42volta da inflação, recaindo a economia brasileira na sua mesmacrise anterior, pesando no desempenho do Partido, em escalanacional; Franco Montoro, Mario Covas e Fernando HenriqueCardoso se desfiliam do Partido e vão fundar a dissidência doPSDB, em junho de 1988; sobrevêm questionamentos sobre oGoverno de Orestes Quércia, no Estado; contra o prefeito local,José Lincoln de Magalhães, recrudesceram as críticas, em razão doempréstimo internacional do Município, popularmente denominado“Cyborg”, e de sua saída da cidade, durante o seu mandato deprefeito, para assumir a Secretaria do Trabalho e, em seguida, aComgás, na capital de São Paulo. Por mais, esses fatos seagravariam com o apoio de Kal Machado, vice-prefeito do PMDB(no exercício de prefeito, dado ao afastamento do titular José Lincolnde Magalhães) ao promotor de justiça Francisco Azil Brochini, doPL, que se saiu assim vitorioso na eleição a prefeito de 1988 –com a reversão do quadro político local a favor do centro e dadireita tradicional. A propósito da adesão de Kal Machado a Azil, doPL, a imprensa rio-clarense destacou:“ O percurso alterou-se ao chegar na rua 3, quandotodos se dirigiram para o Paço Municipal, onde Azilse encontrou com o prefeito em exercício, KalMachado, que desceu para cumprimentá-lo. Kaldemonstrou-se feliz com a atitude de Azil emprocurá-lo na Prefeitura, para agradecer pelo seuapoio e pedir para que se juntasse à comemoraçãoda vitória de sua candidatura e da democracia.” (Cf.“in” <strong>Di</strong>ário do <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, de 18/11/88, pág. 3 ). 75O PMDB se dividiu e quase se implode. Em São Paulo,posteriormente, Orestes Quércia pretere a candidatura de AlminoAffonso – vice-governador de sua chapa e político de esquerda,para promover a eleição do delegado Luiz Antônio Fleury Filho,Secretário de Segurança de seu Governo – homem de centrodireita,que, posteriormente, até se voltou contra o próprio OrestesQuércia, numa divergência intestina que mina ainda mais, por dentro,o Partido – além de causar repercussões externas criticáveis.3º).. Mas sobrevindo a morte de Tancredo, em 21 de Abril de 1985, assumiu definitivamente a primeiramagistratura da Nação. Convocou a Assembléia Nacional Constituinte, cujo Congresso reduziu o seumandato, para cinco (5) anos, fazendo prevalecer a Emenda Constitucional de 1969 (artigo 75, § 3º)e convocou as próximas eleições presidenciais, para 15 de Novembro de 1989.75 Em sua Reunião de 15/03/87, o <strong>Di</strong>retório local do PMDB expulsou Kal Machado do Partido, por haverostensivamente apoiado Azil Brochini, do PL de direita e conservador, ao invés de Sergio Guilherme,candidato a prefeito pelo seu próprio PMDB. (Cf. <strong>Di</strong>ário de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, 15/11/88, pág. 3 ).
43Na esfera nacional, José Sarney, presidente daRepública, sempre prestigiado por Ulysses Guimarães 76 , agorajá não o apóia, permanecendo “neutro”, nas eleições presidenciaisde novembro de 1989, ficando o “Senhor <strong>Di</strong>retas-Já”completamente abandonado, pelos correligionários e dirigentes doseu próprio Partido, na maioria dos Estados e Municípios, desde oinicio de sua dificultosa campanha, que o deixou em sexto (6º) lugar.Essa sua neutralidade ou omissão está perenementeregistrada, não apenas nos anais da política brasileira, mas até naEnciclopédia Larousse Cultural, no seu verbete sobre José Sarney:“Não apoiou nenhum candidato nas eleições presidenciaisde 1989”. (cf. op. cit., ed. 1998, pág. 5.268, vol. 21).Com as suas lideranças abala<strong>das</strong> e os seus militantesdispersados (notadamente os de esquerda progressista), oPMDB decaiu em to<strong>das</strong> as suas instâncias de Governo, masprincipalmente em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, onde sofreu um desgaste políticosignificativo, perdendo os seus espaços no Executivo, noLegislativo e perante a própria população, dando ensanchas aoretorno da direita tradicional.Nesse clima de dificuldades políticas, em 15 de Março de1992, Octávio José Chiossi – vereador, que já fora presidente daCâmara local (de 1983 a 84), militante emedebista histórico 77 ,de centro-direita, elege-se presidente do Partido em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>78 , em pleito realizado no Salão Nobre da sua Casa Legislativa,sucedendo ao médico José Marcos Pires de Oliveira, que oconduzira, desde 1980 até início de 1992.Através dos seus vereadores Francisco Marchiori Jr.(presidente da Câmara de 1987 a 88); Sérgio Guilherme –emedebista histórico, candidato a prefeito nas eleições municipais de76 Com a repentina crise de saúde e cirurgia de Tancredo Neves, no dia 14 de março de 1985, o últimopresidente do Regime Militar, João Batista Figueiredo, com apoio em parecer jurídico de Leitão deAbreu e aval de Golbery do Couto e Silva, reunidos, naquela emergência, na Granja do Torto, emBrasília, preferia passar a presidência da República diretamente a Ulysses Guimarães, entãopresidente da Câmara Federal, ao invés de investir José Sarney, recém-eleito vice-presidente, na chapade Tancredo, indiretamente pelo Colégio Eleitoral. Ulysses, todavia, recusou essa proposta, garantindoa posse de José Sarney. Ulysses Guimarães ainda lutou, no Congresso Nacional e perante a nação, pelamanutenção do mandato de cinco (5) anos de Sarney – conforme dispunha o parágrafo 3º, do artigo 75, daConstituição de 1967 – buscando assegurar esse tempo de governo ao PMDB.77 Octavio José Chiossi ingressou no antigo MDB de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, depois de já fundado, em 1968, sendoum dos “históricos” do Partido; foi vereador em quatro (4) legislaturas: de 1973 a 76 (pela Arena);depois, sempre pelo PMDB, de 1983 a 1988; de 1992 a 96; de 1997 a 2000, tendo sido eleito presidenteda Casa por duas (2) vezes: de 1983 a 1984 e de 1997 a 1998, ocupando ainda a sua vice-presidência, e assuas primeira e segunda secretarias. Exerceu também a presidência do PMDB de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, de 1992 a1994.78 Cf. “in” Livro de Convenções do PMDB de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, aberto em 27/08/80, Ata de págs. 44 vº/47.
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