Figura 17. Cenário Simamazonia I na região <strong>sul</strong> <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Amazonas nos anos 2010, 2015, 2020, 2025,2030, 2035, 2040, 2045 e 2050 (<strong>de</strong>smatamento emvermelho).30
Figura 18. Cenário<strong>de</strong> projeção <strong>do</strong><strong>de</strong>smatamento nocenário BAU segun<strong>do</strong> oSimamazonia I (Soares-Filho et al. 2006).Segun<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo, o <strong>de</strong>smatamento começa a acelerar a partir <strong>de</strong> 2025,principalmente <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao efeito que as estradas planejadas a serem pavimentadasou construídas provocariam na dinâmica regional ao longo <strong>do</strong> tempo.Essas estradas seriam principalmente a Ro<strong>do</strong>via BR-319 (Porto-Velho/Manaus), a trechos a Ro<strong>do</strong>via BR-317 e a Ro<strong>do</strong>via Interoceânica (Soares-Filhoet al. 2006, supplementary Material). Se consi<strong>de</strong>rarmos a área <strong>de</strong>smatadaabsoluta, Apuí supera o município <strong>de</strong> Lábrea próximo <strong>de</strong> 2040, atingin<strong>do</strong>cerca <strong>de</strong> 3.850.000 ha, com Lábrea, Manicoré e Novo Aripuanã com área <strong>de</strong>smatadapouco maior que 3.000.000 ha em 2050. Em Boca <strong>do</strong> Acre, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> asua área total ser relativamente menor que <strong>do</strong>s outros municípios, a projeçãoda área <strong>de</strong>smatada ficou próxima <strong>de</strong> 1.500.000 ha.O cenário BAU (‘bussiness as usual’) <strong>do</strong> mo<strong>de</strong>lo Simamazonia I consi<strong>de</strong>raque o <strong>de</strong>smatamento <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> áreas protegidas não po<strong>de</strong>ria ultrapassar 40%.Contu<strong>do</strong>, como a base <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s na mo<strong>de</strong>lagem foi <strong>de</strong> 2002, partedas Áreas Protegidas não tinham si<strong>do</strong> criadas ainda e sofreram <strong>de</strong>smatamentomaior sem serem consi<strong>de</strong>radas como tal. Um caso é a RDS <strong>do</strong> Juma, em NovoAripuanã, criada em 2006, que segun<strong>do</strong> o mo<strong>de</strong>lo teria cerca <strong>de</strong> 60% <strong>de</strong> suaárea <strong>de</strong>smatada (IDESAM et al 2008). Se o mesmo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> projeção fosseexecuta<strong>do</strong> com essas áreas protegidas criadas recentemente em Lábrea e nomosaico <strong>de</strong> UC <strong>do</strong> Apuí, provavelmente alocaria menor área <strong>de</strong>smatada <strong>de</strong>ntro<strong>de</strong> seus limites, ten<strong>do</strong> que alocá-las em áreas fora <strong>de</strong>ssas. Soares-Filho et al(2010) estimam o efeito <strong>de</strong> redução <strong>de</strong> 37% da taxa <strong>de</strong> <strong>de</strong>smatamento da Amazôniarelaciona<strong>do</strong> à criação <strong>de</strong> novas UC a partir <strong>de</strong> 2002.Para avaliar se a projeção se assemelha à realida<strong>de</strong> observada até 2008,foi realizada uma com<strong>para</strong>ção com os da<strong>do</strong>s gera<strong>do</strong>s pelo SimamazoniaI. Os mapas gera<strong>do</strong>s <strong>para</strong> os anos 2002 e 2008 foram com<strong>para</strong><strong>do</strong>s comda<strong>do</strong>s oficiais atualiza<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Projeto <strong>de</strong> Estimativa <strong>do</strong> Desf lorestamentoBruto da Amazônia (PRODES), monitoramento da Floresta Amazônica31