02 <strong>ARQUITECTOS</strong>A NORTENÚCLEO DEDE AVEIRO COM‘NOVO FÔLEGO’JOÃO PAULO CARDIELOSVENCE ELEIÇÕES PARAO SECRETARIADOA candidatura liderada peloarquitecto João Paulo Cardielosvenceu as eleições para osecretariado do núcleo de Aveiro,que decorreram no passado dia 17de Fevereiro. Não obstante apenasse ter apresentado umacandidatura para este actoeleitoral – a anterior convocatóriaficara mesmo deserta – é desalientar a participação eleitoralregistada (17,6% do total dearquitectos do núcleo), muitopróxima da habitualmenteverificada nos restantes actoseleitorais da <strong>Ordem</strong>. Dos 356arquitectos que constituíam ouniverso eleitoral, apenas 259(73%) estavam habilita<strong>dos</strong> aexercer o direito de voto porterem as suas quotas em dia àdata do acto eleitoral. Do total devotos recebi<strong>dos</strong>, 64,4% foram porcorrespondência e 35,6% por votopresencial. No entanto, <strong>dos</strong> votospor correspondência, não foramvalida<strong>dos</strong> 13 (3 pelo facto <strong>dos</strong>respectivos arquitectos nãoestarem no uso pleno <strong>dos</strong> seusdireitos por terem as suas quotasatrasadas e 10 por não juntaremcópia do BI).Os votos deposita<strong>dos</strong> em urnaexpressaram o seguinte resultadoeleitoral:Votos Lista A59 (93,6%)Votos brancos3 (4,8%)Votos nulos1 (1,6%)A tomada de posse realizou-se nopassado dia 1 de Março.PROTOCOLO COMO DEUTSCHE BANKA SRN renovou a parceria com oDeutsche Bank, no sentido deproporcionar a to<strong>dos</strong> os membrosda <strong>Ordem</strong> o acesso a uma ofertavantajosa de serviços e produtosbancários.www.oasrn.orgARTIGO DO BOLETIMEM EDIÇÃO BRAILLEA revista POLIEDRO n.º 525, deFevereiro, editada pelo CentroProfessor Albuquerque e Castro -Edições Braille, da Santa Casa daMisericórdia do Porto, publicou oartigo <strong>ARQUITECTOS</strong> POR UMASOCIEDADE PARA TODOS deSusana Machado, da edição desteboletim de Dezembro 2005. Estarevista para invisuais tem umatiragem de cobertura nacional,abrangendo também os países deexpressão portuguesa. Neste artigodestaca-se o necessário empenhode to<strong>dos</strong> os <strong>Arquitectos</strong> nodesenvolvimento de projectos deplaneamento urbano e do edificado,por ser absolutamente necessáriopara se atingir o objectivo de secriar uma sociedade sem barreiras,significando o respeito pelos valoresfundamentais da igualdade,liberdade e solidariedade.MARÇO 2006Arquivo OA SRNFesta - I Love Távora6 MAIO (SÁBADO)Quinta da Conceição, Leça da Palmeira, a partir das 22h.A Programação «I Love Távora» prossegue agora com a recolha decontributos para a Festa. Continuamos a receber contributos sobre oarquitecto, como imagens, apontamentos de cadernos de aulas,memórias e histórias, episódios que envolvam a personagem, frases ouaforismos que tenham marcado, trabalhos ou obras que manifestem asua influência, referências, ou simples depoimentos pessoais.Agradecemos a to<strong>dos</strong> os que já entregaram o seu contributo e a to<strong>dos</strong>aqueles que o pretendam via a fazer. Envie, de preferência em suporteinformático, para cultura@oasrn.org (Subject: I Love Távora), ou porcorreio para: I Love Távora, <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>-SRN, Rua D. Hugo 5-7,4050-305 Porto.Obra AbertaVisitas guiadas a obras de arquitectura de Fernando Távora, aos sába<strong>dos</strong>.11 Março Mercado Municipal de Santa Maria da Feira - José AntonioBandeirinha25 Março Pousada de Santa Marinha, Guimarães - Francisco Barata8 Abril Casa de Ofir - Sérgio FernandezInscrições (limitadas a 40) pelo telefone, a partir da segunda-feiraanterior a cada visita.Reunião de Obra - SRNCiclo de exposição + Conferência + visita guiada à Obra num total de 6obras / 6 autores.Museu <strong>dos</strong> Transportes e Comunicações , Porto3.ª a 6.ª, 10-12h e 14-18h; Sába<strong>dos</strong> e domingos, 15-19hVisitas guiadas à exposição to<strong>dos</strong> os dias segundo o horário do Museu.A exposição tem como principal objectivo dar a conhecer à sociedade eaos arquitectos o processo da construção de uma obra de referência,assim como os seus diversos participantes, fases e intervenientes.(Este evento tem por base uma ideia do Arq. Pedro Veríssimo, da OA-SRS).Associação para o Museu <strong>dos</strong> Transportes e Comunicações, Portotel. 223 403 000museu@amtc.ptHABITAÇÃO UNIFAMILIAR30 Março > 21 MaioCasa Carlota - Casa LaranjeiraJosé Paulo <strong>dos</strong> Santos, PortoEntrada livre em to<strong>dos</strong> os eventos.Programação disponível em www.oasrn.orgComissariado: Luís Tavares Pereira, Teresa Novais, Filipa GuerreiroJosé Gigante (Festa)Produção : Ana Maio e Carlos FaustinoTel. 222 074 250 Fax. 222 074 259. cultura@oasrn.orgOBRA ABERTANo passado dia 11 de Fevereiro, iniciou-se o ciclo de visitas guiadas aobras do Arquitecto Fernando Távora. A Casa <strong>dos</strong> 24 no Porto foi o pontode partida para o início do ciclo Obra Aberta, que está presentemente aser organizado pelo Pelouro da Cultura da SRN. O convidado para estaprimeira visita foi o Arq. Carlos Martins que, perante um grupo atento departicipantes, abordou alguns <strong>dos</strong> pontos que mais caracterizam estaobra do Arq. Fernando Távora, um projecto que visou igualmente aremodelação do acesso pela Calçada de Vandoma e todo o arranjo dazona envolvente da Casa <strong>dos</strong> 24 junto à Sé Catedral portuense.CARLOS ALBERTO FAUSTINOR2 DesignAlexandre KumagaiA SULARQUITECTURAE ENERGIA: CONSTRUÇÃOSUSTENTÁVELEM DESTAQUEA Secção Regional Sul da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> organizou, entre 19 e 28de Janeiro, o seminário «Arquitectura e Energia: sustentabilidade eeficiência energética na arquitectura e construção» com programação econteú<strong>dos</strong> do arquitecto Miguel Veríssimo. Este evento, muito concorrido(encheu o espaço Cubo da Faculdade de Arquitectura de Lisboa) teve lugarnuma altura em que Portugal aprovou (a 26 de Janeiro) um conjunto dediplomas relativos ao cumprimento das metas do Protocolo de Quioto e doPrograma Nacional para as Alterações Climáticas. Entre eles, está oDecreto-Lei que aprova o Sistema Nacional de Certificação Energética e daQualidade do Ar Interior <strong>dos</strong> Edifícios (transposição parcial da Directiva2002/91/CE), e os decretos que aprovam o Regulamento <strong>dos</strong> SistemasEnergéticos de Climatização <strong>dos</strong> Edifícios (RSECE) e o Regulamento dasCaracterísticas de Comportamento Térmico <strong>dos</strong> Edifícios (RCCTE).Ao mesmo tempo, a Comissão Europeia promove uma consulta públicasobre as questões da eficiência energética, solicitando às empresas,operadores do sector, investigadores e consumidores que enviemcomentários e sugestões até final de Março mais informação emwww.oasrs.orgSem capacidadede regeneraçãoOs diplomas aprova<strong>dos</strong> pretendem, genericamente, obrigar a pouparenergia oriunda <strong>dos</strong> combustíveis fósseis ao mesmo tempo que devemmelhorar as condições de habitabilidade <strong>dos</strong> edifícios construí<strong>dos</strong> de novoem relação aos actualmente existentes. Isso será feito através de soluçõestécnicas mais eficientes e do uso de energias renováveis. A Directiva obrigaà verificação periódica <strong>dos</strong> consumos de energia nos edifícios de serviços e adisponibilização desses da<strong>dos</strong> ao público, através de um certificado visível àentrada <strong>dos</strong> imóveis. O seminário destacou a responsabilidade cada vezmaior da prática profissional <strong>dos</strong> arquitectos, como de outros profissionaisenvolvi<strong>dos</strong> numa indústria, a Construção, responsável pela destruição demais de metade <strong>dos</strong> recursos naturais da Terra. Tanto mais que é hojeevidente que «o ritmo de exploração <strong>dos</strong> recursos é já vários milhões devezes superior à capacidade de regeneração da natureza», de acordo comum texto de apresentação de Miguel Veríssimo. A arquitecta MarianaCorreia, especialista em arquitectura de terra, referiu mesmo que«engenheiros, designers e arquitectos serão pessoalmente responsáveis elegalmente imputáveis por criarem utensílios, acessórios ou edifícios quecausam deterioração ambiental». Carlos Nascimento, engenheiroespecialista em energia e coordenador do grupo de consultores para arevisão das leis sobre eficiência energética em edifícios, afirmou que oconsumo energético em Portugal crescerá 50% até 2020. O arquitectoFrancisco Moita disse que Portugal é o país da União que «mais esbanja edesperdiça energia nos edifícios» e que, «tendo um recurso energéticoimportante (energia solar) é o que dela faz menos uso».Arquitectura em pesoSegundo os da<strong>dos</strong> apresenta<strong>dos</strong>, os consumos energéticos nos edifícioscorrespondem a mais de 25% do consumo de energia total e não param deaumentar quando «é bem conhecida a deplorável situação de conforto dagrande maioria <strong>dos</strong> nossos edifícios, tantas vezes desenha<strong>dos</strong> segundoestereótipos arquitectónicos importa<strong>dos</strong>». Além de uma oficina de trabalho(em que os arquitectos foram confronta<strong>dos</strong> com opões técnicas e formaispara responder a exigências climáticas ou à integração de recursos naturaisna arquitectura, como as energias solar e fotovoltaica), o semináriointegrou, à noite, uma programação cultural: dois documentários, sobreRichard Buckminster Fuller e Joseph Beuys, e uma discussão à volta deDonald Judd e Walter de Maria, entre outros. Pressupostos ou ideiasexploratórias enumera<strong>dos</strong> por um visionário como Buckminster Fuller(«fazer mais com menos», «quanto pesa um edifício») estiveram presentesem muitas das intervenções e são hoje correntes nos discursossustentáveis. Por exemplo, o arquitecto espanhol Albert Cuchí apresentouos da<strong>dos</strong> de um estudo destinado a quantificar o peso <strong>dos</strong> edifíciosconstruí<strong>dos</strong>. Esses da<strong>dos</strong> são, também, o ponto de partida para concluir que«os materiais de construção tradicional (tijolo, madeira) custam muitomenos energia a produzir» do que os da ‘revolução industrial’ (cimento, aço,aglomera<strong>dos</strong>) e estes custam menos que os materiais de última geração(PVC, poliuretanos, cobre)». Ou seja, concluiu, «vamos na direcção errada atoda a velocidade».ANTÓNIO HENRIQUESApresentação de trabalhos no dia 28 de Janeiro: além das comunicações, oseminário integrou uma oficina de trabalho na qual os arquitectos puderamensaiar soluções com uso de materiais que têm em conta as exigênciasclimáticas, o aproveitamento de recursos naturais e a sua reciclagem.Fernando MartinsLISTA «MÉDIO TEJO»ELEITA COM 25VOTOS…A Lista «Médio Tejo» obteve 25votos num universo de 99 eleitores,tendo sido considera<strong>dos</strong> inváli<strong>dos</strong>seis votos, numa eleição realizadaa 17 de Fevereiro nas instalaçõesdo núcleo, em Abrantes.A lista vencedora (Rui Miguel <strong>dos</strong>Santos Serrano, Pedro ManuelAraújo Dias Costa, Ricardo ManuelMartins Cabrita, Ana Sofia BarralFernandes Pereira da Cruz, JoséFernando Porto Tavares, membrosefectivos; Vítor Manuel TavaresGomes Santana e Carlos AugustoSantos Duque, membros suplentes;e Bernardino Carlos VaretaRamalhete, mandatário da lista)integra grande parte da comissãoinstaladora do núcleo, nomeadaem Abril de 2004.… E «LISTA SÉPIA»VENCEDORA NADELEGAÇÃO DOALGARVEA «Lista Sépia», candidata única àseleições para a direcção dadelegação do Algarve, obteve 63<strong>dos</strong> 66 votos expressos (dois votosem branco e um nulo), na eleiçãorealizada a 17 de Fevereiro, nasinstalações da delegação, em Faro.Votaram 15% <strong>dos</strong> inscritos.A lista vencedora é composta porMarta Isabel Sena Augusto,presidente; Ana Paula MarquesGodinho, secretária; AntónioMiguel Leal Correia Car<strong>dos</strong>oFerreira, tesoureiro; Filipe ManuelRamos Rosa da Cunha, CláudiaCristina <strong>dos</strong> Santos Lopes Pereira,Sandra Morgado Neto, vogais; eJorge Manuel Torres Guerreiro,delegado da lista.Formação ContínuaINTRODUÇÃOÀ PEREQUAÇÃOEM MAIO E JUNHOA SRSul organiza duas acções deformação sobre Perequação a 9 deMaio e 21 de Junho.A 9 de Maio repete-se a acção deformação realizada em Novembrode 2005 (Acção de Formação sobrePerequação Nível I). Em 21 deJunho, para quem já estáfamiliarizado com o tema oufrequentou o nível I emNovembro/Maio, a acção destinaseao esclarecimento de dúvidaspráticas que cada inscrito poderácolocar previamente em formato adefinir pelos formadores (Acçãode Formação sobre PerequaçãoNível II).O Decreto-Lei 380/99 de 22 deSetembro, com as alteraçõesintroduzidas pelo Decreto-Lei310/2003 de 10 de Dezembroestipula que os proprietários têmdireito à distribuição perequativa<strong>dos</strong> benefícios e encargosdecorrentes <strong>dos</strong> instrumentos degestão territorial vinculativos <strong>dos</strong>particulares.Mais estipula que os instrumentosde gestão territorial vinculativos<strong>dos</strong> particulares devem prevermecanismos directos ouindirectos de perequação segundocritérios defini<strong>dos</strong>. Decorri<strong>dos</strong> seisanos desde a publicação dodiploma, continuam a suscitar-seinúmeras dúvidas sobre aaplicação da perequação.Inscrições e programa em www.oasrs.org
03 <strong>ARQUITECTOS</strong>EDITALConselho Regional deDisciplina da Secção SulProcessoDisciplinar n.º 28/05Queixoso: Coronel José FerreiraBarroca MonteiroArguido: Arq. Mário Augusto <strong>dos</strong>Santos BentoNos termos do artigo 27.º, n.º 2 e 3do Regulamento do ProcedimentoDisciplinar aprovado na 42.ª reuniãoplenária do Conselho DirectivoNacional da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong>,de 02/08/2004, fica o arguido MárioAugusto <strong>dos</strong> Santos Bento, nostermos do artigo 59.º do Estatutoda <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong> <strong>Arquitectos</strong> (EOA),notificado do despacho deacusação que contra ele foideduzido e que se encontra à suadisposição na Secretaria doConselho Regional de Disciplina daSecção Sul da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong>. Mais fica notificado deque deverá apresentar a suadefesa, no prazo de 20 dias, nostermos do artigo 60.º do EOA eartigo 41.º do Regulamento deProcedimento Disciplinar, conta<strong>dos</strong>a partir do decurso de 30 dias sobrea data da afixação do presenteedital, nos termos do n.º 3 do artigo27.º do mesmo regulamento.Lisboa, 18 de Janeiro de 2006A RELATORA, ANA RAFAEL, ARQUITECTABAIXA DEPOIS DA BAIXANo dia 28 de Janeiro, realizou-sea segunda visita guiada do ciclo,tendo como convidada a Prof.Maria Calado.O tema abordado foi «A Baixae o séc. XIX», tendo por base asintervenções feitas ao longo desteperíodo e transição do século,nesta parte do tecido urbano.Partindo de exemplos deprogramas como padarias,leitarias, lojas, até a intervençõesde maior envergadura, como a deVentura Terra, no Banco Lisboa &Açores, passando pelaarquitectura do ferro, como a doelevador de Santa Justa, estescasos serviram de pretexto paraenquadrar o pensamento e aprodução arquitectónica destaépoca, nesta zona da cidade.JOSÉ MANUEL RODRIGUESESCLARECIMENTOA COR AZUL DA ESGALLAECIAA ESG/Escola Superior Gallaeciafoi referenciada nos “Cursos semcondições para inclusão daDirectiva” na anterior edição doboletim e sentiu-se lesada pelodestaque, a cor vermelha, de umparecer negativo com base naPortaria n.º 875/99, de 8 deOutubro, que há já quatro anosnão vigora. Do seu ponto de vista,fica desvalorizado o facto daLicenciatura em Arquitectura eUrbanismo da ESG (conformePortaria n.º 1132/2003, de 5 deFevereiro) ser uma das cincolicenciaturas portuguesasreconhecidas pela DirectivaEuropeia 85/384/CEE (cf. diplomade actualização 2006/C3/06) eque, para o efeito, recolheu umParecer prévio da <strong>Ordem</strong> <strong>dos</strong><strong>Arquitectos</strong>. Esta referência éfeita no mesmo artigo, a cor azul,mas esclarecemos a situação apedido da ESG.MARÇO 2006ADMISSÃOCURSOS DE ARQUITECTURASITUAÇÃO EM FEVEREIRO 2006O Conselho Directivo Nacionalaprovou, em plenário reunido a 16de Fevereiro, a seguinte propostado Conselho Nacional deAdmissão.CURSOS RECONHECIDOSDeliberação de 13 de Maio de 2004Curso de Arquitectura eUrbanismo da Escola SuperiorGallaecia(cf. Portaria n.º 129/2003, de 05.02,publicada no DR n.º 30 – I.ª Série B)Deliberação de 2 de Agosto de 2004Curso de Arquitectura da EscolaUniversitária das Artes de Coimbra(cf. Portaria n.º 76/01, de 07.02,publicada no DR n.º 32 – I.ª Série B)Deliberação de 14 de Julho de 2005Curso de Arquitecturade Interiores da FA/UTL(cf. Portaria n.º 575/04, de 22.07,publicada no DR n.º 171 – II.ª Série)Deliberação de 6 de Setembrode 2005Curso de Arquitectura da EscolaUniversitária Vasco da Gama(cf. Portaria n.º 87/2001, de 08.02,publicada no DR n.º 33 – I.ª Série B)Deliberação de 27 de Setembrode 2005Curso de Arquitectura daUniversidade Independente(cf. Portaria n.º 1193/97, de 22.11,publicada no DR n.º 272 – I.ª Série B)Deliberação de 16 de Fevereirode 2006Curso de Arquitecturada Universidade de Évora(Deliberação n.º 1396/05, de 21.10,publicada no DR n.º 203 – II.ª Série)Curso de Arquitectura daUniversidade Lusófona deHumanidades e Tecnologias(cf. Portaria n.º 838/05, de 16.09,publicada no DR n.º 179 – I.ª Série B)CURSOS ACREDITADOSDeliberação de 30 de Julho de 2001Curso de Arquitectura da FCTUC(cf. Portaria n.º 448/88, de 08.07,publicada em DR n.º 156 – I.ª Série,e Despachos n.º 4406/97 en.º 20197/98, publica<strong>dos</strong> no DR –II.ª Série, respectivamente, de19.07 e 18.11)Curso de Arquitectura da FA/UP(cf. Portaria n.º 815/84, de 20.10,publicada no DR n.º 244 – I.ª Série,e Resolução do Senadon.º 26/SG/SC/94, publicadano DR – II.ª Série, de 27.09)Curso de Arquitectura da FA/UTL(Até 2004/2005, inclusive)(cf. Deliberação do Senadon.º 5/UTL/95 e Despacho Reitoralde 16.10.96, publica<strong>dos</strong> em DR –II.ªSérie, respectivamente de 04.12e de 26.11)Curso Superior de Arquitecturada ESAP (Até 2004/2005, inclusive)(cf. Despacho n.º 129/MEC/86, de21.06, publicado no DR – II.ª Série,de 28.06)Deliberação de 14 de Julho de 2003Curso de Licenciatura emArquitectura do DepartamentoAutónomo de Arquitecturada Universidade do Minho(cf. Decreto-Lei n.º 155/96, de11.05, publicado no DR n.º 144 –II.ª Série, de 25.06.97, eRectificação n.º 168, publicada noDR – II.ª Série, de 23.07.97)Deliberação de 14 de Julho de 2005Curso de Arquitectura de GestãoUrbanística da Faculdade deArquitectura da FA/UTL(cf. Deliberação do Senadon.º 9/UTL/95, de 14.11, publicadano DR n.º 279 – II.ª Série, de 04.12)Curso de Arquitectura doPlaneamento Urbano e Territorialda FA/UTL(cf. Deliberação do Senado n.º6/UTL/95, de 14.11, publicada noDR n.º 279 – II.ª Série, de 04.12)Curso de Arquitecturada Universidade Autónomade Lisboa(cf. Portaria n.º 1094/00, publicadano DR n.º 265 – I.ª Série B, de16.11, que altera a Portarian.º 703/98, publicada no DR n.º 204– I.ª Série B, de 04.09)Curso de Arquitectura doInstituto Superior Técnico(cf. Deliberação de Senado daUniversidade Técnica de Lisboaem 17.06.98 – Despacho Reitoraln.º 3/UTL/98, publicado no DR n.º246 – II.ª Série, de 24.10)Curso de Arquitectura do ISCTE(cf. Deliberação da Assembleia deEscola de 28.05.98, Despacho n.º13051/98 – 2.ª série, publicado noDR n.º 173 – II.ª Série, de 29.07;alterado conforme Despacho n.º24402/00 – 2.ª série, publicado noDR n.º 275 – II.ª Série, de 28.11, eDespacho n.º 10251/03 – 2.ª série,publicado no DR n.º 118 – II.ª Série,de 22.05)Curso de Arquitectura daUniversidade Lusíada de Lisboa(cf. Portaria n.º 1286/02, publicadano DR n.º 218 – I.ª Série B, de 20.09)Curso de Arquitectura daUniversidade Lusíada do Porto(cf. Portaria n.º 1132/91, publicadano DR n.º 251 – I.ª Série B, de 31.10)Curso de Arquitecturada Universidade Lusíadade Vila Nova de Famalicão(cf. Portaria n.º 1209/93, publicadano DR n.º 269 – I.ª Série B, de 17.11)Curso de Licenciatura emArquitectura da UniversidadeModerna de Lisboa(cf. Portaria n.º 154/03, publicadano DR n.º 37 – I.ª Série B, de 13.02)ANÁLISE EM CURSO(S)PROCESSO DE RECONHECIMENTO❚ Curso de Arquitecturada Universidade Lusíadade Vila Nova de Famalicão❚ Curso de Arquitecturada Universidade Católica – ViseuPROCESSO DE ACREDITAÇÃO❚ Curso de Arquitectura doInstituto Superior Manuel TeixeiraGomes❚ Curso de Arquitectura da FA/UTL❚ Curso de Arquitectura deInteriores da FA/UTL❚ Curso de Arquitectura daFaculdade de Ciências eTecnologias da Universidade deCoimbra❚ Curso de Arquitectura da EscolaUniversitária das Artes de Coimbra❚ Curso de Arquitectura da EscolaSuperior Artística do Porto❚ Curso de Arquitectura daUniversidade de Évora❚ Curso de Arquitectura daUniversidade Lusófona deHumanidades e Tecnologias❚ Curso de Arquitectura daUniversidade Lusíada do PortoJOÃO CORREIA REBELO (1923-2006)ARQUITECTURA OU MASCARADA?«Arquitectura ou Mascarada?» terásido, porventura, a expressão pelaqual ficou célebre a polémica que seinstalou em Ponta Delgada emtorno do ordenamento da Praça deGonçalo Velho, no início <strong>dos</strong> anos 50do século passado. A sua autoria éde João Correia Rebelo (JCR), filhodo conhecido pintor micaelenseDomingos Rebelo.JCR foi uma figura singular, dotadade um invulgar espírito combativo,que deixou algumas obras deespecial referência em S. Miguel e naTerceira. Naquela primeira ilhapodem citar-se o Colégio de S.Francisco Xavier (1955-58); oSeminário-Colégio de Santo Cristo(1968-61), hoje transformado emunidade hoteleira; algumasmoradias, entre as quais a CasaAlmeida Lima (1960), na Rua Direitada Ribeira Grande, e a moradia deJosé Silva Fraga (1958-60), naEstrada da Ribeira Grande; paraalém de interessantes adaptaçõesde rés-do-chão a estabelecimentoscomerciais como por exemplo a ChicLoja de Modas (1957) e a OurivesariaRubi (1958-60), em Ponta Delgada.Por sua vez, na Terceira deixouaquela que é unanimementeconsiderada a sua obra madura: aEstalagem da Serreta (1960-69).Mas JCR projectou-se publicamentee ganhou respeito e admiraçãoentre os seus pares pelas posiçõescríticas que assumiu face aosprojectos da Câmara Municipal dePonta Delgada para os edifícios daPraça de Gonçalo Velho, junto à suanova avenida marginal. Aarquitectura projectada para estelocal, ao invés do que JCR achavaque deveria acontecer, não era maisdo que uma réplica (a duzentosanos de distância…) do que tinhasido projectado para a Praça doComércio, em Lisboa, depois doterramoto de 1755. Curiosos eimaginativos são os dois manifestos(«Não!», 1953, e «Senhor Ministro»,1956) de que JCR se socorreu paraexpressar a sua discordância(edição fac-similada daresponsabilidade do IAC-InstitutoAçoriano de Cultura, 2002).Infelizmente, JCR não conseguiufazer vingar as suas ideias, quandodefendia que a arquitectura deveriaser a expressão do seu tempo e nãoum mimetismo de outros tempos;que a arquitectura deveria fazer usopleno das técnicas disponíveis noseu tempo e assumir essa utilizaçãosem rodeios ou disfarces. Porém, seJCR teve motivos para defenderestas ideias nos anos 50 do séculopassado, creio que hoje talveztivesse ainda mais razões para ofazer. Aquele que foi seguramente omais notável arquitecto açoriano <strong>dos</strong>éculo XX faleceu no passado dia 31de Janeiro, com 82 anos, na cidadede Montreal, no Canadá, onderesidia desde 1969. Deixou-nos umaobra arquitectónica importantemas, acima de tudo, deixou-nos umsignificativo exemplo da luta pelosideais do Movimento Moderno como qual amplamente se comprometeu.JORGE A. PAULUS BRUNOJoão Correia RebeloQuando após o Terramoto de 1755 oMarquês de Pombal se viu a contascom a tarefa ingente de construirLisboa, não teve a pretensão de ofazer à maneira <strong>dos</strong> seusantepassa<strong>dos</strong>, nem tão pouco sevaleu da sua posição de mando paraassumir atitudes dictatoriais eimpor à arquitectura da futura urbauma visão pessoalista, subjectiva,alheada das realidade do momentoe da época em que vivia.Inteligentemente, o que fez foianalisar a situação económicosocialem que tinha de actuar, mediras posibilidades <strong>dos</strong> materiais etécnicas de construção de queentão dispunha, considerar astendências e ideais estéticos daépoca, harmonizar tudo isso numtodo plástico e aceitar a expressãoresultante como coisa natural,lógica, certa. Assim surgiu uma novaexpressão de arquitectura emPortugal, o pombalino, de que oTerreiro do Paço é um <strong>dos</strong> conjuntosmais representativos. Arquitecturaautêntica, pois traduz toda arealidade histórica do momento emque surgiu, o pombalino temimpresso nas suas formas a lucideze a coragem com que se soubeenfrentar os tremen<strong>dos</strong> problemassuscita<strong>dos</strong> por uma cidade que seviu subitamente na dor e na miséria.(...) Modernamente, algumasconstruções de Lisboa, tentaramconscientemente ressuscitar asformas de arquitectura do séc. XVIII.O fracasso foi estron<strong>dos</strong>o. É que emarquitectura, como nas demaisartes, forma e conteúdo constituemum todo, e o conteúdo de umaarquitectura é a vida, são ideais e asaspirações que caracterizam edefinem uma ápoca. O gosto, ocapricho, a ambição e a vontade <strong>dos</strong>indivíduos, não chegam para fazersobreviver uma arquitectura. Hajaem vista o que se passou com aAlemanha de Hitler, cujaarquitectura, visando um pretensoclassicismo, não subsistiu ao regimeque a gerou. Se quisermos poisencontrar os fundamentos váli<strong>dos</strong>de uma arquitectura, temos de osprocurar nas estruturas económicase sociais que definem uma época,nos seus ideais, nas suasaspirações, nas suas concepçõesestéticas, nos materiais e técnicasde construção de que dispõe parresolver os seus problemasespecíficos. Arquitectura quedespreze estes da<strong>dos</strong>, ou que delesnão dê claro testemunho,arquitectura que teime em viveragarrada às formas de um mundopassado, não tem condições devivêmcia. É obra morta. Não serve oHomem. Serve espectros!...JOÃO CORREIA REBELOIn «Correio das Ilhas», 10 de Agosto 1953Estalagem da Serreta,Terceira, 1960-69.«(...) É a obra prima de Rebelo e uma das obrasportuguesas que pode ombrear com a produçãointernacional da sua época.Está hoje abandonada.»Ana Vaz Milheiro, Público.Não! Uma obra que deve ser salva!UMA VIDA NÓMADA.UMA OBRAFRAGMENTADA.UMA PESSOA INTEIRAAo evocar a criação e a postura deJoão Rebelo como arquitecto, doistraços fundamentais da suamaneira de ser avultamimediatamente, numa primeiraapreciação: o seu grande talento ea sua extrema modéstia. Terá sidoesta última uma das razões paraque o valor da sua obra comoarquitecto não tivesse sidoreconhecid mais cedo. Mas houveoutra razão, e natureza material: onomadismo que condicionou a suavida. Tal circunstância conduziu auma produção dispersa efragmentada e impediu-o deconstituir atelier próprio decarácter duradouro, onde asequência <strong>dos</strong> projectospermitisse construir uma obracom consistência e visibilidade.Efectivamente, João Rebelo foi umhomem dividido entre os Açores eo Continente, numa dicotomiadilacerante entre o apelo dasraízes e as oportunidades detrabalho. As cartas enviadas paraamigos em Lisboa ajudam aperceber o que foi essa vidanómada, que culminou com apartida para o Canadá, onde afamília se fixou definitivamente.(...) João Rebelo revelou uma outrafaceta do seu carácter: a recusado conformismo e da indiferença,não se resignando a ficar debraços caí<strong>dos</strong> perante o queacontecia à sua volta e quemerecia a sua indignação. Assim,depois de ter publicado no Correio<strong>dos</strong> Açores uma sátira intitulada«Arquitectura ou Mascarada?»escreveu e ilustrou, imprimindo-oà sua custa, o que terá sidoporventura o mais contundente esarcástico libelo contra a retóricanacionalista que então dominava aarquitectura portuguesa,denunciando, com extremaeloquência e vigor, o mesquinhodecalque do Terreiro do Paçolisboeta então em construção nanova avenida marginal de PontaDelgada. (...)NUNO TEOTÓNIO PEREIRAIn Caldas, João Vieira (coord.) – JoãoCorreia Rebelo, Um Arquitecto Modernonos Açores. Catálogo da exposiçãoproduzida pelo Instituto Açoriano daCultura (2002). Angra do Heroísmo:Instituto Açoriano da Cultura, 2002.IAPXX