminhado para assistência médica, levando umfrasco ou rótulo do produto que estava utilizando.Dentre os tratamentos químicos realizados, a aplicação do larvici<strong>da</strong> temephós é a única metodologiarecomen<strong>da</strong><strong>da</strong> para execução por mulheres. Aquelas que entrarem em estado <strong>de</strong> gestação <strong>de</strong>verão informar àchefia imediata e serão afasta<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>ndo ser conduzi<strong>da</strong>s para outra ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, on<strong>de</strong> não haja contato cominsetici<strong>da</strong>. Todo indivíduo acometido <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte relacionado com o manuseio <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s, será encaminhadocom urgência para atendimento médico e registrar-lo na “Pasta <strong>de</strong> Segurança Individual”.10.4. Descarte <strong>de</strong> embalagensAs embalagens usa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>scarta<strong>da</strong>s após o esvaziamento, as quais serão submeti<strong>da</strong>s a umatríplice lavagem e as águas resultantes <strong>de</strong>sse processo, coloca<strong>da</strong>s no tanque do equipamento aplicador,observando-se que não exce<strong>da</strong> à capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> volumétrica do mesmo. Esse processo elimina cerca <strong>de</strong> 99,8%do produto <strong>da</strong> embalagem, assegurando menor risco para o <strong>de</strong>scarte.A tríplice lavagem proporcionará uma maior eficácia, caso se observe durante o abastecimento, quetodo conteúdo <strong>da</strong> embalagem tenha escorrido. Para isso, recomen<strong>da</strong>-se que o frasco, após o esvaziamento,continue inclinado por mais 30 segundos.Para executar a tríplice lavagem, após escorrido o frasco, colocar no seu interior cerca <strong>de</strong> 1/3 <strong>de</strong> água,tampar e agitar várias vezes. Em segui<strong>da</strong>, colocar a água <strong>de</strong> lavagem no interior do tanque do equipamento.Este procedimento <strong>de</strong>verá ser repetido três vezes.UNASA - novembro/2001 - pág. 44


Após a realização <strong>da</strong> tríplice lavagem e <strong>de</strong>struição (perfuração, esmagamento, etc.), as embalagens<strong>de</strong>verão ser coleta<strong>da</strong>s e conduzi<strong>da</strong>s a um ponto on<strong>de</strong> serão armazena<strong>da</strong>s, em local apropriado, no <strong>de</strong>pósitocentral do Estado. Após, po<strong>de</strong>rão ser <strong>de</strong>volvi<strong>da</strong>s ao fornecedor ou <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a outras finali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, comoreciclagem industrial, por exemplo. Os subdistritos e distritos sanitários <strong>de</strong>verão se a<strong>de</strong>quar para o recebimento<strong>de</strong>ssas embalagens <strong>de</strong>stinando uma área coberta para a sua guar<strong>da</strong> provisória.Este procedimento aten<strong>de</strong> à nova legislação sobre embalagens <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s agrícolas, conformeDecreto nº 3.550, <strong>de</strong> 27 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2000.As embalagens plásticas <strong>de</strong> temephós (500g), <strong>de</strong>vido à segurança conferi<strong>da</strong> ao produto, não precisamser submeti<strong>da</strong>s à tríplice lavagem, porém, <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>scarta<strong>da</strong>s observando-se as recomen<strong>da</strong>ções pertinentes.Os tambores <strong>de</strong> aço po<strong>de</strong>rão ser reutilizados, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam observados alguns cui<strong>da</strong>dos. Deve-seter a certeza <strong>de</strong> que todo o conteúdo foi <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente esvaziado. Logo após, colocar no tambor cerca <strong>de</strong> 50litros <strong>de</strong> óleo <strong>de</strong> soja, tampar, e movimentá-lo até que o óleo tenha lavado os restos <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>. Depois<strong>de</strong>ssa “lavagem” com óleo, guar<strong>da</strong>r o produto em tambor i<strong>de</strong>ntificado veneno, para ser usado em diluiçõesposteriores, quando <strong>da</strong> preparação <strong>de</strong> solução para uso em UBV. Após a retira<strong>da</strong> do óleo, o tambor <strong>de</strong>veráser lavado com água pressuriza<strong>da</strong>, po<strong>de</strong>ndo ser usado para fins específicos <strong>de</strong> coleta e armazenamento <strong>de</strong>lixo. Não é permitido colocá-los à disposição do público, através <strong>de</strong> doação ou ven<strong>da</strong>, pois po<strong>de</strong>rão vir a serutilizados para armazenamento <strong>de</strong> água ou grãos. Os tambores plásticos não <strong>de</strong>verão ser reaproveitados, poisas pare<strong>de</strong>s do recipiente po<strong>de</strong>m estar impregna<strong>da</strong>s com o produto.O processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> embalagens po<strong>de</strong>rá seguir as sugestões constantes do fluxograma a seguirapresentado.UNASA - novembro/2001 - pág. 45


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10.5. Lavagem <strong>de</strong> roupas contamina<strong>da</strong>sEmbora os insetici<strong>da</strong>s usados em controle <strong>de</strong> vetores sejam produtos com toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> média ou baixa,não apresentam maiores problemas quando <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente manuseados e aplicados. Entretanto, recomen<strong>da</strong>mosalgumas consi<strong>de</strong>rações sobre a lavagem <strong>da</strong>s roupas usa<strong>da</strong>s, cuja observação eliminará ou minimizará acontaminação <strong>da</strong> pessoa encarrega<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssa tarefa, a qual não <strong>de</strong>verá ser feita por gestantes ou crianças.Todo o pessoal envolvido na aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong> <strong>de</strong>verá receber cinco uniformes (calças e camisas)por ano. Este quantitativo se justifica pelo fato do servidor ser obrigado a trocar as vestimentas diariamente,não existindo possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> se efetuar lavagens ao longo do itinerário <strong>de</strong> trabalho.Naquelas regiões on<strong>de</strong> existe a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do servidor trabalhar próximo à sua residência, po<strong>de</strong>rá, acritério técnico, ser indicado o fornecimento <strong>de</strong> três jogos anuais <strong>de</strong> vestimentas.O transporte <strong>da</strong>s roupas do campo utiliza<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ve ser feito <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> sacos plásticos fornecidos pelaInstituição.Por ocasião <strong>da</strong> lavagem, as roupas usa<strong>da</strong>s durante as aplicações <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vem ser separa<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s<strong>de</strong>mais peças <strong>de</strong> roupa. Antes do processo <strong>de</strong> lavagem propriamente dito, as peças serão submeti<strong>da</strong>s a trêsmolhos com água e sabão, cujo procedimento <strong>de</strong>ve ser feito com luvas nitrílicas. Para isso, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>stinadoum par a esse serviço. O tempo <strong>de</strong> permanência em ca<strong>da</strong> molho <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong> uma hora.Após ficarem <strong>de</strong> molho, as roupas po<strong>de</strong>rão ser manusea<strong>da</strong>s com segurança, praticamente sem risco <strong>de</strong>contaminação. As águas <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarte dos molhos, <strong>de</strong>vido à sua gran<strong>de</strong> diluição, po<strong>de</strong>m ser libera<strong>da</strong>s na re<strong>de</strong>comum <strong>de</strong> águas servi<strong>da</strong>s, sem maiores problemas.Quando as condições locais e as características do trabalho permitem, é conveniente que se instaleuma estrutura, para proce<strong>de</strong>r à lavagem mecaniza<strong>da</strong> dos uniformes. Esse procedimento <strong>de</strong>ve ser adotado nocaso <strong>da</strong>s centrais <strong>de</strong> Ultra Baixo Volume ou quando os aplicadores trabalharem sediados em um <strong>de</strong>terminadolocal, com retorno diário, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong>stinado um servidor para esse fim.UNASA - novembro/2001 - pág. 47


11. Atmosferas <strong>de</strong> trabalhoNo ambiente <strong>de</strong> trabalho po<strong>de</strong> ocorrer, em algumas situações, a ausência <strong>de</strong> oxigênio necessário àsfunções vitais, ou a presença <strong>de</strong> outros elementos que possam representar <strong>da</strong>nos à vi<strong>da</strong> e à saú<strong>de</strong>. Baseadonisso, as atmosferas <strong>de</strong> trabalho po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>da</strong>s em:• Normais;• Imediatamente Perigosa à Vi<strong>da</strong> e à Saú<strong>de</strong> (IPVS).11.1. Atmosferas normaisSão aquelas com quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> normal <strong>de</strong> oxigênio (em torno <strong>de</strong> 20,9%), geralmente com boas condições<strong>de</strong> ventilação, mesmo em ambientes parcialmente fechados. Nessa atmosfera, com presença <strong>de</strong> oxigêniorespirável, po<strong>de</strong> haver uma série <strong>de</strong> contaminantes que serão <strong>de</strong>talhados adiante.11.2. Atmosferas IPVS (Imediatamente Perigosa à Vi<strong>da</strong> e à Saú<strong>de</strong>)São aquelas com quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> oxigênio abaixo <strong>de</strong> 20,9% ou que tenham presentes gases e vaporestóxicos ou explosivos, que representem “imediato risco à vi<strong>da</strong> e à saú<strong>de</strong>”, ou ain<strong>da</strong>, que possam apresentarum volume <strong>de</strong> gás inerte que promova o <strong>de</strong>slocamento do oxigênio respirável, diminuindo a sua quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>presente. Este tipo <strong>de</strong> atmosfera é ain<strong>da</strong> mais perigoso quando ocorre em ambiente confinado ou compouca ventilação. Os equipamentos usados nesse tipo <strong>de</strong> ambiente, <strong>de</strong>vem fornecer suprimento <strong>de</strong> ar porlinha <strong>de</strong> ar comprimido ou equipamento autônomo, que transporta o ar em tanques, por <strong>de</strong>terminado tempo.Os locais on<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ocorrer essa situação são galerias <strong>de</strong> esgoto, algumas indústrias, refinarias, usinasnucleares, etc.Como nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> rotina <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores, os aplicadores não atuam em ambientes IPVS,serão <strong>de</strong>talhados, apenas, as características dos contaminantes tóxicos que ocorrem em atmosferas normaise que são mais comuns durante os trabalhos <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s químicos.11.3. Riscos respiratóriosOs riscos respiratórios po<strong>de</strong>m ser classificados em dois grupos básicos:• Atmosfera com <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> oxigênio;• Atmosfera com contaminantes tóxicos.11.3.1. Atmosfera com <strong>de</strong>ficiência <strong>de</strong> oxigênioPo<strong>de</strong> ocorrer em locais on<strong>de</strong> o teor <strong>de</strong> oxigênio respirável esteja abaixo <strong>de</strong> 20,9%, necessitando <strong>de</strong>equipamentos especiais para execução <strong>de</strong> trabalhos nessa área. Nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores nãoexiste possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> execução <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em áreas com essa característica.11.3.2. Atmosfera com contaminantes (aerodispersói<strong>de</strong>s)Os contaminantes do ar incluem partículas materiais <strong>de</strong> tamanho bastante discreto, po<strong>de</strong>ndo ser compostospor materiais sólidos ou líquidos. Estes materiais po<strong>de</strong>m ain<strong>da</strong> ser gasosos ou estar na forma <strong>de</strong> vapor.A contaminação mista, composta <strong>de</strong> materiais sólidos, líquidos e gasosos, também po<strong>de</strong> ocorrer. Tal situaçãopo<strong>de</strong> ocasionar a exposição a riscos químicos (acúmulo <strong>de</strong> partículas nos pulmões) ou graves envenenamentos,caso o produto seja tóxico.UNASA - novembro/2001 - pág. 49


11.4. Riscos <strong>de</strong> contaminação por partículasOs diversos tipos <strong>de</strong> partículas po<strong>de</strong>m ser classificados, levando-se em consi<strong>de</strong>ração suas característicasfísicas, químicas e biológicas. O conhecimento do diâmetro <strong>da</strong>s partículas presentes é fun<strong>da</strong>mental paraa prevenção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> dos trabalhadores.Graças à proteção natural do sistema respiratório superior (narinas e traquéia), gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s partículasmaiores, ao passar ali, ficam reti<strong>da</strong>s nos pêlos e no muco presente nas dobras nasais. Aquelas <strong>de</strong> diâmetroscompreendidos entre cinco e 10 micras, po<strong>de</strong>m ser elimina<strong>da</strong>s pela ação do epitélio ciliado, tendo poucaprobabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> chegar ao sistema respiratório inferior (bronquíolos e alvéolos). Entretanto, exposiçõesexcessivas e doenças do sistema respiratório po<strong>de</strong>m comprometer este eficiente sistema <strong>de</strong> proteção.Existe ain<strong>da</strong> a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer uma contaminação digestiva, quando o trabalhador engolirparte do muco protetor. As partículas menores que cinco micras po<strong>de</strong>m, com facili<strong>da</strong><strong>de</strong>, penetrar nosbronquíolos e espaços alveolares. As <strong>de</strong> tamanho entre 0,1 e cinco micras são as mais perigosas, pois chegamcom facili<strong>da</strong><strong>de</strong> aos alvéolos pulmonares, atingindo a corrente sangüínea. Por causa do pequeno tamanho, asfrações menores que 0,1 micra po<strong>de</strong>m chegar até os alvéolos, mas como possuem peso diminuto, po<strong>de</strong>m serarrasta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> volta à parte superior do aparelho respiratório, on<strong>de</strong> são elimina<strong>da</strong>s para o exterior.11.4.1. Tipos <strong>de</strong> partículasO ar respirável po<strong>de</strong> ser contaminado com partículas chama<strong>da</strong>s <strong>de</strong> suspensói<strong>de</strong>s ou emulsói<strong>de</strong>s,conforme o produto diluído seja <strong>de</strong> natureza sóli<strong>da</strong> ou líqui<strong>da</strong>. Durante as aplicações <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s usadosem saú<strong>de</strong> pública, po<strong>de</strong>m ser gerados os seguintes tipos <strong>de</strong> partículas:Tabela 7 - Tipos <strong>de</strong> Partículas Gera<strong>da</strong>s Durante as Aplicações <strong>de</strong> Praguici<strong>da</strong>s em Saú<strong>de</strong> PúblicaTipoPósNévoaumaçaCaracterísticasPartículas sóli<strong>da</strong>s gera<strong>da</strong>s mecanicamente.Ex:polvilhamento <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s; manuseio prévio <strong>de</strong>larvici<strong>da</strong> granulado (temephós) e formulações.Pó molhável.Partículas líqui<strong>da</strong>s gera<strong>da</strong>s por equipamentoaplicador.Ex: parte <strong>da</strong>s partículas gera<strong>da</strong>s nasaplicações residuais e a maioria <strong>da</strong>s partículasgera<strong>da</strong>s pelas aplicações a UBV.Partículas gera<strong>da</strong>s por ação térmica.Ex: aplicações<strong>de</strong> termonebulização (OG)Tamanho / micras0,5 a 105 a 100,01 a 5011.5. Riscos <strong>de</strong> contaminação por gases contaminantesVários elementos po<strong>de</strong>m contaminar a atmosfera <strong>de</strong> um ambiente <strong>de</strong> trabalho: os gases ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros, aexemplo do monóxido <strong>de</strong> carbono, ácido sulfídrico, ácido clorídrico e os formados pela volatilização <strong>de</strong>substâncias orgânicas. Os gases contaminantes po<strong>de</strong>m ser assim classificados:• Gases ácidosH 2S, SO 2e HCl: são ácidos que produzem vapores pela reação com água;• Gases alcalinosamônia, fosfina: substâncias que produzem vapores alcalinos ao reagirem com água;UNASA - novembro/2001 - pág. 50


• Compostos organometálicosprodutos originados em alguns processos industriais, como chumbo tetraetila e os fosfatos orgânicos,são importantes produtos <strong>de</strong> contaminação;• Compostos orgânicossão gases ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iros ou po<strong>de</strong>m ser produzidos através <strong>de</strong> vaporização <strong>de</strong> produtos orgânicos.Durante as aplicações e armazenamento <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s em agricultura e saú<strong>de</strong> pública, po<strong>de</strong> ocorrera formação <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> gás.11.5.1. Classificação dos gases contaminantes - Efeitos biológicosOs gases contaminantes po<strong>de</strong>m ser classificados, <strong>de</strong> acordo com seus efeitos biológicos, em:a)Asfixiantesinterferem no transporte e utilização do oxigênio, po<strong>de</strong>m ser:- simples: substâncias inertes que apenas diluem o oxigênio respirável no ar: nitrogênio, hélio, etc;- químicos: mesmo em baixa concentração, interferem no mecanismo respiratório: monóxido <strong>de</strong>carbono, ácido cianídrico, etc;b)Irritantes químicosácidos, gases alcalinos e outras substâncias que, quando pulveriza<strong>da</strong>s ou nebuliza<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m causarirritação ou inflamação no sistema respiratório, epi<strong>de</strong>rme, olhos. Ex: formal<strong>de</strong>ídos, dióxido <strong>de</strong> nitrogênio,dióxido <strong>de</strong> enxofre, insetici<strong>da</strong>s piretrói<strong>de</strong>s com efeito irritante, etc;c) Anestésicossubstâncias que produzem per<strong>da</strong> <strong>de</strong> consciência. Ocorrendo mistura <strong>de</strong> gases em <strong>de</strong>terminado ambiente,esses produtos po<strong>de</strong>m levar à inconsciência, fazendo com que a pessoa, sem perceber, contamine-secom outros gases mais tóxicos. Exemplo: clorofórmio, éter, etc;d)Sistêmicossubstâncias que, ao penetrarem no organismo pelas vias oral, dérmica ou respiratória, atuam em<strong>de</strong>terminados pontos, prejudicando o funcionamento do sistema nervoso. As intoxicações cominsetici<strong>da</strong>s orgânicos incluem-se nessa categoria, além <strong>da</strong>s provoca<strong>da</strong>s por vapores <strong>de</strong> mercúrio eácido sulfídrico, entre outros.As contaminações pela via respiratória po<strong>de</strong>m, às vezes, ser mais perigosas que as digestivas, uma vezque os produtos tóxicos inalados passam diretamente à corrente sangüínea, atingindo assim vários órgãos.Os produtos absorvidos pela via digestiva, após passarem pelo sistema porta, são conduzidos ao fígado, on<strong>de</strong>po<strong>de</strong>m ser quebrados por ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> hepática, constituindo o que se chama <strong>de</strong> efeito <strong>da</strong> primeira passagemou first pass.UNASA - novembro/2001 - pág. 51


12. Equipamentos <strong>de</strong> proteçãoTo<strong>da</strong> empresa ou agência controladora <strong>de</strong> vetores <strong>de</strong>ve priorizar, no processo <strong>de</strong> trabalho, métodosalternativos que utilizem substâncias que sejam <strong>de</strong> baixa toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> para o organismo humano e o ambiente.Caso isso não seja possível, <strong>de</strong>ve-se instalar ou fornecer equipamentos <strong>de</strong> proteção que diminuam ou evitemo contato com substâncias perigosas.Os equipamentos <strong>de</strong> proteção são classificados em:12.1. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Coletiva (EPC)Os Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Coletiva visam a diminuir a fonte <strong>de</strong> contaminação no ambiente <strong>de</strong>trabalho. São comuns em fábricas e indústrias, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> adotar equipamentos que possam fazer a filtragem,ventilação, exaustão ou confinamento <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> contaminação ou ruído;12.2. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual (EPI)São chamados <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual, todo objeto que possa proteger o trabalhador,evitando o contato com toxicantes, exposição a ruídos e radiações, proteção contra objetos em que<strong>da</strong>livre, objetos perfurantes, etc. Estes objetos po<strong>de</strong>m ser constituídos por equipamentos ou vestuários.Graças ao importante papel <strong>de</strong> proteção dérmica, no caso <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores, a roupapo<strong>de</strong> também ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> um EPI.As três vias <strong>de</strong> exposição pelas quais um tóxico penetra no organismo são digestiva, dérmica e respiratória,o que <strong>de</strong>termina que esses órgãos sejam protegidos. Os olhos e ouvidos também <strong>de</strong>vem ser protegidos,<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo <strong>de</strong> tarefa a ser executa<strong>da</strong>.Para melhor entendimento <strong>de</strong>sse manual os EPI po<strong>de</strong>m ser classificados em:• equipamentos <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong>rmal;• equipamentos <strong>de</strong> proteção auditiva;• equipamentos <strong>de</strong> proteção visual;• equipamentos <strong>de</strong> proteção respiratória.Não existe um EPI específico para evitar a contaminação oral, uma vez que ela po<strong>de</strong> se <strong>da</strong>r <strong>de</strong>maneira intencional, no caso <strong>de</strong> suicídio ou quando a pessoa se alimenta ou fuma durante a aplicação. Paraevitar esse tipo <strong>de</strong> contaminação, o indivíduo <strong>de</strong>ve estar consciente <strong>de</strong> que não <strong>de</strong>ve comer, beber ou fumardurante as tarefas que envolvem o uso <strong>de</strong> produtos tóxicos. Também não <strong>de</strong>ve ser permitido cozinhar ou sealimentar em locais on<strong>de</strong> se guar<strong>da</strong>m insetici<strong>da</strong>s. Os respiradores faciais, isolando a área <strong>da</strong> boca, tambémoferecem proteção a esse órgão.O uso <strong>de</strong> máscaras na região Norte <strong>de</strong>ve ser bastante <strong>de</strong>sconfortável, quando comparado a outrasregiões <strong>de</strong> temperaturas mais amenas do país. Mesmo na região Sul, o verão, às vezes, é quase tão quentequanto na região Norte ou Nor<strong>de</strong>ste. Devido à falta <strong>de</strong> opções, uma vez que as indústrias fabricantes <strong>de</strong> EPInão oferecem alternativas, é difícil ou quase impossível se indicar equipamentos <strong>de</strong> proteção individual queaten<strong>da</strong>m às diferenças climáticas regionais.Esse fato <strong>de</strong>ve ser contornado com adoção <strong>de</strong> práticas que possam minimizar o problema, como apermissão para que o aplicador tenha períodos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso durante a jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> trabalho.UNASA - novembro/2001 - pág. 53


12.2.1. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Dermal (EPD)Qualquer cobertura que se interponha entre a pele e o agente tóxico, po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> um Equipamento<strong>de</strong> Proteção Dermal. As características apresenta<strong>da</strong>s abaixo dizem respeito aos EPD para usoem controle <strong>de</strong> vetores. São exemplos:• CalçadosO tipo i<strong>de</strong>al é a botina que protege os pés e o tornozelo. Deve ser engraxado com freqüência, o que<strong>de</strong>termina maior impermeabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do couro;• Bota <strong>de</strong> BorrachaA bota <strong>de</strong> borracha impermeável <strong>de</strong>ve ser usa<strong>da</strong> para execução <strong>de</strong> tarefas em coleções hidrícas, on<strong>de</strong>seja necessário o servidor entrar em contato com água;• Capacete <strong>de</strong> Aba TotalO capacete tem importante papel <strong>de</strong> proteção do crânio, seja com relação à proteção <strong>da</strong> insolação oureduzindo o contato <strong>da</strong> nuca e pescoço com partículas <strong>de</strong> produtos tóxicos. Devido às características dostrabalhos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores em geral, não existe risco <strong>de</strong> impacto <strong>de</strong> objetos em que<strong>da</strong> livre;• BonéA principal função do boné é proteger a cabeça contra insolação, uma vez que muitas <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>ssão executa<strong>da</strong>s durante o dia, às vezes, sob pleno sol;• Calças e camisas <strong>de</strong> mangas curtas ou longasAs calças e camisas <strong>de</strong> brim caqui tem importante função <strong>de</strong> proteção dérmica. Durante os trabalhos<strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s, seja tratamento residual ou espacial, as partículas gera<strong>da</strong>s pelo equipamento sãopequenas, o que <strong>de</strong>termina que essas gotículas caiam sobre o tecido em quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s tais que não causemgraves riscos <strong>de</strong> intoxicação, principalmente <strong>de</strong>vido à baixa toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto utilizado e as diluiçõessofri<strong>da</strong>s.Entretanto, as trocas <strong>de</strong>ssas vestimentas <strong>de</strong>vem ser feitas diariamente para que não ocorra acúmulo<strong>de</strong> partículas <strong>de</strong> vários dias <strong>de</strong> trabalho, passando o tecido a ser fonte <strong>de</strong> contaminação. Para isso, ca<strong>da</strong>servidor <strong>de</strong>verá receber, anualmente, cinco conjuntos <strong>de</strong> calças e camisas, tendo em vista as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s parasua lavagem, durante a semana. Depen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> situação local, como em frentes <strong>de</strong> trabalho, ou centrais <strong>de</strong>UBV, on<strong>de</strong> gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> servidores trabalham lotados em <strong>de</strong>terminado local, <strong>de</strong>verá ser montado umsistema <strong>de</strong> lavagem mecaniza<strong>da</strong> <strong>de</strong> roupas, conforme mencionado anteriormente;• AventaisEm virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s características dos serviços <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores, on<strong>de</strong> se aplicam praguici<strong>da</strong>s químicos,não existe a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as tarefas <strong>de</strong> aplicação serem feitas com avental.Para que um avental proteja totalmente a vestimenta contra as gotículas gera<strong>da</strong>s, <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> coberturatotal, ou seja, que proteja o aplicador pela frente e pelas costas. Um avental com essas características traz umsério <strong>de</strong>sconforto, o intenso calor acumulado. Em condições tropicais, trabalhar com roupa <strong>de</strong> brim e comum avental <strong>de</strong> cobertura total po<strong>de</strong> ser bastante incômodo. Alguns aventais <strong>de</strong> tecido são tratados comsubstâncias impermeabilizantes. Devido à sua espessura e após algumas lavagens, po<strong>de</strong> haver a passagem <strong>de</strong>insetici<strong>da</strong>, através do tecido.Em face do exposto, <strong>de</strong>ve ser indicado o uso <strong>de</strong> avental <strong>de</strong> cobertura frontal do peito e pernas, apenaspara as tarefas <strong>de</strong> preparação <strong>de</strong> soluções (mistura <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong> e óleo vegetal) e abastecimento <strong>de</strong> tanques <strong>de</strong>nebulizadores. Nesse caso, existe risco <strong>de</strong> projeção ou <strong>de</strong>rramamento <strong>de</strong> produto concentrado na vestimenta.Mesmo durante a preparação <strong>de</strong> cargas para equipamentos <strong>de</strong> aspersão, graças à facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> diluição<strong>da</strong>s mo<strong>de</strong>rnas preparações, não existe necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> qualquer tipo <strong>de</strong> avental, uma vez que, se o produto forum formulado <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, basta jogar a carga ou o pó diretamente no tanque do aplicador, não necessitando<strong>de</strong> mistura prévia no bal<strong>de</strong>.UNASA - novembro/2001 - pág. 54


12.2.2. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Auditiva (EPA)Em to<strong>da</strong>s as operações <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores que se utilizam equipamentos motorizados pesados oucostais, <strong>de</strong>vem ser usados os protetores auriculares. Em razão <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do uso <strong>de</strong> capacete, essesprotetores <strong>de</strong>vem ser do tipo <strong>de</strong> inserção. Este produto é fabricado com silicone ou outro material macio quepermite a colocação no orifício auricular, sem causar <strong>de</strong>sconforto. Geralmente, o par é preso por um cordãoe acondicionado em caixa plástica. O protetor auricular <strong>de</strong>ve ser limpo, <strong>de</strong> uso individual e freqüentementehigienizado.Deve ser solicitado ao fabricante o fornecimento <strong>de</strong> alguns jogos <strong>de</strong> medidores <strong>de</strong> orifícios auricularespara que se façam as medições do tamanho do conduto auditivo.12.2.3. Equipamento <strong>de</strong> Proteção Visual (EPV)Os Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Visual <strong>de</strong>vem ser utilizados nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> laboratório, on<strong>de</strong> existerisco <strong>de</strong> projeção <strong>de</strong> material biológico contaminado. No caso, os óculos <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong>vem ser do tipotransparente, com as hastes e lentes do mesmo material, dotados <strong>de</strong> orifícios <strong>de</strong> ventilação. Em aplicações <strong>de</strong>insetici<strong>da</strong>s, não é necessário o uso <strong>de</strong> óculos <strong>de</strong> segurança, pois o uso <strong>da</strong>s máscaras faciais completas forneceproteção total <strong>da</strong> face.12.2.4. Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Respiratória (EPR)É <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância que os aplicadores <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s utilizem equipamentos apropriadospara proteção respiratória. Esses equipamentos são <strong>de</strong>nominados <strong>de</strong> máscaras, peças faciais, purificadores <strong>de</strong>ar ou respiradores.Os principais requisitos no projeto e confecção <strong>de</strong> máscaras respiradoras são o conforto e a eficácia naproteção. Se um equipamento não for confortável, provavelmente não será utilizado.12.3. Classificação dos respiradoresLevando-se em consi<strong>de</strong>ração seu projeto, aplicação e capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> protetora, os EPR são classificadosem três categorias:a) Purificadores <strong>de</strong> ar;b) Provedores <strong>de</strong> ar;c) Equipamentos autônomos.Dentro <strong>de</strong>ssas categorias, os provedores <strong>de</strong> ar e os equipamentos autônomos não serão abor<strong>da</strong>dos,pois são utilizados em ambientes críticos e não nas rotinas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores.12.4. Purificadores <strong>de</strong> arOs equipamentos aplicadores <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s usados na agricultura ou em saú<strong>de</strong> pública, necessitamfragmentar e impulsionar partículas para serem coloca<strong>da</strong>s em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> superfície ou massa <strong>de</strong> ar.Durante a execução <strong>de</strong>ssas tarefas, o aplicador está sujeito a respirar uma gran<strong>de</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ssasgotículas. O aparelho respiratório é conformado <strong>de</strong> tal maneira a evitar que as partículas maiores cheguem aointerior do pulmão, e fiquem reti<strong>da</strong>s nas dobras nasais, pêlos e secreções ali presentes. Esta proteção, entretanto,não tem eficácia contra uma fração especial <strong>de</strong> partículas pequenas, que po<strong>de</strong>m chegar ao interior dosalvéolos. Conforme já mencionado, mesmo as partículas maiores reti<strong>da</strong>s no muco protetor, po<strong>de</strong>m causarcontaminação digestiva, caso o mesmo venha a ser <strong>de</strong>glutido.UNASA - novembro/2001 - pág. 55


Os purificadores <strong>de</strong> ar <strong>de</strong>vem ter capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> extrair <strong>de</strong>terminados contaminantes <strong>da</strong> atmosfera e sópo<strong>de</strong>m ser usados em ambientes que contenham quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s aceitáveis <strong>de</strong> oxigênio respirável (acima <strong>de</strong>20,9%). É <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância observar as limitações do equipamento quanto ao tipo <strong>de</strong> contaminantepresente. Os purificadores po<strong>de</strong>m ser usados com filtros mecânicos e químicos <strong>de</strong> várias categorias.As peças respiradoras faciais são construí<strong>da</strong>s buscando oferecer segurança e conforto ao operador.Geralmente, são mol<strong>da</strong><strong>da</strong>s em elastômeros, po<strong>de</strong>ndo ser <strong>de</strong> borracha natural, silicone ou neoprene. As peçasfaciais possuem várias configurações, po<strong>de</strong>ndo proteger a face completa ou apenas parte <strong>de</strong>la. As máscaras<strong>de</strong>vem ser projeta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> tal maneira que as tiras <strong>de</strong> fixação sejam presas em estruturas que evitem a <strong>de</strong>formaçãodo elastômero, prejudicando a ve<strong>da</strong>ção. Depen<strong>de</strong>ndo do fabricante, essas estruturas são <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>saranhas ou caixas <strong>de</strong> fixação.Uma <strong>da</strong>s causas mais comuns <strong>de</strong> rejeição ao respirador é o seu peso e o stress térmico. O problema dopeso po<strong>de</strong> ser contornado com a escolha <strong>de</strong> produtos mais leves, que possuam estruturas melhor projeta<strong>da</strong>se permitam maior eficiência, alia<strong>da</strong> a menor peso.O problema do stress térmico também está relacionado ao projeto do equipamento respirador e écausado pela presença do chamado espaço morto. Este consiste em um espaço <strong>de</strong>masiado gran<strong>de</strong> entre apare<strong>de</strong> <strong>da</strong> máscara e a pele do usuário. Nesse espaço ocorre acúmulo <strong>de</strong> ar respirado e, a ca<strong>da</strong> nova inalação,a pessoa respira parte <strong>de</strong>le. A presença constante <strong>de</strong> gás carbônico não eliminado é a maior causa <strong>de</strong> cansaçorespiratório no uso <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> equipamento. Deve-se portanto, procurar adquirir respiradores que possuamo menor espaço morto possível. Outro fator importante é a escolha correta dos filtros mecânicos umavez que, quanto maior a eficiência <strong>da</strong> filtração mecânica, maior será a resistência à respiração.Não existe padronização <strong>de</strong> fixação para os filtros no corpo <strong>da</strong> máscara, po<strong>de</strong>ndo o acoplamento serrealizado por roscas ou encaixe. Apenas para os filtros Classe 2 e Classe 3, que serão <strong>de</strong>talhados maisadiante, existe padronização <strong>de</strong> acoplamento, sendo to<strong>da</strong>s do tipo rosca, aten<strong>de</strong>ndo exigências <strong>de</strong> normasmilitares.Os respiradores <strong>de</strong>vem ser constantemente higienizados e <strong>de</strong>scontaminados. A sua correta manutençãoe guar<strong>da</strong> permite a utilização cerca <strong>de</strong> três a quatro anos, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto.Os EPR para uso em atmosferas normais po<strong>de</strong>m ser as peças faciais que oferecem proteção <strong>da</strong> boca,queixo, nariz e olhos. A tabela 8 mostra os diversos tipos <strong>de</strong> peças faciais e a área do rosto protegi<strong>da</strong>.Tabela 8 – Tipos <strong>de</strong> Peças aciais e Região <strong>da</strong> ace Protegi<strong>da</strong>EPRRegião Protegi<strong>da</strong>Peça acial <strong>de</strong> 1/4Peça acial <strong>de</strong>1/2Peça acial CompletaBoca e narizBoca, nariz e queixoBoca, nariz, queixo e olhos12.5. ator <strong>de</strong> proteção dos respiradoresAs peças faciais <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s à proteção respiratória <strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer a <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s normas e padronizaçõesestabeleci<strong>da</strong>s por órgãos oficiais, nacionais e internacionais. Uma <strong>de</strong>ssas qualificações diz respeito ao“fator <strong>de</strong> proteção atribuído”.O ator <strong>de</strong> Proteção (P) dos respiradores fornece uma idéia do nível <strong>de</strong> proteção que se espera alcançarem <strong>de</strong>terminado ambiente <strong>de</strong> trabalho, quando um aplicador treinado utiliza uma peça facial em bomUNASA - novembro/2001 - pág. 56


estado, corretamente ajusta<strong>da</strong> à face. O P é medido por instituições especializa<strong>da</strong>s, através <strong>de</strong> critériostécnicos padronizados. O fator <strong>de</strong> proteção é encontrado medindo-se a concentração do contaminante,<strong>de</strong>ntro e fora do respirador. Os testes são feitos em ambientes controlados, em que se conhece perfeitamentea concentração do gás usado no teste. A Tabela 09 mostra o P dos diversos tipos <strong>de</strong> respiradores e a áreado rosto protegi<strong>da</strong> pelo equipamento.Tabela 9 – ator <strong>de</strong> Proteção Atribuído aos Diferentes Tipos <strong>de</strong> RespiradoresTipoProteçãoÁrea do Rosto Protegi<strong>da</strong>ator <strong>de</strong> ProteçãoPeça acial <strong>de</strong> ¼Boca e nariz5%10Peça acial <strong>de</strong> ½Boca, nariz e queixo50%10Peça acialBoca, nariz, queixo e olhos100 %10012.6. Indicação <strong>de</strong> respiradores para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetoresOs aplicadores <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle químico <strong>de</strong> vetores estão, na maioria <strong>da</strong>svezes, mais expostos que aqueles que trabalham nas aplicações agrícolas. O uso <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s para o controle<strong>de</strong> vetores exige, quase sempre, que as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s sejam feitas em ambientes fechados (interior <strong>de</strong> residências),ao passo que o trabalho na agricultura é feito em ambiente aberto.Outro gran<strong>de</strong> fator <strong>de</strong> risco diz respeito às concentrações usa<strong>da</strong>s, pois nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controlequímico <strong>de</strong> vetores são utiliza<strong>da</strong>s concentrações superiores às agrícolas, embora os produtos aplicados tenhamuma toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> menor. Deve ser levado em consi<strong>de</strong>ração, também, que os aplicadores na saú<strong>de</strong> públicaestão expostos <strong>de</strong> maneira continua<strong>da</strong>, ou seja, diária, mensal e anual, ao passo que os aplicadores agrícolaso fazem apenas em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> época do ano e mesmo assim, com um espaço <strong>de</strong> tempo maior, entre umaaplicação e outra.Isto <strong>de</strong>termina que seja necessário oferecer uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> proteção a esses servidores, não sendorecomendável que se economize recursos econômicos em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong> saú<strong>de</strong> dos aplicadores.Consi<strong>de</strong>rando essa premissa, adotou-se os seguintes EPR para uso nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores.12.6.1. Peça semifacialEm razão <strong>de</strong> seu baixo ator <strong>de</strong> Proteção (P), <strong>de</strong>ve ser utiliza<strong>da</strong> apenas no momento <strong>da</strong> colocação dolarvici<strong>da</strong> granulado (temephós) em frascos <strong>de</strong> boca larga e manuseio <strong>de</strong> embalagens. Os condutores <strong>de</strong>veículos que forem realizar viagens <strong>de</strong> curtas e longas distâncias, <strong>de</strong>vem levar esse tipo <strong>de</strong> equipamento, parauso em caso <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> transporte. Os servidores que trabalham em <strong>de</strong>pósitos <strong>de</strong>vem também fazer uso<strong>de</strong>sses EPI, durante as operações <strong>de</strong> carregamento e <strong>de</strong>scarregamento, aci<strong>de</strong>ntes em armazéns e nos serviços<strong>de</strong> limpeza.12.6.2 Peça facial completaÉ necessário que seja indicado um EPR que forneça uma proteção superior, uma vez que, conformereferido, nossos aplicadores estão sujeitos a trabalhar em ambientes contaminados por partículas, <strong>de</strong> maneiramuito mais freqüente e intensa que na agricultura. Por este motivo, foi preconizado o uso <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong>equipamento, uma vez que seu fator <strong>de</strong> proteção atribuído é 100 (cem), ou seja, <strong>de</strong>z vezes mais que umasimples peça semifacial.UNASA - novembro/2001 - pág. 57


As peças semifaciais, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>ixarem parte <strong>da</strong> superfície do rosto <strong>de</strong>sprotegi<strong>da</strong>, exigiriam o uso <strong>de</strong>EPI complementar, como viseiras ou óculos <strong>de</strong> proteção.O uso <strong>de</strong> piretrói<strong>de</strong>s ca<strong>da</strong> vez mais freqüente e, em razão <strong>de</strong> seu potencial alergênico, exige que to<strong>da</strong> asuperfície do rosto seja protegi<strong>da</strong>, o que não se consegue com as peças semifaciais.Embora o preço inicial <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong> equipamento possa ser mais elevado, trará um custo benefíciomaior, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que o usuário seja conscientizado para que tenha os <strong>de</strong>vidos cui<strong>da</strong>dos, fazendo sua higienização,lavagem e guar<strong>da</strong>, conforme recomen<strong>da</strong>do. Nessas condições, esse tipo <strong>de</strong> equipamento po<strong>de</strong> durar atécinco anos.Em ambos os equipamentos, <strong>de</strong>vem ser usados os filtros mecânicos P2 e o químico Classe 1, paraexposição a vapores orgânicos (pestici<strong>da</strong>s). O filtro mecânico P2 apresenta boa capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong>partículas e exige pouco esforço respiratório. Sempre que possível, os cartuchos <strong>de</strong>vem ser adquiridos combinados,evitando-se que o usuário esqueça <strong>de</strong> acoplá-los na máscara ou venha a utilizar apenas um tipo, casoessas peças sejam adquiri<strong>da</strong>s separa<strong>da</strong>s.UNASA - novembro/2001 - pág. 58


13. iltros purificadores <strong>de</strong> arOs respiradores po<strong>de</strong>m ser acoplados com diferentes tipos <strong>de</strong> filtros, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do trabalho <strong>de</strong>purificação que se preten<strong>da</strong> executar. Os filtros po<strong>de</strong>m ser do tipo mecânico e químico.13.1. iltros mecânicosOs filtros mecânicos fornecem proteção respiratória contra partículas suspensas. Para a escolha dosequipamentos <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar o tipo, a toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> e o tamanho <strong>de</strong>ssas partículas. São construídos commaterial celulósico e <strong>de</strong>vem ser capazes <strong>de</strong> reter partículas com tamanho <strong>de</strong> até 0,6 micras, que se encontram<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> faixa <strong>de</strong> absorção mais perigosa.Os filtros mecânicos, também chamados particulados, po<strong>de</strong>m ser:Tabela 10 – Tipos <strong>de</strong> iltros Mecânicos e EficiênciaTipoP1P2P3Eficiência <strong>de</strong> Retenção80,0 %94,0 %99,5 %Para a escolha <strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> respirador mecânico <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar os possíveis contaminantespresentes no local <strong>de</strong> trabalho. No ambiente on<strong>de</strong> se aplicam insetici<strong>da</strong>s no controle <strong>de</strong> vetores, tanto existempartículas gran<strong>de</strong>s, forma<strong>da</strong>s pelo rompimento mecânico <strong>de</strong> líquidos por equipamentos aplicadores,como também as sóli<strong>da</strong>s, forma<strong>da</strong>s pelo polvilhamento <strong>de</strong> alguns produtos, que po<strong>de</strong>m ser reti<strong>da</strong>s pelosfiltros mecânicos. Além <strong>de</strong>ssas partículas, estão presentes também vapores orgânicos que, graças às suascaracterísticas físicas, são retidos somente pelos filtros químicos. As frações maiores ficarão conti<strong>da</strong>s natrama do filtro mecânico e o ar contaminado com vapores orgânicos, será adsorvido pelo carvão ativado,passando apenas o ar puro para a respiração do usuário.Deve ficar claro que, quanto maior o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> retenção do filtro mecânico, maior será o esforçorespiratório, por esse motivo, nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores, <strong>de</strong>ve ser usado o filtro mecânico P2 quepossui excelente capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> filtragem e pouco esforço respiratório.13.2. iltros <strong>de</strong> cartucho químicoOs cartuchos químicos são classificados em três categorias: classes 1, 2, e 3, <strong>de</strong> acordo com a concentraçãoe tipo dos gases e vapores orgânicos presentes no ambiente. O material usado na retenção é o carvãoativado, que por ter alta capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> adsorção, possui excelente eficácia na proteção. Geralmente, o carvãoutilizado é o <strong>de</strong> casca <strong>de</strong> coco, uma vez que, quando produzido por outros vegetais tem pouca resistência aimpactos, po<strong>de</strong>ndo-se <strong>de</strong>smanchar em pó, prejudicando a filtração.13.2.1. iltros classe 1:São indicados para uso em concentrações <strong>de</strong> até 1.000 ppm (parte por milhão) ou 0,1% em volume,po<strong>de</strong>ndo variar conforme o tipo <strong>de</strong> contaminante presente. Esse filtro é indicado, <strong>de</strong>ntre outros usos, para osserviços <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s em controle <strong>de</strong> vetores, já que nessas aplicações as concentrações encontram-se<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>sses limites;UNASA - novembro/2001 - pág. 59


13.2.2. iltros classe 2:Indicados para serem usados em concentrações <strong>de</strong> até 5.000 ppm ou 0,5% <strong>de</strong> volume do contaminantepresente, estes filtros possuem maior potência <strong>de</strong> filtragem, sendo normalmente recomen<strong>da</strong>dos para uso emáreas críticas ou agressivas. Por razões militares, as roscas são padroniza<strong>da</strong>s, po<strong>de</strong>ndo ser usa<strong>da</strong>s em peças <strong>de</strong>qualquer fabricante. Os cartuchos americanos possuem forma oval e os europeus arredon<strong>da</strong><strong>da</strong>; po<strong>de</strong>m serusados em combinação com filtros mecânicos;13.2.3. iltros classe 3:Recomen<strong>da</strong>dos para serem usados em concentrações <strong>de</strong> até 20.000 ppm ou 2% <strong>de</strong> volume docontaminante presente, também são usados em ambientes críticos. Em locais com maior concentração <strong>de</strong>contaminantes perigosos (condição IPVS), <strong>de</strong>vem ser usados equipamentos com suprimento <strong>de</strong> ar (provedoresou autônomos).Os respiradores com filtro químico possuem uma série <strong>de</strong> restrições, não <strong>de</strong>vendo ser usados nasseguintes condições:a) na ausência <strong>de</strong> oxigênio respirável (abaixo <strong>de</strong> 20,9%);b) na filtragem <strong>de</strong> gases que não sejam <strong>de</strong>tectáveis pelo olfato;c) em ambientes com gases irritantes para os olhos;d) na presença <strong>de</strong> gases extremamente tóxicos;e) em atmosferas que contenham gases que não possam ser retidos por processos químicos, como omonóxido <strong>de</strong> carbono, por exemplo.13.3. iltros com cartuchos combinados mecânicos/químicosOs respiradores po<strong>de</strong>m ser guarnecidos com uma combinação <strong>de</strong> filtros mecânicos e químicos, consi<strong>de</strong>randoque <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> atmosfera, tanto po<strong>de</strong> estar contamina<strong>da</strong> por partículas, como por vapores orgânicos.A montagem po<strong>de</strong> ser feita por acoplamento dos filtros ou já po<strong>de</strong>m ser adquiridos numa peça única,monta<strong>da</strong> em fábrica. De qualquer maneira, o filtro mecânico <strong>de</strong>ve ser colocado sempre à frente do químico.13.4. Vali<strong>da</strong><strong>de</strong> dos filtros químicosNa reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, não existe um tempo pre<strong>de</strong>terminado <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong>, visto que isto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> combinação<strong>de</strong> vários fatores que escapam ao nosso controle.Dentre os fatores que po<strong>de</strong>m influir na vi<strong>da</strong> útil do filtro, po<strong>de</strong>m ser citados:• tamanho do cartucho: cartuchos maiores têm capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> filtração maior;• tipo e concentração dos contaminantes: po<strong>de</strong>m estar presentes, na atmosfera <strong>de</strong> trabalho, várioscontaminantes em diferentes concentrações;• intensi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> respiração: os indivíduos têm capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s respiratórias distintas, <strong>de</strong>terminandodiferente volume <strong>de</strong> ar a ser purificado;• fatores climáticos: os sorbentes, como o carvão ativado, são altamente sensíveis a variações <strong>de</strong>temperatura e umi<strong>da</strong><strong>de</strong>.Em razão <strong>de</strong>sses fatores, não há como os fabricantes estipularem “prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong>” para os cartuchosquímicos, após aberta a embalagem. Na prática, o filtro <strong>de</strong>ve ser trocado sempre que o usuário sentircheiro, gosto ou irritação ocular. Isto <strong>de</strong>monstra que o po<strong>de</strong>r <strong>de</strong> retenção do carvão ativado está esgotado.Essa recomen<strong>da</strong>ção, por mais ambígua que possa parecer, está indica<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma unânime por todos osfabricantes <strong>de</strong> filtros e máscaras e é aceita universalmente.UNASA - novembro/2001 - pág. 60


Entretanto, em virtu<strong>de</strong> do fato <strong>de</strong> que o “limiar <strong>de</strong> odor” é diferente entre indivíduos, seria convenienteimplantar um cronograma para substituição <strong>de</strong> cartuchos, em vez <strong>de</strong> se basear somente nas advertênciassensoriais indica<strong>da</strong>s, que <strong>de</strong>vem servir somente como indicador secundário ou <strong>de</strong> reserva para a substituiçãodos cartuchos.Consi<strong>de</strong>rando essa premissa, recomen<strong>da</strong>-se adotar como critério, a substituição <strong>de</strong> filtros a ca<strong>da</strong> quatromeses; para isso, a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> início <strong>de</strong> utilização do filtro <strong>de</strong>ve ser anota<strong>da</strong> no estojo do cartucho.Geralmente, os catálogos dos fabricantes garantem um prazo <strong>de</strong> trrês anos, a partir <strong>da</strong> <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> fabricação,caso estejam lacrados e tenham sido bem armazenados. Recomen<strong>da</strong>-se portanto, que os quantitativossejam adquiridos <strong>de</strong> forma parcela<strong>da</strong>, tendo-se o cui<strong>da</strong>do <strong>de</strong> manter um estoque estratégico, até que se façanova aquisição.To<strong>da</strong> entrega <strong>de</strong> filtros ao usuário <strong>de</strong>ve ser anota<strong>da</strong> na icha <strong>de</strong> Segurança Individual, informandoa quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> e <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> entrega.Os cartuchos filtrantes usados <strong>de</strong>verão ser recolhidos a um local provisório do Distrito Sanitário, on<strong>de</strong>serão colocados imersos em solução <strong>de</strong> so<strong>da</strong> cáustica a 5%, em tambor plástico <strong>de</strong> boca larga, por umperíodo <strong>de</strong> duas horas. Após esse procedimento, <strong>de</strong>verá ser escorrido o excesso <strong>de</strong> solução e efetuado otratamento semelhante ao do <strong>de</strong>scarte <strong>de</strong> embalagens <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s.Esta ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> tem o caráter <strong>de</strong> proporcionar segurança adicional, uma vez que a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> produtotóxico presente no material absorvente é insignificante, não oferecendo maiores problemas.UNASA - novembro/2001 - pág. 61


14. Programa <strong>de</strong> proteção respiratóriaÉ fun<strong>da</strong>mental que qualquer órgão, seja ele <strong>de</strong> natureza pública ou priva<strong>da</strong>, durante as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s laboraisfaçam uso <strong>de</strong> substâncias tóxicas, implemente um programa <strong>de</strong> proteção respiratória. As informações sobreesse assunto basearam-se no documento “Programa <strong>de</strong> Proteção Respiratória - Recomen<strong>da</strong>ções, Seleção e Uso<strong>de</strong> Respiradores”, publica<strong>da</strong> pela un<strong>da</strong>ção Jorge Duprat igueiredo <strong>de</strong> Segurança e Medicina do Trabalho(UNDACENTRO). No anexo 5 <strong>de</strong>ste Manual, transcrevemos a Instrução Normativa nº 1, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong>1994, que institui a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> do empregador estabelecer medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> proteção respiratória.Sempre que num ambiente <strong>de</strong> trabalho exista o risco <strong>de</strong> inalação <strong>de</strong> ar contaminado por poeiras,fumos, névoas, fumaças, gases ou vapores, <strong>de</strong>ve-se prioritariamente, procurar minimizá-lo através <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s<strong>de</strong> proteção coletiva, como por exemplo, confinamento ou enclausuramento <strong>da</strong> fonte <strong>de</strong> emissão,ventilação do local ou provi<strong>de</strong>nciando a sua substituição por outros produtos menos tóxicos. No caso <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetores, essas medi<strong>da</strong>s nem sempre são cabíveis, <strong>de</strong>vendo portanto, ser fornecidosrespiradores apropriados.14.1. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do empregadorCompete ao empregador:• fornecer o respirador conveniente e apropriado para o fim <strong>de</strong>sejado, quando necessário, para protegera saú<strong>de</strong> do trabalhador;• responsabilizar-se pela implantação e manutenção <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> uso <strong>de</strong> respiradores paraproteção respiratória;• permitir ao empregado:– abandonar a área <strong>de</strong> risco, caso ocorra qualquer <strong>da</strong>s situações abaixo (ou outra que implique riscoà saú<strong>de</strong>):ü falha do respirador;ü mau funcionamento do respirador;ü quando se <strong>de</strong>tectar a penetração do ar contaminado <strong>de</strong>ntro do respirador;ü aumento <strong>da</strong> resistência à respiração;ü gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>sconforto com o uso do respirador;ü mal-estar, como: náusea, fraqueza, tosse, espirro, dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> respiratória, calafrio, tontura, vômito,febre;– lavar o rosto e a peça facial, sempre que necessário, para diminuir a irritação <strong>da</strong> pele;– trocar o filtro ou outros componentes, sempre que necessário;– <strong>de</strong>scanso periódico em área não contamina<strong>da</strong>;– investigar a causa do mau funcionamento do respirador e tomar providências para saná-la;– se for <strong>de</strong>feito <strong>de</strong> fabricação, o empregador <strong>de</strong>verá comunicar o fato ao fabricante e à SSST/MTb- Secretaria <strong>de</strong> Segurança e Saú<strong>de</strong> no Trabalho.Os servidores encarregados <strong>da</strong>s aplicações a UBV <strong>de</strong>verão ter o horário <strong>de</strong> trabalho flexibilizado pelachefia imediata, em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong>s especificações <strong>da</strong> operação, sem prejuízo <strong>da</strong> carga horária diária exigi<strong>da</strong> por lei.Nesse caso, sugere-se que o servidor, após o primeiro ciclo <strong>de</strong> aplicação, seja liberado para que possatomar banho e trocar <strong>de</strong> roupa, <strong>de</strong>vendo retornar no final <strong>da</strong> tar<strong>de</strong> para início do ciclo noturno.Da mesma maneira, aqueles servidores encarregados <strong>de</strong> realizar aplicações residuais, <strong>de</strong>vem intermediaro período <strong>de</strong> aplicação com momentos <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso. Logicamente, a regulamentação <strong>de</strong>ssas normas <strong>de</strong>vemser <strong>de</strong> responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s chefias imediatas que, enten<strong>de</strong>ndo o ritmo do trabalho, procurará a<strong>de</strong>quá-lo, <strong>da</strong>melhor forma possível, ao do servidor.UNASA - novembro/2001 - pág. 63


14.2. Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do usuário• usar o respirador fornecido <strong>de</strong> acordo com as instruções e treinamentos recebidos;• guar<strong>da</strong>r o respirador, quando não estiver em uso, <strong>de</strong> modo conveniente para que não se <strong>da</strong>nifique,<strong>de</strong>forme ou se contamine;• caso se observe que o respirador não está funcionando bem, <strong>de</strong>ixar imediatamente a área contamina<strong>da</strong>e comunicar o <strong>de</strong>feito ao supervisor;• comunicar ao supervisor qualquer alteração do seu estado <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> que possa influir na sua capaci<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> usar o respirador.14.3. Programa <strong>de</strong> proteção respiratória - Itens mínimos a seremobservadosUm programa mínimo <strong>de</strong> proteção respiratória <strong>de</strong>ve ser estruturado, observando-se os seguintes aspectos:14.3.1. Administração do programaA responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do programa <strong>de</strong>ve ser atribuí<strong>da</strong> a uma só pessoa, que <strong>de</strong>ve possuir conhecimentos<strong>de</strong> proteção respiratória suficientes para conduzir o programa. A administração do mesmo inclui omonitoramento dos riscos respiratórios, atualização <strong>de</strong> registros e realização <strong>de</strong> auditoria. O responsável<strong>de</strong>ve atuar <strong>de</strong> forma articula<strong>da</strong> com o setor interno <strong>de</strong> proteção à saú<strong>de</strong> do trabalhador.14.3.2. Instituir procedimentos operacionais escritosÉ <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância que os procedimentos operacionais sejam minuciosamente <strong>de</strong>scritos,cobrindo o programa completo sobre o uso <strong>de</strong> respiradores. Essas normas, além <strong>de</strong> existirem, <strong>de</strong>vem sercumpri<strong>da</strong>s.14.3.3. Limitações fisiológicas e psicológicas dos usuários <strong>de</strong> respiradoresCabe a um médico <strong>de</strong>terminar se uma pessoa tem ou não condições <strong>de</strong> usar um respirador. Para tanto,ele <strong>de</strong>ve ter conhecimento dos seguintes itens:• tipo <strong>de</strong> respirador indicado para aquele usuário;• ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s típicas no trabalho;• condições ambientais, freqüência e duração <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que exige o uso <strong>de</strong> respiradores;• substâncias a que o empregado está exposto.Para maiores <strong>de</strong>talhes, <strong>de</strong>verá ser consultado o documento Programa <strong>de</strong> Proteção Respiratória-Recomen<strong>da</strong>ções, Seleção e Uso <strong>de</strong> Respiradores, publicado pela un<strong>da</strong>centro/<strong>Ministério</strong> do Trabalho(anexo 5 do referido documento).14.3.4. Seleção do respiradorA seleção do respirador <strong>de</strong>ve levar em consi<strong>de</strong>ração:• a natureza <strong>da</strong> operação ou processo perigoso;• o tipo <strong>de</strong> risco respiratório (incluindo grupo químico do praguici<strong>da</strong>, proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s físicas, vias <strong>de</strong>penetração, efeitos fisiológicos sobre o organismo, toxici<strong>da</strong><strong>de</strong>, concentração <strong>de</strong> uso, etc);UNASA - novembro/2001 - pág. 64


• localização <strong>da</strong> área <strong>de</strong> risco;• tempo <strong>de</strong> utilização do respirador;• ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>s na área <strong>de</strong> risco;• características e limitações dos filtros e respiradores;• ator <strong>de</strong> Proteção Atribuído (PA) para os diversos tipos <strong>de</strong> respiradores.14.3.5. TreinamentoTo<strong>da</strong>s as pessoas envolvi<strong>da</strong>s no processo <strong>de</strong>vem receber treinamento a<strong>de</strong>quado e continuado. Para osusuários e supervisores, <strong>de</strong>vem ser abor<strong>da</strong>dos temas como o risco respiratório, medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> controle coletivas/individual,razões <strong>da</strong> escolha <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminado tipos <strong>de</strong> respiradores, modo <strong>de</strong> colocá-los, testes <strong>de</strong> verificação<strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção, manutenção e guar<strong>da</strong>, etc. Os encarregados <strong>da</strong> distribuição também <strong>de</strong>vem receber treinamentoa<strong>de</strong>quado.14.4. Manutenção <strong>de</strong> registros individuais do servidorEm razão <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se manter registros com informações importantes sobre aspectos <strong>da</strong>proteção à saú<strong>de</strong> do trabalhador, inclusive para subsidiar avaliações técnicas e eventuais processos legais, éconveniente que se elabore uma Pasta <strong>de</strong> Segurança Individual para ca<strong>da</strong> servidor <strong>de</strong> campo, envolvido naaplicação <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s. Esses documentos <strong>de</strong>vem ficar arquivados no Distrito Sanitário, on<strong>de</strong> o servidorestá lotado, em pasta suspensa e em armário próprio.A pasta com as informações <strong>de</strong>verá estar disponível ao responsável nacional e regional pelo Programa <strong>de</strong>Proteção Respiratória, aos membros <strong>da</strong> Comissão Regional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> do Trabalhador, aos médicos e engenheirosdo trabalho, etc. A atualização <strong>de</strong>ssa pasta <strong>de</strong>ve ser feita pelo supervisor <strong>de</strong> campo do aplicador, <strong>de</strong>vendo serarquiva<strong>da</strong>s to<strong>da</strong>s as informações referentes à proteção individual do servidor, como por exemplo:• recibo <strong>de</strong> EPI;• ficha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral, correspon<strong>de</strong>nte à(s) ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>(s) <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong>(s);• informações gerais sobre proteção respiratória, com registro dos seguinte itens:– <strong>da</strong>ta <strong>da</strong> entrega do EPR (Equipamento <strong>de</strong> Proteção Respiratória);– tipo, marca e nº do C.A.;– <strong>da</strong>ta dos testes <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção;– treinamentos recebidos;– <strong>da</strong>ta e quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> filtros entregues;– encaminhamentos ao médico e motivos;– anotações sobre exames <strong>de</strong> colinesterase e outras informações;• relatório <strong>de</strong> caso <strong>de</strong> intoxicação;• relato <strong>de</strong> supervisões;A entrega dos EPI <strong>de</strong>verá ser feita através <strong>de</strong> recibo, on<strong>de</strong> o usuário assume responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> pelo seuuso e manutenção. Se o servidor for <strong>de</strong>sligado do serviço ou passar a executar outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, os respiradores<strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>volvidos à Instituição, caso apresentem boas condições <strong>de</strong> uso. Deverá ser feita lavageme <strong>de</strong>sinfecção cui<strong>da</strong>dosa <strong>de</strong>sses equipamentos, antes <strong>de</strong> repassá-los a outros usuários.Deverão ser anota<strong>da</strong>s informações sobre as supervisões feitas, relaciona<strong>da</strong>s às questões <strong>de</strong> segurança,como por exemplo, o dia e local em que o servidor foi encontrado usando ou não os EPI indicados. Caso anão utilização tenha ocorrido por problema na distribuição ou por falta <strong>de</strong> peças ou equipamentos, este fato<strong>de</strong>verá também ser registrado.Os mo<strong>de</strong>los do recibo <strong>de</strong> EPI com a Declaração <strong>de</strong> Compromisso <strong>de</strong> Uso, Informações Gerais sobreProteção Respiratória e mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> Relatório sobre Caso <strong>de</strong> Intoxicação encontram-se no anexo 1.UNASA - novembro/2001 - pág. 65


14.5. A escolha do respirador pelo usuárioOs respiradores não <strong>de</strong>vem ser simplesmente distribuídos aos aplicadores. A entrega <strong>de</strong>ve ser individuale precedi<strong>da</strong> <strong>de</strong> alguns cui<strong>da</strong>dos, chamados <strong>de</strong> testes ou ensaios <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção.A pessoa encarrega<strong>da</strong> <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> respiradores <strong>de</strong>ve ser treina<strong>da</strong> e possuir habili<strong>da</strong><strong>de</strong> para tratarcom pessoas. A escolha <strong>de</strong> um respirador <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer aos passos <strong>de</strong>scritos abaixo:• cabe ao próprio usuário a escolha do respirador mais confortável, <strong>de</strong>ntre os tamanhos disponíveis;infelizmente, no âmbito do serviço público, é difícil a aquisição <strong>de</strong> mo<strong>de</strong>los e marcas diferentes <strong>de</strong>respiradores;• a escolha <strong>de</strong>ve ser feita em local distinto, longe do ambiente <strong>de</strong> realização dos ensaios <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção,visando evitar a fadiga olfativa;• <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>monstrado ao usuário, antes <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir a opção, como se coloca e se posiciona na face eo ajuste <strong>da</strong> tensão dos tirantes. A sala <strong>de</strong>ve ter espelho para auxiliá-lo na colocação correta;• o usuário <strong>de</strong>ve compreen<strong>de</strong>r que o uso do respirador visa proporcionar maior conforto e segurançae se usado <strong>de</strong> modo correto, protegerá sua saú<strong>de</strong>;• o usuário <strong>de</strong>ve colocar a peça facial no rosto e separar aquelas que não dão ajuste confortável;• as peças mais confortáveis <strong>de</strong>vem ser separa<strong>da</strong>s e aquela que, preliminarmente, mostrou-se maisconfortável, <strong>de</strong>ve ser coloca<strong>da</strong> por no mínimo, cinco minutos; todos os ajustes <strong>de</strong>vem ser feitos pelopróprio usuário, sem assistência ou aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> pessoa que conduz o ensaio ou <strong>de</strong> outra. Se o usuárionão está habituado a usar aquele tipo <strong>de</strong> respirador, <strong>de</strong>ve ser orientado a colocá-lo algumas vezes efazer os ajustes dos tirantes, até encontrar a tensão correta;• a avaliação do conforto <strong>de</strong>ve incluir a discussão com o usuário dos pontos abaixo <strong>de</strong>scritos:– assentamento do respirador no nariz;– facili<strong>da</strong><strong>de</strong> para falar;– posicionamento do respirador na face;• para auxiliar na verificação se o ajuste do respirador é satisfatório ou não, <strong>de</strong>vem ser usados algunscritérios:– ajuste a<strong>de</strong>quado no queixo;– tensão dos tirantes;– ajuste correto no nariz;– tendência a escorregar;– auto-observação no espelho;• a pessoa <strong>de</strong>ve verificar a ve<strong>da</strong>ção pelo teste convencional <strong>de</strong> pressão negativa e positiva; antes, <strong>de</strong>vefazer com que o respirador se acomo<strong>de</strong> ao rosto, movimentando rapi<strong>da</strong>mente a cabeça para os ladose <strong>de</strong> cima para baixo, enquanto respira profun<strong>da</strong>mente;• <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> realizar a verificação <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção, <strong>de</strong>ve ser perguntado novamente à pessoa sobre o confortodo respirador; se for consi<strong>de</strong>rado <strong>de</strong>sconfortável, outra peça facial <strong>de</strong>verá ser experimenta<strong>da</strong>.Após a escolha do respirador que melhor tenha se a<strong>de</strong>quado, far-se-á o teste <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção (<strong>de</strong>scrito aseguir). Este teste permite <strong>de</strong>terminar se o equipamento escolhido oferece ve<strong>da</strong>ção em todos os pontos <strong>da</strong>face.14.6. Comprovação do bom funcionamento dos respiradoresO bom funcionamento <strong>de</strong> um respirador po<strong>de</strong> ser avaliado pelos testes <strong>de</strong> “verificação” e ensaios <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção.Entre as <strong>de</strong>nominações verificação <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção e ensaios <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção há uma diferença consi<strong>de</strong>rável.A verificação <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção é um teste rápido feito pelo próprio usuário, antes <strong>de</strong> iniciar os trabalhos. Oensaio <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção é feito em uma sala, com uso <strong>de</strong> algum agente químico ao redor do rosto do usuário, paraverificar o perfeito assentamento e a ve<strong>da</strong>ção do respirador.UNASA - novembro/2001 - pág. 66


14.6.1. Verificação <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção pelo teste <strong>de</strong> pressão positiva:Os filtros são retirados e as aberturas <strong>de</strong> entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> ar (filtros) são bloquea<strong>da</strong>s completamente pelaspalmas <strong>da</strong>s mãos ou pela colocação <strong>de</strong> selos nas entra<strong>da</strong>s dos filtros químicos. O usuário <strong>de</strong>ve inalar suavementee segurar a respiração. Se a peça facial a<strong>de</strong>rir ao rosto, po<strong>de</strong>-se garantir que a ve<strong>da</strong>ção é satisfatória.14.6.2. Verificação <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção pelo teste <strong>de</strong> pressão negativa:As válvulas <strong>de</strong> exalação <strong>de</strong>vem ser bloquea<strong>da</strong>s e o usuário <strong>de</strong>ve exalar suavemente. A ve<strong>da</strong>ção seráconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> satisfatória quando o usuário sentir pressão <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> peça facial e não conseguir <strong>de</strong>tectarnenhuma fuga <strong>de</strong> ar na zona <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção entre a peça e o rosto.14.7. Realização do teste e ve<strong>da</strong>çãoOs testes <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção são mais apurados, <strong>de</strong>vendo ser realizados quando <strong>da</strong> entrega do equipamento aousuário e, periodicamente, pelo menos duas vezes ao ano, ou quando houver alterações na face que possamprejudicar a ve<strong>da</strong>ção. Existem vários tipos <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção no mercado, como os pulverizadores <strong>de</strong>sacarina ou óleo <strong>de</strong> banana (acetato <strong>de</strong> isoamila) Deve-se <strong>da</strong>r preferência aos aparelhos geradores <strong>de</strong> “fumoirritante”. Graças a diferentes tipos <strong>de</strong> sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong>, as pessoas po<strong>de</strong>m reagir <strong>de</strong> maneira varia<strong>da</strong> à presença<strong>da</strong> sacarina ou óleo <strong>de</strong> banana. A pessoa exposta ao fumo gerado, que possui alto po<strong>de</strong>r irritante, <strong>de</strong>nunciapossíveis vazamentos <strong>de</strong> maneira imediata, pela tosse. O equipamento <strong>de</strong>verá estar equipado, preferencialmentecom filtro mecânico P3.14.7.1. Consi<strong>de</strong>rações sobre os ensaios <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção• Pêlos faciais: Não é recomen<strong>da</strong>do que o usuário <strong>de</strong> respiradores, faça uso <strong>de</strong> barba, bigo<strong>de</strong>, costeletasou tamanho <strong>de</strong> corte <strong>de</strong> cabelo que possam interferir na ve<strong>da</strong>ção do equipamento;• ormato facial e cicatrizes: Pessoas com cicatrizes, ossos faciais salientes, fronte côncava, rugasprofun<strong>da</strong>s, ausência <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntes ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntadura que venham a comprometer a ve<strong>da</strong>ção, não <strong>de</strong>vemfazer uso <strong>de</strong> respiradores faciais.Caso não seja possível conseguir uma ve<strong>da</strong>ção satisfatória com um respirador, recomen<strong>da</strong>-se, no caso<strong>de</strong> aplicadores <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s em saú<strong>de</strong> pública, que a pessoa seja transferi<strong>da</strong> para outra ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> que nãoexija o uso <strong>de</strong> respirador.14.8. Procedimentos para realização do teste <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção• a pessoa que vai ser submeti<strong>da</strong> ao ensaio, <strong>de</strong>verá sentir o cheiro do fumo em baixas concentrações,para se familiarizar com o odor característico;• a pessoa <strong>de</strong>ve usar o respirador por 10 minutos, antes <strong>de</strong> realizar o ensaio;• o condutor do ensaio <strong>de</strong>ve rever com o usuário do respirador, o procedimento completo;• a pessoa <strong>de</strong>ve fazer a “verificação <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção” pelos métodos convencionais <strong>de</strong> pressão positiva enegativa; se o respirador apresentar vazamentos, escolher outro e enviar aquele para manutenção;• ativar o tubo gerador, observando as instruções do fabricante do teste;• avisar que o fumo po<strong>de</strong> irritar os olhos, <strong>de</strong>vendo permanecer fechados durante o teste;• o condutor do teste <strong>de</strong>ve dirigir a corrente <strong>de</strong> fumaça para a zona <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção; iniciar o ensaio coma mangueira afasta<strong>da</strong> cerca <strong>de</strong> 30cm <strong>da</strong> peça facial, movimentando a mangueira ao redor doUNASA - novembro/2001 - pág. 67


espirador, aproximando do rosto com incremento <strong>de</strong> três centímetros (o fumo não <strong>de</strong>ve ser aplicadomuito perto nem diretamente nos filtros);• a pessoa <strong>de</strong>ver ser instruí<strong>da</strong> para realizar os seguintes exercícios durante um minuto:ü respirar normalmente;ü respirar profun<strong>da</strong>mente <strong>de</strong> maneira regular;ü virar a cabeça completamente para um lado e para outro, inalando a ca<strong>da</strong> lado, não <strong>de</strong>ixando orespirador bater nos ombros;ü movimentar a cabeça para cima e para baixo, inalando enquanto a cabeça estiver volta<strong>da</strong> para cima(olhando para o teto), não <strong>de</strong>ixando o respirador bater no peito;ü falar alto, <strong>de</strong>vagar, por alguns minutos, mantendo os olhos fechados, repetindo as palavras que ocondutor pronunciar, enquanto faz leitura <strong>de</strong> pequeno texto (aproxima<strong>da</strong>mente 8 linhas completas);ü an<strong>da</strong>r sem sair do lugar;ü respirar normalmente;• se a pessoa sentir cheiro irritante, a passagem <strong>de</strong> ar pelo tubo <strong>de</strong> fumaça <strong>de</strong>verá ser suspensa e orespirador, rejeitado. Escolher outra peça para novo ensaio.O teste <strong>de</strong>ve ser feito em local com exaustão apropria<strong>da</strong> para evitar a sua saturação com a fumaçairritante. Caso a pessoa sinta dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s respiratórias, durante a realização do ensaio, <strong>de</strong>verá ser encaminha<strong>da</strong>a um médico especialista, para avaliação. Este ensaio <strong>de</strong>ve ser realizado a ca<strong>da</strong> seis meses.Em virtu<strong>de</strong> <strong>da</strong> possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> alteração <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção, novos testes serão realizados, caso o usuáriotenha:• alteração <strong>de</strong> peso ( 10 Kg );• adquirido cicatrizes na área facial;• mu<strong>da</strong>nça significativa na arca<strong>da</strong> <strong>de</strong>ntária (extrações múltiplas sem prótese), ou colocação <strong>de</strong> <strong>de</strong>ntaduras;• sofrido cirurgia plástica ou reconstrutiva;• qualquer outra condição que interfira na ve<strong>da</strong>ção.Os resultados dos ensaios <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>vem ficar registrados na Pasta <strong>de</strong> Segurança Individual <strong>de</strong>ca<strong>da</strong> aplicador.UNASA - novembro/2001 - pág. 68


15. Manutenção dos respiradoresEm razão <strong>de</strong> seu alto custo inicial, <strong>de</strong>ve-se proce<strong>de</strong>r os cui<strong>da</strong>dos necessários para esten<strong>de</strong>r o tempo <strong>de</strong>vi<strong>da</strong> útil dos respiradores, antes <strong>de</strong> se optar pela substituição por outro equipamento. A troca <strong>de</strong>ve ser feitasomente quando sua estrutura não mais permitir reparos. Para isso, <strong>de</strong>verá ser estabelecido um programa <strong>de</strong>manutenção, inspeção e guar<strong>da</strong> <strong>de</strong>sses equipamentos.O programa <strong>de</strong> manutenção <strong>de</strong>ve incluir os seguinte itens:15.1. Higienização, lavagem e <strong>de</strong>sinfecçãoO respirador será <strong>de</strong>stinado somente a uma pessoa e <strong>de</strong>vem ser repassa<strong>da</strong>s informações sobre limpezae higienização. Os cui<strong>da</strong>dos a serem dispensados compreen<strong>de</strong>rão os processos <strong>de</strong> lavagem, higienização e<strong>de</strong>sinfecção.Preferencialmente, a higienização será feita diariamente, com pano macio embebido com água mornae sabão ou <strong>de</strong>tergente neutro, na parte externa <strong>da</strong> peça. A lavagem <strong>de</strong>ve ser semanal e realiza<strong>da</strong> com águamorna e sabão ou <strong>de</strong>tergente neutro. Agentes <strong>de</strong> limpeza muito concentrados po<strong>de</strong>m <strong>da</strong>nificar os componentes.A <strong>de</strong>sinfecção <strong>de</strong>verá ser feita quando a máscara for <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a outra pessoa, caso ain<strong>da</strong> esteja emboas condições <strong>de</strong> uso.As recomen<strong>da</strong>ções do fabricante <strong>de</strong>vem ser observa<strong>da</strong>s. De maneira geral, os procedimentos abaixo<strong>de</strong>vem ser seguidos:• antes <strong>de</strong> limpar e <strong>de</strong>sinfectar o respirador, remover, quando necessário: filtros mecânicos e químicos,diafragma <strong>de</strong> voz (quando existir), membrana <strong>da</strong>s válvulas e qualquer outro componente, osfiltros não <strong>de</strong>verão ser lavados;• lavar a cobertura <strong>da</strong>s vias respiratórias com água morna ( 43ºC) e sabão. Usar escova para removersujeiras. Não utilizar escovas metálicas;• enxaguar com água morna;• escoar a água e secar com ar seco (ou colocar para secar à sombra);• limpar e higienizar to<strong>da</strong>s as partes retira<strong>da</strong>s do respirador, conforme indicação do fabricante;• secar as partes retira<strong>da</strong>s do respirador, remover materiais estranhos <strong>de</strong>positados sobre as membranase se<strong>de</strong> <strong>da</strong>s válvulas com pano que não solte fiapos;• inspecionar as peças e substituir aquelas com <strong>de</strong>feitos;• montar as partes no respirador;• recolocar os filtros;• fazer inspeção visual e, on<strong>de</strong> possível, verificar o funcionamento dos componentes;• para guar<strong>da</strong>r, colocar o respirador em embalagem apropria<strong>da</strong>.A <strong>de</strong>sinfeção <strong>de</strong>verá ser feita banhando-se as peças <strong>de</strong>smonta<strong>da</strong>s em uma <strong>da</strong>s soluções <strong>de</strong>sinfetantesindica<strong>da</strong>s a seguir. Esses produtos são facilmente encontrados em farmácias ou supermercados:a) dissolver 1 colher <strong>da</strong>s <strong>de</strong> sobremesa (3ml) <strong>de</strong> água sanitária por litro <strong>de</strong> água em um recipiente quecaiba as peças a serem trata<strong>da</strong>s. A solução conterá aproxima<strong>da</strong>mente 50ppm <strong>de</strong> cloro;b) dissolver 1 colher <strong>da</strong>s <strong>de</strong> café (1ml) <strong>de</strong> iodo por litro <strong>de</strong> água em um recipiente que caiba as peças aserem trata<strong>da</strong>s. A solução conterá aproxima<strong>da</strong>mente 50ppm <strong>de</strong> iodo.Após a <strong>de</strong>sinfecção, as peças <strong>de</strong>verão ser cui<strong>da</strong>dosamente enxagua<strong>da</strong>s para retirar o excesso <strong>de</strong> material<strong>de</strong>sinfetante.UNASA - novembro/2001 - pág. 69


15.2. InspeçãoAntes do uso, ca<strong>da</strong> usuário <strong>de</strong>ve fazer uma inspeção para verificar se o respirador está em boas condições.Após a limpeza e higienização, nova inspeção <strong>de</strong>ve ser realiza<strong>da</strong>, fazendo-se substituições <strong>de</strong> partes oureparos. O respirador <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>scartado quando não mais apresentar condições <strong>de</strong> uso.A inspeção inclui: verificação <strong>da</strong> estrutura, sinais <strong>de</strong> vazamento, estado dos tirantes, <strong>da</strong>s válvulas, etc.Todo componente <strong>de</strong> borracha ou <strong>de</strong> outro elastômero <strong>de</strong>ve ser inspecionado, para verificação <strong>de</strong> sua elastici<strong>da</strong><strong>de</strong>e sinais <strong>de</strong> <strong>de</strong>terioração.15.3. Substituição <strong>de</strong> peçasA substituição <strong>de</strong> peças <strong>de</strong>ve ser feita apenas por pessoas treina<strong>da</strong>s e, usa<strong>da</strong>s somente peças originais.Para sustentar um programa <strong>de</strong> manutenção, <strong>de</strong>ve ser adquirido um quantitativo <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição,suficiente para suprir as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo. É conveniente exigir no edital <strong>de</strong> licitação que a empresaforneça <strong>de</strong>senho <strong>de</strong>talhado do equipamento, indicação <strong>da</strong>s peças <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>sgaste, instruções <strong>de</strong> manutençãoe base <strong>de</strong> cálculo para aquisição.15.4. AcondicionamentoOs respiradores <strong>de</strong>vem ser guar<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> maneira conveniente, <strong>de</strong>vendo ficar protegidos <strong>de</strong> agentesfísicos e químicos como: choque, vibração, luz solar intensa, calor excessivo, frio extremo, alta umi<strong>da</strong><strong>de</strong> eagentes químicos agressivos. Serão acondicionados <strong>de</strong> modo que as partes macias não se <strong>de</strong>formem, não<strong>de</strong>vendo ser colocados em gavetas ou em caixas <strong>de</strong> ferramentas. Nunca guardá-los em caixas vazias <strong>de</strong>insetici<strong>da</strong>.UNASA - novembro/2001 - pág. 70


16. Programa <strong>de</strong> treinamentoA Instituição <strong>de</strong>ve se preocupar, além do fornecimento do equipamento a<strong>de</strong>quado, com a realizaçãoperiódica <strong>de</strong> cursos, treinamentos e reciclagens, na perspectiva <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolver uma cultura prevencionista,conscientizando <strong>da</strong> importância do uso <strong>de</strong> EPI. Estes treinamentos <strong>de</strong>vem ser específicos, envolvendo usuários,supervisores, técnicos <strong>de</strong> campo e responsáveis pela distribuição. Todo usuário <strong>de</strong>ve receber um treinamentoinicial que <strong>de</strong>verá repetir-se a ca<strong>da</strong> 12 meses.16.1. O supervisorO supervisor é responsável pelo acompanhamento dos trabalhos <strong>de</strong> campo e pela verificação do uso<strong>de</strong> respiradores, quando a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> exigir. Para isso, receberá treinamento a<strong>de</strong>quado que abor<strong>de</strong> os seguintestemas:• conhecimentos básicos sobre práticas <strong>de</strong> proteção respiratória;• natureza e extensão dos riscos que os aplicadores <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>rão estar expostos;• reconhecimento e resolução dos problemas que possam ocorrer com os usuários <strong>de</strong> respiradores;• critérios <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> respiradores;• treinamento para os usuários;• manutenção e guar<strong>da</strong> dos respiradores;• regulamentos e legislação relativos ao seu uso;• supervisões <strong>de</strong> segurança e anotações na Pasta <strong>de</strong> Segurança Individual.16.2. O responsável pela distribuiçãoO responsável pela distribuição <strong>de</strong> respiradores também <strong>de</strong>verá receber treinamento, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> garantir que o aplicador receba o respirador a<strong>de</strong>quado. Deve ser treinado, especialmente, para realizartestes <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção e conhecer <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>mente os critérios para a melhor escolha do respirador, <strong>de</strong> acordocom o formato e tamanho do rosto. É indispensável que esse servidor tenha paciência e habili<strong>da</strong><strong>de</strong> paratratar com outras pessoas.16.3. O aplicador <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>sO treinamento para os usuários <strong>de</strong>ve abor<strong>da</strong>r os seguinte itens:• o risco respiratório e efeito sobre o organismo humano, se o respirador não for usado <strong>de</strong> modo correto;• as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> controle coletivo/individual e administrativas adota<strong>da</strong>s e a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> do uso <strong>de</strong>respiradores para a proteção <strong>da</strong> saú<strong>de</strong>;• as razões que levaram à escolha <strong>de</strong> um tipo particular <strong>de</strong> respirador, <strong>de</strong> acordo com a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>realiza<strong>da</strong>;• o modo <strong>de</strong> colocar o respirador e verificar se ele está bem assentado no rosto;• verificação <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção a ca<strong>da</strong> vez que é colocado no rosto;• o modo correto <strong>de</strong> usar o respirador durante a realização do trabalho;• a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> avisar ao supervisor ou colegas sobre possíveis problemas com o respirador;• explicações sobre a operação, capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> e limitações do equipamento;• cui<strong>da</strong>dos <strong>de</strong> manutenção, inspeção e guar<strong>da</strong>, quando não estiver em uso;• importância em manter atualiza<strong>da</strong> a Pasta <strong>de</strong> Segurança Individual.UNASA - novembro/2001 - pág. 71


17. A aquisição <strong>de</strong> EPIAs aquisições <strong>de</strong> EPI até agora realiza<strong>da</strong>s pela Instituição careciam <strong>de</strong> critérios técnicos que norteassemsuas indicações, compras e distribuição. A partir <strong>de</strong>sse trabalho, preten<strong>de</strong>-se que essas <strong>de</strong>ficiências sejam,pelo menos em parte, sana<strong>da</strong>s. Com base em experiências até aqui consegui<strong>da</strong>s, apresentamos, algumassugestões que orientam as aquisições, obe<strong>de</strong>cendo critérios técnicos que assegurem a compra <strong>de</strong> equipamentos<strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.O primeiro passo foi realizar o levantamento <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo e <strong>de</strong> laboratório nocontrole <strong>de</strong> vetores. Esse levantamento permite conhecer os riscos relativos a ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e a indicação doequipamento mais a<strong>de</strong>quado.17.1. Levantamento do pessoal <strong>de</strong> acordo com as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sO primeiro procedimento adotado para aquisição <strong>de</strong> EPI é o levantamento minucioso do número <strong>de</strong>servidores que trabalham em ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme <strong>de</strong>talhado nas ichas <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral, constantesdo anexo 3.Para efeito <strong>de</strong> aquisição, os servidores <strong>de</strong>verão ser classificados em dois grupos: os “exclusivos”, ouseja, os que executam somente aquela ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e os “ocasionais”, aqueles que, esporadicamente, po<strong>de</strong>mexecutá-la. Esses servidores <strong>de</strong>verão receber o EPI complementar para a ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em questão.Isto é importante, consi<strong>de</strong>rando que no campo vários servidores realizam, por exemplo, o trabalhofocal, e, as vezes, executam o tratamento perifocal ou o tratamento espacial (UBV/OG). Neste caso,aqueles classificados como ocasionais, <strong>de</strong>verão receber apenas os itens <strong>de</strong> proteção complementares correspon<strong>de</strong>ntesàquelas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s.17.2. Levantamento <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s/base <strong>de</strong> cálculoApós o levantamento do número <strong>de</strong> servidores que trabalham nas diversas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, será feito aestimativa <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, através <strong>da</strong> base <strong>de</strong> cálculo constante <strong>da</strong>s fichas “Distribuição <strong>de</strong> Pessoal <strong>de</strong>Campo <strong>de</strong> Acordo com as Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s Desenvolvi<strong>da</strong>s para Levantamento <strong>da</strong>s Necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> EPI”, constantesno anexo 2.Uma vez levanta<strong>da</strong>s as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>scontados os itens existentes no estoque e adquiridoa diferença. Os respiradores, capacetes e outros materiais duráveis não serão entregues anualmente, massomente quando se fizer necessário.17.3. Exigências a serem feitas no editalA aquisição <strong>de</strong> Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual <strong>de</strong>ve ser cerca<strong>da</strong> <strong>de</strong> alguns cui<strong>da</strong>dos, uma vezque existe no mercado gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> itens <strong>de</strong> baixo custo, os quais não cumprem o objetivo a que se<strong>de</strong>stinam, ou seja, oferecer proteção e conforto durante a sua utilização. Geralmente, as gran<strong>de</strong>s empresasprodutoras <strong>de</strong>sse material têm preocupação extrema com o controle <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>, porém isso não é a regra.Para garantir a aquisição <strong>de</strong> bons equipamentos, o “menor preço” <strong>de</strong>ve também ser consi<strong>de</strong>rado. Casose faça a opção apenas por esse critério, é possível que sejam adquiridos materiais <strong>de</strong> difícil aceitação pelousuário, ocasionando a formação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s estoques <strong>de</strong> itens não utilizados, <strong>da</strong>í a importância <strong>de</strong> seremavaliados também o conforto e a quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.A apresentação <strong>de</strong> especificações técnicas <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s é importante, mas <strong>de</strong>ve ser complementa<strong>da</strong> coma garantia, em edital, <strong>de</strong> que os participantes <strong>da</strong> licitação entreguem amostras do produto ofertado, provasatualiza<strong>da</strong>s do CA/MTb (Certificado <strong>de</strong> Aprovação emitido pelo <strong>Ministério</strong> do Trabalho) e que as amostrasUNASA - novembro/2001 - pág. 73


sejam analisa<strong>da</strong>s por grupo técnico capacitado. No caso dos respiradores, o CA/MTb é emitido levando-seem consi<strong>de</strong>ração a peça facial e o respectivo cartucho filtrante.Seria conveniente também, assegurar parceria com alguma instituição especializa<strong>da</strong> para que se possafazer o julgamento técnico <strong>de</strong> alguns itens a serem adquiridos como tecidos e confecções. Os servidores queparticiparão <strong>da</strong> escolha <strong>de</strong>vem ser qualificados. Para que o grupo tenha condições <strong>de</strong> realizar a avaliação, asespecificações técnicas <strong>de</strong>verão ser completas, abor<strong>da</strong>ndo inclusive, os aspectos relacionados à quali<strong>da</strong><strong>de</strong>(conforto, acabamento, ve<strong>da</strong>ção, etc).Para que se faça aquisições <strong>de</strong> bons equipamentos, apresentamos no anexo 4, as especificações <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>item <strong>de</strong> EPI, informando ain<strong>da</strong>, em que ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s são usados, além dos cui<strong>da</strong>dos e manutenção requeridos.17.4. Aquisição <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposiçãoAo se adquirir o estoque <strong>de</strong> respiradores, <strong>de</strong>verão ser compra<strong>da</strong>s algumas peças <strong>de</strong> reposição, comopor exemplo, válvulas <strong>de</strong> inalação e expiração, tirantes, filtros combinados, etc. Estes itens <strong>de</strong>verão ser específicospara a marca comercial do produto comprado. Quando se fizer nova aquisição, existe a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>de</strong> que outra marca possa ser escolhi<strong>da</strong>, <strong>de</strong>vendo então serem adquiridos filtros e peças <strong>de</strong> reposição específicos.Com relação aos filtros dos purificadores <strong>de</strong> ar, <strong>de</strong>vido ao problema <strong>de</strong> vencimento, <strong>de</strong>verão ser solicitadosem pequenas quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, para suprimento <strong>de</strong> quatro a seis meses. A legislação permite, a partir <strong>da</strong>compra principal, obter esses elementos como peças <strong>de</strong> reposição ou refil, quando então, o procedimento<strong>de</strong> aquisição é muito mais simples.UNASA - novembro/2001 - pág. 74


18. Postos <strong>de</strong> Abastecimento (PA)Os chamados “postos <strong>de</strong> abastecimento” são utilizados ao longo <strong>de</strong> itinerários, em alguns povoadosou se<strong>de</strong>s municipais, para assegurar apoio logístico às operações <strong>de</strong> campo. Nestes locais são armazenados,temporariamente, insumos e equipamentos. Originalmente, foram criados para apoiar as operações <strong>de</strong>borrifação <strong>da</strong> Campanha <strong>de</strong> Erradicação <strong>da</strong> Malária, em razão <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s existentes na época, comofalta <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>s e comunicação. Essa prática, entretanto, perpetuou-se durante todo esse tempo, nas sucessivasinstituições que <strong>de</strong>ram origem à un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>.Muito embora estes pontos <strong>de</strong> apoio <strong>de</strong>vessem servir somente <strong>de</strong> guar<strong>da</strong> <strong>de</strong> material e equipamento,na prática servem também como apoio administrativo (preenchimento <strong>de</strong> boletins, relatórios) e alojamento<strong>de</strong> pessoal.Em muitos <strong>de</strong>sses PA, os insetici<strong>da</strong>s são estocados sem que se observem as mínimas condições <strong>de</strong>armazenagem e, ao serem guar<strong>da</strong>dos no mesmo ambiente freqüentado por pessoas, po<strong>de</strong>m servir comoimportante fonte <strong>de</strong> contaminação.Uma vez que a un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> vem estabelecendo parcerias com estados e municípios,seria conveniente resguar<strong>da</strong>r nos convênios, cláusulas que estabeleçam a obrigatorie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> prefeitura <strong>de</strong>ce<strong>de</strong>r um local apropriado para guar<strong>da</strong> <strong>de</strong> insumos e equipamentos. Caso seja necessário armazenar pequenasquanti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, temporariamente, os mesmos <strong>de</strong>vem ser colocados em ambientes separados do corpo doedifício (se usado também como alojamento). As regras <strong>de</strong> armazenagem para os <strong>de</strong>pósitos maiores <strong>de</strong>vemser obe<strong>de</strong>ci<strong>da</strong>s, como o uso <strong>de</strong> estrados <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira, separação <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong>s dos <strong>de</strong>mais produtos, colocação<strong>de</strong> cartazes <strong>de</strong> advertência, ventilação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, etc.Em hipótese nenhuma, <strong>de</strong>ve ser permitido que locais <strong>de</strong> armazenamento sejam usados para alojamentose ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s administrativas.UNASA - novembro/2001 - pág. 75


19. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vetoresPara se implementar uma eficiente política <strong>de</strong> proteção à saú<strong>de</strong> do trabalhador é necessário, além <strong>de</strong>conhecer e monitorar os riscos envolvidos em ca<strong>da</strong> ação, sistematizar to<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s executa<strong>da</strong>s. Essasistematização permite, conhecendo-se os riscos inerentes a ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>stinar o tipo <strong>de</strong> EPI maisa<strong>de</strong>quado para execução segura <strong>da</strong>s tarefas.A padronização <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s permite também um melhor controle sobre a distribuição e uso dosequipamentos, no que se refere à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> peças <strong>de</strong>stina<strong>da</strong>s a ca<strong>da</strong> trabalhador, freqüência e reposiçãoe, principalmente, evitar a formação <strong>de</strong> estoques elevados. Para ca<strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> campo e laboratório foielabora<strong>da</strong> uma ficha com to<strong>da</strong>s as suas características, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> “icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral”. Essasfichas <strong>de</strong>verão fazer parte dos “procedimentos operacionais escritos”, on<strong>de</strong> o aplicador tomará conhecimentosobre a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> EPI que <strong>de</strong>verá receber, tipo, cui<strong>da</strong>dos e quando realizar as trocas necessárias.No caso <strong>da</strong>s fichas relativas aos diversos métodos <strong>de</strong> controle químico, as recomen<strong>da</strong>ções ali <strong>de</strong>scritas<strong>de</strong>vem ser rigorosamente observa<strong>da</strong>s pelo servidor.Deverá ser arquiva<strong>da</strong> na Pasta <strong>de</strong> Segurança Individual do Servidor, um exemplar <strong>da</strong>(s) fichas(s)correspon<strong>de</strong>nte(s) à(s) ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>(s) que executa. As referi<strong>da</strong>s fichas encontram-se no anexo 3.Grupo 1 – Aplicação <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s:1.1. Aplicação <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong> químico em criadouros <strong>de</strong> Ae<strong>de</strong>s aegypti, Anopheles e Culex sp;1.2. Aplicação residual <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s;1.3. Aplicação espacial <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s por UBV ou OG com equipamentos pesados eportáteis ;1.4. Aplicação <strong>de</strong> insetífugo (<strong>de</strong>salojante).Grupo 2 – Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em criadouros:2.1. Aplicação <strong>de</strong> moluscici<strong>da</strong> por aspersão ou gotejamento;2.2. Limpeza, drenagem e retificação <strong>de</strong> criadouros;2.3. Coleta <strong>de</strong> larvas <strong>de</strong> mosquitos em criadouros naturais;2.4. Eliminação <strong>de</strong> criadouros artificiais <strong>de</strong> Ae<strong>de</strong>s aegypti.Grupo 3 – Coleta <strong>de</strong> material <strong>de</strong> laboratório no campo:3.1. Coleta <strong>de</strong> sangue humano/animal em lâminas ou papel <strong>de</strong> filtro;3.2. Coleta <strong>de</strong> sangue humano em tubo vacutainer;3.3. Coleta <strong>de</strong> sangue ou tecido animal;3.4. Coleta <strong>de</strong> conteúdo <strong>de</strong> gânglio linfático (bubão);3.5. Retira<strong>da</strong> <strong>de</strong> falange digital ou outros fragmentos em cadáveres;3.6. Viscerotomia;3.7. Coleta <strong>de</strong> gotas <strong>de</strong> aplicação a Ultra Baixo Volume a frio para controle <strong>de</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.Grupo 4 – Captura / coleta <strong>de</strong> animais:4.1. Captura <strong>de</strong> cães para exame e sacrifício;4.2. Coleta <strong>de</strong> caramujos;4.3. Captura <strong>de</strong> macacos selvagens;4.4. Captura <strong>de</strong> roedores silvestres;4.5. Captura <strong>de</strong> mosquitos com isca humana;4.6. Captura <strong>de</strong> triatomíneos;4.7. Coleta <strong>de</strong> pulgas em roedores.Grupo 5 – Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> em laboratório:5.1. Exames coproscópicos e malacológicos;UNASA - novembro/2001 - pág. 77


5.2. Dissecação <strong>de</strong> triatomíneos;5.3. Exame <strong>de</strong> xenodiagnóstico para doença <strong>de</strong> Chagas;5.4. Manipulação <strong>de</strong> pulicí<strong>de</strong>os, macerados e cultura microbiológica;5.5. Inoculação <strong>de</strong> roedores;5.6. Dissecação / Necrópsia <strong>de</strong> roedores e macacos silvestres;5.7. Prova <strong>de</strong> suscetibili<strong>da</strong><strong>de</strong> em larvas e mosquitos;5.8. Exame para <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> teor <strong>de</strong> iodo em sal <strong>de</strong> consumo humano;5.9. Lavagem <strong>de</strong> lâminas <strong>de</strong> microscopia e vidrarias <strong>de</strong> laboratório.Grupo 6 – Exame e medicação no campo:6.1. Realização <strong>de</strong> Imunoteste;6.2. Exame e tratamento para tracoma;6.3. Tratamento com esquistossomici<strong>da</strong>;6.4. Administração <strong>de</strong> antimaláricos;6.5. Administração <strong>de</strong> medicamento para oncocercose.Grupo 7 - Transporte e manuseio <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s:7.1. Transporte <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s em curtas e longas distâncias;7.2. Operações <strong>de</strong> carregamento e <strong>de</strong>scarregamento em <strong>de</strong>pósitos.Grupo 8 – Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em oficinas:8.1. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em oficinas mecânicas;8.2. Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em carpintaria.UNASA - novembro/2001 - pág. 78


20. Referências bibliográficas1. World Health Organization. Intenational Programme on Chemical Safety. The WHO Recommen<strong>de</strong>dClassification of Pestici<strong>de</strong>s by Hazard and Gui<strong>de</strong>lines to Classification. Geneva 1996 – 1997.2. Chemical Methods for the Control of Vectors and Pests of Public Health Importante - WHO/CTD/WHOPES/97.2 - Edited by D. C. Chavasse and H.H. Yap World Health Organization ; 1997.3. Plaguici<strong>da</strong>s - Quimica y Uso (Vol. I e II) Ing. Milena M. <strong>de</strong> Sauschner e Dr. Hector Mazzari Escuela <strong>de</strong>Malariologia y Saneamiento Ambiental Maracay - Aragua/Venezuela.4. Plaguici<strong>da</strong>s Inhibidores <strong>da</strong> las Colinesterasas Samuel Henao H. e Germán Corey Centro Panamericano <strong>de</strong>Ecologia Humana y Salud Programa <strong>de</strong> Salud Ambiental Organización Mundial <strong>de</strong> la Salud.5. Directrizes Provisionales para Evitar Existencias <strong>de</strong> Plaguici<strong>da</strong>s Caducados Coleccion AO: Eliminacion<strong>de</strong> Plaguici<strong>da</strong>s Organización <strong>de</strong> las Naciones Uni<strong>da</strong>s para la Agricultura y la Alimentación Roma; 1966.6. Criterios <strong>de</strong> Salud Ambiental 9 - DDT y sus Derivados Publicación Científica nº 425 OrganizaciónPanamerica<strong>da</strong> <strong>de</strong> la Salud Organización Mundial <strong>de</strong> la Salud; 1982.7. Toxicologia dos Insetici<strong>da</strong>s, Lourival Larini São Paulo – Brasil.8. Toxicologia dos Agroquímicos - Compostos Organofosforados, Unicamp - Cyanamid; 1991.9. Programa <strong>de</strong> Proteção Respiratória - Recomen<strong>da</strong>ções, Seleção e Uso <strong>de</strong> Respiradores un<strong>da</strong>ção JorgeDuprat igueiredo <strong>de</strong> Segurança e Medicina do Trabalho, <strong>Ministério</strong> do Trabalho, Maurício Torloni eequipe técnica.10. Regulamentação do Transporte Rodoviário <strong>de</strong> Produtos Perigosos <strong>Ministério</strong> dos Transportes, Brasília;1988.11. Proteção Respiratória, Apostilas do Curso <strong>da</strong> MSA do Brasil Equipamentos e Instrumentos <strong>de</strong> Segurança,Engº Si<strong>de</strong>neo W. T. Rios São Paulo - Brasil, 1998.12. Manual Shell - Os Cui<strong>da</strong>dos com Defensivos Agrícolas Programa Shell <strong>de</strong> Manutenção Segurança <strong>de</strong>Produtos – MSP Engº Agrº Claud Goellner - Prof. Toxicologia, Ecotoxicologia e Segurança Química<strong>da</strong> Universi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Passo undo/RS Shell do Brasil S.A. (Petróleo), São Paulo; 1990.13. Las Soluciones al Dilema <strong>de</strong>l DDT: protección <strong>de</strong> la biodiversi<strong>da</strong>d e <strong>de</strong> la salud humana Word Wildlifeund – WW Canadá/Estados Unidos; 1998.14. Guia <strong>de</strong> Seleção <strong>de</strong> Respiradores, 3M do Brasil; 1999.15. Prevenção <strong>de</strong> Aci<strong>de</strong>ntes no Uso <strong>de</strong> Defensivos, <strong>Ministério</strong> <strong>da</strong> Agricultura/Departamento Nacional <strong>de</strong>Produção Vegetal/Divisão <strong>de</strong> Defesa Sanitária Vegetal Brasília/D.16. Manual <strong>de</strong> Segurança - Defensivos Agrícolas, CNDA/Rhodia.17. Instruções Normativas nº 1, 5, 6, 10, 11 – SUCEN/SESMAT; 1999.18. Segurança em <strong>Controle</strong> Químico <strong>de</strong> <strong>Vetores</strong>; SUCEN/SES; 199919. Manual <strong>de</strong> Vigilância <strong>da</strong> Saú<strong>de</strong> e Populações Expostas a Agrotóxicos – OPAS/OMS, Representação noBrasil, Brasília, 1996.UNASA - novembro/2001 - pág. 79


Anexo 1UNASA - novembro/2001 - pág. 81


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Recibo <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção individualDeclaro que recebi <strong>da</strong> un<strong>da</strong>ção Nacional <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> os Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual (EPI)abaixo relacionados e me comprometo a utilizá-los sempre que os mesmos forem indispensáveis ao <strong>de</strong>sempenho<strong>da</strong>s minhas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s laborais, conforme instruções repassa<strong>da</strong>s em treinamentos específicos e àsconstantes no Manual <strong>de</strong> Procedimentos <strong>de</strong> Segurança.Declaro também, que alguns itens, como os equipamentos <strong>de</strong> proteção respiratórias, (máscaras) casoestejam em boas condições <strong>de</strong> uso, <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>volvidos à Instituição quando for transferido para ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>que não necessite trabalhar com produtos tóxicos, ou quando for <strong>de</strong>sligado <strong>da</strong> Instituição.ItemEquipamentoN o CAMarca/Mo<strong>de</strong>loQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong>Local: _____________________________, Data: ______/_______/______Nome:______________________________ Matrícula SIAPE:____________Observação: Este recibo <strong>de</strong>verá ser preenchido em duas vias, ficando uma cópia arquiva<strong>da</strong> na Pasta <strong>de</strong>Segurança Individual e outra entregue ao servidor.UNASA - novembro/2001 - pág. 83


Relatório sobre caso <strong>de</strong> intoxicaçãoCoor<strong>de</strong>nação Regional:_______________________ Distrito Sanitário: __________________________1. Data: _____________ Hora: _____________ Local:______________________________________2. Pessoa Intoxica<strong>da</strong> (Nome): __________________________________________________________I<strong>da</strong><strong>de</strong>: ______ Sexo: ______ Peso: ________ Altura: _______ Cond. Saú<strong>de</strong>: _____________________En<strong>de</strong>reço: ___________________________________________Telefone: ______________________3. Produto Envolvido: ______________ ormulação: _________ Dosagem Aplica<strong>da</strong>: ______________4. Sintomas <strong>de</strong> Intoxicação: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________5. Primeiros Socorros Prestados: _________________________________________________________________________________________________________________________________________6. Nome do Médico Solicitado: _________________________________________________________En<strong>de</strong>reço: _____________________________________Telefone: ____________________________7. O que ocorreu entre o aparecimento dos sintomas e o início do tratamento médico:(o paciente tomou banho, trocou <strong>de</strong> roupa, comeu, vomitou, etc): _____________________________________________________________________________________________________________8. oi necessário hospitalização? Por quanto tempo? _________________________________________9. Medicação e dosagens prescritas pelo médico: ____________________________________________10. Amostras e Volumes Coletados: ______________________________________________________11. Qual o diagnóstico médico? __________________________________________________________________________________________________________________________________________12. Condições atuais <strong>da</strong> pessoa intoxica<strong>da</strong>: __________________________________________________________________________________________________________________________________13. Em que tipo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> o servidor estava trabalhando?: __________________________________14.Estava utilizando EPI? Quais as condições dos equipamentos?: _______________________________________________________________________________________________________________UNASA - novembro/2001 - pág. 84


15. Tipo e estado <strong>de</strong> manutenção do equipamento aplicador: __________________________________________________________________________________________________________________16. Local <strong>de</strong> aplicação (a céu aberto, em interiores, etc): ____________________________________17. Há quanto tempo o paciente estava trabalhando e quanto <strong>de</strong> produto foi aplicado? ______________________________________________________________________________________________18. Foram utilizados outros produtos antes, ao mesmo tempo ou <strong>de</strong>pois <strong>da</strong> aplicação do produto envolvido,ou ain<strong>da</strong> o servidor fazia uso <strong>de</strong> praguici<strong>da</strong>s em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s extralaborais? Em caso positivo,mencionar quais os produtos e as dosagens:__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________19. Haviam outras pessoas junto ao intoxicado que testemunharam? ___________________________20. Houve comunicação do fato a algum órgão oficial/oficioso? ______________________________21. Relate resumindo sua versão do caso: _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Local: __________________________ Data: ________________________________________________Assinaturaonte: icha a<strong>da</strong>pta<strong>da</strong> do “Manual <strong>de</strong> Segurança - Defensivos Agrícolas” (Rhodia/CNDA)UNASA - novembro/2001 - pág. 85


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Anexo 3icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 1.1UNASA - novembro/2001 - pág. 95


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 1.2UNASA - novembro/2001 - pág. 97


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 1.3UNASA - novembro/2001 - pág. 99


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 1.4UNASA - novembro/2001 - pág. 101


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 2.1UNASA - novembro/2001 - pág. 103


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 2.2UNASA - novembro/2001 - pág. 105


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 2.3UNASA - novembro/2001 - pág. 107


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 2.4UNASA - novembro/2001 - pág. 109


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 3.1UNASA - novembro/2001 - pág. 111


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 3.2UNASA - novembro/2001 - pág. 113


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 3.3UNASA - novembro/2001 - pág. 115


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 3.4UNASA - novembro/2001 - pág. 117


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 4.2UNASA - novembro/2001 - pág. 127


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 5.3UNASA - novembro/2001 - pág. 143


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 5.4UNASA - novembro/2001 - pág. 145


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 5.5UNASA - novembro/2001 - pág. 147


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 5.6UNASA - novembro/2001 - pág. 149


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 5.7UNASA - novembro/2001 - pág. 151


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 5.8UNASA - novembro/2001 - pág. 153


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 5.9UNASA - novembro/2001 - pág. 155


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 6.1UNASA - novembro/2001 - pág. 157


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 6.2UNASA - novembro/2001 - pág. 159


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 6.3UNASA - novembro/2001 - pág. 161


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 6.4UNASA - novembro/2001 - pág. 163


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 6.5UNASA - novembro/2001 - pág. 165


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 7.1UNASA - novembro/2001 - pág. 167


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 7.2UNASA - novembro/2001 - pág. 169


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 8.1UNASA - novembro/2001 - pág. 171


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icha <strong>de</strong> Ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Laboral - AL 8.2UNASA - novembro/2001 - pág. 173


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Anexo 4Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: calça em tecido <strong>de</strong> brim cáquiEspecificação técnicaDetalhes do mo<strong>de</strong>lo: Estilo jeans, cós postiço <strong>de</strong> 4,5cm com fechamento através <strong>de</strong> botão e caseado, setepassantes, vista embuti<strong>da</strong> com zíper reforçado, dois bolsos frontais embutidos com abertura tipo americano,um bolsinho <strong>de</strong> relógio no espelho esquerdo <strong>de</strong> quem veste, traseiro sem palas e um bolso chapado nolado esquerdo <strong>de</strong> quem veste, com fechamento e caseado.Costuras: ixação do cós em máquina <strong>de</strong> pregar cós; fechamento <strong>da</strong>s ilhargas, gancho traseiro em fecha<strong>de</strong>iraduas agulhas paralelas, ou interlock bitola mínima 10mm rebatido com ponto corrente duas agulhas paralelas;fechamento <strong>da</strong> entrepernas em interlock bitola mínima 10mm; máquina reta duas agulhas paralelasreta uma agulha para fixação do bolso traseiro, pespontos não paralelos nas laterais dos bolsos e barra <strong>da</strong>spernas; travetes nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos bolsos, final <strong>da</strong> vista, fixação dos passantes e na junção dos ganchospor sobre a costura <strong>de</strong> segurança do interlock; caseado tipo olho; overlock nas partes <strong>de</strong>sfiantes do tecido;pontos por cm = 3,0 a 3,5 em to<strong>da</strong>s as costuras e overlock.Aviamentos: Linha 80 Pes/AIg. Ou 100% Alg. Para as costuras <strong>de</strong> fechamento, fixação e caseado, linha 120e filamento para o overlock; Zíper metálico (tipo 3) <strong>de</strong> 15cm para os tamanhos 34 ao 44 e 18cm para 46 ao56; botão metálico <strong>de</strong> haste para o cós.Índices técnicos <strong>de</strong> construção do artigo: Nome do artigo: poliéster - Brim; Tipo <strong>de</strong> acabamento: normal;Cor: Cáqui; Armação: sarja 3/1 E; Composição: 33% poliéster - 67% algodão; Largura (m) 1,6; Peso (g/m2): 240 +/- 5%; ios: (urdume=40,5), (trama = 17,5); Resistência: (urdume = 20 - strip test), (trama = 20- ASTM D1) Esgarçamento: (urdume = 1 - ASTM D434), (trama = 1 ); Encolhimento: (urdume = -1 ASTMD1905), (trama = -1,5 seco em estufa).Índices <strong>de</strong> Soli<strong>de</strong>z do artigo/cor: Classe do corante: disperso/in<strong>da</strong>nthren; Desbote: valor padrão (teste IIIA);Alteração <strong>da</strong> cor: valor padrão; Lavagem caseira: (<strong>de</strong>sbote = 5), (alteração <strong>de</strong> cor = 5); ricção: (seco = 5MTCC-8), (úmido = 4); soli<strong>de</strong>z ao cloro: 4 - 5 MTCC - 3111; Soli<strong>de</strong>z à luz: 5 - 5 MTCC - 16E.UNASA - novembro/2001 - pág. 175


Etiquetas: De garantia total/confecção, i<strong>de</strong>ntificação do tecido e <strong>de</strong> tamanho <strong>da</strong> pren<strong>da</strong>.Embalagem: As peças <strong>de</strong>vem ser acondiciona<strong>da</strong>s em sacos plásticos individuais (com numeração visível);embalagem coletiva em caixa <strong>de</strong> papelão <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s.Observação: As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação técnica, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliaráa quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> confecção, como: precisão do corte, acabamento <strong>da</strong>s costuras, fixação dos botões e acabamentoem geral.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoAos servidores que manuseiam e aplicam insetici<strong>da</strong>s, recomen<strong>da</strong>-se que a lavagem seja feita separa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<strong>de</strong>mais peças <strong>de</strong> roupa, não <strong>de</strong>vendo ser manipula<strong>da</strong>s por crianças e gestantes.A peça <strong>de</strong>ve ser submeti<strong>da</strong> no tanque ou bacia, a três molhos com água e sabão, po<strong>de</strong>ndo após isso, sermanusea<strong>da</strong> com segurança.UNASA - novembro/2001 - pág. 176


Etiquetas: De garantia total / confecção, i<strong>de</strong>ntificação do tecido e <strong>de</strong> tamanho <strong>da</strong> pren<strong>da</strong>.Embalagem: As peças <strong>de</strong>vem ser acondiciona<strong>da</strong>s em sacos plásticos individuais (com numeração visível);embalagem coletiva em caixa <strong>de</strong> papelão com as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ntificações.Observações: As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará aquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> confecção, como: precisão do corte, acabamento <strong>da</strong>s costuras, fixação dos botões e acabamentoem geral.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo, incluindo aplicação focal <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong>s.Não <strong>de</strong>ve ser usa<strong>da</strong> durante aplicações <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s residuais e espaciais (UBV e OG).Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoAos servidores que manuseiam e aplicam insetici<strong>da</strong>s, recomen<strong>da</strong>-se que a lavagem seja feita separa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<strong>de</strong>mais peças <strong>de</strong> roupa, não <strong>de</strong>vendo ser manipula<strong>da</strong>s por crianças e gestantes.A peça <strong>de</strong>ve ser submeti<strong>da</strong>, no tanque ou bacia, a três molhos com água e sabão, po<strong>de</strong>ndo após isso, sermanusea<strong>da</strong> com segurança.UNASA - novembro/2001 - pág. 178


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: camisa em tecido brim cáqui, manga longaEspecificação técnicaDetalhes do mo<strong>de</strong>lo: Gola esporte pesponta<strong>da</strong>, frente aberta com fechamento através <strong>de</strong> botões e caseadono sentido vertical, mangas longas com bainha, um bolso chapado com cinco cantos na frente esquer<strong>da</strong> <strong>de</strong>quem veste, costas em tecido único; aplicação <strong>de</strong> logotipo no bolso.Costuras: Em máquina <strong>de</strong> interlock bitola mínima 7mm para o fechamento <strong>da</strong>s ilhargas, ombros e mangas(fixação e fechamento), em máquina reta uma agulha ponto fixo para fixaçao e pesponto <strong>da</strong> gola, vista,bainhas e bolso e barra; travetes nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong> abertura do bolso e nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do interlock <strong>de</strong>fechamento <strong>de</strong> lateral e mangas, quando o mesmo for feito após a costura <strong>da</strong>s bainhas prontas; aplicação<strong>de</strong> overlock nas bor<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sfiantes <strong>de</strong> tecido; caseado reto; pontos por cm = 3,5 a 4,0 em to<strong>da</strong>s as costurase overlock.Aviamentos: Linha 80 Pes/Alg ou 100% poliéster na cor do tecido para as operações <strong>de</strong> fechamento, fixaçãodo pesponto, caseado e prega <strong>de</strong> botões, linha 120 filamento para o overlock; botão perolizado, quatrofuros <strong>de</strong> 12mm <strong>de</strong> diâmetro na cor do tecido.Informes técnicos <strong>de</strong> construção do artigo: Nome do artigo: poliéster - brim; Tipo <strong>de</strong> acabamento: normal;Cor: Cáqui; Armação: sarja 2/1 E; composição: 33% poliéster, 67% algodão; Largura (m): 1,6; Peso (g/m2):185 +/- 5%;ios: (Urdume = 40,5), (Trama = 17,5); Resistência (Kg/cm): (Urdume = 20 strip test), (Trama = 20 ASTMD1682); Esgarçamento (mm): (Urdume = 1 ASTM D434), (Trama = 1 ); Encolhimento (% primeira lavagem):(Urdume = -1 ASTM D1905), (Trama = -1,5 Seco em estufa).Índices <strong>de</strong> soli<strong>de</strong>z do artigo/cor: Classe do corante: Disperso/In<strong>da</strong>nthren; Teste IIIA: (<strong>de</strong>sbote valor padrãoIIIA), alteração <strong>de</strong> cor = valor padrão); Lavagem caseira: (<strong>de</strong>sbote = 5), (alteração <strong>de</strong> cor = 5); erroUNASA - novembro/2001 - pág. 179


quente: (<strong>de</strong>sbote = 5), (alteração <strong>de</strong> cor = 5); ricção: (seco = 5 MTCC8), (úmido = 4); Soli<strong>de</strong>z ao cloro: 4- 5 MTCC - 3111; Soli<strong>de</strong>z à luz: 4 - 5 MTCC 16E.Etiquetas: De garantia total/confecção, i<strong>de</strong>ntificação do tecido e <strong>de</strong> tamanho <strong>da</strong> pren<strong>da</strong>.Embalagem: As peças <strong>de</strong>vem ser acondiciona<strong>da</strong>s em sacos plásticos individuais (com numeração visível);embalagem coletiva em caixa <strong>de</strong> papelão com as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ntificações.Observações: As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará aquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> confecção, como: precisão do corte, acabamento <strong>da</strong>s costuras, fixação dos botões e acabamentoem geral.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo.É <strong>de</strong> uso obrigatório nas aplicações residuais e espaciais (UBV e OG).Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoAos servidores que manuseiam e aplicam insetici<strong>da</strong>s, recomen<strong>da</strong>-se que a lavagem seja feita separa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<strong>de</strong>mais peças <strong>de</strong> roupa, não <strong>de</strong>vendo ser manipula<strong>da</strong>s por crianças e gestantes.A peça <strong>de</strong>ve ser submeti<strong>da</strong>, no tanque ou bacia, a três molhos com água e sabão, po<strong>de</strong>ndo após isso, sermanusea<strong>da</strong> com segurança.UNASA - novembro/2001 - pág. 180


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: jaleco <strong>de</strong> manga curtaEspecificação técnicaDetalhes do mo<strong>de</strong>lo: Com gola, fechado por botão e caseado, frente e caseado, frente aberta com fechamentoatravés <strong>de</strong> botões e caseados no sentido vertical, mangas curtas com bainhas fixas, um bolso chapadoquadrado na frente esquer<strong>da</strong> <strong>de</strong> quem veste e dois bolsos inferiores chapados quadrados, traseiro repartido;aplicação <strong>de</strong> logotipo no bolso superior.Costuras: Em máquina <strong>de</strong> interlock bitola mínima 10mm para o fechamento <strong>da</strong>s ilhargas, ombros e mangas(fixação e fechamento) em máquina reta uma agulha ponto fixo para fixação e pesponto do <strong>de</strong>golo,vista, bolsos, união do traseiro, bainhas e barra; aplicação <strong>de</strong> overlock nas bor<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sfiantes do tecido;arremates nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s bocas dos bolsos e nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do interlock <strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> laterale mangas, quando o mesmo for feito após a costura <strong>da</strong>s bainhas prontas; caseado reto <strong>de</strong> 22mm; pontospor cm = 3,5 a 4,0 em to<strong>da</strong>s as costuras e overlock.Aviamentos: Linha 80 Pess/AIg. ou 100% poliéster na cor do tecido para as operações <strong>de</strong> fechamento,fixação, caseado, e prega <strong>de</strong> botões, linha 120 filamento para o overlock; botão perolizado, quatro furos<strong>de</strong> 18mm <strong>de</strong> diâmetro.Informes técnicos <strong>de</strong> construção do artigo: Nome do artigo: tergal; Tipo <strong>de</strong> acabamento: normal; Cor:branca; Armação: tela; Composição: 83% poliéster, 17% algodão; Largura (m): 1,5; Peso (g/m2): 160 +/-5%;ios: (urdume = 27,9), (trama = 18,5); Resistência (Kg/cm): (urdume = 19,5 strip test), (trama = 20 ASTMD1682); Esgarçamento (mm): (urdume = 1 ASTM D434), (trama = 1);Encolhimento (% primeira lavagem): (urdume = -1 ASTM D1905), (trama = -1,5 seco em estufa).Observação: a peça po<strong>de</strong>rá ser confecciona<strong>da</strong> também com gola.Índices <strong>de</strong> soli<strong>de</strong>z do artigo/cor: Classe do corante: Alvej; Teste IIIA: (<strong>de</strong>sbote = valor padrão IIIA), alteração<strong>de</strong> cor = valor padrão); Lavagem caseira: (<strong>de</strong>sbote = valor padrão.), (alteração <strong>de</strong> cor = valor padrão,erro quente: (<strong>de</strong>sbote = valor padrão), (alteração <strong>de</strong> cor = valor padrão) ricção: (seco = valor padrãoMTCC 8), (úmido = valor padrão) Soli<strong>de</strong>z ao cloro: 4 - 5 MTCC - 3111: Soli<strong>de</strong>z à luz: 4 - 5 MTCC 16E.Etiquetas: De garantia total I confecção, i<strong>de</strong>ntificação do tecido e <strong>de</strong> tamanho <strong>da</strong> pren<strong>da</strong>.UNASA - novembro/2001 - pág. 181


Embalagem: As peças <strong>de</strong>vem ser acondiciona<strong>da</strong>s em sacos plásticos individuais (com numeração visível);embalagem coletiva em caixa <strong>de</strong> papelão com as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ntificações.Observações: As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará aquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> confecção, como: precisão do corte, acabamento <strong>da</strong>s costuras, fixação dos botões e acabamentoem geral.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> laboratório, exceto aquelas que tenham risco <strong>de</strong> projeção <strong>de</strong> material biológicocontaminado.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavar e passar, obe<strong>de</strong>cendo as recomen<strong>da</strong>ções para o tipo <strong>de</strong> tecido.UNASA - novembro/2001 - pág. 182


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: Jaleco <strong>de</strong> manga longaEspecificação técnicaDetalhes do mo<strong>de</strong>lo: Sem gola, <strong>de</strong> golo com revel fechado por botão e caseado, frente e caseado, frenteaberta com fechamento através <strong>de</strong> botões e caseados no sentido vertical, mangas longas com bainhasfixas, um bolso chapado quadrado na frente esquer<strong>da</strong> <strong>de</strong> quem veste e dois bolsos inferiores chapadosquadrados, traseiro repartido; aplicação <strong>de</strong> logotipo no bolso superior.Costuras: Em máquina <strong>de</strong> interlock bitola mínima 10mm para o fechamento <strong>da</strong>s ilhargas, ombros e mangas(fixação e fechamento) em máquina reta uma agulha ponto fixo para fixação e pesponto do <strong>de</strong>golo,vista, bolsos, união do traseiro, bainhas e barra; aplicação <strong>de</strong> overlock nas bor<strong>da</strong>s <strong>de</strong>sfiantes do tecido;arremates nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>da</strong>s bocas dos bolsos e nas extremi<strong>da</strong><strong>de</strong>s do interlock <strong>de</strong> fechamento <strong>de</strong> laterale mangas, quando o mesmo for feito após a costura <strong>da</strong>s bainhas prontas; caseado reto <strong>de</strong> 22mm; pontospor cm = 3,5 a 4,0 em to<strong>da</strong>s as costuras e overlock.Aviamentos: Linha 8G Pess/Alg. ou 100% poliéster na cor do tecido para as operações <strong>de</strong> fechamento,fixação, caseado, e prega <strong>de</strong> botões, linha 120 filamento para o overlock; botão perolizado, quatro furos<strong>de</strong> 18mm <strong>de</strong> diâmetro.Informes técnicos <strong>de</strong> construção do artigo: Nome do artigo: tergal; Tipo <strong>de</strong> acabamento: normal; Cor: branca;Armação: tela; Composição: 83% poliéster, 17% algodão; Largura (m): 1,5; Peso (g/m2): 160 +/- 5%;ios: (urdume = 27,9), (trama = 18,5); resistência (Kg/cm): (urdume = 19,5 strip test), (trama = 20 ASTMD1682); Esgarçamento (mm): (urdume = 1 ASTM D434), (trama = 1);Encolhimento (% primeira lavagem): (urdume = -1 ASTM D1905), (trama = -1 5 seco em estufa).Observação: a peça po<strong>de</strong>rá ser confecciona<strong>da</strong> também com gola.Índices <strong>de</strong> soli<strong>de</strong>z do artigo/cor: Classe do corante: Alvej; Teste IIIA: (<strong>de</strong>sbote = valor padrão IIIA), alteração<strong>de</strong> cor = valor padrão); Lavagem Caseira: (<strong>de</strong>sbote = valor padrão.), (alteração <strong>de</strong> cor = valor padrão,UNASA - novembro/2001 - pág. 183


erro quente: (<strong>de</strong>sbote = valor padrão.), (alteração <strong>de</strong> cor = valor padrão.) ricção: (seco = valor padrãoMTCC 8), (úmido = valor padrão) soli<strong>de</strong>z ao cloro: 4 - 5 MTCC - 3111; Soli<strong>de</strong>z a luz: 4 - 5 MTCC 16E.Etiquetas: De garantia tota/confecção, i<strong>de</strong>ntificação do tecido e <strong>de</strong> tamanho <strong>da</strong> pren<strong>da</strong>.Embalagem: As peças <strong>de</strong>vem ser acondiciona<strong>da</strong>s em sacos plásticos individuais (com numeração visível);embalagem coletiva em caixa <strong>de</strong> papelão com as <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>s i<strong>de</strong>ntificações.Observações: As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará aquali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> confecção, como: precisão do corte, acabamento <strong>da</strong>s costuras, fixação dos botões e acabamentoem geral.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> laboratório que tenham risco <strong>de</strong> projeção <strong>de</strong> material biológico contaminado.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavar e passar, obe<strong>de</strong>cendo as recomen<strong>da</strong>ções para o tipo <strong>de</strong> tecido.UNASA - novembro/2001 - pág. 184


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: calçado <strong>de</strong> segurança (botina)Especificação técnicaCalçado <strong>de</strong> proteção dos pés e tornozelos, <strong>de</strong> amarrar, tipo botina, confecciona<strong>da</strong> em vaqueta na cor preta,couro hidrofugado, espessura <strong>de</strong> 1,9mm 0,1mm, com três ou quatro costuras no gaspeamento e no restante2 costuras, com linha <strong>de</strong> náilon poliami<strong>da</strong>, cano com gomos alcochoados, calcanheira em vaqueta nacor preta, com palmilha <strong>de</strong> resina <strong>de</strong> couro, solado injetado em poliuretano (PU), com ranhuras no soladoque permita melhor a<strong>de</strong>rência ao solo.Constar nº CA/MTb e nome do fabricante impresso no calçado <strong>de</strong> forma in<strong>de</strong>lével. Tamanhos diversos. Ofabricante <strong>de</strong>ve garantir as exigências técnicas <strong>da</strong>s normas NBR 12.561/1992, por um período <strong>de</strong> seismeses, contra <strong>de</strong>feitos <strong>de</strong> fabricação. As amostras po<strong>de</strong>rão ser analisa<strong>da</strong>s por grupo técnico capacitado.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo, exceto aquelas realiza<strong>da</strong>s em criadouros em que se necessite entrar emágua contamina<strong>da</strong>.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoManter o couro sempre engraxado para aumentar o grau <strong>de</strong> impermeabilização.UNASA - novembro/2001 - pág. 185


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações Técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: bota <strong>de</strong> borrachaEspecificação técnicaBota fundi<strong>da</strong> em borracha, impermeável, cano alto, cor preta, solado anti<strong>de</strong>rrapante sem palmilha e biqueira<strong>de</strong> aço. Tamanhos diversos.Deve ser exigido amostras do produto e cópia do CA/MTb. As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além<strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliar a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fabricação, como: precisão e espessura <strong>da</strong>s pare<strong>de</strong>s<strong>de</strong> borracha e acabamento pós injeção (presença <strong>de</strong> rebarbas ou falhas <strong>de</strong> injeção <strong>de</strong> material).Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que necessitem entrar em água, como por exemplo, tratamentos com moluscici<strong>da</strong>,limpeza, drenagem e <strong>de</strong>sobstrução <strong>de</strong> criadouros, assim como coleta <strong>de</strong> larvas.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem após o uso e sempre que necessário; <strong>de</strong>sinfetar com solução anti-séptica; observar se existemfuros ou aberturas.UNASA - novembro/2001 - pág. 186


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: avental impermeável, cobertura frontalEspecificação técnicaConfeccionado em material, leve e impermeável, tipo TIVEK®.Cobertura frontal (peito e pernas), amarração por tirantes com costuras laterais reforça<strong>da</strong>s nas dobras dotecido, comprimento até abaixo do joelho.Deve ser exigido amostras do produto e cópia do CA/MTb. As amostras <strong>de</strong>verão ser analisa<strong>da</strong>s por grupotécnico capacitado.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> manuseio e aplicação e insetici<strong>da</strong>s (preparo <strong>de</strong> cargas, abastecimento <strong>de</strong> equipamentos<strong>de</strong> nebulização pesado e portátil, aplicação a Ultra Baixo Volume).Não se recomen<strong>da</strong> o uso durante aplicações <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong>s (temephós).Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoAos servidores que manuseiam e aplicam insetici<strong>da</strong>s, recomen<strong>da</strong>-se que a lavagem seja feita separa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<strong>de</strong>mais peças <strong>de</strong> roupa.A peça <strong>de</strong>ve ser submeti<strong>da</strong>, no tanque ou bacia, a três molhos com água e sabão, po<strong>de</strong>ndo após isso, sermanusea<strong>da</strong> com segurança.UNASA - novembro/2001 - pág. 187


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: protetor auditivo <strong>de</strong> inserçãoEspecificação técnicaProtetor auditivo <strong>de</strong> inserção em vinil, silicone ou neoprene, tamanho universal, preso por cordão, acondicionadoem caixa plástica. Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>: par. Tamanho: pequeno, médio e gran<strong>de</strong>.Deve ser exigido amostras do produto e cópia do CA/MTb. As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação on<strong>de</strong> além<strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliarão a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto, como: maciez do material, injeção <strong>da</strong>peça, fixação do cordão, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do estojo plástico e acabamento em geral.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que envolvem o uso <strong>de</strong> equipamentos com alto grau <strong>de</strong> ruídos (equipamentos motorizados).Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem e manutenção periódica; utilizar medidores <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong> orifício auricular, fornecido pelo fabricante;quando estiver ressecado, fazer sua substituição.UNASA - novembro/2001 - pág. 188


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: boné em tecido brim cáquiEspecificação técnicaConfecciona<strong>da</strong> em tecido brim cáqui, pré-encolhido, sanforizado máximo 3% após três lavagens, armação:sarja 3/1, gramatura média: 260 g/m2, composição: 100% algodão.Deve ser solicitado amostra do tecido. As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificaçõestécnicas se avaliarão a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> confecção, como: precisão do corte, acabamento <strong>da</strong>s costuras, fixação<strong>de</strong> botões, regulador <strong>de</strong> diâmetro <strong>de</strong> crânio e acabamento em geral.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sUso nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> campo: coleta <strong>de</strong> material <strong>de</strong> laboratório, administração <strong>de</strong> medicamentos, captura<strong>de</strong> mosquitos, aplicação <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong>s, outras.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem periódica.UNASA - novembro/2001 - pág. 189


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: capacete <strong>de</strong> polietileno (aba total)Especificação técnicaCapacete em polietileno, cor amarela clara, com aba total, com suspensão, carneira e absorvedor <strong>de</strong> suorna testa.Deve ser exigido amostras do produto e cópia do CA/MTb. As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação on<strong>de</strong> além<strong>da</strong>s especificações técnicas, se avaliará a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> injeção, acabamento pós injeção (presença <strong>de</strong>rebarbas), quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fixação <strong>da</strong> suspensão regulável e facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> regulagem.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s (exceto larvici<strong>da</strong>s) e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em criadouros.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem e manutenção periódica.UNASA - novembro/2001 - pág. 190


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: respirador purificador <strong>de</strong> ar tipo peça semifacial com 1 (um) ou 2 (dois) respiradoresEspecificação técnicaRespirador semifacial, confeccionado em borracha natural atóxica, silicone ou neoprene; 2 (dois) ou 4(quatro) pontos <strong>de</strong> fixação por tiras elásticas reforça<strong>da</strong>s, fixa<strong>da</strong>s em estrutura (plástica ou metálica) queimpeça a <strong>de</strong>formação e permita melhor ve<strong>da</strong>ção; assentamento no crânio por estrutura articulável; 1 (um)ou 2 (dois) respiradores; 1 (uma) ou 2 (duas) válvulas <strong>de</strong> inalação e exalação, <strong>de</strong> fácil manutenção ousubstituição e que impeça a montagem incorreta <strong>da</strong>s mesmas; a conexão entre a peça e o filtro <strong>de</strong>ve serfeita por rosca ou encaixe com garantia <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção por anel <strong>de</strong> borracha; tamanhos: pequeno, médio egran<strong>de</strong>. O respirador <strong>de</strong>verá ter sido projetado <strong>de</strong> maneira que evite a presença <strong>de</strong> “espaço morto” mínimo(distância entre a pare<strong>de</strong> e o rosto do usuário). Apresentar amostras do produto (máscara e um jogo <strong>de</strong>filtros) e cópia do CA/MTb. Os filtros <strong>de</strong>verão ser mecânico P2 e químico Classe 1 para gases e vaporesorgânicos.Deverá acompanhar manual <strong>de</strong> instruções e relação <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição. A empresa <strong>de</strong>verá fornecerbase <strong>de</strong> cálculo para aquisição e substituição <strong>de</strong> componentes, baseado em <strong>de</strong>sgaste médio <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> peça.As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação técnica, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliarão a quali<strong>da</strong><strong>de</strong><strong>da</strong> injeção, acabamento pós injeção (presença <strong>de</strong> rebarbas), quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fixação dos tirantes, facili<strong>da</strong><strong>de</strong> eeficácia <strong>da</strong> regulagem, conforto, assentamento na face. Será feito teste <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção com fumo irritante.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sAtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> manuseio <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong>s (exceto durante a aplicação), como por exemplo, transporte <strong>de</strong> caixas,colocação do granulado em frascos <strong>de</strong> boca larga, manuseio <strong>de</strong> embalagens em <strong>de</strong>pósitos.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem e manutenção periódica.UNASA - novembro/2001 - pág. 191


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: respirador purificador <strong>de</strong> ar tipo peça facial inteira com 1 (um) ou 2 (dois)respiradoresEspecificação técnicaRespirador facial completo, p/ 1 ou 2 filtros, confeccionado em borracha natural atóxica, silicone ou neoprene;4 (quatro) a 6 (seis) pontos <strong>de</strong> fixação por tiras do mesmo material, com fivelas <strong>de</strong> aço inox <strong>de</strong> ajusterápido, fixa<strong>da</strong>s no corpo <strong>da</strong> peça sem uso <strong>de</strong> rebites ou botões <strong>de</strong> pressão (as tiras <strong>de</strong>verão ser <strong>de</strong>nta<strong>da</strong>spara permitir ajuste fino, para melhor assentamento e ve<strong>da</strong>ção); 1 (uma) ou 2 (duas) válvulas <strong>de</strong> inalaçãoe exalação <strong>de</strong> fácil manutenção ou substituição, e que impeça a montagem incorreta <strong>da</strong>s mesmas; lente <strong>de</strong>plástico translúcido que evite distorções <strong>de</strong> imagem e seja resistente a impactos, com montagem por arcose parafusos <strong>de</strong> fixação; mascarilha interna no mesmo material do corpo <strong>da</strong> máscara, <strong>de</strong>fletor para evitarembaçamento <strong>da</strong> lente; diafragma <strong>de</strong> voz protegido contra <strong>da</strong>nos mecânicos; a conexão entre a peça e osfiltros <strong>de</strong>ve ser feita por roscas ou encaixe com garantia <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção por anéis <strong>de</strong> borracha; tamanhospequeno, médio e gran<strong>de</strong> ou tamanho padrão com bor<strong>da</strong> interna periférica para ajuste em diversos formatos<strong>de</strong> rosto. O respirador <strong>de</strong>verá ter sido projetado <strong>de</strong> maneira que evite a presença <strong>de</strong> “espaço morto”mínimo (distância entre a pare<strong>de</strong> do respirador e o rosto do usuário). O respirador <strong>de</strong>ve permitir a manutençãoe substituição <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> maior <strong>de</strong>sgaste, sem <strong>da</strong>nificar o corpo <strong>da</strong> peça principal. O equipamento<strong>de</strong>verá ser utilizado com filtros mecânicos P2 e químico Classe 1 (para gases e vapores orgânicos), combinadosnuma só peça. Apresentar amostras do produto (máscara e jogo <strong>de</strong> filtros) e cópia do CA/MTbreferentes ao conjunto máscara e filtros. As amostras po<strong>de</strong>rão ser analisa<strong>da</strong>s por grupo técnico capacitado.Deverá acompanhar manual <strong>de</strong> instruções e relação <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição. A empresa <strong>de</strong>verá fornecerbase <strong>de</strong> cálculo para aquisição <strong>de</strong> peças <strong>de</strong> reposição, baseado em <strong>de</strong>sgaste médio <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> peça. As peçasserão objeto <strong>de</strong> avaliação técnica, on<strong>de</strong> além <strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> injeção,acabamento pós injeção (presença <strong>de</strong> rebarbas), quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fixação dos tirantes, facili<strong>da</strong><strong>de</strong> e eficácia<strong>da</strong> regulagem, conforto, assentamento na face. Será feito teste <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção com fumo irritante.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as operações <strong>de</strong> manuseio e aplicações <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s (exceto aplicação <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong>s), como porexemplo, preparação <strong>de</strong> cargas, abastecimentos <strong>de</strong> equipamentos, aplicação tanto em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s residuaisou espaciais (UBV e OG), e controle <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>nte durante o transporte.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem e manutenção periódica.Quando não estiver em uso, guar<strong>da</strong>r em local seguro, se possível em saco plástico ou caixa especial.UNASA - novembro/2001 - pág. 192


Equipamentos <strong>de</strong> proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: filtro combinado mecânico (P2) e químico (Classe 1)Especificação técnicailtro combinado mecânico (P2) e químico (Classe 1 ) para pestici<strong>da</strong>s e vapores orgânicos.A montagem dos filtros <strong>de</strong>ve ser feita <strong>de</strong> fábrica, num único corpo.Adquirir em duas ou mais aquisições anuais, <strong>de</strong>scontados os estoques existentes.Em compras posteriores, <strong>de</strong>ve ser adquirido como “refil” <strong>da</strong>s peças respiratórias existentes.Para cálculo, observar se o equipamento é <strong>de</strong> um ou dois cartuchos.Os filtros <strong>de</strong>verão ser específicos para a marca comercial dos respiradores adquiridos.Deve ser exigido n° do CA/MTb referente ao conjunto respirador/elementos filtrantes.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> manuseio e aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoObservar o prazo <strong>de</strong> vali<strong>da</strong><strong>de</strong> do produto.Guar<strong>da</strong>r em local apropriado.UNASA - novembro/2001 - pág. 193


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: óculos <strong>de</strong> segurançaEspecificação técnicaÓculos <strong>de</strong> segurança com visor antiembaçante e armação confeccionado em uma única peça <strong>de</strong> materialplástico transparente (acrílico ou policarbonato), com hastes tipo espátula do mesmo material <strong>da</strong> armação,dotados <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> ventilação indireta.Deve ser exigido amostras do produto e cópia do CA/MTb. As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além<strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> injeção, acabamento pós injeção (presença <strong>de</strong>rebarbas), transparência, quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> fixaçao <strong>da</strong>s hastes, conforto e assentamento.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sAtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> laboratório em que tenham risco <strong>de</strong> projeção <strong>de</strong> material biológico contaminado, (abertura<strong>de</strong> abdômen <strong>de</strong> triatomíneos, maceração <strong>de</strong> pulgas, inoculação e dissecação <strong>de</strong> roedores e macacos silvestres,exames coproscópicos).Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem e manutenção periódica.UNASA - novembro/2001 - pág. 194


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: luva nitrílicaEspecificação técnicaLuva nitrílica, flocula<strong>da</strong>, espessura média <strong>de</strong> 0,35 a 0,4mm, cano médio. Tamanhos diversos.Deve ser exigido amostras do produto e cópia do CA/MTb. As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além<strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> injeção, acabamento pós injeção, assentamento nasmãos e sensibili<strong>da</strong><strong>de</strong> do tato.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sTo<strong>da</strong>s as ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> manuseio e aplicação <strong>de</strong> insetici<strong>da</strong>s (inclusive aplicação <strong>de</strong> larvici<strong>da</strong>s).Demais ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, como por exemplo, captura <strong>de</strong> triatomíneos, algumas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s em criadouros. Tamanhosdiversos.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoAo lavar as luvas, enchê-las com água para verificação <strong>de</strong> vazamentos; aplicar talco para facilitar colocação;<strong>de</strong>scalçar as luvas com os braços inclinados; lavar com água morna e sabão neutro.UNASA - novembro/2001 - pág. 195


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: luva <strong>de</strong> raspa <strong>de</strong> couroEspecificação técnicaLuva confecciona<strong>da</strong> em raspa <strong>de</strong> couro, com costura, cano médio.Tamanhos diversos.Deve ser exigido amostras do produto e copia do CA/MTb. As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação, on<strong>de</strong> além<strong>da</strong>s especificações técnicas se avaliará a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do couro (espessura), quali<strong>da</strong><strong>de</strong> do corte, precisão <strong>da</strong>scosturas e assentamento nas mãos.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sCaptura <strong>de</strong> cães para exame e sacrifício, limpeza, drenagem e <strong>de</strong>sobstrução <strong>de</strong> criadouros.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem freqüente.UNASA - novembro/2001 - pág. 196


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: luva <strong>de</strong> látex para procedimentos não cirúrgicosEspecificação técnicaLuva confecciona<strong>da</strong> em látex para procedimentos não cirúrgicos, cano médio.Tamanhos diversos.As peças serão objeto <strong>de</strong> avaliação on<strong>de</strong>, além <strong>da</strong>s especificações técnicas, será observa<strong>da</strong> a quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>injeção.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sColeta, preparo <strong>de</strong> lâminas, (fezes, sangue e conteúdo abdominal <strong>de</strong> triatomíneos, dissecção <strong>de</strong> roedores),exames <strong>de</strong> colinesterase e aplicação <strong>de</strong> vacinas com agulhas.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoDepen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, po<strong>de</strong> ser lava<strong>da</strong> e reutiliza<strong>da</strong>, (nesse caso, observar se existe furos ou vazamentos).UNASA - novembro/2001 - pág. 197


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: Máscara <strong>de</strong>scartávelEspecificação técnicaMáscara <strong>de</strong>scartável com tiras duplas para fixação na cabeça para proteção <strong>da</strong> boca e nariz.Deve ser solicitado amostra do tecido.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sColeta <strong>de</strong> sangue, preparação <strong>de</strong> conteúdo intestinal <strong>de</strong> triatomíneos, preparação e exame <strong>de</strong> materialfecal, e outras ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s que tenham risco <strong>de</strong> projeção <strong>de</strong> material contaminado.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoLavagem periódica.UNASA - novembro/2001 - pág. 198


Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Individual - EPIEspecificações técnicas, recomen<strong>da</strong>ções <strong>de</strong> uso, cui<strong>da</strong>dos e manutençãoEquipamento: kit para teste <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção em máscaras respiratóriasEspecificação técnicaKit gerador <strong>de</strong> fumo irritante para realização <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> ve<strong>da</strong>ção em peças respiradoras, com pêra <strong>de</strong>borracha bombeadora.Uso nas seguintes ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>sRealização <strong>de</strong> testes para averiguação <strong>de</strong> tamanho <strong>de</strong> peça facial e a<strong>da</strong>ptação a ca<strong>da</strong> formato <strong>de</strong> rosto,para verificação <strong>da</strong> ve<strong>da</strong>ção total do equipamento respirador.Cui<strong>da</strong>dos e manutençãoObservar instruções do fabricante quanto ao uso.UNASA - novembro/2001 - pág. 199


Anexo 5MINISTÉRIO DO TRABALHOSECRETARIA DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHOINSTRUÇÃO NORMATIVA N º 1, DE 11 DE ABRIL DE 1994A Secretaria <strong>de</strong> Segurança e Saú<strong>de</strong> no Trabalho, no uso <strong>de</strong> suas atribuições e,CONSIDERANDO a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> um controle eficaz dos ambientes <strong>de</strong> trabalho por parte <strong>da</strong>sempresas, como condição a uma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> política <strong>de</strong> segurança e saú<strong>de</strong> para os trabalhadores;CONSIDERANDO que, quando as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> proteção coletiva adota<strong>da</strong>s no ambiente <strong>de</strong> trabalhonão forem suficientes para controlar os riscos existentes, ou estiverem sendo implanta<strong>da</strong>s, ou ain<strong>da</strong> emcaráter emergencial, o empregador <strong>de</strong>verá adotar, <strong>de</strong>ntre outras, aquelas referentes à proteção individual quegarantam condições a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s <strong>de</strong> trabalho;CONSIDERANDO as dúvi<strong>da</strong>s suscita<strong>da</strong>s em relação à a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> proteção <strong>da</strong><strong>da</strong> aos trabalhadoresquando <strong>da</strong> adoção <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> proteção respiratória por parte <strong>da</strong>s empresas;CONSIDERANDO a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> disciplinar a utilização <strong>de</strong>sses equipamentos, <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> critériose procedimentos a<strong>de</strong>quados, quando adotados pelas empresas;CONSIDERANDO os artigos 166 e 167 <strong>da</strong> Consoli<strong>da</strong>ção <strong>da</strong>s Leis do Trabalho - CLT;CONSIDERANDO a Norma Regulamentadora n.º 6 <strong>da</strong> Portaria n.º 3.214, <strong>de</strong> 08/06/1978, e alteraçõesposteriores, resolve:Baixar a presente Instrução Normativa - I.N. estabelecendo regulamento técnico sobre o uso <strong>de</strong> equipamentospara proteção respiratória.Art. 1º O empregador <strong>de</strong>verá adotar um conjunto <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> a<strong>de</strong>quar a utilizaçãodos Equipamentos <strong>de</strong> Proteção Respiratória -EPR, quando necessário para complementar as medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong>proteção coletiva implementa<strong>da</strong>s, ou enquanto as mesmas estiverem sendo implanta<strong>da</strong>s, com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>garantir uma completa proteção ao trabalhador contra os riscos existentes nos ambientes <strong>de</strong> trabalho.§ 1º As medi<strong>da</strong>s previstas neste artigo <strong>de</strong>verão observar os seguintes princípios:I. o estabelecimento <strong>de</strong> procedimentos escritos abor<strong>da</strong>ndo, no mínimo:a . os critérios para a seleção dos equipamentos;b. o uso a<strong>de</strong>quado dos mesmos levando em conta o tipo <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e as características individuais dotrabalhador;c. a orientação ao trabalhador para <strong>de</strong>ixar a área <strong>de</strong> risco por motivos relaciona<strong>da</strong>s ao equipamento;UNASA - novembro/2001 - pág. 201


II. a indicação do equipamento <strong>de</strong> acordo com os riscos aos quais o trabalhador está exposto;III. a instrução e o treinamento do usuário sobre o uso e as limitações do EPR;IV. o uso individual dos equipamentos, salvo em situações específicas, <strong>de</strong> acordo com a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> dosmesmos;V. a guar<strong>da</strong>, a conservação e higienização a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>;VI. o monitoramento apropriado e periódico <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> trabalho e dos riscos ambientais a que estãoexpostos os trabalhadores;VII. o fornecimento somente a pessoas fisicamente capacita<strong>da</strong>s a realizar suas tarefas utilizando osequipamentos;VIII. o uso somente <strong>de</strong> respiradores aprovados e indicados para as condições em que os mesmosforem utilizados;IX. a adoção <strong>da</strong> proteção respiratória individual após a avaliação prévia dos seguintes parâmetros:a. características físicas do ambiente <strong>de</strong> trabalho;b. necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> utilização <strong>de</strong> outros EPI;c. <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s físicas específicas <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> que o usuário está encarregado;d. tempo <strong>de</strong> uso em relação à jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> trabalho;e. características específicas <strong>de</strong> trabalho tendo em vista a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> existência <strong>de</strong> atmosferaimediatamente perigosas à vi<strong>da</strong> ou à saú<strong>de</strong>;X. a realização <strong>de</strong> exame médico no candi<strong>da</strong>to ao uso do EPR, quando por recomen<strong>da</strong>ção médica, levandoem conta, <strong>de</strong>ntre outras, as disposições do inciso anterior, sem prejuízo dos exames previstos na NR 07;§ 2º Para a a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> observância dos princípios previstos neste artigo, o empregador <strong>de</strong>verá seguir,além do disposto nas Normas Regulamentadoras <strong>de</strong> Segurança e Saú<strong>de</strong> no Trabalho, no que couber, asrecomen<strong>da</strong>ções <strong>da</strong> un<strong>da</strong>ção Jorge Duprat igueiredo <strong>de</strong> Segurança e Medicina do Trabalho -UNDACENTRO conti<strong>da</strong>s na publicação intitula<strong>da</strong> PROGRAMA DE PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA -RECOMENDAÇÕES, SELEÇÃO E USO DE RESPIRADORES e também as Normas Brasileiras, quandohouver, expedi<strong>da</strong>s no âmbito do Conselho Nacional <strong>de</strong> Metrologia, Normalização e Quali<strong>da</strong><strong>de</strong> Industrial- CONMETRO.Art. 2º A seleção <strong>da</strong>s EPR <strong>de</strong>verá observar, <strong>de</strong>ntre outros, os valores dos fatores <strong>de</strong> proteção - Patribuídos contidos no Quadro I anexo à presente INParágrafo único. Em atmosferas contendo sílica e asbesto, além dos requisitos estabelecidos nesteartigo, o empregador <strong>de</strong>verá observar, na seleção do respirador a<strong>de</strong>quado, as indicações dos Quadros II e IIanexo à presente IN (Observação: Com relação ao Quadro II e anexo indicados no Parágrafo Único do art.2º <strong>de</strong>ixamos <strong>de</strong> apresentá-lo, uma vez que nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> <strong>Controle</strong> <strong>de</strong> <strong>Vetores</strong> não fazemos uso <strong>de</strong> substânciaque contenha sílica e asbesto).UNASA - novembro/2001 - pág. 202


Art. 3º os EPR somente po<strong>de</strong>rão ser comercializados acompanhados <strong>de</strong> instruções impressas contendo,no mínimo, as seguintes informações:I. a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> a que se <strong>de</strong>stina;II. a proteção ofereci<strong>da</strong> ao usuário;III. a sua vi<strong>da</strong> útil;IV. orientação sobre guar<strong>da</strong>, conservação e higienização;Parágrafo único. As instruções referi<strong>da</strong>s neste artigo <strong>de</strong>verão acompanhar a menor uni<strong>da</strong><strong>de</strong>comercializa<strong>da</strong> <strong>de</strong> equipamentos.Art. 4º Esta IN entra em vigor 120 dias após a <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> sua publicação, ficando revoga<strong>da</strong> a IN SSST/MTb n.º 01, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1993.UNASA - novembro/2001 - pág. 203


Autores:Eng. Agr. Paulo César <strong>da</strong> Silva – CENEPI/UNASAEng. Agr. arnésio Luís Guimarães – CORE/GO/UNASAAssist. Social Raimun<strong>da</strong> Nonata Carlos erreira – CGRH/DEADM/DA/UNASARevisão do Texto:Dra. Maria José Coelho <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros Lé<strong>da</strong> - CGRH/UNASAIlustrações:Arquiteto ábio erreira – Goiânia/GODiagramação, Normalização Bibliográfica, Revisão Ortográfica e Capa:ASCOM/PRE/UNASAUNASA - novembro/2001 - pág. 204

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