40e dois (22) governadores, dentre os vinte e três (23) em 1986(inclusive o do então recém criado Estado de Rondônia) e a maioria<strong>das</strong> assembléias estaduais e do próprio Congresso Nacional,chegando ao centro de poder, com Tancredo Neves (falecidoantes de sua posse), sucedido por José de Ribamar Ferreira deAraújo Costa – o presidente Sarney. Durante o seu mandatoSarney foi substituído onze (11) vezes por Ulysses SilveiraGuimarães. Nessa etapa, o rio-clarense Ulysses Guimarães chegou adesempenhar, além da presidência da República, a presidênciada Câmara dos Deputados Federais, a presidência nacional doPMDB e a presidência da Assembléia Constituinte Nacional,tendo prestigiado <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> em to<strong>das</strong> as suas reivindicaçõespoliticamente factíveis. Em razão desse acúmulo, assim queempossado Governador de São Paulo, em 15/03/87, OrestesQuércia pede a saída de Ulysses Guimarães da PresidênciaNacional do PMDB. 69 Essa postura de Quércia foi o primeiro sinalclaro da dissidência interna do PMDB, que se agravaria, naseqüência, com o desligamento de Franco Montoro, Mário Covase Fernando Henrique Cardoso, para fundarem o PSDB, em Junhode 1988.Aqui em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, o prof. Sebastião Ambrózio, doPMDB, é o primeiro negro a ocupar um cargo do primeiro escalãodo Governo Municipal, como Secretário da Educação doMunicípio, dignificando a sua Comunidade. 70De 82 a 88 foi a época do apogeu do Partido, comoartífice maior <strong>das</strong> grandes comoções nacionais, principalmente nosmomentos memoráveis da intensa mobilização <strong>das</strong> "<strong>Di</strong>retas-Já"71 , da agoniada derrota da "Emenda Dante (Martins) de69 Cf. “in” <strong>Di</strong>ário do <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, de 19/03/87, pag. 4.- “Quércia pede a saída de Ulysses”.70 Conquistaram cargos eletivos de vereadores os negros: Manoel Augusto, de 1948 a 1951; suplente,na 4 ª Legislatura, em 1961 e depois novamente vereador titular nas 5 ª e 6 ª Legislaturas, até 1970; SérgioAparecido Matheus, de 1997 a 2000; José Pereira dos Santos, de 1997 a 2000, reeleito em 2001; IzaelBatista de Souza (Izael “Bike”), em 2000.71 O primeiro comício pró-diretas, realizado em capitais dos Estados, foi o promovido pelo PT e peloPMDB, de Perdizes, no Pacaembu, em São Paulo, em 1983, “reunindo 10.000 pessoas”, conformeregistram os dados da época, inclusive o caderno da Fundação Perseu Abramo, “O PT faz História”, pág.15, 1 ª Ed. 2001, constatando a presença de “15 mil pessoas”; o segundo, em Goiás, na sua capitalGoiânia, agendada por Dante Martins de Oliveira, no início de Janeiro de 1984; o terceiro, na capitalde São Paulo, na praça da Sé, em 25 de Janeiro de 1984, patrocinado pelo governador FrancoMontoro, com mais de um milhão de participantes, e com a dupla presença de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, nopalanque oficial ("Dú" Palmínio Altimari Filho e Ruy Fina) e com sua faixa alusiva e seu “out door”,no meio do povo – mandada confeccionar pelo presidente do PMDB local, José Marcos Pires deOliveira; o quarto, outra vez na capital de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, em 16 de Abril de1984, com a participação de quase um milhão e meio de pessoas . O primeiro comício <strong>das</strong> "<strong>Di</strong>retas-Já", no interior do país, foi o de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, no dia 18 de Janeiro de 1984 – antes do realizado nacapital do Estado. No amplo palanque, armado na confluência da Av. 1, com Rua 3, fazendo frente para aPraça XV de Novembro, jardim central, estiveram Ulysses Guimarães e seu fiel escudeiro, OswaldoDante Manicardi; Almir Pazzianotto Pinto, Lincoln Magalhães, José Marcos Pires de Oliveira,Palmínio "Dú" Altimari Filho, Lazaro <strong>Di</strong>mas Déio Grael, Francisco Marchiori Jr., Januário Sylvio
41Oliveira", no Congresso Nacional, em 25 de Abril de 1984, peladiferença mínima de apenas vinte e dois (22) votos 72 , mas logocompensada com a vitória de Tancredo Neves (com 480 votos),sobre Paulo Maluf (com 180 votos) – ainda dentro do próprioColégio Eleitoral, da intensa campanha da Assembléia NacionalConstituinte e da promulgação final da nova Constituição Federalde 05/10/88 – denominada, por Ulysses, de "ConstituiçãoCidadã".C) – PERIODO PÓS-88Passado, porém, esse seu momento de apogeu – entre1982 e 1988, o PMDB entra em queda política, devido a diversostipos de desgastes, ressalvando-se apenas alguns períodos isoladosde sua grandeza – como na campanha nacional do “impeachment”do presidente Fernando Collor de Melo, liderado por UlyssesGuimarães e Barbosa Lima Sobrinho, a partir de Junho de 1992,coadjuvados por Eduardo Suplicy – o primeiro senador eleito peloPT, e José <strong>Di</strong>rceu, deputado federal da bancada petista. Autorizadaa instauração desse processo pela Câmara dos Deputados, em29/09/92, com base no artigo 51, inc. I, da Constituição Republicanade 1988, Collor renunciou 73 ao seu mandato presidencial,poucas horas antes de seu julgamento (29/12/92), comoderradeira tentativa de abortar a sua penalização. Mas o veredicto doSenado (art. 52, inc. I, da CF-88) sobreveio, em seguida,condenando-o a oito (8) anos de afastamento de quaisquer funçõespúblicas, com suspensão de seus direitos políticos.Inicialmente exitoso, o próprio PlanoCruzado (1986) do presidente José Sarney 74 acabou cedendo àPezzotti, Álvaro "Cobrão" Baungartner, Sérgio Antonello, Cláudio Zerbo, Ney Fina, JoãoMonteiro de Oliveira Jr., Pacheco Chaves, João Hermann, Francisco Antonio Coelho, WaldemarChubaci (presidente do <strong>Di</strong>retório Regional , representando Quércia e Fernando Henrique Cardoso) ediversos membros de <strong>Di</strong>retórios vizinhos do PMDB. Na ocasião, eu, Ruy Fina abri o ato público,resumindo a trajetória gloriosa do MDB-PMDB e enfatizando as lutas do Partido, pela restauração dovoto direto do povo, <strong>das</strong> campanhas nacionais da “Anti-Candidatura”, em 1973, da “Anistia”, em1979, da Assembléia Constituinte Nacional, em 1987, até à marcha da nova Constituição Democráticade 05/10/88. O prefeito Lincoln de Magalhães e o presidente local do PMDB, José Marcos Pires deOliveira – os anfitriões da casa, foram vibrantes em seus discursos. Almir Pazzianotto Pinto, PachecoChaves, João Hermann Neto, Waldemar Chubaci e Francisco Antonio Coelho foram os oradoresseguintes, aclamados pelo povo. Finalmente, a palavra de Ulysses – o timoneiro <strong>das</strong> "<strong>Di</strong>retas-Já" –comove os rio-clarenses, que mais ainda se entusiasmam com a sua mensagem de fé, na novaConstituição Brasileira, para a construção de uma sociedade mais justa, participativa e solidária.72 Cf. “in” Dante Martins de Oliveira, artigo de 02/05/2001, na Folha de S.Paulo, sob o título “<strong>Di</strong>retas-Já,o Povo e a História”. Paulo Maluf, governador biônico de S.Paulo, atuou junto à Bancada Paulista naCâmara dos Deputados, para que votasse contra a emenda “Dante de Oliveira”.73 Essa estratégia de renúncia do mandato presidencial antes do julgamento do “impeachment” terásido inspirada nos dois únicos casos ocorridos nos EUA, contra dois de seus presidentes: AndrewJohnson, em 1868, e Richard Nixon , em 1974 – no episódio de Watergate.74 Ascendeu ao Governo a 15 de Março de 1985 (devido à súbita doença e cirurgias de Tancredo Neves),para um mandato originalmente de seis (6) anos, nos termos da Constituição de 1967 (artigo 75, §
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