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estudo de oportunidades para a região sul do amazonas

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4. Estu<strong>do</strong>s Quantitativos <strong>de</strong> Linha <strong>de</strong> Base e MonitoramentoO <strong>de</strong>smatamento na Amazônia brasileira ocorre a uma taxa média <strong>de</strong>0,4% ou 17.911 km2 por ano <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1977 (INPE 2010), indican<strong>do</strong> tendência<strong>de</strong> queda nos últimos anos. A essa queda foi estima<strong>do</strong> que 44% da reduçãofoi atribuída a efeitos negativos sobre a economia agropecuária, 37% <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>a criação <strong>de</strong> novas áreas protegidas (Soares-Filho et al 2010), e cerca <strong>de</strong>18% a causas que po<strong>de</strong>riam ser atribuídas às campanhas <strong>de</strong> coman<strong>do</strong> e controlepelo governo fe<strong>de</strong>ral 10 . A área <strong>de</strong>smatada em 2008 diminuiu 53% emrelação a 2004. Apesar <strong>de</strong>ssa redução, é difícil garantir seguramente que o<strong>de</strong>smatamento está sob controle, principalmente porque está cada vez maisassocia<strong>do</strong> à economia global <strong>de</strong> commodities como a carne e a soja (Nepsta<strong>de</strong>t al 2006). As ações <strong>de</strong> coman<strong>do</strong> e controle são mais concentradas nosesta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Pará, Mato Grosso e Rondônia, enquanto no <strong>sul</strong> <strong>do</strong> Amazonassão raras. Para os municípios <strong>de</strong>ste <strong>estu<strong>do</strong></strong> o <strong>de</strong>smatamento forte se iniciouem mea<strong>do</strong>s da década <strong>de</strong> 1990. Com o avanço da fronteira associada àmelhoria <strong>de</strong> infra-estrutura, a tendência é <strong>de</strong> que ele continue no mesmoritmo se consi<strong>de</strong>radas a dinâmica <strong>do</strong>s agentes envolvi<strong>do</strong>s apresentadaacima e a gran<strong>de</strong> extensão <strong>de</strong> terras florestadas ainda disponíveis.4.1. Tipologias da vegetaçãoclasses <strong>de</strong> vegetação (Figura 16) Estas classes foram obtidas seguin<strong>do</strong>as regras <strong>para</strong> agrupamento <strong>de</strong> classes <strong>do</strong> bioma Amazônia (MCT 2006,apêndice 3.1.1). Abaixo são apresentadas as supra-classes, <strong>de</strong>screven<strong>do</strong> assuper-classes que foram utilizadas como base <strong>para</strong> a obtenção <strong>do</strong>s valoresmédios <strong>do</strong>s estoques <strong>de</strong> carbono.Floresta Ombrófila Densa (D): Caracteriza-se por apresentar <strong>do</strong>sselfecha<strong>do</strong>, compacto, com altura entre 25 e 35 m, <strong>do</strong> qual po<strong>de</strong>m sobressairárvores emergentes atingin<strong>do</strong> até 40 m (RADAMBRASIL 1978). Aheterogeneida<strong>de</strong> florística da floresta <strong>de</strong>nsa contrasta com sua homogeneida<strong>de</strong>fisionômica, que é alterada apenas em função <strong>do</strong> posicionamentotopográfico e das gran<strong>de</strong>s variações <strong>de</strong> or<strong>de</strong>m litológica e climática (emescala regional): caracterizadas pelas formações Aluvial (Da), <strong>de</strong> TerrasBaixas (Db) , e Submontana (Ds).Floresta Ombrófila Aberta (A): Formação caracterizada fisionomicamentepela presença <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s árvores espaçadas, possibilitan<strong>do</strong>a penetração <strong>de</strong> luz até os estratos inferiores, permite o aparecimento <strong>de</strong>palmeiras, cipoal, cocal ou bambuzal, nestes espaços abertos.10Ações como o Plano <strong>de</strong>Proteção e Controle <strong>do</strong>Desmatamento na Amazônica–PPCDAM (2004), Programascomo o Detecção <strong>do</strong> Desmatamentoem Tempo Real naAmazônia Brasileira - DETER<strong>do</strong> INPE, e inúmeras operaçõesda polícia fe<strong>de</strong>ral contraativida<strong>de</strong>s ilegais no setorma<strong>de</strong>ireiro e agropecuário<strong>de</strong>s<strong>de</strong> 2004 po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radasas ações <strong>de</strong> coman<strong>do</strong>e controle mais efetivas nesseperío<strong>do</strong>.As tipologias f lorestais foram obtidas através <strong>de</strong> da<strong>do</strong>s espaciais <strong>do</strong>mapa <strong>de</strong> vegetação gera<strong>do</strong>s pelo Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística(IBGE) em conjunto com o Sistema <strong>de</strong> Vigilância da Amazônia(SIVAM). Esses da<strong>do</strong>s, originalmente obti<strong>do</strong>s com o projeto RADAM-BRASIL, foram agrupa<strong>do</strong>s por Veloso et al. (1991). O mapa <strong>de</strong> vegetaçãofoi calibra<strong>do</strong> e re-ajusta<strong>do</strong> utilizan<strong>do</strong> imagens <strong>de</strong> satélites, especialmenteLandsat, e bibliografias recentes complementadas por pesquisas <strong>de</strong> campo<strong>para</strong> calibrar os tipos f lorestais. Este mapa está apresenta<strong>do</strong> na escala1:250.000 (IBGE 2008).Os tipos f lorestais pertencentes aos cinco municípios <strong>de</strong>ste <strong>estu<strong>do</strong></strong>foram extraí<strong>do</strong>s <strong>do</strong> mapa <strong>de</strong> vegetação IBGE-SIVAM <strong>para</strong> compor asNeste tipo também se caracteriza pelas formações Aluvial (Aa), <strong>de</strong> TerrasBaixas (Ab), e Submontana (As).Campinarana: As campinaranas abrigam uma diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ambientes.Esta tipologia geralmente é caracterizada pela <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> alta <strong>de</strong> árvoresfinas com altura média <strong>de</strong> 8-10 m, porém as condições <strong>de</strong> drenagem <strong>do</strong> soloimprimem variações à fisionomia <strong>de</strong>ssa vegetação, originan<strong>do</strong> um gradientevegetacional caracteriza<strong>do</strong> por diferenças na composição florística, na altura<strong>do</strong> <strong>do</strong>ssel e na <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> caules. Há campinaranas localizadas em áreasmuito úmidas, próximos ao ecótono com a campina gramíneo-lenhosa (Lgs), ecampinaranas em áreas melhor drenadas (Lbp), próximas a floresta sobre areiabranca (Silveira 2003).27

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