6Pela segunda vez, a esquerda democráticaprogressista chegaria ao centro de poder político, em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>,novamente pelas armas, quando vitoriosa a Revolução de1930 – da qual João Fina Sobrinho também participaraativamente, indicando, de acordo com o general Miguel Costa,para assumir o Governo Provisório da cidade o então vereadorBenedicto Pires Joly – de seu grupo político e vereador de centroesquerda,apto a promover a transição pacífica, da direita para aesquerda, do comando da cidade.José Roberto Santana, então jornalista do “<strong>Di</strong>ário do<strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>”, na sua edição de 09 de Julho de 1997, em sua página 5,aborda esse fato:“Quando já em 1924 os tenentes tentaram derrubar ogoverno, João Fina esteve com eles. Foi outro levantesem sucesso, mas importante porque gerou a famosaColuna Prestes, na qual Siqueira Campos foi linha defrente ao lado de Miguel Costa e de Luiz CarlosPrestes.Foi em 1930, finalmente, que aquela mobilizaçãoconseguiu seu objetivo e, com a adesão de Getúlio,acabou derrubando a oligarquia cafeeira. Dado aodestaque de Fina em todo o processo, <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> foi oprimeiro Município do Brasil a ter uma juntarevolucionária nomeada e empossada. Foi quando PiresJoly, por indicação de Fina, assumiu a Prefeituralocal”.Hélio Silva, o historiador da minha geração ginasiana,referindo-se à articulação dos rio-clarenses João Fina Sobrinho eSiqueira Campos e a Coluna Paulista (depois Prestes), expõe:“Em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> entrou em contato com o bacharel JoãoFina, o qual juntamente com seu irmão Manuel Finahavia feito a Coluna Paulista em 1924. O mais curiosoé que estava articulada a Siqueira Campos uma figurainesperada: Alberto Bianchi Quatrini, ao tempo ferozperrepista, financiador de batalhões patrióticos, baluartedos cabos eleitorais da cidade, amigo de Molinaro, CiriloJunior e outros, mas que no fundo era ardenterevolucionário. Bianchi, natural de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> e portantoJoão Fina Sobrinho (fls.18, vol. 139), além de outros seus conterrâneos rio-clarenses: FranciscoSalomão (fls. 48, vol. 123) e Romulo Antonelli (fls.58, vol.128) e vários outros companheiros, dentre osquais o monsenhor Guilherme Landell de Moura, sacerdote de Espírito Santo do Pinhal (fls.128,vol.138), com quem, por coincidência, durante o seu exílio na Argentina, João Fina Sobrinho fizeraamizade; ainda a defesa do capitão Octávio Garcia Feijó ( fls.31, vol.136), de quem posteriormente setornaria compadre.
7conterrâneo de Siqueira Campos, prestava ajuda <strong>aos</strong>rebeldes por intermédio de João Cabanas e João Fina.”(Cf. “in” Hélio Silva, “1930, a Revolução Traída”, EditoraCivilização Brasileira S/A, 1966, pág. 28).Esse excerto é também ressaltado, “ipsis litteris”, pelohistoriador Glauco Carneiro, no seu “O Revolucionário SiqueiraCampos”, à página 529, de seu 2º volume, Editora Record, 1966.Aliás, essa tomada revolucionária do centro dopoder, em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, conquanto muito pouco referida na própriaterra natal de Siqueira Campos, de João Fina Sobrinho e deAlberto Quatrini Bianchi, consta dos anais da sua Câmara deVereadores, à página 143 vº, do seu livro de Atas nº 31,encadernado, pertinente <strong>aos</strong> períodos legislativos de 1926 a abril de1931, com a seguinte redação:“Sessão Especial em 25 de Outubro de 1930. Aos vinte ecinco dias do mez de Outubro de mil novecentos e trinta,nesta cidade de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, Estado de São Paulo, às trezehoras, presentes no Paço Municipal os srs. BenedictoPires Joly, João de Almeida Ramalho – este comorepresentante do Governo Revolucionário e aquellecomo vereador municipal – investidos ambos, segundodeclararam, de poderes outorgados pela JuntaRevolucionária Provisória de São Paulo, para o fim de seapossarem do Governo deste Município depondo osvereadores eleitos. Pelos vereadores e prefeito presentesfoi declarado que protestavam quanto a forma pelaqual foi destituído o referido governo do municípioe que entregavam o governo em vista de haverem sidodestituídos os Governos da República e do Estado e nãopoderem se oppor por falta de meios materiaes dereacção. Nada mais havendo a tratar, e para constar,lavrei a presente acta que vai assinada por todos. Eu,Eduardo Alberto de Moraes, secretário da Câmara, asubscrevi. JOÃO DE ALMEIDA RAMALHO. B.PIRES JOLY.SOLON REGO BARROS. IRINEU T. PENTEADO.BENEDICTO FIRMINO CORREA. SIMÃO HÖFLING.”É importante ressaltar que um dos primeiros atos daJunta Revolucionária de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> foi a edição de seu Decreto nº1, de 25/10/30, pelo prefeito civil empossado, Benedicto PiresJoly, em homenagem ao herói rio-clarense e nacional - Antonio deSiqueira Campos 10 , batizando, com o seu nome, a Praça da10 Siqueira Campos não chegou vivo até a vitória da Revolução de Outubro, pois no dia 10 de Abril de1930 morreu em acidente aviatório e naufrágio, caindo, com o “Laté-28”, pilotado pelo veterano de
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