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Laboratório de Física Apostila Cursos: Engenharia ... - CEUNES

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Laboratório <strong>de</strong> Física<strong>Apostila</strong><strong>Cursos</strong>: <strong>Engenharia</strong> Química e<strong>Engenharia</strong> do Petróleo.


2UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasSumárioApresentação ............................................................................................................................................................................... 5Desenvolvimento do Curso, Provas Parciais e Testes ......................................................................................... 6Critérios <strong>de</strong> Avaliação ......................................................................................................................................................... 6Critério Geral: ..................................................................................................................................................................... 61. Provas: ....................................................................................................................................................................... 72. Testes: ....................................................................................................................................................................... 73. Relatórios:................................................................................................................................................................ 71 Cronograma. ....................................................................................................................................................................... 92 Relatórios ........................................................................................................................................................................... 102.1 Partes <strong>de</strong> um relatório ................................................................................................................................... 102.2 Apresentação dos resultados .................................................................................................................... 122.3 Recomendações sobre os cálculos numéricos ................................................................................ 123 Introdução à Física Experimental ........................................................................................................................ 124 Teoria da medida e dos erros ................................................................................................................................ 154.1 Gran<strong>de</strong>zas Físicas e Padrões <strong>de</strong> Medidas .......................................................................................... 154.2 Medidas Físicas .................................................................................................................................................. 184.3 Erros e Desvios .................................................................................................................................................. 184.3.1 Classificação <strong>de</strong> Erros .................................................................................................................................... 194.3.2 Incertezas ............................................................................................................................................................. 215 Propagação <strong>de</strong> incertezas - Crítica ao resultado da medição <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>za .................... 235.1 Soma ou subtração ......................................................................................................................................... 245.2 Outras operações ............................................................................................................................................. 256 Algarismos Significativos ........................................................................................................................................... 266.1 Exercícios............................................................................................................................................................... 297 Instrumentos <strong>de</strong> medida........................................................................................................................................... 317.1 Introdução ............................................................................................................................................................ 317.2 Aparelhos Analógicos ..................................................................................................................................... 327.2.1 A régua milimetrada ....................................................................................................................................... 327.2.2 Balança Tri-Escala ............................................................................................................................................ 337.3 Aparelhos não Analógicos ........................................................................................................................... 347.3.1 Aparelhos Digitais ............................................................................................................................................ 347.4 Exercício em Grupo: Medidas <strong>de</strong> Densida<strong>de</strong> Superficial........................................................... 398 Gráficos ............................................................................................................................................................................... 418.1 Introdução ............................................................................................................................................................ 418.2 Construção <strong>de</strong> Gráficos ................................................................................................................................. 428.3 Gráficos e Equações Lineares ................................................................................................................... 448.4 Métodos <strong>de</strong> Determinação dos Coeficientes a e b ....................................................................... 469 Roteiros – Primeira Seqüência .............................................................................................................................. 55Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


3UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.1 Experimento 1: Estudo <strong>de</strong> Cinemática Utilizando Colchão <strong>de</strong> Ar ...................................... 559.2 Objetivos................................................................................................................................................................ 559.3 Materiais Necessários..................................................................................................................................... 559.4 Montagem e Procedimento Experimental.......................................................................................... 569.5 O que Incluir no Relatório do Experimento ...................................................................................... 619.6 Experimento 2: Equilíbrio entre Corpos num Plano Inclinado com Atrito ..................... 629.6.1 Objetivos................................................................................................................................................................ 629.6.2 Material Necessário ......................................................................................................................................... 629.6.3 Procedimento Experimental ....................................................................................................................... 629.6.4 O que Incluir no Relatório do Experimento. .................................................................................... 659.7 Experiência 3: Lançamento Horizontal, Conservação da Energia e da Quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> Movimento ...................................................................................................................................................................... 669.7.1 Objetivos Gerais ................................................................................................................................................ 669.7.2 Material Necessário ......................................................................................................................................... 669.7.3 Montagem ............................................................................................................................................................. 679.7.4 Procedimento Experimental ....................................................................................................................... 679.7.5 O que Incluir no Relatório. ......................................................................................................................... 699.8 Experiência 4: Deformações Elásticas e Pêndulo Simples....................................................... 719.8.1 Objetivos Gerais ................................................................................................................................................ 719.8.2 Material Necessário ......................................................................................................................................... 719.8.3 Montagem Inicial .............................................................................................................................................. 719.8.4 Procedimento Experimental ....................................................................................................................... 729.8.5 Trabalho e energia mecânica numa mola helicoidal ................................................................... 759.8.6 Período <strong>de</strong> um Pendulo ................................................................................................................................ 759.9 O que Incluir no Relatório do Experimento. .................................................................................... 7610 Roteiros – Segunda Seqüência ........................................................ Erro! Indicador não <strong>de</strong>finido.10.1 Experimento 1: Carga Elétrica, Campo e Potencial Elétrico ................................................... 7710.1.1 Objetivos .......................................................................................................................................................... 7710.1.2 Materiais Necessários ............................................................................................................................... 7710.1.3 Fundamentação Teórica ......................................................................................................................... 7710.1.4 Campo Uniforme. ........................................................................................................................................ 7910.1.5 Campo Perturbado..................................................................................................................................... 8010.2 Resistência e Resistores, voltagem, corrente e Lei <strong>de</strong> Ohm .................................................. 8210.2.1 Objetivos .......................................................................................................................................................... 8210.2.2 Materiais Necessários ............................................................................................................................... 8210.2.3 Referencial Teórico .................................................................................................................................... 8210.2.4 Procedimento Experimental.................................................................................................................. 8410.3 Capacitância, capacitores e circuitos RC ............................................................................................ 8810.3.1 Objetivos .......................................................................................................................................................... 8810.3.2 Materiais necessários................................................................................................................................ 8810.3.3 Referencial Teórico .................................................................................................................................... 8810.3.4 Circuito RC série .......................................................................................................................................... 9010.3.5 Primeiro Experimento ............................................................................................................................... 90Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


4UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10.3.6 Segundo Experimento .............................................................................................................................. 9110.4 Indutores, campo magnético, experiência <strong>de</strong> Oersted. .................... Erro! Indicador não<strong>de</strong>finido.10.4.1 Objetivos ............................................................................................ Erro! Indicador não <strong>de</strong>finido.10.4.2 Materiais necessários.................................................................. Erro! Indicador não <strong>de</strong>finido.10.4.3 Referencial Teórico ...................................................................... Erro! Indicador não <strong>de</strong>finido.10.4.4 Procedimento Experimental.................................................... Erro! Indicador não <strong>de</strong>finido.10.4.5 Relatório............................................................................................. Erro! Indicador não <strong>de</strong>finido.11 Apêndices ................................................................................................................................................................... 9711.1 Apêndice I: Dedução das Equações dos Mínimos Quadrados ...... Erro! Indicador não<strong>de</strong>finido.12 Bibliografia ................................................................................................... Erro! Indicador não <strong>de</strong>finido.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


5UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasApresentaçãoO laboratório fornece ao estudante uma oportunida<strong>de</strong> única <strong>de</strong> validar as teoriasfísicas <strong>de</strong> uma maneira quantitativa num experimento real. A experiência nolaboratório ensina ao estudante as limitações inerentes à aplicação das teorias físicasa situações físicas reais e introduz várias maneiras <strong>de</strong> minimizar esta incertezaexperimental. O propósito dos laboratórios <strong>de</strong> Física é tanto o <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar algumprincípio físico geral, quanto permitir ao estudante apren<strong>de</strong>r e apreciar a realização<strong>de</strong> uma medida experimental cuidadosa.Esta apostila <strong>de</strong>senvolvida pelo grupo <strong>de</strong> professores <strong>de</strong> Física do <strong>CEUNES</strong> contemplaum estudo introdutório à teoria <strong>de</strong> erros com vista ao tratamento <strong>de</strong> dados obtidosno Laboratório e a construção <strong>de</strong> gráficos lineares, além da <strong>de</strong>scrição <strong>de</strong>talhada <strong>de</strong>09 experimentos nas áreas <strong>de</strong> mecânica, fluidos e calor.A Coor<strong>de</strong>naçãoCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


6UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasDESENVOLVIMENTO DO CURSO, PROVAS PARCIAIS E TESTESAs três primeiras aulas estão reservadas para um estudo introdutório à teoriados erros, com vistas ao tratamento dos dados obtidos no Laboratório, sendo que asegunda aula será reservada, especificamente, para o estudo <strong>de</strong> gráficos em papelmilimetrado e/ou monolog.No restante das aulas serão realizadas oito experiências, divididas em duasséries <strong>de</strong> quatro, havendo a possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma experiência extra.Os alunos serão distribuídos em quatro grupos, sendo que cada grupo<strong>de</strong>senvolverá uma experiência em cada aula.CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃOCRITÉRIO GERAL:As avaliações no <strong>de</strong>correr do semestre serão feitas através <strong>de</strong> duas provas,dois testes e relatórios com os seguintes pesos:Mparcial3M M M5provas testes relatoriosM provasM testesM relatórios= Média aritmética das notas obtidas nas 2 provas parciais= Média aritmética das notas obtidas nos 2 testes= Média aritmética das notas obtidas nos relatórios.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


7UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas1. Provas:A primeira prova será aplicada após as quatro primeiras experiências, portantocom o conteúdo abordado nestas experiências.A segunda prova será aplicada após se completarem as quatro experiênciasfinais, sendo abordado o conteúdo referente a estas experiências.As provas consistirão <strong>de</strong> problemas ou questões que po<strong>de</strong>rão abordarqualquer aspecto das experiências, como procedimentos, conceitos físicos envolvidosdiretamente com as mesmas, <strong>de</strong>dução <strong>de</strong> fórmulas específicas para os cálculos dasgran<strong>de</strong>zas, cálculos numéricos, etc.2. Testes:erros.O primeiro teste consistirá <strong>de</strong> questões referentes ao conteúdo <strong>de</strong> teoria <strong>de</strong>O segundo teste consistirá na elaboração <strong>de</strong> um gráfico (em papelmilimetrado e/ou monolog) incluindo todos os procedimentos e cálculos pertinentes.3. Relatórios:Após cada aula com experiência, o grupo <strong>de</strong>verá elaborar um relatórioseguindo os roteiros disponibilizados pelos professores contendo: os cálculos, osgráficos (quando houver), discussão das questões propostas, <strong>de</strong>dução <strong>de</strong> fórmulasse forem solicitadas na apostila e conclusão que <strong>de</strong>verá incluir comentáriosreferentes aos resultados obtidos, aos procedimentos adotados e sua relação com ateoria envolvida.Observações: Cada grupo <strong>de</strong>verá apresentar apenas um relatório elaborado por todos osseus membros. Os grupos <strong>de</strong>verão apresentar o relatório, na aula seguinte àquela darealização da experiência, sem prorrogação. Pontualida<strong>de</strong>: será dada uma tolerância <strong>de</strong>, no máximo, 15 minutos. Umatraso maior será consi<strong>de</strong>rado na nota do relatório correspon<strong>de</strong>nte.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


8UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasInformações gerais sobre o curso: NÃO será permitido, em hipótese nenhuma, o uso <strong>de</strong> calculadoras programáveis(tipo HP ou similares), em provas e testes. Entretanto, recomenda-se a utilização <strong>de</strong> umacalculadora científica comum. Em caso <strong>de</strong> reutilização <strong>de</strong> apostilas <strong>de</strong> anos anteriores, NÃO <strong>de</strong>verão constar, emhipótese nenhuma, os dados tomados naquela ocasião: estes <strong>de</strong>verão estar todosapagados. O aluno po<strong>de</strong>rá repor, em caso <strong>de</strong> falta, apenas UMA experiência da primeira série eUMA experiência da segunda série, nos dias e horários <strong>de</strong> ‘Reposição <strong>de</strong> Experiências’indicados no calendário. A ‘Reposição <strong>de</strong> Experiências’ é feita somente com a presença do monitor e o relatóriorelativo à experiência reposta só po<strong>de</strong>rá atingir o valor máximo <strong>de</strong> 7,0. É importante repetir: os relatórios das experiências (1 relatório por grupo) <strong>de</strong>verão serapresentados na aula seguinte daquela da realização da experiência, sem prorrogação. Em caso <strong>de</strong> falta do aluno às aulas dos dias dos testes, NÃO caberá reposição dosmesmos. Em caso <strong>de</strong> falta do aluno a uma das provas e somente mediante aapresentação <strong>de</strong> atestado médico na aula seguinte ao dia da prova, esta po<strong>de</strong>rá serreposta.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


91 Cronograma.UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasSemana 1: Apresentação do curso;Semana 2: Teoria da Medida e dos Erros;Semana 3: Gráficos lineares;Semana 4: Experimentos;Semana 5: Experimentos;Semana 6: Experimentos;Semana 7: Experimentos;Semana 8: Semana <strong>de</strong> Reposição <strong>de</strong> Experimentos;Semana 9: Semana <strong>de</strong> dúvidas;Semana 10: Primeira prova;Semana 11: Experimentos;Semana 12: Experimentos;Semana 13: Experimentos;Semana 14: Experimentos;Semana 15: Semana <strong>de</strong> Reposição <strong>de</strong> Experimentos;Semana 16: Semana <strong>de</strong> dúvidas;Semana 17: Segunda prova;Semana 18: Prova final.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


102 RelatóriosUNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasDe uma forma geral, em ciência os resultados <strong>de</strong> um dado estudo sãoregistrados e divulgados na forma <strong>de</strong> relatórios científicos. Enten<strong>de</strong>-se por relatóriocientífico um documento que segue um padrão previamente <strong>de</strong>finido e redigido <strong>de</strong>forma que o leitor, a partir das indicações do texto, possa realizar as seguintestarefas:1) Reproduzir as experiências e obter os resultados <strong>de</strong>scritos no trabalho, comigual ou menor número <strong>de</strong> erros;2) Repetir as observações e formar opinião sobre as conclusões do autor;3) Verificar a exatidão das análises, induções e <strong>de</strong>duções, nas quais estiverembaseadas as conclusões do autor, usando como fonte as informações dadasno relatório.2.1 Partes <strong>de</strong> um relatório1. Capa: Deve incluir os dados do local on<strong>de</strong> a experiência foi realizada(Universida<strong>de</strong>, Instituto e Departamento), disciplina, professor, equipeenvolvida, data e título da experiência.2. Introdução: Esta parte <strong>de</strong>ve incluir um as equações mais relevantes(<strong>de</strong>vidamente numeradas), as previsões do mo<strong>de</strong>lo teórico (<strong>de</strong> preferência emforma <strong>de</strong> tabela ou lista) e todos os símbolos utilizados para representar asgran<strong>de</strong>zas físicas envolvidas.A introdução não <strong>de</strong>ve possuir mais que duas páginas em texto com fonte 10ou três páginas manuscritas.3. Dados experimentais: Deve apresentar os dados obtidos(preferencialmente em forma <strong>de</strong> tabelas), ou seja, todas as gran<strong>de</strong>zas físicasmedidas, incluindo suas unida<strong>de</strong>s. Dados consi<strong>de</strong>rados anômalos <strong>de</strong>vem seri<strong>de</strong>ntificados com uma anotação. As incertezas <strong>de</strong> cada medida <strong>de</strong>vemestar indicadas. As tabelas <strong>de</strong>vem ser numeradas em sequência e conteruma legenda <strong>de</strong>scritiva.4. Cálculos: Todos os cálculos <strong>de</strong>vem ser apresentados, incluindo as etapasintermediárias (cálculo <strong>de</strong> erros, métodos <strong>de</strong> análise gráfica, etc.), paraCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


11UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exataspermitir a conferência e recálculo pelo mesmo caminho. Os resultadosexperimentais <strong>de</strong>vem ser apresentados com os algarismos significativosapropriados.Em caso <strong>de</strong> repetição <strong>de</strong> procedimentos idênticos <strong>de</strong> cálculo, como, porexemplo, a multiplicação <strong>de</strong> 10 valores da posição <strong>de</strong> um corpo por umaconstante é permitido que apenas o primeiro cálculo seja <strong>de</strong>talhado norelatório, mas os resultados <strong>de</strong> todos eles <strong>de</strong>vem ser apresentados sob aforma <strong>de</strong> tabela.Aliás, os valores <strong>de</strong> cada gran<strong>de</strong>za obtida por meio dos cálculos <strong>de</strong>vem serapresentados <strong>de</strong> forma organizada (preferencialmente sob a forma <strong>de</strong> tabelas)no fim <strong>de</strong>sta seção.Caso a tabela com os resultados dos cálculos claramente apresentados nãoseja incluída, o professor tem a opção <strong>de</strong> cortar todos os pontos referentes aesta seção do relatório.Quando houver gráficos, com cálculo <strong>de</strong> coeficiente angular, estes <strong>de</strong>vem serincluídos nesta seção. O cálculo do coeficiente <strong>de</strong>ve ser feito nas costas dafolha <strong>de</strong> gráfico.5. Análise <strong>de</strong> dados: Esta é a parte mais importante do relatório, na qual oaluno verifica quantitativamente se o objetivo inicialmente proposto foiatingido. As previsões teóricas mostradas na introdução <strong>de</strong>vem serconfrontadas com os resultados experimentais e a diferença numérica entreos valores esperados e obtidos <strong>de</strong>ve ser discutida. Sempre que possível, acomparação <strong>de</strong>ve ser feita sob a forma <strong>de</strong> tabelas ou gráficos que <strong>de</strong>vem sercomentado(as) no texto. Também é razoável comentar aqui valores <strong>de</strong>coeficientes angulares obtidos na seção anterior. O objetivo é comprovar ounão as hipóteses feitas na teoria.6. Conclusão: A conclusão apresenta um resumo dos resultados maissignificativos da experiência e sintetiza os resultados que conduziram àcomprovação ou rejeição da hipótese <strong>de</strong> estudo. Aqui <strong>de</strong>ve ser explicitado seos objetivos foram atingidos, utilizando preferencialmente critériosquantitativos. Também se <strong>de</strong>ve indicar os aspectos que mereciam mais estudoe aprofundamento.7. Bibliografia: São as referências bibliográficas que serviram <strong>de</strong> embasamentoteórico.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


12UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas2.2 Apresentação dos resultadosOs resultados <strong>de</strong>vem ser apresentados, sempre que possível, em forma <strong>de</strong>tabelas, <strong>de</strong>stacando <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> "retângulos" os resultados isolados.2.3 Recomendações sobre os cálculos numéricosDeve-se evitar que sucessivos arredondamentos e/ou truncamentos conduzama valores incorretos para as incertezas resultantes dos cálculos efetuados. Assim,recomenda-se: Efetuar os cálculos intermediários para a propagação das incertezascom, no mínimo, TRÊS algarismos "significativos" nas incertezas. Ao avaliar graficamente o coeficiente angular <strong>de</strong> uma reta e suaincerteza, consi<strong>de</strong>re esta avaliação como um cálculo intermediário. Os resultados finais <strong>de</strong>vem ser apresentados com UM só algarismosignificativo na incerteza.3 Introdução à Física ExperimentalSempre que se fala em Física Experimental a primeira i<strong>de</strong>ia que vem a menteda maioria das pessoas é a <strong>de</strong> um Laboratório cheio <strong>de</strong> molas, massas, balanças,escalas <strong>de</strong> precisão, multímetros, osciloscópios, <strong>de</strong>ntre mais uma enormeparafernália <strong>de</strong> objetos e instrumentos. A i<strong>de</strong>ia não está <strong>de</strong> todo errada, mas éincompleta. O laboratório é apenas uma pequena parte do assunto. A FísicaExperimental ou, em termos mais amplos, o método experimental, é um dos pilaresfundamentais da Ciência. Embora haja ramos da ciência on<strong>de</strong> a experimentação seja<strong>de</strong>snecessária, o método experimental é parte essencial do chamado métodocientífico.Por ora vamos <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado as consi<strong>de</strong>rações filosóficas sobre oConhecimento Científico. Em outra seção falaremos sobre esse importante aspecto.Para nosso propósito imediato po<strong>de</strong>mos dizer que o método científico compreen<strong>de</strong>um conjunto <strong>de</strong> procedimentos e critérios que permitem compreen<strong>de</strong>r e explicar <strong>de</strong>Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


13UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasmodo confiável as leis e fenômenos naturais. De modo esquemático e bastantesimplificado po<strong>de</strong>mos resumir o método científico com o diagrama abaixo (Figura 1)FIGURA 1- DIAGRAMA ESQUEMÁTICO PARA DEFINIR MÉTODO CIENTÍFICO.O processo compreen<strong>de</strong> as seguintes fases importantes: Observação. Nesta fase <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong> dados por meio <strong>de</strong> medidas diversasocorrem, simultaneamente, dúvidas e i<strong>de</strong>ias acerca do fenômenoobservado; Busca <strong>de</strong> uma relação entre os fatos observados e conceitos ou fatos préestabelecidos; Hipóteses, mo<strong>de</strong>los e planejamento <strong>de</strong> experiências <strong>de</strong> verificação; Realização dos experimentos. Nesta fase novamente são efetuadasdiversas medições criteriosas e cuidadosas; Interpretação dos dados obtidos, conclusões e divulgação dos resultadospara que possam ser apreciados, reproduzidos e realimentados por idéias<strong>de</strong> outros pesquisadores.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


14UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasDeve-se notar que ao longo <strong>de</strong> todo o processo, a capacida<strong>de</strong> interrogativa ecriativa do homem acha-se presente e atuante, criando um ciclo dinâmico <strong>de</strong>retroalimentação <strong>de</strong> novas dúvidas, novas observações e novas experimentações,Isto gera resultados cada vez mais <strong>de</strong>talhados e confiáveis ou ainda novasconclusões, estabelecendo-se um acúmulo continuado <strong>de</strong> conhecimentos.Para maior confiabilida<strong>de</strong>, o método experimental <strong>de</strong>ve obe<strong>de</strong>cer ainda a doisrequisitos fundamentais. Em primeiro lugar os experimentos <strong>de</strong>vem ser,obrigatoriamente, reprodutíveis por qualquer pessoa e em qualquer lugar,respeitadas as condições e métodos empregados. Em segundo lugar, temos oprincípio da falsificação, isto é, toda proposição científica <strong>de</strong>ve admitir experimentosque, caso não forneçam os resultados esperados permitam refutar a hipóteselevantada. Uma consequência importante <strong>de</strong>stes aspectos é que qualquer resultadoinesperado exige o reexame completo e minucioso das hipóteses e mo<strong>de</strong>losconstruídos.A Física é uma ciência que se baseia quase sempre na observação dofenômeno natural e na i<strong>de</strong>ntificação e medida das proprieda<strong>de</strong>s que o caracterizam.Frequentemente, essas observações e medidas não são feitas diretamente pelosnossos sentidos, mas através <strong>de</strong> equipamentos complexos, <strong>de</strong>senvolvidos para essafinalida<strong>de</strong> e fruto, eles também, <strong>de</strong> experiências anteriores sobre o mesmo tema. AFísica, ao mesmo tempo em que busca a solução dos problemas fundamentais <strong>de</strong>COMO e PORQUE as coisas ocorrem ou são como são, busca, em primeiro lugar,respon<strong>de</strong>r às questões QUANDO, QUANTO, a que DISTÂNCIA, <strong>de</strong> que TAMANHO<strong>de</strong>ntre outras <strong>de</strong> igual teor. A ciência sempre parte do mais simples para o maiscomplexo. Uma postura contrária, fatalmente prejudicaria a análise e conduziria aum alto índice <strong>de</strong> erros.Como ciência exata, a Física busca <strong>de</strong>svendar não apenas os aspectosqualitativos dos mistérios da natureza, mas também os aspectos quantitativos. É fácilentão enten<strong>de</strong>r que a matemática é um instrumento essencial para o físico, pois amatemática é a linguagem que permite expressar <strong>de</strong> modo exato, unívoco euniversal as regularida<strong>de</strong>s e padrões <strong>de</strong> comportamento observados na natureza.Entretanto, o uso da chamada intuição física é essencial, pois muitas vezes aessência <strong>de</strong> um fenômeno não po<strong>de</strong> ser entendida apenas através <strong>de</strong> equações. Osprincípios físicos fundamentais também po<strong>de</strong>m e <strong>de</strong>vem ser entendidos sem auxílioda matemática.A Física Teórica constrói mo<strong>de</strong>los para explicar fenômenos observadosexperimentalmente, procurando a partir <strong>de</strong>les, predizer os resultados <strong>de</strong> novosexperimentos. O critério final <strong>de</strong> sucesso é a concordância das previsões do mo<strong>de</strong>locom os resultados <strong>de</strong>terminados <strong>de</strong> forma experimental. Isto cria uma interação eCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


15UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasrealimentação permanente entre a experiência e a teoria, com <strong>de</strong>safios cada vezmaiores para a inteligência humana.Percebe-se neste processo todo que a realização <strong>de</strong> medições é um aspectomuito importante para a Ciência sendo parte fundamental da metodologia científica.Não existe observação ou análise sem alguma forma <strong>de</strong> medição. Por este motivo, oconhecimento das unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> medida e dos instrumentos a<strong>de</strong>quados ao tipo <strong>de</strong>medida que se preten<strong>de</strong> realizar tem relevância prática fundamental. Além disto,qualquer medição está sujeita a erros. Erros <strong>de</strong>vido a <strong>de</strong>feitos do instrumento, erros<strong>de</strong>vido à falhas do operador e erros inerentes ao problema em foco. Disto, segue aimportância <strong>de</strong> se conhecer bem os instrumentos e métodos a serem utilizados bemcomo procurar adquirir um bom embasamento teórico do fenômeno a ser estudado.4 Teoria da medida e dos erros4.1 Gran<strong>de</strong>zas Físicas e Padrões <strong>de</strong> MedidasGran<strong>de</strong>zas físicas são proprieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> um ente físico às quais po<strong>de</strong>mosatribuir um valor IMPESSOAL, ou seja, um valor numérico obtido por comparaçãocom um VALOR-PADRÃO. Por exemplo, duas gran<strong>de</strong>zas físicas para um ser humanosão: seu peso e sua altura. Quando dizemos, por exemplo, que a altura <strong>de</strong> umhomem é <strong>de</strong> 1,90 metros, queremos dizer que ele possui uma altura 1,90 vezes ocomprimento <strong>de</strong> um PADRÃO (o metro) gravado em uma barra metálica que estáguardada em Sèvres, nos arredores <strong>de</strong> Paris, no Bureau International dês Poids etMesures. Repare que não medimos o homem e sim uma <strong>de</strong> suas proprieda<strong>de</strong>s: aaltura. Neste exemplo, o PADRÃO (metro) <strong>de</strong>fine uma UNIDADE da gran<strong>de</strong>zacomprimento: uma UNIDADE PADRÃO <strong>de</strong> comprimento chamada metro.Generalizando, todas as gran<strong>de</strong>zas físicas po<strong>de</strong>m ser expressas em termos <strong>de</strong> umpequeno número <strong>de</strong> UNIDADES PADRÕES fundamentais. Neste contexto, fazer umamedida significa comparar uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma dada gran<strong>de</strong>za, com outraquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>finida como unida<strong>de</strong> padrão da mesma gran<strong>de</strong>za.A escolha <strong>de</strong> UNIDADES PADRÕES <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>zas <strong>de</strong>termina o sistema <strong>de</strong>unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todas as gran<strong>de</strong>zas usadas em Física. O sistema <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s “oficial”usado pela maioria dos cientistas e engenheiros <strong>de</strong>nomina-se normalmente sistemamétrico, porém <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1960, ele é conhecido oficialmente como SistemaInternacional, ou SI (das iniciais do nome francês Système International), porém,ainda existem outros sistemas <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s utilizados, como o CGS. O SI é baseadoem sete UNIDADES PADRÕES FUNDAMENTAIS:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


16UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasGran<strong>de</strong>za Nome da Unida<strong>de</strong> SímboloComprimento metro mMassa quilograma kgTempo segundo scorrente elétrica ampère Atemperatura termodinâmica kelvin Kquantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> substância mol molintensida<strong>de</strong> luminosa can<strong>de</strong>la cdAs unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> outras gran<strong>de</strong>zas como velocida<strong>de</strong>, força, energia e torque são<strong>de</strong>rivadas das sete gran<strong>de</strong>zas acima. Na tabela abaixo estão listadas algumas <strong>de</strong>stasgran<strong>de</strong>zas:Gran<strong>de</strong>za Dimensão Unida<strong>de</strong>Velocida<strong>de</strong>m/sTrabalho 1 N . m Joule (J)Potência 1 J/s Watt (W)Força 1 Kg . m/s 2 Newton (N)Aceleração 1 m/ s 2Densida<strong>de</strong> 1 kg/m 3No quadro abaixo também estão listados os prefixos dos múltiplos esubmúltiplos mais comuns das gran<strong>de</strong>zas fundamentais, todos na base <strong>de</strong> potências<strong>de</strong> 10. Os prefixos po<strong>de</strong>m ser aplicados a qualquer unida<strong>de</strong>:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


17UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasMúltiploPrefixo Símbolo10 12 tera T10 9 giga G10 6 mega M10 3 kilo k10 -2 centi c10 -3 mili m10 -6 micro μ10 -9 nano n10 -12 pico pComo curiosida<strong>de</strong>, po<strong>de</strong>mos citar algumas or<strong>de</strong>ns <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za do Universo:PrótonÁtomoVírusGota <strong>de</strong> chuvaPeríodo da radiação da luz visívelTerraSolVia-LácteaUniverso Visível10 -15 m , 10 -27 kg10 -10 m10 -7 m , 10 -19 kg10 -6 kg10 -15 s10 7 m , 10 24 kg , 10 17 kg10 9 m , 10 30 kg10 21 m , 10 41 kg10 26 m , 10 52 kg , 10 18 sCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


184.2 Medidas FísicasUNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasAs medidas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>zas físicas po<strong>de</strong>m ser classificadas em duas categorias:medidas DIRETAS e INDIRETAS. A medida direta <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>za é o resultado daleitura <strong>de</strong> uma magnitu<strong>de</strong> mediante o uso <strong>de</strong> instrumento <strong>de</strong> medida, como porexemplo, um comprimento com régua graduada, ou ainda a <strong>de</strong> uma corrente elétricacom um amperímetro, a <strong>de</strong> uma massa com uma balança ou <strong>de</strong> um intervalo <strong>de</strong>tempo com um cronômetro.Uma medida indireta é a que resulta da aplicação <strong>de</strong> uma relação matemática quevincula a gran<strong>de</strong>za a ser medida com outras diretamente mensuráveis. Comoexemplo, a medida da velocida<strong>de</strong> média v <strong>de</strong> um carro po<strong>de</strong> ser obtida através daSmedida da distância percorrida S e o intervalo <strong>de</strong> tempo t , sendo v t .4.3 Erros e DesviosAlgumas gran<strong>de</strong>zas possuem seus valores reais conhecidos e outras não.Quando conhecemos o valor real <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>za e experimentalmenteencontramos um resultado diferente, dizemos que o valor observado está afetado <strong>de</strong>um erro, o qual po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como:ERRO Diferença entre um valor observado (V obs ) ao semedir uma gran<strong>de</strong>za e o valor real (V Real ) ou correto damesma.Erro V V (9.1)Conforme teremos oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estudar, obter o valor real da maioria dasgran<strong>de</strong>zas físicas, através <strong>de</strong> uma medida, é quase impossível. Apesar <strong>de</strong> nãopo<strong>de</strong>rmos encontrar o valor real <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminada gran<strong>de</strong>za, po<strong>de</strong>mos estabelecer,através <strong>de</strong> critérios que estudaremos oportunamente, um valor adotado que mais seaproxima do valor real, como é o caso da aceleração da gravida<strong>de</strong>. Neste caso, aoefetuarmos uma medida, falamos em <strong>de</strong>svios e não em erros.obsRealCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


19UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasDesvio po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido como:DESVIO Diferença entre um valor observado (V obs ) aose medir uma gran<strong>de</strong>za e o valor adotado (V adot ) quemais se aproxima teoricamente do valor real.Desvio V V (9.2)Na prática se trabalha na maioria das vezes com <strong>de</strong>svios e não com erros.Os <strong>de</strong>svios po<strong>de</strong>m ser apresentados sob duas formas:obs Desvio - já <strong>de</strong>finido Desvio Relativo - é a relação entre o <strong>de</strong>svio absoluto e o valor adotadocomo o mais próximo teoricamente do valor real <strong>de</strong>sta gran<strong>de</strong>za.adotDesvioDesvio Relativo Vadotado(9.3)O <strong>de</strong>svio relativo percentual é obtido, multiplicando-se o <strong>de</strong>svio relativo por100%.O <strong>de</strong>svio relativo nos dá, <strong>de</strong> certa forma, uma informação a mais acerca daqualida<strong>de</strong> do processo <strong>de</strong> medida e nos permite <strong>de</strong>cidir, entre duas medidas, qual amelhor.4.3.1 Classificação <strong>de</strong> ErrosPor mais cuidadosa que seja uma medição e por mais preciso que seja oinstrumento, não é possível realizar uma medida direta perfeita. Ou seja, sempreexiste uma incerteza ao se comparar uma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>za física comsua unida<strong>de</strong>.Segundo sua natureza, os erros são geralmente classificados em trêscategorias: grosseiros, sistemáticos e aleatórios ou aci<strong>de</strong>ntais.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


20UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas4.3.1.1 Erros GrosseirosErros que ocorrem <strong>de</strong>vido à imperícia ou distração do operador. Comoexemplos, po<strong>de</strong>mos citar a escolha errada <strong>de</strong> escalas, erros <strong>de</strong> cálculo e erro <strong>de</strong>paralaxe. Devem ser evitados pela repetição cuidadosa das medições.4.3.1.2 Erros SistemáticosOs erros sistemáticos são causados por fontes i<strong>de</strong>ntificáveis, e em princípio,po<strong>de</strong>m ser eliminados ou compensados. Estes erros fazem com que as medidasefetuadas estejam consistentemente acima ou abaixo do valor real, prejudicando aexatidão das medidas. Erros sistemáticos po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>vidos a vários fatores, taiscomo:• ao instrumento que foi utilizado, por exemplo, intervalos <strong>de</strong> tempo medidoscom um relógio que atrasa;• ao método <strong>de</strong> observação utilizado, por exemplo, medir o instante daocorrência <strong>de</strong> um relâmpago pelo ruído do trovão associado;• a efeitos ambientais, por exemplo, a medida do comprimento <strong>de</strong> uma barra<strong>de</strong> metal, que po<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r da temperatura ambiente;• a simplificações do mo<strong>de</strong>lo teórico utilizado, por exemplo, não incluir o efeitoda resistência do ar numa medida da gravida<strong>de</strong> baseada na medida do tempo<strong>de</strong> queda <strong>de</strong> um objeto a partir <strong>de</strong> uma dada altura.4.3.1.3 Erros Aleatórios ou Aci<strong>de</strong>ntaisErros <strong>de</strong>vidos a causas diversas, bem como a causas temporais que variamdurante observações sucessivas e que escapam a uma análise em função <strong>de</strong> suaimprevisibilida<strong>de</strong>, prejudicando a precisão das medidas. Po<strong>de</strong>m ter várias origens,entre elas:• instabilida<strong>de</strong>s nos instrumentos <strong>de</strong> medidas;• erros no momento da medida como, por exemplo, uma leitura com precisãomaior do que aquela fornecida pela escala;• pequenas variações das condições ambientais (pressão, temperatura,umida<strong>de</strong>, fontes <strong>de</strong> ruídos, etc.);Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


21UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasErros aleatórios po<strong>de</strong>m ser tratados quantitativamente através <strong>de</strong> métodosestatísticos, <strong>de</strong> maneira que seus efeitos sobre a gran<strong>de</strong>za física medida, po<strong>de</strong>m ser,em geral, <strong>de</strong>terminados.A distinção entre erros aleatórios ou sistemáticos é, até certo ponto, subjetiva,entretanto, existe uma diferença clara, a contribuição dos erros aleatórios po<strong>de</strong> serreduzida pela repetição das medidas, enquanto àquela relativa a erros sistemáticosem geral é insensível à repetição.4.3.2 IncertezasO erro é inerente ao processo <strong>de</strong> medida, isto é, nunca será completamenteeliminado. O erro po<strong>de</strong>rá ser minimizado, procurando-se eliminar o máximo possívelas fontes <strong>de</strong> erro acima citadas. Portanto, ao realizar medidas é necessário avaliarquantitativamente as INCERTEZAS nas medições ( x ). Aqui <strong>de</strong>vem ser diferenciadasduas situações: a primeira trata <strong>de</strong> medidas diretas, e a segunda <strong>de</strong> indiretas.4.3.2.1 Incertezas em Medidas DiretasA medida direta <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>za xfeita <strong>de</strong> duas formas distintas:com sua incerteza estimada po<strong>de</strong> sera) Medindo-se apenas uma vez a gran<strong>de</strong>za x : neste caso, a estimativa <strong>de</strong>incerteza na medida, x , é feita a partir do instrumento <strong>de</strong> medidautilizado (ver-se-á as regras no item 4) e o resultado será expresso por:xx (9.4)Obs: O sinal aqui não indica que x po<strong>de</strong> ser tanto positivo como2negativo (como no caso x 4, logo x 2) , mas sim que o valor obtido namedida é único, porém, <strong>de</strong>vido à limitação do instrumento <strong>de</strong> medida, nãoé exatamente o valor lido, e po<strong>de</strong> ser qualquer número do intervalo [xx, xx]. Se forem <strong>de</strong>tectadas outras fontes <strong>de</strong> erro, o valor <strong>de</strong> x<strong>de</strong>ve ser incrementado com o valor estimado da contribuição do referidoerro. Lembre-se: JAMAIS DEVEMOS DISSOCIAR O VALOR DE UMA MEDIDADO SEU VALOR DE INCERTEZA!b) Medindo-se N vezes a mesma gran<strong>de</strong>za x , sob as mesmas condições físicas.Os valores medidos x1, x2, ..., xNnão são geralmente iguais entre si eCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


22UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas<strong>de</strong>scontando os erros grosseiros e sistemáticos, as diferenças entre eles sãoatribuídas aos erros aleatórios. Neste caso, o resultado da medida é expressoem função das incertezas como:on<strong>de</strong> xmé o valor médio das N medidas, dado por:x x x (9.5)mxm Ni1xiN(9.6)Existem outros parâmetros que po<strong>de</strong>m representar os valores centrais emtorno dos quais estes dados se distribuem, tais como: a moda, a médiaquadrática e a mediana. A escolha do parâmetro <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do tipo <strong>de</strong>distribuição dos dados e do sistema.x é a incerteza da medida e representa a variabilida<strong>de</strong> e a dispersão dasmedidas. Esta incerteza po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>terminada <strong>de</strong> várias formas. Neste curso,trabalharemos com a incerteza absoluta e o <strong>de</strong>svio padrão. Incerteza Absoluta:i1| x x |N N m ix(9.7) Desvio Padrão:( ) N xm xixNi12(9.8)Para um pequeno número <strong>de</strong> medidas, a incerteza (ou erro) associado a cadamedida será dada por (Santoro, Mahon et al., 2005):x x x 2 N i mi1 N 1(9.9)Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


23UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasxOutra gran<strong>de</strong>za importante é a incerteza relativa . Por exemplo, se uma barrax<strong>de</strong> aço tem comprimento dado por (2,5 0,5)mm, significa que esse comprimento estásendo comparado com o padrão <strong>de</strong>nominado metro e que a incerteza associada àmedida é <strong>de</strong> 0,5 m . A incerteza relativa nesta medida é <strong>de</strong> 0,5 0,2 ou 20% .2,5Quando o número <strong>de</strong> medidas cresce in<strong>de</strong>finidamente, a distribuição <strong>de</strong>frequência das medidas ten<strong>de</strong>, usualmente, à distribuição <strong>de</strong> Gauss. Medidasdiretas que se distribuem segundo a distribuição <strong>de</strong> Gauss, tem a seguinteproprieda<strong>de</strong>: 68,3% das medidas estão entre ( x ) e ( x ) 95,5% das medidas estão entre ( x 2 ) e ( x 2 ) 97,7% das medidas estão entre ( x 3 ) e ( x 3 )Depen<strong>de</strong>ndo do tipo <strong>de</strong> sistema, outros tipos <strong>de</strong> distribuições estatísticaspo<strong>de</strong>m ser mais indicados, como por exemplo: a distribuição <strong>de</strong> Poisson,distribuição Binomial, distribuição Gama, etc.Os valores médios e os <strong>de</strong>svios padrões po<strong>de</strong>m ser obtidos por programas <strong>de</strong>ajustes, como por exemplo, o Origin e algoritmos do MATLAB, a partir <strong>de</strong> umconjunto <strong>de</strong> medidas.mmmmmm4.3.2.2 Incertezas em Medidas IndiretasGeralmente é necessário usar valores medidos e afetados por incertezas pararealizar cálculos a fim <strong>de</strong> se obter o valor <strong>de</strong> outras gran<strong>de</strong>zas indiretas. É necessárioconhecer como a incerteza na medida original afeta a gran<strong>de</strong>za final.5 Propagação <strong>de</strong> incertezas - Crítica ao resultado damedição <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>zaNas medidas indiretas o valor da gran<strong>de</strong>za final <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá das incertezas <strong>de</strong>cada uma das gran<strong>de</strong>zas obtidas direta ou indiretamente, bem como da forma daexpressão matemática utilizada para obtê-las.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


24UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasConsi<strong>de</strong>remos que a gran<strong>de</strong>za V a ser <strong>de</strong>terminada esteja relacionada comoutras duas ou mais, através da relação: V f ( x1 x1 , x2 x2,..., xn x n), on<strong>de</strong> fé uma função conhecida <strong>de</strong> x 1 x 1, x 2 x 2,..., xn x n.Examinaremos então como se obtém a incerteza do valor da gran<strong>de</strong>za que seme<strong>de</strong> indiretamente, em função das incertezas das medidas diretas.Um método usualmente aplicado e que nos dá o valor <strong>de</strong> V , imediatamente,em termos <strong>de</strong> x1, x2,...,x n, é baseado na aplicação do cálculo diferencial:VV xix ni1i(9.10)2Uma <strong>de</strong>rivada parcial, como por exemploV, é a <strong>de</strong>rivada <strong>de</strong> V em relação ax x , assumindo as <strong>de</strong>mais n-1 variáveis (as <strong>de</strong>mais gran<strong>de</strong>zas diretas) constantes.Para maiores <strong>de</strong>talhes, consulte livros <strong>de</strong> cálculo diferencial e numérico.1Os termos do tipo Vxiem relação a xi.são <strong>de</strong>nominados FATORES DE SENSIBILIDADE <strong>de</strong> VOutra equação encontrada na literatura (<strong>de</strong>duzida a partir do cálculoestatístico consi<strong>de</strong>rando uma distribuição Gaussiana) é: n VV xi1xi22i(9.11)Consi<strong>de</strong>remos agora, um método mais imediato, envolvendo apenasoperações <strong>de</strong> álgebra elementar.5.1 Soma ou subtraçãoConsi<strong>de</strong>rando as medidas <strong>de</strong> n gran<strong>de</strong>zas: A, B, C, ..., e suas respectivasincertezas:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


25UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasA a a B b b a, b, c, valores medidos C c ca, b, c, incertezas absolutas (9.12)S A B C ...(9.13)svalor da somaS s s r incerteza absoluta da soma (9.14)Neste caso, aplicando a equação (9.11),2 22 2 2 2 s ss a b ... a b... a b(9.15)Aplicando a equação (9.10), obtém-se:s s ( a b c ...) ( a b c ...)(9.16)Para o caso da subtração as expressões análogas são:2 22 2 2 2 d dd a b ... a b... a b(9.17)oud d ( a b c ...) ( a b c ...)(9.18)As incertezas se somam!5.2 Outras operaçõesA multiplicação, a divisão, a radiciação e a potenciação, po<strong>de</strong>rão serenglobadas na fórmula monômio.. . F K A B . C (9.19)Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


26UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasDemonstra-se teoricamente (faça a <strong>de</strong>rivada e analise) que, adotando aequação (9.10), a incerteza absoluta f po<strong>de</strong>rá ser colocada em função dasincertezas absolutas das gran<strong>de</strong>zas que a compõem pela seguinte fórmula: k a b cf f k a b c (1.20)on<strong>de</strong>:A a aB b bC c cK k k Constante que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da medidaDiscussão sobre a constante K. . F f f f k a b . c (1.21)A constante K po<strong>de</strong>rá aparecer nas seguintes formas: Número formado por quantida<strong>de</strong> finita <strong>de</strong> dígitos (número exato).Neste caso a incerteza absoluta é nula. Número que matematicamente comporte infinitos dígitos (irracional,dízima). Neste caso a incerteza absoluta <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>dígitos adotada. Se utilizarmos uma calculadora que opere com <strong>de</strong>zdígitos, teremos = 3,141592654. O último dígito foi arredondado pelamáquina; está afetado por uma "incerteza" <strong>de</strong> uma unida<strong>de</strong> (nomáximo = 0,000000001).6 Algarismos SignificativosA medida <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong>za física é sempre aproximada, por mais capaz queseja o operador e por mais preciso que seja o aparelho utilizado. Esta limitaçãoreflete-se no número <strong>de</strong> algarismos que usamos para representar as medidas.Devemos utilizar só os algarismos medidos ou calculados pela média que sãoconfiáveis <strong>de</strong>vido à precisão do instrumento utilizado, admitindo-se apenas o uso <strong>de</strong>um único algarismo duvidoso. Por exemplo, se afirmarmos que o resultado <strong>de</strong> umaCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


27UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasmedida é 3,24 cm estamos dizendo que os algarismos 3 e 2 são precisos e que oalgarismo 4 é o duvidoso, não tendo sentido físico escrever qualquer algarismo apóso número 4.Algumas observações <strong>de</strong>vem ser feitas:1. Não é algarismo significativo o zero à esquerda do primeiro algarismo2significativo diferente <strong>de</strong> zero. Assim, tanto l 32,5m como l 0,325 x10mrepresentam a mesma medida e têm 3 algarismos significativos. Outrosexemplos: 4 = 0,4 x 10 = 0,04 x 10 2 = 0,004 x 10 3 (1 algarismo significativo); 0,00036606 = 0,36606 x 10 -3 = 3,6606 x 10 -4 (5 algarismos significativos).2. Zero à direita <strong>de</strong> algarismo significativo também é algarismo significativo.Portanto, l 32,5 cm e l 32,50 cm são diferentes, ou seja, a primeiramedida têm 3 algarismos significativos, enquanto a segunda é mais precisa etêm 4 algarismos significativos.3. Arredondamento. Quando for necessário fazer arredondamento <strong>de</strong>algum número utilizaremos a seguinte regra: quando o último algarismo<strong>de</strong>pois dos significativos for menor que 5 este é abandonado; quando oúltimo algarismo for maior ou igual a 5 , somamos1 unida<strong>de</strong> ao algarismosignificativo anterior. Exemplo: 8,234 cm é arredondado para 8,23 cm; 8,235 cm é arredondado para 8,24 cm; 8,238 cm é arredondado para 8,24 cm.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


28UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas4. Operações com algarismos significativos:a. Soma e subtração: Após realizar a soma, o resultado <strong>de</strong>ve apresentar apenasum algarismo duvidoso. Exemplo: 133,35cm – 46,7cm = 86,65cm = 86,7cm.b. Produto e divisão: O resultado da operação <strong>de</strong>ve ser fornecido com o mesmonúmero <strong>de</strong> algarismos significativos do fator que tiver o menor número <strong>de</strong>algarismos significativos. Exemplos: 32,74cm x 25,2cm = 825,048cm 2 = 825cm 237,325,00940 5,017,45 m ms sc. Algarismos significativos em medidas com incerteza. Suponhamos que umapessoa ao fazer uma série <strong>de</strong> medidas do comprimento <strong>de</strong> uma barra l ,tenha obtido os seguintes resultados: Comprimento médio: l 82,7390cm; Incerteza estimada: l 0,538cm;como a incerteza da medida está na casa dos décimos <strong>de</strong> cm, não fazsentido fornecer os algarismos correspon<strong>de</strong>ntes aos centésimos, milésimos<strong>de</strong> cm e assim por diante. Ou seja, a incerteza estimada <strong>de</strong> uma medida<strong>de</strong>ve conter apenas um algarismo significativo. Os algarismos a direita <strong>de</strong>ste,serão utilizados apenas para efetuar os cálculos e arredondamentos ousimplesmente <strong>de</strong>sprezados. Neste caso l <strong>de</strong>ve ser expresso apenas por:l 0,5cm;os algarismos 8 e 2 do valor médio são exatos, porém o algarismo 7 já éduvidoso porque o erro estimado afeta a casa que lhe correspon<strong>de</strong>. Destemodo, os algarismos 3, 9 e 0 são <strong>de</strong>sprovidos <strong>de</strong> significado físico e não écorreto escrevê-los: estes algarismos são utilizados para efetuar os cálculos earredondamentos ou simplesmente <strong>de</strong>sprezados. O modo correto <strong>de</strong>escrever o resultado final <strong>de</strong>sta medida será então:l (82,7 0,5)cm .Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


29UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasQuando se trabalha com uma gran<strong>de</strong>za sem explicitar a sua incerteza épreciso ter em mente a noção exposta no texto referente ao conceito <strong>de</strong> algarismosignificativo. Mesmo que não esteja explicitada, você sabe que a incerteza afeta"diretamente" o último dígito <strong>de</strong> cada número. Para verificar esta afirmaçãosugerimos que assinale com um traço todos os algarismos cuja or<strong>de</strong>m seja superiorou igual à or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>za da incerteza. Consi<strong>de</strong>re algarismo significativo, osalgarismos assinalados.Exemplos:a)186,3 1,7 186 ou 1,86 x 10 2b) 45,37 0,13 45,4 ou 4,54 x 10c)425231 15 2,523 x 10As operações que você efetuar com qualquer gran<strong>de</strong>za darão como resultadoum número que tem uma quantida<strong>de</strong> "bem <strong>de</strong>finida" <strong>de</strong> algarismos significativos.6.1 Exercícios1) Verifique quantos algarismos significativos apresentam os números abaixo:a) 0,003055 b) 1,0003436 c) 0,0069000 d) 162,32 x 10 6 .2) Aproxime os números acima para 3 algarismos significativos.3) Efetue as seguintes operações levando em conta os algarismos significativos:a) (2,5 0,6) cm + (7.06 0,07) cm;b) (0,42 0,04) g/(0,7 0,3) cm;c) (0,7381 0,0004) cm x (1,82 0,07) cm;d) (4,450 0,003) m - (0,456 0,006) m.4) Efetue as seguintes operações levando em conta os algarismos significativos:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


30UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasa) 2,3462 cm + 1,4 mm + 0,05 m;b) 0,052 cm/1,112 s;c) 10,56 m – 36 cm.5) As medidas da massa, comprimento e largura <strong>de</strong> uma folha foram obtidas 4vezes e os resultados estão colocados na tabela abaixo. Usando estes dados elevando em conta os algarismos significativos, <strong>de</strong>termine:a) os valores médios da massa, comprimento e largura da folha;b) as incertezas absolutas das medidas da massa, comprimento e largura dafolha;c) os <strong>de</strong>svios padrão das medidas <strong>de</strong> massa, comprimento e largura da folha;d) as incertezas relativas das medidas da massa, comprimento e largura da folha.Massa (g) Largura (cm) Comprimento (cm)4,51 21,0 30,24,46 21,2 29,84,56 20,8 29,94,61 21,1 30,16) Utilizando os resultados do exercício 5 e a teoria <strong>de</strong> propagação <strong>de</strong> erros,<strong>de</strong>termine:a) A área da folha e sua respectiva incerteza;b) A <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> superficial da folha e sua respectiva incerteza.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


31UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas7 Instrumentos <strong>de</strong> medida7.1 IntroduçãoDescreveremos em <strong>de</strong>talhes alguns dos instrumentos mais utilizados para medirgran<strong>de</strong>zas físicas <strong>de</strong> massa, tempo e comprimentos, com enfoque nos aparelhosdisponíveis no laboratório. São eles:Gran<strong>de</strong>za Aparelho PrecisãoComprimento Régua 1 mmComprimento Paquímetro 0.1 mmMassa Balança Digital -Tempo Cronômetro 0,01s até 0,0001sA precisão <strong>de</strong> um instrumento <strong>de</strong> medida correspon<strong>de</strong> à quantida<strong>de</strong> mínimada gran<strong>de</strong>za física que o instrumento é capaz <strong>de</strong> diferenciar. Por exemplo, numarégua centimetrada, a precisão é <strong>de</strong> 1cm.O resultado <strong>de</strong> uma medida <strong>de</strong>ve vir sempre na forma:mm (4.1)on<strong>de</strong> m é o valor medido na escala do instrumento e m é a incerteza associada ámedida. Esta incerteza <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do aparelho utilizado e dos erros aleatórios ocorridosdurante a medida. Portanto, po<strong>de</strong>mos escrever m como a soma <strong>de</strong> duascontribuições, e será chamada incerteza total:m m m (4.2)aparelhoaleatóriosO cálculo das incertezas aleatórias, como já foi mostrado, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do número<strong>de</strong> medidas e das operações envolvidas na obtenção da gran<strong>de</strong>za m. O cálculo <strong>de</strong>m aparelho(incerteza do aparelho) <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do instrumento utilizado e há diversoscritérios para <strong>de</strong>terminá-la (quando a mesma não for informada pelo fabricante).Nesse sentido, é interessante classificar os aparelhos em analógicos e nãoanalógicos. Esta classificação surge em função da escala do aparelho, e dapossibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> estimativa <strong>de</strong> incerteza, conforme veremos a seguir.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


32UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas7.2 Aparelhos AnalógicosOs instrumentos analógicos são aqueles on<strong>de</strong> a análise das escalas permiteque o algarismo duvidoso da medida seja avaliado. Neste caso, é usual adotar aincerteza da escala como sendo a meta<strong>de</strong> da precisão. Ou seja,m 1 precisão do aparelhoaparelho(4.3)2Alguns exemplos são: réguas, multímetros, cronômetros, balança <strong>de</strong> braço etermômetros.7.2.1 A régua milimetradaInstrumento capaz <strong>de</strong> medir comprimentos com a precisão máxima <strong>de</strong>milímetros. O erro <strong>de</strong> escala é:m 1 precisão do aparelho 0,5aparelhomm . (4.4)2Para enten<strong>de</strong>r a origem <strong>de</strong>ste critério, consi<strong>de</strong>re, por exemplo, que <strong>de</strong>sejamosmedir o tamanho <strong>de</strong> uma folha <strong>de</strong> papel usando uma régua milimetrada. Com o olhobem treinado ou com o auxílio <strong>de</strong> uma lupa, e se os traços da marcação dosmilímetros inteiros da régua forem suficientemente estreitos, po<strong>de</strong>-se avaliar atédécimos <strong>de</strong> milímetro. Contudo, este procedimento po<strong>de</strong> não ser válido. Se umarégua é graduada em milímetros é porque o material com que é feito po<strong>de</strong> resultarem variações do comprimento total comparáveis com a sua menor divisão. Ou então,o próprio processo <strong>de</strong> fabricação po<strong>de</strong> não ser seguro, dando variações comparáveiscom a menor divisão. Nestes casos, supor a régua exata e avaliar décimos <strong>de</strong>milímetro po<strong>de</strong> se irrealista. Por outro lado, arredondando até o milímetro inteiromais próximo po<strong>de</strong> acarretar perda <strong>de</strong> informação. Assim, avaliar a incerteza emmeta<strong>de</strong> da precisão é um meio termo aceitável. É importante notar que estaincerteza correspon<strong>de</strong> na verda<strong>de</strong> ao erro máximo que po<strong>de</strong> ser cometido utilizandouma régua milimetrada, excluindo-se os erros aleatórios. A figura abaixo mostra umexemplo <strong>de</strong> leitura utilizando uma régua.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


33UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasFIGURA 2- EXEMPLO DE UMA MEDIDA FEITA COM RÉGUA MILIMETRADA.Neste caso po<strong>de</strong>mos avaliar o comprimento da barra em 8,36 cm. Assim, osalgarismos exatos são 8 e 3, ao passo que o duvidoso é 6, uma vez que suaobtenção surgiu <strong>de</strong> uma apreciação do experimentador. Portanto, o resultado finalda medida <strong>de</strong>ve ser l=(8,36 0,05) cm. Se utilizássemos um paquímetro po<strong>de</strong>ríamosobter para a gran<strong>de</strong>za em foco um valor <strong>de</strong> 8,371 cm. Neste caso, quais osalgarismos duvidosos e quais os exatos? Já um micrômetro nos permitiria obter umvalor que po<strong>de</strong>ria ser 8,3713 cm.7.2.2 Balança Tri-EscalaA balança tri-escala é assim <strong>de</strong>nominada porque possui três escalas: umagraduada em gramas, outra em <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> gramas, outra em centésimos <strong>de</strong>gramas. Assim o resultado <strong>de</strong> uma medida com esta balança po<strong>de</strong> ser apresentadocom algarismos até a casa do milésimo da grama, sendo este algarismo duvidoso. Aprecisão da balança é na casa do centésimo <strong>de</strong> grama. Antes <strong>de</strong> fazer uma medidacom a balança, <strong>de</strong>ve-se verificar se a mesma está zerada. Para isto, sem nenhumobjeto no prato da balança, <strong>de</strong>ve ser verificado se, ao colocar os pesos das escalasnos zeros das mesmas, o ponteiro situado na extremida<strong>de</strong> do braço da balança estáapontando para o zero <strong>de</strong> uma escala vertical, situado nesta extremida<strong>de</strong>. Ainclinação do braço da balança po<strong>de</strong> ser ajustada girando um parafuso situado nabase da balança. A balança <strong>de</strong>ve ser zerada para evitar erros sistemáticos nasmedidas.Ao pesar um objeto colocando-o no prato da balança, o braço <strong>de</strong>sta ficarálevantado, sendo necessário posicionar os pesos das escalas <strong>de</strong> forma que o ponteirovolte para o zero da escala vertical. Assim feito, os números nas escalas, indicadospelos pesos das escalas, po<strong>de</strong>rão ser lidos.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


34UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasComo exemplo, a leitura feita na figura abaixo (e indicada pelas flechas) seriam165,345 0,005g, on<strong>de</strong> 0,005 g correspon<strong>de</strong> á incerteza da medida.<strong>de</strong> 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180 200g0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10g0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1gFIGURA 3 - BALANÇA TRI-ESCALA.0,01g7.3 Aparelhos não Analógicos7.3.1 Aparelhos DigitaisOs aparelhos digitais não permitem que o erro <strong>de</strong> escala seja avaliado: oalgarismo duvidoso é simplesmente lido no display do aparelho, ou conformeespecificado pelo fabricante. Usualmente, o erro correspon<strong>de</strong> ao menor valor que oaparelho po<strong>de</strong> medir:m aparelhoprecisão do aparelho(4.5)Alguns exemplos <strong>de</strong> aparelhos digitais são: o cronômetro digital, termômetrodigital e multímetro digital. Como exemplo, <strong>de</strong>screveremos em <strong>de</strong>talhes o processo<strong>de</strong> medida <strong>de</strong> um cronômetro digital e <strong>de</strong> um multímetro digital.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


35UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas7.3.1.1 Cronômetros digitais:Cronômetros são aparelhos que me<strong>de</strong>m intervalos <strong>de</strong> tempo e cuja precisão<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do fabricante. Os cronômetros utilizados neste curso apresentam umdisplay digital com intervalos <strong>de</strong> tempo no formato:XXXX ' XX’’ XX’”horas minutos segundos décimos<strong>de</strong> segundosPortanto, o último dígito <strong>de</strong> precisão encontra-se na casa dos centésimos <strong>de</strong>segundo. Assim, o erro <strong>de</strong> escala <strong>de</strong>ste aparelho correspon<strong>de</strong> à menor medida que omesmo po<strong>de</strong> fazer, ou seja:maparelho0,01s (4.6)Desta forma, um exemplo <strong>de</strong> leitura com display indicando 0201 significa(2,01 0,01) s.Obs: Lembre-se quando o cronômetro for acionado manualmente, <strong>de</strong>ve serincluído também o tempo <strong>de</strong> reação humano, que é <strong>de</strong> aproximadamente0,1 s para cada acionamento.7.3.1.2 MultímetroMultímetros digitais são aparelhos multi-utilida<strong>de</strong>s que me<strong>de</strong>m váriasgran<strong>de</strong>zas elétricas, como: resistência, tensão, corrente, capacitância, indutância,tensões <strong>de</strong> junções <strong>de</strong> diodos e <strong>de</strong> transistores, etc. Os multímetros apresentam umdisplay digital e várias escalas para cada função, que po<strong>de</strong>m ser selecionadas por umcursor. Para perfeita utilização, NUNCA UTILIZE O MULTÍMETRO SEMORIENTAÇÃO DO PROFESSOR E NUNCA USE A SELEÇÃO AMPERÍMETRO EMPARALELO COM A FONTE, POIS VOCÊ PODE DANIFICÁ-LO!!!Para o caso do multímetro, existem duas fontes <strong>de</strong> erro possíveis:a) o último algarismo (z) po<strong>de</strong> flutuar em torno do valor mais estável e nestecaso a incerteza <strong>de</strong>vido à flutuação é calculada, estimando-se a flutuaçãoCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


36UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasmédia em torno do valor mais provável do último algarismo, da seguinteforma:x ( z z ) / 2(4.7)fmaxminb) o limite <strong>de</strong> erro instrumental ( x i) fornecido pelo fabricante que possui aforma:x a% da leitura b dígitos no último algarismoiA incerteza absoluta resultante das duas contribuições é:x x x (4.8)fComo exemplo, se uma leitura mais estável no amperímetro foi 33,04 mA eflutuou entre 33,02 e 33,05 mA na escala <strong>de</strong> 200 mA, que por sua vez, possui umaincerteza <strong>de</strong> 0,05% da leitura + 2 dígitos, então:x (0,05 0,02) / 2 0,015fx 0,0005 33,03 0,02 0.036515ix 0,015 0.036515 0,051515 0,05O valor da medida é então: i 33,04 0,05 mA.i7.3.1.3 Aparelhos com Nônio: O Paquímetro.O paquímetro é um instrumento usado para medir as dimensões linearesinternas, externas e <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um corpo. Consiste em uma réguagraduada, com encosto fixo, sobre a qual <strong>de</strong>sliza um cursor.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


37UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas1. Orelha fixa2. Orelha móvel8. Encosto fixo9. Encosto móvel3. Nônio ou vernier(polegada)4. Parafuso <strong>de</strong> trava5. Cursor6. Escala fixa <strong>de</strong> polegadas10. Bico móvel11. Nônio ou vernier(milímetro) 12. ImpulsorFIGURA 4 - PAQUÍMETRO.13. Escala fixa <strong>de</strong> milímetros14. Haste <strong>de</strong> profundida<strong>de</strong>O cursor 7. Bico ajusta-se fixo à régua e permite sua livre movimentação, com um mínimo<strong>de</strong> folga. Para muitas medidas com escalas graduadas é <strong>de</strong>sejável estimar-se umafração da menor divisão das mesmas. Existe um dispositivo que aumenta a precisão<strong>de</strong>sta estimativa: o nônio ou vernier (acoplado ao cursor). Esta escala especial foicriada por Pierre Vernier (1580-1637), para obter medidas lineares menores que amenor divisão <strong>de</strong> uma escala graduada.O nônio ou vernier nos permite efetuar a leitura <strong>de</strong> uma fração da menordivisão <strong>de</strong> uma régua ou escala graduada. Ele é constituído <strong>de</strong> uma pequena escalacom N divisões <strong>de</strong> valores conhecidos, que se move ao longo da régua principal,porém relacionam-se entre si <strong>de</strong> uma maneira simples. Por exemplo, consi<strong>de</strong>re umpaquímetro possuindo um nônio com N = 10 divisões que correspon<strong>de</strong>m, emcomprimento, a 9 divisões da escala principal. Cada divisão do nônio é mais curtaque a divisão da escala principal <strong>de</strong> 1 Nda divisão <strong>de</strong>sta escala.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


38UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasFIGURA 5 - REPRESENTAÇÃO DO NÔNIO.Neste caso, a primeira divisão do nônio é 1 mais curta que a divisão da10escala principal. A segunda divisão do nônio está a 2 <strong>de</strong> divisão a esquerda da10próxima marca da escala principal, e assim por diante, até a décima marca do nôniocoincida com a nona marca da escala principal. Se a escala Vernier é movida para adireita até que uma marca sua coincida com uma marca da escala principal, onúmero <strong>de</strong> décimos <strong>de</strong> divisões da escala principal que a escala do nônio se <strong>de</strong>slocoué o número <strong>de</strong> divisões do nônio, n, contadas a partir <strong>de</strong> sua marca zero até a marcado nônio que coincidiu com uma marca qualquer da régua principal. Um exemplo <strong>de</strong>leitura é mostrado na figura abaixo, na qual o comprimento l correspon<strong>de</strong> a(12,4 0,1) mm , on<strong>de</strong> neste caso, a incerteza do aparelho correspon<strong>de</strong> à precisão domesmo.l0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10Nônio0 10 20 30 40mm124 - traço coinci<strong>de</strong>nteFIGURA 6- EXEMPLOS DE MEDIDAS UTILIZANDO UM PAQUÍMETRO.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


39UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasPara se obter bons resultados na medição:1. O contato dos encostos com as superfícies do objeto <strong>de</strong>ve ser suave.Exageros na pressão do impulsor po<strong>de</strong>m danificar o objeto e resultarem medidas falsas;2. Manter a posição correta do paquímetro relativamente ao objeto.Inclinações do instrumento alteram as medidas.3. Antes <strong>de</strong> efetuar as medições, limpar as superfícies dos encostos e asfaces <strong>de</strong> contato do objeto;4. Medir o objeto a temperatura ambiente. As possíveis dilataçõestérmicas acarretam erros sistemáticos;Ao fazer a leitura, orientar a visão na direção dos traços e perpendicular a linhalongitudinal do instrumento.Em nosso laboratório o paquímetro possui um nônio com N = 20 divisões quecorrespon<strong>de</strong>m, em comprimento, a 39 divisões da escala principal. A precisão domesmo é <strong>de</strong> 0,05 m, que correspon<strong>de</strong> ao valor da incerteza.7.4 Exercício em Grupo: Medidas <strong>de</strong> Densida<strong>de</strong> SuperficialMaterial: folha, régua, paquímetro e balança.1. Densida<strong>de</strong> superficial <strong>de</strong> uma folha.a) Cada aluno do grupo <strong>de</strong>ve medir, utilizando uma régua milimetrada,as dimensões L 1 e L 2 da folha;b) Fazer a média das medidas <strong>de</strong> L 1 e L 2 , com seus respectivos errostotais L1e L2;c) Determinar a área média (A) da folha, com sua incerteza A.d) Cada aluno do grupo <strong>de</strong>ve medir a massa da folha com a balança;e) Fazer a média das medidas da massa (m) da folha e obter arespectiva incerteza total ( m );f) Obter a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> superficial da folha ( ), com a respectivaincerteza ( ).Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


40UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas2. Repetir as medidas do item 1. com o paquímetro.3. Comparar a <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> superficial média da folha (com sua respectivaincerteza total) obtida utilizando a régua milimetrada e o paquímetro.Use as tabelas abaixo para expressar as medidas e os cálculos:• Medidas da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> superficial ( ) da folha:Régua Paquímetro BalançaL 1 (cm) L 2 (cm) L 1 (cm) L 2 (cm) m (g)• CálculosRégua Paquímetro BalançaL 1 (cm) L 2 (cm) L 1 (cm) L 2 (cm) m (g)Valor médioIncerteza absolutaDesvio PadrãoIncerteza Total*A incerteza <strong>de</strong>vido aos erros aleatórios <strong>de</strong>ve ser escolhida entre aincerteza absoluta ou <strong>de</strong>svio padrão.• Resultados finaisCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


41UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasRéguaPaquímetroA (cm 2 ) A (cm 2 ) A (cm 2 ) A (cm 2 )(cm 2 ) (g/cm 2 ) (cm 2 ) (g/cm 2 )8 Gráficos8.1 IntroduçãoUm gráfico é uma curva que mostra a relação entre duas variáveis medidas.Quando, em um fenômeno físico, duas gran<strong>de</strong>zas estão relacionadas entre si ográfico dá uma i<strong>de</strong>ia clara <strong>de</strong> como a variação <strong>de</strong> uma das quantida<strong>de</strong>s afeta a outra.Assim, um gráfico bem feito po<strong>de</strong> ser a melhor forma <strong>de</strong> apresentar os dadosexperimentais. Ao realizarmos uma medida sugere-se colocar num gráfico todos ospontos experimentais e traçar curvas que se ajustem o mais aproximadamentepossível a esses pontos. A forma <strong>de</strong>ssas curvas po<strong>de</strong> auxiliar o experimentador averificar a existência <strong>de</strong> leis físicas ou leva-lo a sugerir outras leis não previamenteconhecidas.Muitas vezes nos <strong>de</strong>frontaremos com o problema <strong>de</strong> encontrar uma função que<strong>de</strong>screva apropriadamente a <strong>de</strong>pendência entre duas gran<strong>de</strong>zas medidas nolaboratório. Algumas das curvas mais comuns são: a reta, parábolas, exponenciais,senói<strong>de</strong>s, etc.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


42UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas8.2 Construção <strong>de</strong> GráficosHá algumas regras básicas que <strong>de</strong>vem ser seguidas na construção <strong>de</strong> gráficos:1. Colocar um título, especificando o fenômeno físico em estudo, que relacionaas gran<strong>de</strong>zas medidas;2. Escrever nos eixos coor<strong>de</strong>nados as gran<strong>de</strong>zas representadas, com suasrespectivas unida<strong>de</strong>s. A escala <strong>de</strong>ve conter a informação do número <strong>de</strong>algarismos significativos das medidas. No eixo horizontal (abscissa) é lançadaa variável in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, isto é, a variável cujos valores são escolhidos peloexperimentador, e no eixo vertical é lançada a variável <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte, ou seja,aquela obtida em função da primeira;3. Em geral, a relação <strong>de</strong> aspecto (altura/largura) <strong>de</strong>ve ser menor do que 1, poiso gráfico será <strong>de</strong> mais fácil leitura (por esta razão é que a tela <strong>de</strong> cinema e ada televisão tem relação <strong>de</strong> aspecto menor do que 1);4. Se possível cada eixo <strong>de</strong>ve começar em zero;5. Escolher escalas convenientes tais que facilitem tanto a construção quanto aleitura dos gráficos. A escala <strong>de</strong>ve ser simples e sugere-se adotar valoresmúltiplos ou submúltiplos <strong>de</strong> números inteiros;6. A escala adotada num eixo não precisa ser igual à do outro;7. Escolher escalas tais que a curva cubra aproximadamente toda a folhadisponível do papel do gráfico;8. Deve-se ter o cuidado <strong>de</strong> nunca assinalar na escala as coor<strong>de</strong>nadas dos dadosexperimentais;9. Marque cada um dos pontos do gráfico, cuidadosamente e claramente,escolhendo para isto um símbolo a<strong>de</strong>quado e <strong>de</strong> tamanho facilmente visível(por exemplo, um círculo ou um quadradinho) com um pontinho no centro.Nunca marque os pontos apenas com um pontinho do lápis;10. Marque claramente as barras <strong>de</strong> erro em cada ponto. Se o erro for muitopequeno para aparecer na escala escolhida anote ao lado: as barras <strong>de</strong> errosão muito pequenas para aparecer na figura;Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


43UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasFigura 7 – Gráfico mostrando os dados experimentais e a curva traçada.Quando todos os pontos experimentais já estiverem marcados no gráfico,resta traçar a curva. Esta não precisa passar sobre todos os pontos; <strong>de</strong> fato, épossível que a curva não passe por nenhum ponto do gráfico. Sendo assim, não énecessário que a curva tenha início no primeiro e termine no último pontoexperimental. A figura 7 mostra um exemplo <strong>de</strong> dados experimentais cuja<strong>de</strong>pendência é caracterizada por uma parábola. Os quadrados (▪) representam osdados experimentais e sua dispersão é <strong>de</strong>vida aos erros cometidos durante aexperiência. A linha contínua representa a curva que melhor <strong>de</strong>screve a <strong>de</strong>pendênciaquadrática da gran<strong>de</strong>za x com a gran<strong>de</strong>za y.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


44UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas8.3 Gráficos e Equações LinearesA seguir trataremos apenas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>zas físicas (x e y) relacionadas por uma<strong>de</strong>pendência linear, ou seja, por uma função y=f(x), on<strong>de</strong> f(x) obe<strong>de</strong>ce a equação <strong>de</strong>uma reta: y=ax+b, com a e b constantes, on<strong>de</strong> a é o coeficiente angular e b é ocoeficiente linear.O coeficiente angular correspon<strong>de</strong> à inclinação da reta, ou seja, a y / x ,enquanto que o coeficiente linear b é obtido pela interseção da reta com o eixo y,como indica a Figura 8.Figura 8 – Determinação dos coeficientes a e b da curva y.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


45UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasAlguns exemplos típicos são:1. Movimento retilíneo uniforme (MRU):Neste caso têm-se duas gran<strong>de</strong>zas físicas (posição x e tempo t) relacionadaspela função linear:x v t x , (5.1)0 0on<strong>de</strong> v0é a velocida<strong>de</strong> do corpo (constante) e x0sua posição inicial. Portanto,lançando num gráfico os pontos medidos <strong>de</strong> t (no eixo x) e x (no eixo y), conformea Figura 9, teremos o coeficiente angular correspon<strong>de</strong>nte a v 0e o coeficiente linear ax0.Figura 9 – Exemplo <strong>de</strong> gráfico do movimento retilíneo uniforme.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


46UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas2. Movimento retilíneo uniformemente acelerado (MRUA):Neste tipo <strong>de</strong> movimento temos duas gran<strong>de</strong>zas físicas: tempo t e velocida<strong>de</strong>v <strong>de</strong> um corpo sujeito a uma aceleração constante a , <strong>de</strong>scrito pela função:v at v (5.2)Neste caso, a construção <strong>de</strong> uma reta com eixo x correspon<strong>de</strong>ndo ao tempo te a velocida<strong>de</strong> v ao eixo y, implicará que os coeficientes angular e linear fornecerãoos valores da aceleração a e da velocida<strong>de</strong> inicial v0do movimento,respectivamente.A seguir, <strong>de</strong>screveremos dois métodos que nos permitem <strong>de</strong>terminar estescoeficientes a partir dos dados experimentais.08.4 Métodos <strong>de</strong> Determinação dos Coeficientes a e bConforme já foi mencionado, será comum em laboratório nos <strong>de</strong>frontarmoscom medidas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>zas correlacionadas com as quais não temos uma relaçãoestabelecida. Nestes casos quase sempre a primeira atitu<strong>de</strong> é buscar através <strong>de</strong>gráficos uma lei simples ligando uma gran<strong>de</strong>za à outra. Aqui apresentaremos doismétodos para <strong>de</strong>terminar esta relação no caso <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>pendência linear, a partir<strong>de</strong> dados experimentais.8.4.1 Método GráficoEste método permite estimar os parâmetros <strong>de</strong> uma reta e é recomendado quandonão se dispõe <strong>de</strong> calculadora ou computador para realização <strong>de</strong> cálculos. As únicasferramentas necessárias são: um lápis (ou caneta) e uma régua (<strong>de</strong> preferênciatransparente).Para ilustrar o método, consi<strong>de</strong>remos os dados representados na figura 10.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


47UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas2º.Quadrante1º.Quadrante3º.Quadrante4º.QuadranteFigura 10 – Pontos experimentais e reta média.Siga os passos abaixo.1. Estime o centro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> dos pontos ( x, y ) , on<strong>de</strong> x ( xmin x max) / 2 ey ( y y ) / 2. Os índices min e max referem-se aos valores mínimos eminmaxmáximos <strong>de</strong> x e y medidos. As retas, vertical e horizontal, que passam poreste ponto divi<strong>de</strong> o gráfico em quatro quadrantes. No exemplo da figura 10,os dados estão meta<strong>de</strong> no quadrante 1 e meta<strong>de</strong> no quadrante 3.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


48UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas2. Coloque a ponta do lápis no ponto ( x, y ) e apoie a régua no lápis.3. Gire a régua em torno do ponto ( x, y)até que 50% dos pontos <strong>de</strong> cadaquadrante estejam por cima, e 50% abaixo da régua. (Note que mais <strong>de</strong>uma reta satisfazem esta condição e você <strong>de</strong>ve escolher uma média.) Trace areta média. A reta não necessariamente precisa passar por todos os pontose nem pelos pontos iniciais e finais. A equação <strong>de</strong>sta reta será:y=mx+b. (5.3)8.4.1.1 Coeficiente Angular (m) e Linear (b) da Reta MédiaPara avaliar o coeficiente angular da reta média escolha dois pontos sobre areta, como sugerido na figura 11 (pontos P e Q).Figura 11 – Determinação do coeficiente angular da reta média.Os pontos P e Q não são pontos experimentais e <strong>de</strong>vem ser escolhidos em umaposição fora da região <strong>de</strong>limitada pelos dados experimentais. O coeficiente angularda reta será dado por:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


49UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasYPYQm (5.4)X XPO coeficiente linear (b), por sua vez, permanece, sendo, simplesmente, oponto em que a reta toca o eixo y.Q8.4.1.2 Incertezas dos coeficientes das retas médiasPara estimar a incerteza no coeficiente angular da reta média, consi<strong>de</strong>re asduas diagonais do quadrilátero ABCD como mostra a figura 12. Para obter ossegmentos <strong>de</strong> reta AB e CD proceda da seguinte forma. Assinale em cada janela <strong>de</strong>incerteza, o vértice mais distante da reta média. Esse procedimento vai gerar umconjunto <strong>de</strong> pontos acima e abaixo da reta média. O conjunto <strong>de</strong> pontos que ficouacima permite traçar uma reta média auxiliar e <strong>de</strong>terminar o segmento AB pelainterseção <strong>de</strong>sta reta com as verticais que passam por X i e X f . O segmento CD éobtido <strong>de</strong> forma análoga.XiXfFigura 12 – Procedimento gráfico para obtenção dos coeficientes da reta média.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


50UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasEntão é possível calcular m e b , a partir das duas diagonais do quadriláteroABCD:( mmax mmin)m 2( bmax bmin)b 2e(5.5)on<strong>de</strong> m max =(Y B - Y D )/(X f - X i ) e m minx =(Y C – Y A )/(X f - X i ). b max e b min são asextrapolações das duas diagonais até o eixo y.8.4.2 Método dos Mínimos QuadradosO ajuste <strong>de</strong> curvas pelo método dos mínimos quadrados é importante, pois aocontrário do método gráfico, é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da avaliação do experimentador.Este método consiste em minimizar o erro quadrático médio (S) das medidas.Consi<strong>de</strong>re então um conjunto <strong>de</strong> N medidas ( x, y ) , com i assumindo valoresinteiros <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1 até N. S é <strong>de</strong>finido como:iiN N2S S i ( y yi), (5.6)i1 i1on<strong>de</strong> y é o valor da curva ajustada (y=ax+b). O objetivo é somar os S idas Nmedidas e traçar uma reta que torne a soma dos S imínima. Matematicamente issoSScorrespon<strong>de</strong> a 0 e 0 . É razoável acreditar que para que isso aconteça aabreta <strong>de</strong>sejada <strong>de</strong>ve passar entre todos os pontos experimentais. Destas duasexpressões extraímos os valores dos parâmetros a e b . O resultado é:a N N N N x y x yi i i ii1 i1 i1NN2 2 i ( i)i1 i1N x xeb N N N N2 i i i iii1 i1 i1 i1NN2 2Nxi ( xi)i1 i1N x y x y x,Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


51UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas N i Ni1On<strong>de</strong> usou-se a notação <strong>de</strong> somatório: x x1 x2... x .8.4.3 Exemplo <strong>de</strong> Determinação dos Coeficientes Angular e LinearConsi<strong>de</strong>re uma medida <strong>de</strong> movimento retilíneo uniforme efetuado por um carrinhono laboratório. Foram medidos tanto sua posição x (em metros) quanto o tempo t(em segundos) e os resultados estão conforme a tabela abaixo. Construa o gráficoque representa o movimento e <strong>de</strong>termine a velocida<strong>de</strong> e a posição inicial do carrinhousando o método dos mínimos quadrados e o método gráfico.Para usarmos o método dos mínimos quadrados, sugere-se a construção <strong>de</strong>uma tabela, conforme indicado abaixo, lembrando qu aqui o eixo x correspon<strong>de</strong> aotempo t e o eixo y, à posição x:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


52UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasx(s) y(m) xy x 20,100 0,51 0,051 0,01000,200 0,59 0,12 0,04000,300 0,72 0,22 0,09000,400 0,80 0,32 0,1600,500 0,92 0,46 0,250 x = 1,500 y = 3,54 xy=1,17 x 2 = 0,550Com esses resultados, basta substituir os valores nas fórmulas para a e b elembrar que neste caso temos N = 5 medidas:5x1,17 1,500 x3,54 0,54a 1,08 m / s 1,1 m / s25x0,550 (1,500) 0,500,550x3,54 1,17 x1,500 0,20b 0,40 m25x0,550 (1,500) 0,50Portanto, temos v 0=1,1m/s e x 0=0,40m.Para construir a curva, basta atribuir pelo menos dois valores para t eencontrar os correspon<strong>de</strong>ntes x . Verifica-se que x =0,30s e y =0,71m. Com estecentro <strong>de</strong> gravida<strong>de</strong> <strong>de</strong>termina-se conforme a figura anterior os valores v 0=1,0m/s ex0=0,40m. Observe a concordância dos dois métodos.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


538.5 ExercíciosUNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas1) Consi<strong>de</strong>re a tabela abaixo. Ela apresenta as posições sucessivas <strong>de</strong> um certoobjeto, em movimento retilíneo e uniforme.Tempo(s) 0,0001 0,1400 0,2000 0,3200 0,4400 0,5200 0,6400Posição (mm) 1 879 895 919 949 964 970Marque os pontos em papel milimetrada, trace a reta média e obtenha avelocida<strong>de</strong> do objeto. A seguir <strong>de</strong>senhe as barras <strong>de</strong> incerteza e obtenha vvpelométodo gráfico.Obs: As barras <strong>de</strong> erro ou incerteza indicam a faixa <strong>de</strong> valores prováveis para agran<strong>de</strong>za medida.2) Estudando o movimento <strong>de</strong> um carrinho, efetuado ao longo <strong>de</strong> um trilho <strong>de</strong> ar(movimento retilíneo uniforme) obteve-se os seguintes dados experimentais,após:Posição (mm) t (s) 1t2(s) t3(s) t4(s) t5(s)879 0,1400 0,1500 0,1400 0,1200 0,1200895 0,2000 0,2200 0,2400 0,2500 0,2000919 0,3200 0,3300 0,2900 0,3400 0,3300949 0,4400 0,4500 0,4600 0,4600 0,4500964 0,5200 0,5200 0,5100 0,5300 0,5900970 0,6400 0,7200 0,7000 0,6900 0,6000Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


54UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasAcima uma posição para o sensor <strong>de</strong> medida no trilho foi escolhida e entãomediu-se o tempo gasto pelo carrinho para atingi-lo. Esta medida foi feita 5 vezes,correspon<strong>de</strong>ndo aos valores t 1, t 2, t 3, t 4e t 5. Em seguida repetiu-se o procedimentopara outras 5 posições do sensor ao longo do trilho.Determine utilizando o método dos mínimos quadrados a velocida<strong>de</strong> docarrinho e sua posição inicial com os erros associados.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


55UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9 Roteiros – Primeira Sequência9.1 Experimento 1: Estudo <strong>de</strong> Cinemática Utilizando Colchão <strong>de</strong>Ar9.1.1 Objetivos Reconhecer o movimento retilíneo uniforme (MRU) e o uniformemente variado(MRUV); Obter a velocida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> um corpo em movimento retilíneo <strong>de</strong> translação a partirdo gráfico <strong>de</strong> distância percorrida (Δx) versus tempo gasto (Δt); Obter a aceleração média <strong>de</strong> um corpo em movimento retilíneo <strong>de</strong> translação a partirdo gráfico da variação da velocida<strong>de</strong> (Δv) com o tempo gasto (Δt); Enten<strong>de</strong>r a diferença experimental entre medidas instantâneas e médias; Fornecer a equação relacionando distância com tempo para um móvel em MRU e umem MRUV.9.1.2 Materiais Necessários 01 colchão <strong>de</strong> ar com articulador dianteiro e espera traseira para pequenasinclinações com elevação através <strong>de</strong> fuso milimétrico; 01 carro com imã e haste ativadora na cabeceira direita e mola com suporte M3 nacabeceira esquerda. 4 massas acopláveis <strong>de</strong> 0,5 N 01 computador para ser utilizado como cronômetro digital. 02 sensores fotoelétricos.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


56UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.1.3 Montagem e Procedimento Experimental9.1.3.1 Parte 1 – Movimento com Velocida<strong>de</strong> Constante.1. Com o colchão <strong>de</strong> ar sem inclinação, colocar o imã na extremida<strong>de</strong> direita docarro e 04 pesos <strong>de</strong> 50 N sobre este, formando um X.2. Coloque a extremida<strong>de</strong> esquerda do carro sobre a posição 250 mm da escala(800 mm na escala do outro lado). O primeiro sensor <strong>de</strong>ve ser posicionado <strong>de</strong>forma a que a sombra da haste lateral do carro esteja sobre o buraco do mesmo,quando o carro se encontrar na posição <strong>de</strong>scrita.Não arraste o carro sobre o trilho com o colchão <strong>de</strong> ar <strong>de</strong>sligado.3. Coloque a extremida<strong>de</strong> esquerda do carro sobre a posição 300 mm da escala.Utilize a sombra da haste lateral do mesmo para posicionar o segundo sensor.Determine a incerteza na medida da posição por este método.4. Anote a distância como sendo 50 mm +/- a incerteza <strong>de</strong>terminada noprocedimento 4.5. Ligue o colchão <strong>de</strong> ar e verifique se o fluxo <strong>de</strong> ar é suficiente para eliminar oatrito entre o carrinho e o trilho, se não, regule com cuidado a bomba <strong>de</strong> ar.6. Use o medidor <strong>de</strong> nível para verificar se o trilho está nivelado, se não, realize osajustes necessários.7. Posicione o carro <strong>de</strong> forma a que o imã em sua extremida<strong>de</strong> direita fiqueencostado exatamente no centro da bobina posicionada na extremida<strong>de</strong> direita dotrilho. Quando solto nesta posição o carro não <strong>de</strong>ve se mover.8. Um dos integrantes do grupo <strong>de</strong>ve posicionar-se junto ao computador e colocar ocronômetro do experimento para funcionar.9. Dispare o carro da posição anterior usando o botão <strong>de</strong> acionamento da bobina.Verifique se o carro não está “pulando” ao ser lançado pela bobina, se omovimento não for horizontal <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio chame o professor.10. Anote o tempo que o carro levou para percorrer a distância entre os sensores.11. Após o carro chegar ao outro lado do colchão, pare o movimento e retire o carro.12. Repita os procedimentos 3 até 11, cinco vezes, anote os tempos obtidos, adiferença entre eles será utilizada para a <strong>de</strong>terminação do erro nas medidas <strong>de</strong>tempo.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


57UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas13. Mova o segundo sensor 50 mm na escala (para 350 mm). Repita osprocedimentos 8 a 13 para esta nova distância, <strong>de</strong>pois aumente a distância mais50 mm ... repita até que a posição final do segundo cursor seja <strong>de</strong> 600 mm.14. Crie uma tabela com o formato abaixo:Tabela 1 – Distâncias Percorridas, Tempos Médios e Desvio, movimento uniforme.Distância(mm)Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Média Desvio5010015020025030035040045050055060015. Faça um gráfico <strong>de</strong> distância percorrida X tempo para este sistema.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


58UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.1.3.2 Parte 2 – Movimento Uniformemente Acelerado.1. Substitua o imã no carro por um pedaço <strong>de</strong> metal, <strong>de</strong> forma a que a bobina passea atrair ao invés <strong>de</strong> repelir o carro.2. Incline a rampa 10 +/- 0,5 graus.3. Com o colchão <strong>de</strong> ar inclinado, colocar o imã na extremida<strong>de</strong> direita do carro e 04pesos <strong>de</strong> 50 N sobre este, formando um X.4. Coloque a extremida<strong>de</strong> esquerda do carro sobre a posição 250 mm da escala(800 mm na escala do outro lado). O primeiro sensor <strong>de</strong>ve ser posicionado <strong>de</strong>forma a que a sombra da haste lateral do carro esteja sobre o buraco do mesmo,quando o carro se encontrar na posição <strong>de</strong>scrita.Não arraste o carro sobre o trilho com o colchão <strong>de</strong> ar <strong>de</strong>sligado.5. Coloque a extremida<strong>de</strong> esquerda do carro sobre a posição 300 mm da escala.Utilize a sombra da haste lateral do mesmo para posicionar o segundo sensor.6. Anote a distância entre sensores.7. Posicione o carro <strong>de</strong> forma a que o pedaço <strong>de</strong> metal em sua extremida<strong>de</strong> direitafique encostado exatamente no centro da bobina posicionada na extremida<strong>de</strong>direita do trilho. Um integante do grupo <strong>de</strong>ve manter o <strong>de</strong>do no botão que liga abobina <strong>de</strong> forma a que esta permaneça atraindo o metal até o momento <strong>de</strong> soltaro carrinho.8. Um dos integrantes do grupo <strong>de</strong>ve posicionar-se junto ao computador e colocar ocronômetro do experimento para funcionar.9. Solte o carro da posição anterior usando o botão <strong>de</strong> acionamento da bobina.10. Anote o tempo que o carro levou para percorrer a distância entre os sensores.11. Após o carro chegar ao outro lado do colchão, pare o movimento e retire o carro.12. Repita os procedimentos 5 até 11, cinco vezes, anote os tempos obtidos, adiferença entre eles será utilizada para a <strong>de</strong>terminação do erro nas medidas <strong>de</strong>tempo.13. Mova o cursor e anote os tempos <strong>de</strong> forma a preencher a tabela abaixo:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


59UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasTabela 2 – Distâncias percorridas, tempos médios e <strong>de</strong>svios no movimentouniformemente acelerado.Distância(mm)Tempo 1 Tempo 2 Tempo 3 Tempo 4 Tempo 5 Média Desvio5075100150175200250275300350375400450475500550600Obs: Note que a tabela possui alguns pontos a 25 +/- 1 mm um do outro, enquantooutros estão espaçados por 50 +/- 1 mm. Isto é feito <strong>de</strong> propósito para criar um<strong>de</strong>safio na hora <strong>de</strong> traçar o gráfico.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


60UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas14. Calcule as velocida<strong>de</strong>s instantâneas com respectivas incertezas, utilizando asequações abaixo e preencha a tabela abaixo (não consi<strong>de</strong>re a aceleração dagravida<strong>de</strong> como conhecida).v v at0atx x0 v0t22(9.1)Obs: consi<strong>de</strong>re v 0 = 0 em x = 0. Esta consi<strong>de</strong>ração para v 0 po<strong>de</strong> levar a algum errono cálculo da aceleração do carro ? Justifique no relatório sua resposta.Tabela 3 – Obtenção da velocida<strong>de</strong> no movimento Uniformemente Acelerado.Distância Percorrida(consi<strong>de</strong>rando oreferencial no primeirosensor)(mm)5075100150175200250275300350375400450475500550600Intervalo <strong>de</strong> Tempo(com incerteza)Velocida<strong>de</strong> instantânea nofim do percurso(com incerteza)Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


61UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas15. Faça um gráfico <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> X tempo utilizando os dados da tabela acima,obtenha a aceleração a partir <strong>de</strong>ste gráfico. Com esta aceleração você po<strong>de</strong>rácalcular a aceleração da gravida<strong>de</strong> (g).9.1.4 O que Incluir no Relatório do Experimento‣ As equações algébricas para a posição do carrinho em função do tempo,consi<strong>de</strong>rando a aceleração constante, para o movimento com a rampa na horizontal epara o movimento com a rampa inclinada.‣ Responda: É possível <strong>de</strong>terminar se a aceleração foi mesmo constante nos doiscasos? Demonstre que sim ou que não.‣ Obs: Aceleração constante igual a zero ainda é aceleração constante.‣ Gráfico <strong>de</strong> posição X tempo para o movimento uniforme.‣ Para o movimento uniforme, faça o cálculo da velocida<strong>de</strong> a partir do gráfico ecomparação com a velocida<strong>de</strong> obtida diretamente a partir dos valores da tabela(calculando linha por linha e obtendo a média). Qual dos dois valores é mais preciso?Por que?‣ Gráfico <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong> X tempo para o movimento uniformemente acelerado.‣ Da aceleração calculada a partir do gráfico, obtenha a aceleração da gravida<strong>de</strong> ecompare com o valor tabelado na literatura (cite o livro e <strong>de</strong>staque o valorapresentado).‣ Equações dos movimentos, obtidas a partir dos gráficos.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


62UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.2 Experimento 2: Equilíbrio entre Corpos num Plano Inclinadocom Atrito9.2.1 Objetivos Reconhecer os efeitos da força motora P x e <strong>de</strong> sua equilibrante (tensão, compressão,atrito, etc). Reconhecer os efeitos da componente do peso P perpendicular a rampa P y e suaequilibrante (força normal N). Determinar a <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> P x e P y com o ângulo <strong>de</strong> inclinação da rampa. Determinar a <strong>de</strong>pendência <strong>de</strong> P x e P y com a massa envolvida e a aceleraçãogravitacional no local. Determinar a vantagem mecânica V m da máquina simples <strong>de</strong>nominada planoinclinado. Saber interpretar o comportamento do atrito no sistema. Determinar o coeficiente <strong>de</strong> atrito estático <strong>de</strong> diversas superfícies.9.2.2 Material Necessário 01 plano inclinado com ajuste angular regulável, escala <strong>de</strong> 0 a 45 graus, com divisão<strong>de</strong> um grau, indicador da inclinação; sistema <strong>de</strong> elevação contínuo por fusomilimétrico; sapatas niveladoras amortecedoras; rampa principal metálica com trilhossecundários paralelos tipo bordas finas, ranhura central, esperas laterais, escala nalateral do trilho secundário. 02 massas acopláveis <strong>de</strong> 50 g; 01 carrinho com conexão flexível para dinamômetro, conjunto móvel indicador daorientação da força peso com haste normal e espera <strong>de</strong> carga adicional; 01 dinamômetro <strong>de</strong> 2 N. Obs: Cuidado ao utilizar o dinamômetro para não ultrapassar a carga máxima queele suporta. 01 corpo <strong>de</strong> prova <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira com uma das faces revestida em material com altocoeficiente <strong>de</strong> atrito.9.2.3 Procedimento Experimental1. Verifique o zero do dinamômetro, avalie a incerteza <strong>de</strong>ste instrumento.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


63UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas2. Pese o sistema carrinho + pesos com o uso do dinamômetro. Anote o valorobtido, bem como a incerteza.3. Girando o manípulo do fuso <strong>de</strong> elevação contínua eleve o plano inclinado até umângulo <strong>de</strong> 30 graus.4. Prenda o dinamômetro no parafuso situado na parte superior da rampa do planoinclinado. Observe para que o dinamômetro fique paralelo ao plano inclinado.5. Prenda o carrinho ao dinamômetro.6. Realize quatro valores <strong>de</strong> força medida pelo dinamômetro. Obtenha a média eadote o <strong>de</strong>svio padrão como incerteza.7. Faça o diagrama <strong>de</strong> forças que atuam neste momento sobre o móvel,i<strong>de</strong>ntificando cada uma <strong>de</strong>las.8. Diminua a inclinação do plano inclinado para 20 graus e meça a força nodinamômetro.9. Obtenha e anote a relação entre a força mínima necessária para fazer o carrosubir a rampa e o peso do carro, para os ângulos <strong>de</strong> 30 e 20 graus.10. Retire o carro e o dinamômetro da rampa.11. Use o dinamômetro para medir o peso do corpo <strong>de</strong> prova.12. Coloque o plano inclinado em posição horizontal.13. Reajuste o zero do dinamômetro para que este trabalhe na posição horizontal.14. Utilizando o dinamômetro, meça a força <strong>de</strong> atrito estático entre as superfícies docorpo <strong>de</strong> prova e a rampa do plano, agora na horizontal. Repita o procedimento<strong>de</strong> medida cinco vezes, obtenha a média e o <strong>de</strong>svio quadrático médio.15. Coloque a superfície esponjosa do corpo <strong>de</strong> prova para baixo e aumente o ângulo<strong>de</strong> inclinação da rampa, batendo levemente nela a cada grau, até que o corpo <strong>de</strong>prova comece a se mover lentamente.16. Retire o corpo, reduza um pouco o ângulo, recoloque o corpo sobre a rampa everifique se o corpo ainda se move. Caso não se mova aumente o ângulo até elecomeçar a se mover.17. Repita a <strong>de</strong>terminação do ângulo em que o corpo está na iminência <strong>de</strong>movimento cinco vezes.18. Repita os procedimentos 11- 18 com a superfície <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira do corpo em contatocom a rampa.19. Preencha o formulário abaixo:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


64UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasPeso dos cilindros <strong>de</strong> 50g com incertezaPeso do carrinho com incerteza(Peso do carrinho + pesos) com incertezaForça medida pelo dinamômetro com o carrinho no plano inclinado.Ângulo Força Medida Valor médio Desvio30 graus20 grausPeso do corpo <strong>de</strong> Prova = ______________________Força <strong>de</strong> Atrito Estático no Plano horizontalSuperfície Medida 1 Medida 2 Medida 3 Medida 4 Medida 5 Média DesvioLisaEsponjosaÂngulo <strong>de</strong> Iminência do Movimento (obtido variando o ângulo até que o objeto esteja naiminência <strong>de</strong> movimento)Valores medidosMedida 1Medida 2Medida 3Medida 4Medida 5MédiaDesvioSuperfície Lisa(ângulo em graus)Superfície Esponjosa(ângulo em graus)Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


65UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.2.4 O que Incluir no Relatório do Experimento.‣ Os diagramas <strong>de</strong> força (com valores) <strong>de</strong> todos os sistemas estudados.‣ Verifique se a força medida no dinamômetro para o carrinho no plano inclinadoconfere com o previsto na teoria.‣ A vantagem mecânica do plano inclinado (Peso/Força mínima para suspen<strong>de</strong>r acarga), para dois ângulos diferentes.‣ Uma discussão sobre as vantagens e <strong>de</strong>svantagens do uso <strong>de</strong> planos inclinados commenor ângulo <strong>de</strong> inclinação.‣ O cálculo dos coeficientes <strong>de</strong> atrito estático das superfícies do corpo <strong>de</strong> prova emrelação à rampa, utilizando o dinamômetro.‣ O coeficiente <strong>de</strong> atrito estático é numericamente igual a tangente do ângulo <strong>de</strong>inclinação da rampa quando o corpo se encontra na iminência <strong>de</strong> movimento? Porque?Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


66UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.3 Experiência 3: Lançamento Horizontal, Conservação daEnergia e da Quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Movimento9.3.1 Objetivos Gerais I<strong>de</strong>ntificar corretamente a gran<strong>de</strong>za alcance em um lançamento horizontal <strong>de</strong> projétila partir <strong>de</strong> uma rampa; Executar corretamente as medidas do alcance com o seu respectivo <strong>de</strong>svio; Relacionar a altura da posição <strong>de</strong> largada do móvel com o alcance; Determinar a velocida<strong>de</strong> total, no ponto <strong>de</strong> lançamento e no ponto <strong>de</strong> impacto com osolo; Utilizar o princípio <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> energia para <strong>de</strong>terminar a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>lançamento da esfera (ao abandonar a rampa); Determinar a velocida<strong>de</strong> angular da esfera, a partir da sua velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> lançamentorelacionando com a sua velocida<strong>de</strong> linear do centro <strong>de</strong> massa; Relacionar a altura h com o módulo do vetor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento horizontal everificar sua conservação; Verificar, através <strong>de</strong> vetores quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento horizontal, a lei daconservação das quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> movimento em colisões frontais e laterais.9.3.2 Material Necessário Uma rampa principal, sustentação regulável para apoio da esfera alvo e suporte comesfera para os acessórios; Um conjunto <strong>de</strong> sustentação com escala linear milimetrada, haste e sapatasniveladoras e amortecedoras; Um fio <strong>de</strong> prumo com engate rápido; Uma esfera metálica maior para lançamento; Uma esfera metálica menor para lançamento; Uma folha <strong>de</strong> papel carbono; Uma folha <strong>de</strong> papel <strong>de</strong> seda; Fita a<strong>de</strong>siva; Um lápis; Uma régua milimetrada; Um compasso; Um paquímetro; Uma folha <strong>de</strong> papel milimetrado.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


67UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.3.3 Montagem Nivele a base da rampa; Estique primeiramente a folha <strong>de</strong> papel carbono virada para cima sobre a mesapren<strong>de</strong>ndo-a com fita a<strong>de</strong>siva, <strong>de</strong>pois estique a folha <strong>de</strong> papel <strong>de</strong> seda e a prendapor cima do papel carbono; Utilizando o prumo, marque no papel a posição x0 que fica verticalmente abaixo dasaída da rampa.9.3.4 Procedimento Experimental9.3.4.1 Parte 1 - Determinação do alcance <strong>de</strong> um projétil1. Meça com uma regra milimetrada a altura do tripé, do tampo da mesa até asaída da rampa (h’’).2. Solte a esfera metálica maior do ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>snível 50 mm existente na escalada rampa. Ela percorrerá a canaleta e fará um voo até colidir com o papelcarbono. (O aluno <strong>de</strong>ve estar atento para que a esfera “pique” somente umavez sobre o papel).3. Repita o processo acima em 10 lançamentos. Com um compasso <strong>de</strong>senhe umcírculo reunindo em seu interior as marcas produzidas pelos lançamentos. Amedida do raio <strong>de</strong>ste círculo (R c ) fornece a “imprecisão máxima da medida doalcance” ou “<strong>de</strong>svio da medida do alcance” representando a medida da incerteza<strong>de</strong>ste experimento. O valor médio do alcance é dado pela distância entre amarca x 0 (feita abaixo do prumo) e a marca x c correspon<strong>de</strong>nte ao centro docírculo traçado.4. Caso algum lançamento caia muito distante dos <strong>de</strong>mais, <strong>de</strong>spreze-o e refaça olançamento.5. Agora repita os procedimentos 2 – 4 com os <strong>de</strong>sníveis (h) <strong>de</strong> 20, 80 e 100 mm.6. Tome o ponto médio das marcas feitas pela bola nos lançamentos com cada<strong>de</strong>snível h como sendo x c para aquela altura h.7. Complete a tabela abaixo.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


68UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasTabela 1 – Lançamento feitos.Marca na Escala da Rampa50 mm20 mm80 mm100 mmAlcance Horizontal Médio(X c )Incerteza em X c9.3.4.2 Parte 2 - Determinação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento numacolisão frontal (com base na conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong>movimento horizontal <strong>de</strong> duas esferas diferentes).1. Meça o peso da esfera maior (m G ) utilizando o dinamometro. Meça o valor do pesoda esfera menor (m P ). Com a ajuda <strong>de</strong> um paquímetro meça o valor do raio da esferamaior e da esfera menor ( r G e r P respectivamente).2. Coloque a esfera menor sobre o suporte da esfera alvo e regule o sistema para aesfera metálica maior se choque frontalmente com ela ao abandonar a rampa.Obs 1: A distância entre a saída da rampa e o parafuso <strong>de</strong> apoio da esfera alvo (Δx)<strong>de</strong>ve ser escolhida <strong>de</strong> forma a minimizar o atrito com a rampa <strong>de</strong> apoio e reduzir atransferência <strong>de</strong> momentum ao suporte da esfera alvo.Obs 2: Ao ocorrer o choque, a esfera inci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve tocar a esfera alvo na suasecção reta equatorial.3. Solte a esfera metálica maior do ponto <strong>de</strong> <strong>de</strong>snível 100 mm existente na escala darampa. Ela percorrerá a canaleta e fará um voo até colidir, primeiro com a esferamenor e <strong>de</strong>pois com o papel carbono. (O aluno <strong>de</strong>ve estar atento para que a esfera“pique” somente uma vez sobre o papel).4. Descreva o movimento <strong>de</strong>scrito no item e assinale com 1p e 1g os pontos <strong>de</strong> impactodas esferas menor e maior, respectivamente.5. Refaça mais três choques, assinalando os pontos 2p, 3p, 4p e 2g, 3g e 4g e trace oscírculos <strong>de</strong> imprecisão marcando seus centros como c P e c G .6. Localize e i<strong>de</strong>ntifique como d G e d P os vetores <strong>de</strong>slocamentos horizontais <strong>de</strong> cadaesfera. Determine as velocida<strong>de</strong>s v xG e v xPCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


69UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.3.4.3 Parte 3 - Conservação da quantida<strong>de</strong> do movimento numacolisão lateral <strong>de</strong> duas esferas diferentes (com base naconservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento horizontal).1. Coloque a esfera metálica menor sobre o suporte da esfera alvo e regule osistema para que a esfera metálica maior se choque na lateral da esferamenor ao abandonar a rampa. Obs: Ao ocorrer o choque, a esferainci<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>ve encontrar ± 1/3 da região equatorial da esfera alvo em suafrente.2. Repita os itens 2 – 6 da parte 2 <strong>de</strong>ste experimento.3. Desenhe sobre o papel, uma linha que passa sobre o centro da esferamaior e na direção do eixo x. Meça a distância lateral (eixo Y) do pontocentral on<strong>de</strong> a esfera maior caiu até esta linha (d yG ) . Com isto, vocêpo<strong>de</strong>rá calcular a componente Y da velocida<strong>de</strong> da esfera maior (v yG ), comincerteza.4. Meça a distância entre o centro das esferas, com incerteza. Desenhe outralinha, sobre o papel, separadas com o valor <strong>de</strong>sta distância. Meça adistância entre esta linha até o ponto central que a esfera menor caiu(d yP ). Calcule a componente Y da velocida<strong>de</strong> da esfera menor (v yP ), comincerteza.9.3.5 O que Incluir no Relatório.‣ O módulo do vetor velocida<strong>de</strong> na saída da rampa po<strong>de</strong> ser obtido com o uso dasequações para conservação <strong>de</strong> energia e as equações das trajetórias. Calcule avelocida<strong>de</strong> por estes dois métodos para a esfera lançada nas três partes doprocedimento experimental. Compare os resultados através <strong>de</strong> uma tabela a serincluída na analise <strong>de</strong> dados.‣ Para ficar mais claro: calculem a velocida<strong>de</strong> por dois métodos distintos e comparemos resultados..‣ Existe conservação <strong>de</strong> energia mecânica neste sistema? Se não, <strong>de</strong>termine qual é arazão da perda <strong>de</strong> energia e <strong>de</strong>termine sua magnitu<strong>de</strong> para as três alturas das quaisa esfera partiu.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


70UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas1. Para o impacto frontal:‣ É possível calcular o módulo do vetor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento horizontal da esferaquando esta <strong>de</strong>ixa a rampa antes <strong>de</strong> colidir com a esfera pequena e após a colisão?Se sim, calcule.‣ É possível provar que houve conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento?2. Para o impacto lateral:‣ É possível calcular o módulo do vetor quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento horizontal da esferaquando esta <strong>de</strong>ixa a rampa antes <strong>de</strong> colidir com a esfera pequena e após a colisão?Se sim, calcule.‣ É possível provar que houve conservação da quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> movimento nas duasdireções?Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


71UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.4 Experiência 4: Deformações Elásticas e Pêndulo Simples9.4.1 Objetivos Gerais Interpretar o gráfico força x elongação; Enunciar e verificar a valida<strong>de</strong> da lei <strong>de</strong> Hooke; Verificar as equações para a constante <strong>de</strong> mola efetiva em um sistema com molas emsérie e outro com molas em paralelo. Calcular o trabalho realizado por uma força ao disten<strong>de</strong>r uma mola helicoidal; Estudar a relação entre massa, comprimento do fio e período para um pêndulosimples.9.4.2 Material Necessário Sistema <strong>de</strong> sustentação principal Arete formado por tripé triangular com escala linearmilimetrada, escalar angular <strong>de</strong> 0 a 120 graus com divisão <strong>de</strong> um grau, hasteprincipal e sapatas niveladoras amortecedoras: painel em aço com quatro graus <strong>de</strong>liberda<strong>de</strong>; Molas helicoidais; Um conjunto <strong>de</strong> massas acopláveis; Um gancho lastro; Uma escala milimetrada. Um pêndulo simples.9.4.3 Montagem InicialExecute a montagem pren<strong>de</strong>ndo a régua pelo orifício existente em sua extremida<strong>de</strong> e<strong>de</strong>pendurando uma mola na posição B (indicada na peça). Leia o valor ocupado pela parteinferior do gancho lastro, na escala. Este valor será arbitrado como zero. O ganchofuncionará como lastro, não o consi<strong>de</strong>re como carga.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


72UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas9.4.4 Procedimento Experimental9.4.4.1 Primeira Parte – Determinação das constantes elásticas <strong>de</strong>duas molas helicoidais separadamente.1. Complete a tabela abaixo, para os valores <strong>de</strong> massa que você usará para a elongaçãodas molas <strong>de</strong> constante elástica K1 e K2. Os valores <strong>de</strong> massa <strong>de</strong>verão ser emvalores crescentes (M1 < M2 < M3 < M4


73UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasTabela 3 – Elongação da mola helicoidal <strong>de</strong> constante elástica K2.DescriçãoPeso (N)x (mm)elongaçãoDeformaçãox (mm)Incerteza na <strong>de</strong>formação(mm)Gancho X 0 = Arbitrando Zero = 0M1 X 1 = X 1 – X 0 =M2 X 2 = X 2 – X 0 =M3 X 3 = X 3 – X 0 =M4 X 4 = X 4 – X 0 =M5 X 5 = X 5 – X 0 =1. Trace o Gráfico do peso P versus x para cada uma das molas.Obs: (i) Faça as leituras na régua, olhando por baixo dos pesos(ii) Avalie a incerteza da régua.2. Utilizando dos valores da tabela 2 e 3 verifique a valida<strong>de</strong> da relação F x para cadamedida executada. Obtenha os valores das constantes elásticas, K1 e K2, das molashelicoidal utilizando a média dos valores <strong>de</strong> F/x, chame este valor <strong>de</strong> kméd 1 e kméd 2.3. Obtenha pelo cálculo do coeficiente angular <strong>de</strong> uma reta, o valor das constanteselásticas das molas helicoidal (Kgraf 1 e Kgraf 2).4. A lei <strong>de</strong> Hooke é sempre válida?5. A média das constantes <strong>de</strong> mola obtidas ao calcular F/x para cada valor <strong>de</strong> x e <strong>de</strong> Fcoinci<strong>de</strong> com a constante <strong>de</strong> mola obtida pelo gráfico <strong>de</strong> F em função <strong>de</strong> X ? Por quê?9.4.4.2 Segunda Parte - constante elástica numa associação <strong>de</strong>molas helicoidais em série.1. Complete a tabela abaixo.Obs: A escolha dos valores a utilizar para as massas é livre, mas cuidado com olimite <strong>de</strong> peso suportado pelo dinamômetro e pelas molas.(PROFESSOR: Por favor retire no mínimo cinco pontos da nota no relatório do grupo quedanificar o dinamômetro e informe o coor<strong>de</strong>nador do laboratório do ocorrido.)Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


74UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasTabela 4 – Elongação para duas molas helicoidais em série.DescriçãoPeso (N)X (mm)elongaçãoDeformaçãox (mm)Incerteza na <strong>de</strong>formação(mm)Gancho X 0 = Arbitrando Zero = 0M1 X 1 = X 1 – X 0 =M2 X 2 = X 2 – X 0 =M3 X 3 = X 3 – X 0 =M4 X 4 = X 4 – X 0 =2. Determine graficamente (kgraf3) e pela média <strong>de</strong> F/x (kméd3) a constante elásticapara um sistema formado por duas molas em série (siga o procedimento<strong>de</strong>senvolvido anteriormente). Utilize as duas molas cuja constante <strong>de</strong> mola foi<strong>de</strong>terminada na primeira parte <strong>de</strong>ste experimento.3. Compare os resultados obtidos graficamente com aqueles obtidos pela média.4. Pesquise na literatura, <strong>de</strong>scubra qual é a equação para a constante <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong>efetiva <strong>de</strong> duas molas em série em função das constantes <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> das molasindividualmente. Calcule a constante <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> efetiva para o sistema <strong>de</strong> duasmolas em série (kteor1) e compare o resultado com os valores <strong>de</strong> kméd3 e kgraf3.9.4.4.3 A constante elástica numa associação <strong>de</strong> molas helicoidaisem paralelo1. Complete a tabela abaixo.Tabela 4 – Elongação para duas molas helicoidais em paralelo.DescriçãoPeso(N)x(mm)elongaçãoDeformaçãox(mm)Gancho X 0 = Arbitrando Zero = 0M1 X 1 = X 1 – X 0 =M2 X 2 = X 2 – X 0 =M3 X 3 = X 3 – X 0 =Incerteza na <strong>de</strong>formação(mm)M4 X 4 = X 4 – X 0 =Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


75UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas2. Determine graficamente (kgraf4) e pela média <strong>de</strong> F/x (kméd4) a constante <strong>de</strong> elásticapara um sistema formado por duas molas em paralelo (siga o procedimento<strong>de</strong>senvolvido anteriormente). Utilize as duas molas cuja constante <strong>de</strong> mola foi<strong>de</strong>terminada na primeira parte <strong>de</strong>ste experimento.3. Compare os resultados obtidos graficamente com aqueles obtidos pela média.4. Pesquise na literatura, <strong>de</strong>scubra qual é a equação para a constante <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong>efetiva <strong>de</strong> duas molas em série em função das constantes <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> das molasindividualmente. Calcule a constante <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> efetiva para o sistema <strong>de</strong> duasmolas em paralelo (kteor2) e compare o resultado com os valores <strong>de</strong> kméd4 e kgraf4.9.4.4.4 Trabalho e energia mecânica numa mola helicoidalUtilizando o gráfico <strong>de</strong> F X elongação, calcule o trabalho realizado pela força aplicada sobre amola para alongá-la <strong>de</strong> sua posição <strong>de</strong> equilíbrio até a posição final x para uma mola, paraduas molas em série e para duas molas em paralelo. Explique os resultados, comparando otrabalho realizado nos três casos.9.4.4.5 Período <strong>de</strong> um Pêndulo10.1.1Um Monte um pêndulo simples pren<strong>de</strong>ndo uma massa na ponta da cordafornecida com o equipamento.10.1.1Dois Estique a corda 30 cm do topo do equipamento ao centro do objetocolocado à oscilar.10.1.1Três Aplique uma pequena força <strong>de</strong> forma a fazer o sistema massa + cordater uma oscilação <strong>de</strong>, aproximadamente, cinco graus a partir do repouso.Obs: Ajuste o ângulo a partir da distância em relação a vertical que a massa<strong>de</strong>ve ser movida para que a oscilação tenha este ângulo. Utilize o fato <strong>de</strong> queum ângulo <strong>de</strong> cinco graus correspon<strong>de</strong> a um comprimento <strong>de</strong> arco <strong>de</strong> cerca<strong>de</strong> 0,087 R on<strong>de</strong> R é o raio da circunferência e, neste caso, será ocomprimento do fio. Estime o valor da distância em relação a vertical (comincerteza) e escreva este valor no relatório.10.1.1Quatro Deixe o pendulo oscilar duas vezes, <strong>de</strong>pois meça o temponecessário para as próximas 10 oscilações e divida por 10 para obter operíodo médio <strong>de</strong> uma oscilação, repita esta medida cinco vezes. Quandopossível, realize algumas <strong>de</strong>stas medidas com pessoas diferentes medindo emarcando o tempo.10.1.1Cinco Desenrole mais a corda, <strong>de</strong> forma a <strong>de</strong>ixar 40 cm a partir dotopo e repita o procedimento acima, <strong>de</strong>pois repita para 50, 60, 70, 80 e 90cm.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


76UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10.1.1Seis Complete a tabela abaixo.Tabela 5: Período <strong>de</strong> um PênduloComprimento(cm)305060708090Período X 10Medida 1 Medida 2 Medida 3 Medida 4 Medida 5 Média Desvio10.1.1SeteTrace um gráfico <strong>de</strong> LT on<strong>de</strong> T é o período <strong>de</strong> oscilação dopêndulo e L o seu comprimento. Calcule o <strong>de</strong>svio médio quadrático para estareta média. Este <strong>de</strong>svio é razoável?10.1.1Oito Obtenha o valor da aceleração da gravida<strong>de</strong> com sua respectivaincerteza a partir do gráfico <strong>de</strong>scrito no procedimento 7. Compare comvalores da literatura e analise as diferenças (se houverem).9.4.5 O que Incluir no Relatório do Experimento.‣ Os gráficos pedidos acima.‣ A Lei <strong>de</strong> Hooke é sempre válida?‣ Comparações entre os valores da constante <strong>de</strong> mola obtidos via gráfico,via média e via cálculo. Qual <strong>de</strong>stes é mais preciso?‣ Comparação entre o valor obtido para a aceleração da gravida<strong>de</strong> e oprevisto.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


77UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10. Roteiros da Segunda Sequência10.1 Experimento 1: Cuba Eletrostática: Carga, Campo ePotencial Elétricos10.1.1 Objetivos Fundamentar o conceito <strong>de</strong> carga elétrica. Trabalhar com os conceitos <strong>de</strong> campo e potencial elétricos. Reconhecer o conceito <strong>de</strong> superfícies equipotenciais.10.1.2 Materiais Necessários Uma fonte <strong>de</strong> tensão CC – com tensões entre 3 e 9 Volts (conectores do tipo jacaré). Um multímetro para medidas <strong>de</strong> diferenças <strong>de</strong> potencial elétrico (a<strong>de</strong>quado se umadas pontas <strong>de</strong> prova tiver garra jacaré). Uma cuba <strong>de</strong> vidro transparente. Dois eletrodos retilíneos que ficam submersos na cuba <strong>de</strong> vidro (duas hastescondutoras). Um eletrodo circular e uma haste fina para posicionamento vertical. Água não <strong>de</strong>stilada (água <strong>de</strong> torneira). Papel milimetrado.10.1.3 Fundamentação TeóricaPara expressar a interação entre uma carga Q e uma carga <strong>de</strong> prova q puntiforme,po<strong>de</strong>-se utilizar a Lei <strong>de</strong> Coulomb escrita da seguinte maneira:F qEQOn<strong>de</strong> QE ˆQK r , sendo2r1K 4A diferença <strong>de</strong> potencial V ab =V a - V b é dada por:Vab bE.dlaCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


78UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatastambém chamada “voltagem” entre os pontos a e b e representa a soma <strong>de</strong> todos osprodutos internos entreEQe os <strong>de</strong>slocamentos infinitesimais dl do percurso.O potencial V a em um ponto a uma distância r da carga puntiforme Q po<strong>de</strong> ser<strong>de</strong>finido como:VaQ K rA equação que relaciona o campo elétrico com a variação do potencial no espaço édada por:E VPortanto, po<strong>de</strong>mos medir indiretamente o campo elétrico se soubermos a distribuiçãodo potencial pelo espaço. Em especial, no caso <strong>de</strong> placas, paralelas entre si e separadas poruma distância d, eletrizadas com cargas <strong>de</strong> mesmo módulo, porém com sinais contrários, ocampo será uniforme e a integral nos fornece:V ab =E Q . dComo será o campo elétrico se colocarmos a ponta <strong>de</strong> uma fio metálico próximo à umeletrodo retilíneo e uniformemente carregado ? A Figura 1 é uma ilustração <strong>de</strong>staconfiguração. Observe que as superfícies equipotenciais formam uma figura “parecida comuma elipse”. As superfícies equipotenciais são mais ‘<strong>de</strong>nsas’ na região entre os eletrodos e emenos <strong>de</strong>nsas na região fora dos eletrodos. Ligando estas superfícies por linhasperpendiculares às equipotenciais, é possível obter a configuração das linhas <strong>de</strong> campoelétrico. Usando a equação V ab =E Q . d , obtém - se o campo elétrico médio entre duassuperfícies equipotenciais a e b.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


79UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasLinhacentralFigura 1 – Configuração <strong>de</strong> superfícies equipotenciais (Linhas em azul) e linhas <strong>de</strong>campo elétrico (setas sobre as linhas tracejadas), para um eletrodo pontual e umadistribuição retilínea e uniforme <strong>de</strong> cargas.Procedimentos Experimentais10.1.4.1 Campo Uniforme.1. Conecte os eletrodos retilíneos em paralelo na cuba, afastados <strong>de</strong> 5 cm.2. Posicione uma folha <strong>de</strong> papel milimetrado abaixo da cuba, tal que os eletrodosestejam paralelos às linhas <strong>de</strong>marcadas.3. Conecte os terminais dos eletrodos aos terminais da fonte <strong>de</strong> tensão.4. Desenhe em uma segunda folha <strong>de</strong> papel milimetrato um esquema em escala 1:1 damontagem, com atenção na posição relativa, comprimento e espessura dos eletrodos.5. Coloque água (não <strong>de</strong>stilada) na cuba até fechar contato entre os eletrodos.6. Conecte a ponta <strong>de</strong> prova do multímetro indicada por “COM” em contato com oeletrodo que estiver ligado ao negativo da fonte. Suas medidas <strong>de</strong> voltagem (ddp)serão em relação ao potencial <strong>de</strong>ste ponto.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


80UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas7. Ligue a fonte <strong>de</strong> tensão na escala <strong>de</strong> 3 V a 9 V (OBS: Estes valores são apenas opotencial nominal; a voltagem a ser consi<strong>de</strong>rada <strong>de</strong>ve ser medida).8. Ligue o voltímetro e meça a ddp entre os terminais, registrando este valor.9. O primeiro ponto <strong>de</strong> medida (ponto <strong>de</strong> referência potencial) <strong>de</strong>ve estar sobre umareta perpendicular ao centro da haste negativa, distanciado <strong>de</strong> 1cm <strong>de</strong>sta. O valorobtido para este potencial <strong>de</strong>ve ser anotado. Este ponto dará origem a primeirasuperfície equipotencial; para isto os <strong>de</strong>mais pontos <strong>de</strong>vem ser encontrados <strong>de</strong> formaa terem o mesmo potencial do primeiro, não necessariamente <strong>de</strong>vem estar a 1cm <strong>de</strong>distância. As <strong>de</strong>mais superfícies equipotenciais serão construídas <strong>de</strong> forma análoga,sempre com o ponto referencial situado no centro da haste distanciado umcentímetro a mais que o ponto referencial anterior até chegar-se à haste positiva.10. Os pontos experimentais <strong>de</strong>vem ser anotados no papel milimetrado externo, a fim <strong>de</strong>construir as superfícies equipotenciais.Procedimento após coleta dos dados experimentais11. Ligue por uma curva média, no papel externo, os pontos com mesmo potencial.12. Desenhe um conjunto <strong>de</strong> linhas ortogonais (tracejadas para diferenciar dasequipotenciais) às equipotenciais. OBS: Os vetores <strong>de</strong> campo elétrico estão sobreessas linhas tracejadas.13. Explique porque as linhas <strong>de</strong> campo são ortogonais às superfícies equipotenciais.14. Desenhe vetores <strong>de</strong> campo elétrico, colineares com as linhas tracejadas e anote osvalores calculados ao lado do vetor, como na Figura (1). Estes cálculos <strong>de</strong>vem serfeitos usando a equação |V ab | = |E ab |.Δd para o valor médio do campo elétrico entreduas superfícies equipotenciais a e b. Realize estes cálculos sobre 5 linhas <strong>de</strong> campoelétrico <strong>de</strong>senhadas.15. Por sua análise, o campo elétrico po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado uniforme? Explique tendocomo base as figuras obtidas do campo elétrico e dos valores calculados no item 14.10.1.4.2 Medida <strong>de</strong> potencial com simetria circular1. Utilize agora dois eletrodos, sendo um em forma <strong>de</strong> L (que fará o papel <strong>de</strong> uma cargapontual) e outro em forma <strong>de</strong> círculo. O eletrodo pontual <strong>de</strong>ve estar no centro doeletrodo circular.2. Mapeie as superfícies equipotenciais <strong>de</strong>sta configuração. Para tal, estas equipotenciais<strong>de</strong>vem estar espaçadas <strong>de</strong> 1 cm uma da outra para duas superfícies equipotenciaisCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


81UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasno papel milimetrado. Além disso, cada superfície equipotencial <strong>de</strong>ve conter nomínimo 10 pontos eqüidistantes.3. Desenhe as linhas <strong>de</strong> campo elétrico, a partir das superfícies equipotenciais obtidas.4. Faça os mesmos cálculos do item 14.5. Este campo elétrico é uniforme ? Explique10.1.4.3 Medida do potencial entre uma carga pontual e umadistribuição retilínea <strong>de</strong> carga1. Utilize agora os dois eletrodos em forma <strong>de</strong> L <strong>de</strong> tal forma que um <strong>de</strong>les toque comuma das pontas sobre a cuba e o outro toque com a extensão maior do corpo sobrea cuba. Mantenha 5 cm <strong>de</strong> distância entre os eletrodos.2. Mapeie as curvas equipotenciais <strong>de</strong>sta configuração. Na região entre os eletrodos, asequipotenciais <strong>de</strong>vem estar separadas <strong>de</strong> 1 cm uma das outras. Pelo menos 10pontos por equipotencial <strong>de</strong>ve ser obtidos.3. Desenhe as linhas <strong>de</strong> campo elétrico, a partir das superfícies equipotenciais obtidas.6. Faça os mesmos cálculos do item 14.# DETALHES IMPORTANTES:Garanta que a água utilizada não seja <strong>de</strong>stilada, caso contrário nenhum efeitoserá observado.Espere pelo menos alguns minutos para haver uma estabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cargas nointerior da cuba.Ao medir um dado potencial, não <strong>de</strong>more muito tempo, pois a ponta do voltímetroinfluencia no experimento, distorcendo as linhas <strong>de</strong> campo elétrico.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


82UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10.2 Experimento 2: Resistência e Resistores, voltagem,corrente e Lei <strong>de</strong> Ohm10.2.1 Objetivos Fundamentar os conceitos <strong>de</strong> resistência e resistor. Conhecer o código <strong>de</strong> cores, utilizado para especificar resistores <strong>de</strong> película. Esclarecer o real sentido da Lei <strong>de</strong> Ohm. Distinguir um resistor ôhmico dos <strong>de</strong>mais. Criar Mo<strong>de</strong>los para a variação da resistência <strong>de</strong> resistores não Ôhmicos com acorrente ou com o tempo. Associar resistores em série ou paralelo e <strong>de</strong>duzir as relações algébricas para aresistência equivalente <strong>de</strong> um circuito. Definir resistivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um material.10.2.2 Materiais Necessários Placa para associação <strong>de</strong> resistores. Resistores avulsos. Placa com fios <strong>de</strong> diversos materiais e espessuras. Plugs banana-banana e banana-jacaré. Fonte <strong>de</strong> c.c ajustável. 1 diodo na placa Multímetro digital.10.2.3 Fundamentação TeóricaA resistência elétrica <strong>de</strong> um meio material é a gran<strong>de</strong>za que expressa o grau <strong>de</strong>interferência <strong>de</strong>ste meio material no transporte da carga elétrica, e em uma abordagem maissofisticada ela expressa o grau <strong>de</strong> “não aproveitamento” da energia fornecida à carga parase mover (e assim po<strong>de</strong> ser i<strong>de</strong>ntificada como uma fonte <strong>de</strong> dissipação da energia elétricafornecida, fato este que discutiremos em futuro experimento). No SI a unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> medida daresistência elétrica é o ohm, representado pela letra grega .A tecnologia mo<strong>de</strong>rna faz uso da resistência elétrica (doravante <strong>de</strong>nominada simplesmente“resistência”) <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o projeto <strong>de</strong> geradores a linhas <strong>de</strong> transmissão e “circuitos” que sãoCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


83UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasutilizados em equipamentos elétricos. Portanto os elementos resistivos, ou simplesmenteresistores são fabricados e fornecidos comercialmente e em larga escala para exercerem opapel <strong>de</strong> componentes em um “circuito elétrico”.Resistores comerciais po<strong>de</strong>m ser classificados em fixos ou variáveis. Resistores fixospo<strong>de</strong>m ser fabricados por diferentes métodos, resultando nos seguintes tipos principais:Resistor <strong>de</strong> Fio (fio metálico fino enrolado em torno <strong>de</strong> cilindro cerâmico) ou <strong>de</strong> Filme (queconsiste em uma Película <strong>de</strong> Carbono ou uma Película Metálica enrolada em torno <strong>de</strong> cilindro<strong>de</strong> porcelana).Os fabricantes fornecem valores nominais dos resistores comerciais, bem como suaa tolerância (“incerteza”), advinda do método <strong>de</strong> fabricação dos mesmos. No caso <strong>de</strong>resistores <strong>de</strong> filme, emprega-se um conjunto <strong>de</strong> anéis coloridos que circundam o resistor,empregando um código <strong>de</strong> cores, explicado no Quadro abaixo.Tabela 1 - Códigos <strong>de</strong> cores para resistoresCor1o ANEL= 1o Algarismo2o ANEL= 2o Algarismo3o ANEL4o ANEL= Fator= TolerânciaMultiplicativo10 NPrata - - -2 ± 10%Ouro - - -1 ± 5%Preto - 0 0 -Marrom 1 1 1 ± 1%Vermelho 2 2 2 ± 2%Laranja 3 3 3 -Amarelo 4 4 4 -Ver<strong>de</strong> 5 5 5 -Azul 6 6 6 -Violeta 7 7 - -Cinza 8 8 - -Branco 9 9 - -Figura 2 – Exemplo <strong>de</strong> leitura <strong>de</strong> resistores utilizando o código <strong>de</strong> cores.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


84UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasDefinimos a Resistência <strong>de</strong> um condutor entre dois pontos quaisquer, aplicando adiferença <strong>de</strong> potencial V entre estes dois pontos e medindo a corrente i resultante. Aresistência R é, então:R=V/iApós algum trabalho algébrico, esta relação po<strong>de</strong> ser reescrita na forma:R=L/AOn<strong>de</strong> é a resistivida<strong>de</strong> do material, L é o comprimento do condutor e A a seção retado condutor. Esta Relação é válida para condutores isotrópicos homogêneos <strong>de</strong> seção retauniforme.Lei <strong>de</strong> Ohm: ”Um dispositivo obe<strong>de</strong>ce a Lei <strong>de</strong> Ohm quando a sua resistência entredois pontos quaisquer for in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do módulo e da polarida<strong>de</strong> da diferença<strong>de</strong> potencial aplicada entre aqueles pontos“.10.2.4 Procedimento Experimental10.2.4.1 Primeira PartePara realizarmos medidas diretas da resistência, po<strong>de</strong>mos usar o ohmímetro, quepo<strong>de</strong> ser fornecido como parte <strong>de</strong> um instrumento versátil: o multímetro (“multiteste”). Nouso <strong>de</strong>ste equipamento, é importante sabermos qual sua incerteza <strong>de</strong> medida (lendo nomanual fornecido pelo fabricante ou registrado no próprio aparelho). Usualmente, aincerteza é expressa em porcentagem do valor lido, que po<strong>de</strong> variar <strong>de</strong> acordo com a faixa<strong>de</strong> medida selecionada no aparelho.A operação do ohmímetro será explicada pelo professor em aula. Preste atençãoaos <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> operação do mo<strong>de</strong>lo específico do equipamento usado na aula.O objetivo <strong>de</strong>ste experimento será apren<strong>de</strong>rmos a i<strong>de</strong>ntificar resistores por seucódigo <strong>de</strong> cores, medirmos seu valor diretamente e compararmos valores e incertezas.Portanto, neste experimento <strong>de</strong>vemos tomar o cuidado <strong>de</strong> calcular corretamente asincertezas na leitura do código <strong>de</strong> cores (fornecido pela tolerância) e na leitura doohmímetro. Aproveite este experimento para sanar dúvidas pen<strong>de</strong>ntes, como, por exemplo,sobre número <strong>de</strong> algarismos significativos em uma leitura, <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> incerteza ecritérios <strong>de</strong> arredondamento.1. Selecione cinco resistores avulsos com códigos <strong>de</strong> cores diferentes e realize a leiturado código <strong>de</strong> cada um <strong>de</strong>les, <strong>de</strong>terminado o valor da resistência R e da incerteza R.Sugestão: <strong>de</strong>nomine este valor <strong>de</strong> “valor nominal”, e represente-o por R N ± R N .2. Utilize o ohmímetro para medir o valor da resistência R e da incerteza R. Sugestão:<strong>de</strong>nomine este valor <strong>de</strong> “valor medido”, e represente-o por R M ± R M . Realize estamedida quantas vezes forem necessárias, justificando sua <strong>de</strong>cisão.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


85UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas3. Construa uma tabela que apresente suas leituras (valores nominais) <strong>de</strong> R ± R, bemcomo seus valores medidos e incertezas.TABELA 2 – Valores nominais e medidos <strong>de</strong> resistênciaR Nominal (R±Δ R)R Medido (R±Δ R)4. Compare os resultados <strong>de</strong> R N ± R N com R M ± R M . Responda: O que po<strong>de</strong> serconcluído <strong>de</strong>sta comparação?5. Tome três resistores cuja resistência foi medida na primeira parte, <strong>de</strong>nomine-os porR1, R2, R3, <strong>de</strong>pois associe R1 e R3, R2 e R3 e R1, R2 e R3 em série, meça e registrea Resistência Total R eqs <strong>de</strong> cada associação (lembre-se da incerteza).TABELA 3 - Associação em série <strong>de</strong> resistoresR1 e R3 R2 e R3 R1, R2 e R36. Associe os mesmos resistores em paralelo, meça e registre a Resistência EquivalenteR eqp <strong>de</strong> cada associação.TABELA 4 - Associação em paralelo <strong>de</strong> resistoresR1 e R3 R2 e R3 R1, R2 e R37. Partindo <strong>de</strong> seus resultados obtidos mostre que estes valores medidos são iguais aosvalores equivalentes, quando aplicado as expressões para associação em série e emparalelo <strong>de</strong> resistores.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


86UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10.2.4.2 Segunda Parte1. Preste atenção na orientação do professor para usar corretamente o multímetro, oamperímetro e a fonte <strong>de</strong> tensão (ddp).2. Selecione um resistor, um diodo da placa <strong>de</strong> associação e um LED.3. Leia os valores nominais da resistência dos dois resistores (R N ), e meça talresistência com o ohmímetro (R M ), registrando os dois valores obtidos para cadaresistor.4. Meça com o ohmímetro o valor da resistência do LED e do diodo (meça a resistênciaem dois sentidos), anote os resultados.5. Aplique diferentes tensões sobre cada um dos dispositivos selecionados, medindo eregistrando estes valores e os da concomitante corrente elétrica. Organize seusresultados e os apresente em uma tabela. Lembre-se <strong>de</strong> escolher valores positivos enegativos <strong>de</strong> tensão. As medidas para os resistores <strong>de</strong>vem variar entre + 5V e - 5V<strong>de</strong> 1 em 1 V. As medidas no diodo <strong>de</strong>vem variar <strong>de</strong> -0.2 V a +0.8 V e no LED <strong>de</strong> 0 Va 2.0 V sendo que, em ambos os casos, pelo menos doze pontos experimentais<strong>de</strong>vem ser medidos.TABELA 5 - Associação em paralelo <strong>de</strong> resistoresResistorU(V)I (A)LedU(V)I (A)DiodoU(V)I (A)6. Construa gráficos I em função <strong>de</strong> V para o resistor”. O gráfico para os resistores<strong>de</strong>ve ser feito em papel milimetrado. Para os outros dispositivos faça um gráfico <strong>de</strong> Iem função <strong>de</strong> V utilizando programas <strong>de</strong> computador. Se para um dado dispositivoobserva-se um intervalo no gráfico que evi<strong>de</strong>ncia um comportamento linear, então,em tal intervalo, ele é dito “ôhmico”.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


87UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas7. Faça um ajuste por Método <strong>de</strong> Mínimos Quadrados (MMQ) dos dados no gráfico doresistor, assumindo V = m I (ajuste linear). Verifique se <strong>de</strong>ntro da faixa <strong>de</strong> incertezao coeficiente angular (m) é numericamente igual ao valor da resistência nominal e<strong>de</strong>termine o valor do <strong>de</strong>svio padrão. Para os dispositivos não Ôhmicos utilize umcomputador e tente também ajustar uma curva exponencial e um polinômio <strong>de</strong> grau2 aos dados experimentais. Responda qual ajuste reduziu o valor do <strong>de</strong>svio padrão?Por que (procure na literatura)?# DETALHES IMPORTANTES:o Garanta que o multímetro esteja ligado em série para que opere comoamperímetro;o Garanta que o multímetro esteja ligado em paralelo para que opere comovoltímetro;o Atenção quanto ao número <strong>de</strong> algarismos significativos, incertezas(instrumentais e propagadas), numeração das tabelas e i<strong>de</strong>ntificação dosgráficos. Seja coerente.10.2.4.3 Terceira ParteOBS: Utilize a placa com vários fios <strong>de</strong> materiais e seções retas diferentes (ocomprimento total <strong>de</strong> cada fio <strong>de</strong>veria ser 1m, mas meça para estabelecer a incerteza).1. Enumere cada fio, relacionando-os às suas proprieda<strong>de</strong>s em uma tabela.2. Percorra com os olhos todos os trechos do fio para assegurar que um fio não estejaencostando no outro.3. Meça a resistência <strong>de</strong> cada trecho <strong>de</strong> cada fio com o uso <strong>de</strong> um multímetro, anotandosuas medidas em uma tabela.4. Meça com um paquímetro o diâmetro (d ± d) <strong>de</strong> cada fio.5. Sabendo que a resistivida<strong>de</strong> do cobre é 1,69 x 10 -8 .m, do ferro é 9,68 x 10 -8 .m edo níquel-cromo é 1 x 10 -7 .m, calcule a resistência <strong>de</strong> cada trecho <strong>de</strong> cada fio com arelação R=L/A e monte uma tabela.6. Os valores medidos correspon<strong>de</strong>m aos valores calculados?7. Algumas resistências medidas serão, provavelmente, pequenas <strong>de</strong>mais para omultímetro utilizado. É possível criar algum sistema <strong>de</strong> resistores em série ou paralelo,ou <strong>de</strong> alguma outra forma, que permita medir tais resistências com este multímetro? Sefor possível monte o sistema, meça novamente as resistências e realize os doisprocedimentos abaixo.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


88UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas8. Acrescente uma nova coluna na tabela feita no item 5. Nesta coluna, coloque os valoresdas resistências conforme medidos utilizando a associação <strong>de</strong> resistores.9. Os novos valores medidos correspon<strong>de</strong>m aos valores calculados? Eles são melhores doque os obtidos anteriormente com o multímetro?10.3 Experimento 3: Capacitância, capacitores e circuitos RC10.3.1 Objetivos Fundamentar o conceito <strong>de</strong> capacitância e capacitor. Associar capacitores em série e paralelo e <strong>de</strong>duzir as relações algébricas para calcularas capacitâncias equivalentes em cada caso. Estudar o processo <strong>de</strong> carga e <strong>de</strong>scarga do capacitor.10.3.2 Materiais necessários 1 protoboard 1 resistor <strong>de</strong> 47 k. 1 fonte c.c. ajustável 4 capacitores (C1=82 nF, C2=4,700 mF, C3=15pF, C4=100 pF) 1 voltímetro 1 cronômetro.10.3.3 Referencial TeóricoConsi<strong>de</strong>remos um caso como indicado na figura 1, em que dois corpos extensosestão carregados, um com carga +Q e ou outro com –Q. Mesmo neste caso, a integraçãoV k dQ <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar o efeito <strong>de</strong> todos os elementos dQ sobre todos os pontos do2routro corpo.Uma consi<strong>de</strong>ração extremamente útil é admitir que, realizada a integração, a ddp Ventre os dois corpos será diretamente proporcional à carga Q:V QTransformamos a relação em uma igualda<strong>de</strong> introduzindo uma constante <strong>de</strong>proporcionalida<strong>de</strong> “a”:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


89UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasV = a QContudo, por tradição expressamos a carga como linearmente <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da ddp:Q = C V.Figura 1– Dois corpos extensos um com carga +Q e outro com carga –Q formando um capacitor.Formas funcionais <strong>de</strong> C para sistemas simples po<strong>de</strong>m ser facilmente calculadas. Aunida<strong>de</strong> no SI <strong>de</strong> capacitância é o Faraday (F=C/V). Alguns resultados estão expressos noquadro a seguir.Quadro 2 – Geometria <strong>de</strong> exemplos <strong>de</strong> corpos extensos carregados e os respectivos valores <strong>de</strong> C.GeometriaPar <strong>de</strong> placas planas paralelas uma à outra, ambas com área A e separadaspor uma distancia d.0Par <strong>de</strong> cilindros co-axiais, raio do interno r 1 e do externo r 2Expressão para C(Valor Previsto)Ad2L0rln 2 r 1 Os DISPOSITIVOS que usam a proprieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> CAPACITÂNCIA com o propósito <strong>de</strong>acumular energia elétrica são ditos CAPACITORES. Devido a características constitutivas ascapacitâncias <strong>de</strong> capacitores comerciais são disponibilizadas com valores da or<strong>de</strong>m <strong>de</strong> 10 -12 F(picofarads) a 10 -3 F (milifarads). Vale informar que po<strong>de</strong>mos expressar a permissivida<strong>de</strong>elétrica do espaço livre por: 0 8,85 pF/m.A leitura <strong>de</strong> um capacitor cerâmico apresenta 3 algarismos, sendo um terceiro o fatormultiplicativo. A unida<strong>de</strong> utilizada é o pF. Ex: um capacitor que possui os números 123apresenta uma capacitância <strong>de</strong> 12 x10 3 pF=12nF.Alguns capacitores apresentam também o código <strong>de</strong> cores. Ex: um capacitor quepossui azul/vermelho/ver<strong>de</strong> apresenta uma capacitância <strong>de</strong> 62 x 10 5 pF= 6,2 F.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


90UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasOs capacitores eletrolíticos possuem os valores diretamente escritos e tambémpolarida<strong>de</strong>, sempre associando a um dos terminais um sinal – (negativo), indicando que oreferido terminal <strong>de</strong>ve ser ligado ao potencial negativo.10.3.4 Circuito RC sériea●b●●+-●R●A●+-C●●VFigura 2 – Esquema <strong>de</strong> um circuito RC em série.Em um circuito RC em série (com a conexão a e b aberta após ocarregamento do capacitor), temos as seguintes relações válidas no resistordurante a <strong>de</strong>scarga do capacitor:I I e0tRCQ CeV etRCtRCDeduza estas equações a partir da análise do circuito RC, tanto para ocarregamento, quanto para o <strong>de</strong>scarregamento.10.3.5 Primeiro Experimento1. Preste atenção na orientação do professor com relação aos tipos <strong>de</strong> capacitoresdisponíveis e quanto ao uso correto do multímetro disponível para medida dacapacitância. ANOTE (REGISTRE) ESTAS INFORMAÇÕES PARA SEU USO NESTEEXPERIMENTO E POSTERIOR RELATÓRIO.2. Selecione três capacitores, doravante chamados C 1 , C 2 e C 3 . Um <strong>de</strong>les <strong>de</strong>ve sereletrolítico, outro cerâmico e o terceiro um capacitor cilíndrico (15 X 250 V ac ).Registre os valores nominais (C N ) e respectivas incertezas ±C N . Indicando qual oCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


91UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatastipo <strong>de</strong> cada capacitor. Meça e registre os valores (C M ) das capacitâncias e suasrespectivas incertezas ±C M . Você conseguiu medir todos os capacitores com ocapacímetro do multímetro? Por quê?3. Compare os valores que pu<strong>de</strong>ram ser medidos com os nominais. São compatíveis?4. Conecte as seguintes ligações em série: C 1 e C 2 ; C 1 e C 3 ; C 2 e C 3 ; C 1 , C 2 e C 3 .5. Meça a capacitância <strong>de</strong> cada conjunto com o capacímetro do multímetro. Quaisconjuntos pu<strong>de</strong>ram ser obtidos? Por quê?6. Conecte os mesmos conjuntos em paralelo.7. Meça a capacitância <strong>de</strong> cada conjunto com o capacímetro do multímetro. Quaisconjuntos pu<strong>de</strong>ram ser obtidos? Por quê?8. Compare os valores medidos (cada C M , e não se esqueça das incertezas ±C M ) nositens 6 e 8 com os valores previstos (C p , e não se esqueça das incertezas ±C P ):para arranjos em série1 1 C CeqCpara arranjos em paralelo eq iiii C10.3.6 Segundo ExperimentoATENÇÃO: (1) Esteja atento à polarida<strong>de</strong> do capacitor; (2) No ato da medida o seletor <strong>de</strong>faixas <strong>de</strong> medida em volts <strong>de</strong>ve estar, inicialmente, ajustado para a faixa mais alta. Deacordo com o valor medido, reduzimos a faixa até um intervalo que contenha a leitura e como maior número <strong>de</strong> algarismos significativos possível. Note que fonte só fornecerá 12 V aocircuito.1. Preste atenção na orientação do professor com relação à polarida<strong>de</strong> dos terminais docapacitor.2. Meça e registre os valores da capacitância e da resistência e suas respectivasincertezas. Utilize para isto C= 4,7 mF e o resistor <strong>de</strong> 47 k.3. Compare os valores medidos e os nominais. São compatíveis?4. ESTEJA ATENTO POIS O CAPACITOR ESTÁ CARREGADO! NÃO TOQUE EM SEUSTERMINAIS!5. Monte o circuito <strong>de</strong> DESCARGA do capacitor conforme orientação do professor, SEMCONECTAR UM DOS TERMINAIS DO CAPACITOR. ESTEJA ATENTO QUE O CAPACITORCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


92UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasESTÁ CARREGADO! NÃO TOQUE EM SEUS TERMINAIS! AGUARDE VERIFICAÇÃO PELOPROFESSOR.6. Após a verificação das conexões pelo professor, prepare-se para dar partida aocronômetro na hora que O TERMINAL ATÉ ENTÃO SOLTO DO CAPACITOR for ligado.7. Meça os tempos e as correntes quando os valores <strong>de</strong> ddp dados no quadro a seguirocorrem.U c (V) 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 3.5 3 2.5 2 1.5t(s)i(mA)8. Faça uma linearização da curva obtida no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga do capacitor, ou seja,faça um gráfico <strong>de</strong> ln I em função do tempo t no papel milimetrado. Você tambémpo<strong>de</strong>rá optar por um gráfico em papel monolog, neste caso em i função t.9. Obtenha o valor <strong>de</strong> C = RC pelo gráfico construído no item 8. Compare este valor como produto RC obtidos dos valores nominais <strong>de</strong> R e C e, das medidas realizadas com omultímetro.10. Com base no mo<strong>de</strong>lo (abstração) empregado neste experimento, mostrematematicamente que o tempo característico ( C = RC) correspon<strong>de</strong> a 63,2 % dafem fornecida, no caso do processo <strong>de</strong> carga, e a 36,8% da carga acumulada nocapacitor, no caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga.12.3.7 Constante <strong>de</strong> permissivida<strong>de</strong> do ar1. Tome as duas maiores placas circulares no capacitor <strong>de</strong> placas planas e paralelas do “kitcapacitor”. Varie continuamente a distância entre as placas <strong>de</strong>ste capacitor e anote osvalores <strong>de</strong> capacitância obtidos para cada distância anotada. Construa uma tabela compelo menos 15 pontos.2. Leia as incertezas <strong>de</strong> capacitância do multímetro, <strong>de</strong> acordo com o mo<strong>de</strong>lo domultímetro. Estas incertezas estão tabeladas na pare<strong>de</strong> do laboratório.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


93UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas3. Construa um gráfico <strong>de</strong> capacitância em função do inverso da distância entre as placasdo capacitor, com suas respectivas barras <strong>de</strong> incerteza. Calcule o coeficiente angular dareta obtida e obtenha a permissivida<strong>de</strong> elétrica do ar ɛ o. Compare o valor obtido com o daliteratura.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


94UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10.4 Experimento 4 - Princípios da fonte <strong>de</strong> correntecontínua, lei <strong>de</strong> Faraday, transformadores, campomagnético da Terra10.4.1 Objetivos Enten<strong>de</strong>r cada etapa do funcionamento <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> corrente contínua“simplificada”. Realizar experimentos que verifiquem a lei <strong>de</strong> indução <strong>de</strong> Faraday. Estudar o processo <strong>de</strong> transformação <strong>de</strong> tensão em um transformador. Obter a componente horizontal do campo magnético terrestre.10.4.2 Materiais necessários 4 diodos <strong>de</strong> alta amperagem. 5 resistores cerâmicos (R1 = 8Ω; R2, R3 e R4 = 15 Ω e R5 = 22 Ω) <strong>de</strong> 20 W <strong>de</strong>potencia. 1 capacitor eletrolítico <strong>de</strong> 2200 μF e 50 V. 1 Bússola. 1 transformador com tensão <strong>de</strong> entrada 127 V AC e tensão <strong>de</strong> saída 24 V AC. 1 espira com duas voltas. Um ímã em forma <strong>de</strong> bastão Bobinas (300, 600, 900, 1200 e 10.000 espiras). 2 multímetros.10.4.3 Referencial Teórico10.4.3.1 A fonte <strong>de</strong> corrente contínua (CC)Uma forma <strong>de</strong> se obter corrente contínua é através da retificação <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> correntealternada, utilizando uma ponte <strong>de</strong> diodos para a retificação. A Figura 1 é uma ilustração dosprincipais componente <strong>de</strong> uma fonte <strong>de</strong> corrente <strong>de</strong>ste tipo.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


95UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatasfb•• 2•c• adC3•-• +e• gSaída 24 V CC•h• 24 V AC •1127 V ACSecundárioPrimárioFigura 1 – Componentes básicos <strong>de</strong> um circuito retificador <strong>de</strong> corrente. Neste experimento, otransformador (1) baixa a corrente alternada <strong>de</strong> 127 V para 24 V AC, enquanto o conjunto<strong>de</strong> diodos orientados em (2) limita o sentido da corrente alternada. O capacitor (3) suavisa acorrente elétrica no circuito.Vamos por etapa, passando por cada componente do circuito.1. O transformar (1) com entrada <strong>de</strong> 127 V AC na bobina primária, abaixa a tensãoelétrica para 24 V AC, <strong>de</strong>vido a um menor número <strong>de</strong> espiras na bobina secundária.2. O conjunto <strong>de</strong> diodos em (2) permite a passagem da corrente elétrica, somente emum sentido.O diodo é um dispositivo eletrônico composto <strong>de</strong> cristal semicondutor <strong>de</strong> silício ougermânio, dopados por diferentes átomos, causando um <strong>de</strong>sequilíbrio na valência do cristal.O diodo possui um pólo negativo chamado <strong>de</strong> cátodo e um pólo positivo chamado <strong>de</strong> ânodo.Sua representação é ilustrada na Figura 2:Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


96UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasiFigura 2 – Representação esquemática <strong>de</strong> um diodo, indicando sua polarização.De acordo com a construção dos diodos, só haverá fluxo <strong>de</strong> elétrons no sentidocátodo para ânodo, quando a parte positiva da fonte for ligada ao ânodo e a parte negativaao cátodo (polarização direta). Por outro lado, uma corrente elétrica (i) no sentido ânodopara cátodo será estabelecida, segundo o sentido convencional da corrente elétrica.O efeito <strong>de</strong> diodos sobre o sentido da corrente elétrica alternada, quando dispostos,conforme a Figura 1, é ilustrado na Figura 3:a) b)iittFigura 3 – (a) Forma <strong>de</strong> onda da corrente elétrica alternada no primário e secundário dotransformador. (b) O efeito <strong>de</strong> diodos, como dispostos na Figura 1, permite a passagem dacorrente elétrica somente em um sentidoO efeito da presença <strong>de</strong> um capacitor conectado ao circuito, conforme a Figura 1, éilustrado na figura 4. Ao <strong>de</strong>scarregar, o capacitor amortecerá a queda <strong>de</strong> corrente, tornandoesta quase constante.itFigura 4 – Efeito da presença <strong>de</strong> um capacitor no circuito sobre as oscilações na correnteelétrica, vista na Figura 3.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


97UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasO experimento apresentado aqui é um mo<strong>de</strong>lo simples <strong>de</strong> retificador <strong>de</strong> correntealternada. Um mo<strong>de</strong>lo mais completo, necessita <strong>de</strong> outros tipos <strong>de</strong> diodos, com diferentesproprieda<strong>de</strong>s, como o diodo Zener.10.4.3.2 A Lei <strong>de</strong> FaradayAtravés <strong>de</strong> alguns experimentos realizados por Michel Faraday, em 1831, ele observouque uma força eletromotriz (fem) po<strong>de</strong>ria ser induzida em uma espira, na presença <strong>de</strong> umcampo magnético variável. Esta lei é enunciada da seguinte forma:A força fem induzida em um circuito é igual ao negativo da taxa <strong>de</strong> variação com que o fluxomagnético (Φ B ) através do circuito está mudando no tempo.Eq (1)A lei <strong>de</strong> Lenz, proposta em 1834 ajuda a compreen<strong>de</strong>r o sinal negativo sugerido porFaraday:A corrente elétrica induzida em uma espira fechada condutora aparece em um sentido quese opõe à mudança que a produziu.10.4.3.3 O TransformadorUm transformador é constituído basicamente por dois enrolamentos que utilizandoum núcleo comum po<strong>de</strong> aumentar ou diminuir uma tensão elétrica alternada. A tensãoalternada da re<strong>de</strong> é sempre conectada no enrolamento primário. Uma saída <strong>de</strong> tensão éobtida no enrolamento do secundário e, esta po<strong>de</strong> ser aumentada ou diminuída, <strong>de</strong> acordocom seu número <strong>de</strong> espiras. A Figura 5 é uma ilustração <strong>de</strong> um transformador, com núcleo,enrolamento primário e enrolamento secundário.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


98UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasFigura 5 – Representação esquemática <strong>de</strong> transformador com enrolamento primário,secundário e núcleo.Por simplicida<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ra-se um mo<strong>de</strong>lo baseado em um transformador i<strong>de</strong>al, ouseja, <strong>de</strong>spreza-se as perdas <strong>de</strong> energia por efeito Joule nos enrolamentos, bem como aenergia dissipada <strong>de</strong>vido às correntes <strong>de</strong> foucault, provocada pelo campo magnéticoalternado na vizinhança dos enrolamentos, particulamente no núcleo. Além disso, consi<strong>de</strong>raseque os fluxos do campo magnético através dos enrolamentos são iguais. Sendo assim,com base na lei <strong>de</strong> indução <strong>de</strong> Faraday, a fem por espira é a mesma em ambos osenrolamentos, primário com N P espiras e o secundário, com N S espiras. Em outras palavras:Eq (2)Resolvendo a igualda<strong>de</strong> para V S , obtém-se:Eq (3)Se N S > N P , trata-se <strong>de</strong> um transformador elevador <strong>de</strong> tensão; se N S < N P trata-se <strong>de</strong> umtransformador abaixador <strong>de</strong> tensão.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


99UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10.4.3.4 O campo magnético da TerraDes<strong>de</strong> os tempos <strong>de</strong> Gilbert (1544 – 1603) a Terra foi consi<strong>de</strong>rada como um gran<strong>de</strong>imã natural. Este campo magnético na superfície da Terra, varia segundo a região em que émedido, <strong>de</strong> uns 0,2 a 0,6 gauss.Uma maneira simples da obtenção da componente horizontal do campo magnéticoterrestre (B TH ), consiste na aplicação <strong>de</strong> um campo magnético externo (B EXT ) perpendicular aB HT e a observação da <strong>de</strong>flexão <strong>de</strong> uma bússola, que aponta na mesma direção que o camporesultante (B RES ) entre os campos B TH e B EXT . A Figura abaixo ilustra, uma observação vista<strong>de</strong> cima, dos vetores B HT , B EXT , B RES e a <strong>de</strong>flexão da Bússola Φ.B HTΦSNBússolaB EXTFigura 6 – Vetores B HT , B EXT , B RES e o ângulo <strong>de</strong> <strong>de</strong>flexão <strong>de</strong> uma bússola, indicada porsetas maiores na FiguraUma maneira simples <strong>de</strong> se obter um campo magnético externo é fazer umacorrente elétrica i percorrer um enrolamento com N espiras <strong>de</strong> raio R. De acordo com a lei<strong>de</strong> Biot Savart, o campo magnético externo no centro <strong>de</strong>ste enrolamento é:Eq (4)Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


100UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasDesta forma, obtém – se uma relação entre as gran<strong>de</strong>zas B HT , tgΦ e i, possibilitando ocálculo <strong>de</strong> B HT .10.4.4 Procedimentos Experimentais10. 4.4.1 Fonte <strong>de</strong> Corrente Contínua (CC)1. Monte o circuito da fonte <strong>de</strong> CC, <strong>de</strong> acordo com o ilustrado na Figura 1, realizandoas conexões do transformador, da entrada <strong>de</strong> tensão nos diodos, e no capacitor.2. Faça em um papel, os <strong>de</strong>senhos das Figuras 3(a) e procure enten<strong>de</strong>r como osdiodos dispostos <strong>de</strong>sta forma transformam a onda senoidal da corrente em umaonda tipo ao da Figura 3(b). Com base nisto, o sentido da corrente elétrica, será <strong>de</strong>d para e ou <strong>de</strong> c para f ?3. Procure enten<strong>de</strong>r o papel do capacitor no circuito, sobre a forma da onda obtida naFigura 3(b). Qual será o sentido da corrente elétrica para um circuito ligado entreos pontos g e h ?4. Cada item <strong>de</strong>scrito acima, <strong>de</strong>verá ser <strong>de</strong>talhadamente explicado, durante aconfecção do relatório.10.4.4.2 – A lei <strong>de</strong> Faraday1. Conecte a bobina <strong>de</strong> 600 espiras ao voltímetro do multímetro. Procure ler as escalasdo multímetro, para fazer as conexões corretas. Terminado, chame o monitor ouprofessor, para a verificação das conexões.2. Pegue um ímã em barra e aproxime seu pólo norte no interior da bobina. Torne aretirá-lo. O que você conclui ?3. Aumente a velocida<strong>de</strong> do ímã no interior da bobina. O que você conclui ?4. A Figura 7 simboliza as espiras da bobina (vista <strong>de</strong> frente) e o sinal x, o sentido dovetor B <strong>de</strong>vido a uma aproximação do pólo norte do ímã. O que ocorre com a<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong> indução magnética que penetram no interior da bobinaquando;a) O pólo norte magnético do ímã se aproxima da bobina.b) O pólo norte magnético do ímã se afasta da bobina.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


101UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasX X X X X X X XX X X X X X X XX X X X X X X XX X X X X X X XFigura 7 - Representação das linhas <strong>de</strong> campo magnético do pólo norte magnético do ímã nointerior da bobina5. Leia os valores <strong>de</strong> tensão no multímetro, para os itens (a) e (b). Tendo como baseestes sinais <strong>de</strong> tensão lidos, indique o sentido da corrente elétrica em cada item. Paraisto, faça um <strong>de</strong>senho que ilustre cada situação.(a)(b)6. Justifique suas observações do item (3) com base na lei <strong>de</strong> Faraday.7. Novamente, <strong>de</strong>talhe todos estes itens durante a confecção do relatório.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


102UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas10.4.4.3 O Transformador8. Execute a montagem conforme a Figura 8 (sem ligar a fonte).Bobina do secundário600 espirasBobina do primário 300 espirasFonte <strong>de</strong> CCLedinterruptor9. Ajuste a fonte para 5 V CC.10. Acione a chave liga <strong>de</strong>sliga e observe o miliamperímetro e o Led.11. Segundo suas observações, o que <strong>de</strong>ve ocorrer com a corrente elétrica, no primáriodo transformador, para que o processo <strong>de</strong> indução eletromagnética se <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ie ?12. Substitua a fonte <strong>de</strong> tensão contínua, pelo transformador <strong>de</strong> tensão 127 V AC/ 6 V AC.13. Nesta etapa do experimento, será construído um transformador aumentador <strong>de</strong>tensão elétrica. Neste caso, usaremos o primário com 300 espiras.14. Com o aparato experimental <strong>de</strong>sligado da fonte <strong>de</strong> tensão, conecte um interruptor emsérie com esta bobina e use um voltímetro para a medição da tensão elétrica noprimário.15. No secundário você utilizará as bobinas, com o número <strong>de</strong> espiras, iguais a 600, 900,1200 espiras. Faça ligações em série para obter 1500, 1800, 2100 espiras.16. Conecte o voltímetro na saída da tensão do secundário.17. Peça ao professor ou monitor para a verificação das ligações. Ligue a fonte <strong>de</strong>tensão 6 V AC e o interruptor. Leia os valores <strong>de</strong> tensão no primário (U P ) dotransformador e no secundário (U S ), para cada bobinado no secundário. Complete aTabela 1.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


103UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasTABELA 1 - Número <strong>de</strong> espiras no secundário e tensões no primário e secundário dotransformador.EspirassecundárioU P (V)600 900 1200 1500 1800 2100U s (V)18. Construa um gráfico em papel milimetrado da tensão no secundário em função donúmero <strong>de</strong> espiras no secundário. O que você conclui ? Isto verifica a equação (4) ?Justifique.19. Obtenha do gráfico, o número <strong>de</strong> espiras no primário. Para isto, você <strong>de</strong>verá calcularo coeficiente angular da reta com sua incerteza e obter a média da tensão nosecundário (U S ), <strong>de</strong> acordo com a tabela 1, adotando o <strong>de</strong>svio padrão médio como aincerteza em seu valor. Compare com o registrado na bobina do primário. Justifique,se houver discrepâncias notáveis.10.4.4.4 O Campo Magnético da Terra1. Observe com a bússola a direção da componente horizontal do campo magnético daTerra (B HT ). Espere até que a ponta da bússola pare <strong>de</strong> oscilar.2. Tome a bobina com (2,0 ± 0,1) espiras, bem como a fonte <strong>de</strong> tensão contínuamontada neste experimento.3. Calcule o raio da mesma, utilizando uma régua centimetrada. Faça 5 medidas, para aobtenção <strong>de</strong> uma média e cálculo da incerteza.4. Conecte a entrada da bobina em série com as resistências <strong>de</strong>ste experimento e emsérie com um amperímetro. Desta forma, variando-se a resistência elétrica, é possívelmedir diferentes valores <strong>de</strong> corrente elétrica na bobina e consequentemente, <strong>de</strong>campo magnético.5. Oriente a espira, <strong>de</strong> tal forma que o campo magnético produzido por esta (B EXT ) sejaperpendicular ao campo magnético da Terra.6. Ligue a fonte <strong>de</strong> tensão (sob orientação do monitor ou professor) e meça paradiferentes conexões nas resistências da fonte, diferentes ângulos <strong>de</strong> <strong>de</strong>flexão Φ.Centro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


104UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências Exatas7. Complete a Tabela 2 Abaixo:i (A)Φ (o)8. Sabendo que Tg Φ = B EXT /B HT e escreva uma equação que relacioneTg(Φ), B HT e i. Faça um gráfico em papel milimetrado <strong>de</strong> Tg Φ em função <strong>de</strong> i eobtenha o campo magnético da Terra com sua incerteza. Adote µ o = 4π.10 -7 T.m/A.O valor obtido, estará em unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Tesla (T), do sistema internacional <strong>de</strong> unida<strong>de</strong>s(SI). Compare com o reportado na literatura.11 Apêndices11.1 Apêndice I: Dedução das Equações dos Mínimos QuadradosEm uma experiência na qual se efetuaram N medidas, tem-se um conjunto <strong>de</strong>N pares or<strong>de</strong>nados (x,y), os quais, quando representados graficamente, po<strong>de</strong>mfornecer uma reta. Nosso objetivo é ajustar os dados com a equação:y ax b ,on<strong>de</strong> os coeficientes a e b <strong>de</strong>vem ser tais que minimizem a diferença entre osvalores medidos yie os correspon<strong>de</strong>ntes valores calculados y( xi)axib dados pelaequação acima. É necessário estabelecer um critério para minimizar as diferenças eotimizar o cálculo dos coeficientes. Os <strong>de</strong>svios y ientre cada valor medido e o valorcalculado correspon<strong>de</strong>nte são: y y y( x ). No entanto, a soma <strong>de</strong>stes <strong>de</strong>sviosi i inão fornece uma boa indicação do quanto os dados se aproximam dos valorescalculados a partir da equação da reta, uma vez que gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>svios positivospo<strong>de</strong>m ser contrabalançados por gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>svios negativos. Daí a <strong>de</strong>finição do erro Ni12quadrático médio S ( y ) . Portanto, <strong>de</strong>vemos encontrar a reta tal que:iCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br


105UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTODepartamento <strong>de</strong> <strong>Engenharia</strong> e Ciências ExatasSS 0 e 0 .abCalculando esses termos temos:S aa NN2( yi axi b) 2 ( yi axi b) xi0i1 i1;S bb NN2( yi axi b) 2 ( yi axib) 0i1 i1.As duas equações acima po<strong>de</strong>m ser escritas:N N N2 i i i ii1 i1 i1y x a x b x 0 ,NN y a x b 0 .ii1 i1iResolvendo o sistema <strong>de</strong> equações acima para a e b obtemos finalmente:a N N N N x y x yi i i ii1 i1 i1NN2 2 i ( i)i1 i1N x xeb N N N N2 i i i iii1 i1 i1 i1NN2 2Nxi ( xi)i1 i1N x y x y x.12 BibliografiaSANTORO, A. et al. Estimativas e Erros em Experimentos da Física. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Editorada Universida<strong>de</strong> do Estado do Rio <strong>de</strong> Janeiro, 2005.<strong>Apostila</strong> <strong>de</strong> Física Experimental do Curso <strong>de</strong> Física - DFIS/UFESCentro Universitário Norte do Espírito SantoRodovia BR 101 Norte, km. 60, Bairro Litorâneo, CEP 29932-540São Mateus – ES – BrasilSítio eletrônico: http://www.ceunes.ufes.br

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