22Nevoeiro Jr. (1.174), <strong>Di</strong>nael Marin (1.077), Dagoberto Gonçalves(413), Syllas Bianchini (1.059), Antonio Humberto Cesar (551) eIrineu de Oliveira Prado (1.006) – este o único de esquerda, alémdo Prof. Octávio José Chiossi, como suplente.A trajetória do MDB, nessa sua fase heróica, revela que oPartido, em <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, desde as eleições municipais de 1968,sempre precisou somar três (03) Sublegen<strong>das</strong> para sedefrontar com a ARENA, que disputava todos os pleitos locaiscom apenas uma (01) sua Legenda, saindo seguidamentevitoriosa, para prefeito e vice.Somente nas eleições locais de 1982, o PDS (antigaARENA) teve que disputar com suas três (03) Sublegen<strong>das</strong>, pelaprimeira vez, perdendo para o PMDB (antigo MDB), tanto namajoritária, de prefeito e vice, quanto na proporcional, devereadores.No final de 1969, o país é submetido a uma JuntaMilitar interina, composta por Augusto H. Rademaker, Aurélio LiraTavares e Márcio de Souza e Mello, Ministros do Exército, daMarinha e da Aeronáutica, em razão da enfermidade do presidenteCosta e Silva, e o Congresso é reaberto em 22 de Outubro, para"referendar", no dia 25 do mesmo mês, o general EmilioGarrastazu Médici, indicado pela Junta Militar, como o novopresidente do Brasil, imediatamente empossado no dia 30 de Outubrode 1969. Garrastazu Médici, o terceiro presidente militar do cicloditatorial, foi eleito, indiretamente, pelo Congresso Nacional,com duzentos e trinta e nove (239) votos da Arena, contra setenta eseis (76) abstenções do MDB, que nem apresentou candidato,porquanto a "eleição prévia" já se fizera, antecipadamente, pelaJunta Militar, entre cerca de duzentos (200) oficiais, de altaspatentes, <strong>das</strong> suas três Armas.Essa estratégia do MDB, da não-candidatura apresidente, somada àquelas abstenções emedebistas, ecoaram,pela nação afora, como mais uma postura de denúncia e deenfrentamento à ditadura militar, que outra vez ficou mais clara<strong>aos</strong> olhos do povo brasileiro.Veio 1970, com suas eleições proporcionais, calhando,aqui, este destaque da luta persistente do MDB, contra oAutoritarismo:"Nas eleições parlamentares de 1970, num clima degrande mobilização esquerdista e derecrudescimento da repressão, o MDB elegeu umgrupo de parlamentares francamente oposicionistas,
23que iriam formar o "grupo dos autênticos", engajado nadefesa dos direitos humanos, na luta pelas eleiçõesdiretas e pelo fim do arbítrio." 26A repressão policial – civil e militar - nessa faseacentuou-se violentamente, redundando na prisão, na tortura emorte de integrantes da AP (Ação Popular), do MR-8 27 , da ALN(Ação de Libertação Nacional) e do VPR 28 , tornando-se um dosmomentos mais brutos da <strong>Di</strong>tadura. 29Nesse ano, de 1970, candidato a deputado federal,Ulysses Guimarães veio a <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> para referendar pessoalmente acandidatura de Ruy Fina a deputado estadual, nas eleições de15/XI/70, quando se confrontou com Dermeval da FonsecaNevoeiro Jr. 30 , também a estadual, mas pela Arena.26 Cf. "in" Grande Enciclopédia Larousse Cultural", ed. 1998, vol. 16, pág. 3.883, com nossos negritos.27 O "MR-8", Movimento Revolucionário 8 de Outubro, surgiu em 1964, logo após a implantação da<strong>Di</strong>tadura no Brasil, adotando essa sigla em homenagem a Ernesto " Che " Guevara, médico, político erevolucionário argentino, companheiro de Fidel Castro, em Cuba, e morto na Bolívia, em 1967.Propunha-se a combater esse regime de exceção, inclusive pela guerrilha urbana. Em setembro de1969, em parceria com a ALN, estruturada em 1968, pelo político e guerrilheiro Carlos Marighela, oMR-8, com a participação de Fernando Gabeira, atuou no seqüestro do embaixador americano noBrasil, Charles B.Elbrick, tomado como refém, para ser trocado pelos presos políticos civis erevolucionários de suas organizações. Em 1979, com a reforma partidária, alguns líderesremanescentes do MR-8 se incorporaram ao novo PMDB. (ver n.r. 84 e 107).28 A "VPR" – Vanguarda Popular Revolucionária – foi uma organização guerrilheira clandestina, de1969, da qual participava Carlos Lamarca, que, em 1970, comandou o seqüestro do embaixador suíçono Brasil, Giovani Enrico Bucher, no <strong>Rio</strong> de Janeiro. Foi executado, pelo Exército, em 17/09/71, emcerco policial, sozinho, no interior da Bahia.29 Em 18/09/70, pela "PRF-2", Rádio Clube de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>, eu, Ruy Fina, critico a supressão do institutodo " habeas corpus ", pelo AI-5, justificando os seqüestros dos embaixadores estrangeiros no Brasil,que eram tomados apenas como reféns, para serem trocados pela soltura e liberdade dos presospolíticos, encarcerados nas masmorras do Estado Autoritário, exatamente porque o AI-5 proibia oPoder Judiciário de apreciar os atos da <strong>Di</strong>tadura, inclusive o “ habeas corpus “, na área política;vociferei contra o AI-5, pedindo a restauração do voto direto, pelo povo, neste tópico de minhamanifestação: "O MDB quer a abolição do Ato Institucional n º 5, o MDB quer a prática franca e aberta,legalizada na plenitude de sua força e de sua eficácia, do instituto do "habeas corpus" . O MDB quermais: quer o voto direto, livre, do povo, nas eleições, inclusive dos seus governadores de estado econtinua lutando pelo sufrágio direto do povo, para a escolha de seus representantes nas câmaras,nas assembléias e, acima de tudo, nos seus Poderes Executivos."Essa gravação, feita no horário dapropaganda eleitoral gratuita da aludida PRF-2, foi apreendida e depois decodificada, em 08/10/70,por Sidney Gonçalves Wyss Barreto, para ser inserida no correlato processo eleitoral, que tramitoupela 110a. ZESP, de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong> – sendo encaminhada ao Comando do 5º GCAN, para onde eu, RuyFina, fui conduzido, sob “averiguação”, perante o coronel Argos de Oliveira. Nessa audiênciacastrense, foi reproduzida aquela gravação e tomado o meu depoimento, quando também assinei termode constatação e reconhecimento, sendo liberado, em seguida, mas sob o compromisso de nãoprosseguir naquelas críticas. Entretanto, esse ato de repressão motivou-me ainda mais para acontinuidade de minhas críticas veementes à ditadura, nos comícios e programas radiofônicos do MDB de<strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>. Posteriormente, consegui uma xerocópia autêntica desse meu pronunciamento, gravado econvertido datilograficamente e decodificado por Sidney Barreto (perito nomeado), em peça processual,com o despacho do MM.Juiz Eleitoral da 110a. Zona de <strong>Rio</strong> <strong>Claro</strong>: "J. Em 2.X.70." – Luiz Gonzaga deArruda Campos.30 Eu, Ruy Fina, em Setembro de 1968, trouxe Evandro Mastricico ao MDB, nos últimos momentos doprazo de afiliação, à porta do Cartório Eleitoral, à Avenida 1, nº 564, esquina da Rua 7, contornando aresistência de Waldemar Karam, um dos líderes locais da Arena, sugerindo-lhe ainda que puxasse para
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