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Documentos IAC 103 - Governo do Estado de São Paulo

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Mais tar<strong>de</strong>, com o passar <strong>do</strong>s séculos, diversas varieda<strong>de</strong>s foram introduzidas <strong>de</strong> outras terras,como as das ilhas <strong>do</strong> su<strong>do</strong>este <strong>do</strong> Pacífico, como as Caianas, provavelmente introduzida pelosholan<strong>de</strong>ses em Pernambuco no século XVII, e outras cultivares <strong>de</strong> canas nobres <strong>de</strong> diferentes<strong>de</strong>nominações e origens (CALMON, 1935).O aparecimento das primeiras <strong>do</strong>enças <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, em 1840, como podridão <strong>de</strong> raízesnas Ilhas Maurício, gomose nos canaviais da Bahia, Pernambuco e Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1863 (DANTAS,1960), sereh em Java e mosaico em vários países trouxe consequências econômicas negativas ao<strong>de</strong>senvolvimento da cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar em muitos locais. O aumento e a frequência <strong>de</strong>ssasepifitias evi<strong>de</strong>nciaram as falhas e os antagonismos <strong>do</strong> livre trânsito <strong>de</strong> material vegetal sem os<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s fitossanitários ainda <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s (EDGERTON, 1955).Ressalta-se que, em muitos casos, as zelosas introduções em bagagens <strong>de</strong> viajantes, asquais anteriormente só causaram benefícios, trazen<strong>do</strong> as primeiras sementes que <strong>de</strong>ram início àsnovas culturas, foram também, igualmente, as responsáveis pela introdução <strong>de</strong> muitas pragas e <strong>de</strong>importantes <strong>do</strong>enças para a agricultura em <strong>de</strong>senvolvimento em muitos países (GERMECK, 1959).No início <strong>do</strong> estabelecimento da cultura canavieira nas terras brasileiras, seu <strong>de</strong>senvolvimentofoi maior no Nor<strong>de</strong>ste, nos Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Pernambuco, da Bahia e <strong>de</strong> Alagoas, <strong>de</strong>slocan<strong>do</strong>-se maistar<strong>de</strong> para o Rio <strong>de</strong> Janeiro e outros Esta<strong>do</strong>s, expandin<strong>do</strong>-se no planalto paulista quan<strong>do</strong> a cultura <strong>de</strong>café era o gran<strong>de</strong> fator <strong>de</strong> progresso e <strong>de</strong>senvolvimento (CORRÊA, 1935).Para diminuir estes efeitos negativos das introduções, somente no início <strong>do</strong> século XX é queforam cria<strong>do</strong>s os primeiros serviços <strong>de</strong> vigilância sanitária entre os países, estabelecen<strong>do</strong> as medidaspreventivas, <strong>de</strong> cunho internacional, para permitir a introdução e o cultivo <strong>de</strong> material reconhecidamentesadio (GERMECK, 1961).No Brasil, o Ministério da Agricultura foi o cria<strong>do</strong>r <strong>de</strong> normas e o principal responsável pelaentrada <strong>de</strong> material vegetal no país, mas por causa da vasta extensão costeira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início foi<strong>de</strong>lega<strong>do</strong> parte <strong>de</strong>sse serviço a algumas instituições científicas em diversos Esta<strong>do</strong>s (GERMECK, 1960).O Instituto Agronômico tem participa<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse serviço <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua criação em 1897, porématuan<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma mais organizada a partir <strong>de</strong> 1928, sob a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Arnal<strong>do</strong> Krug; Alci<strong>de</strong>sCarvalho, <strong>de</strong> 1934 a 1950 e <strong>de</strong>pois Luiz Aristêo Nucci, <strong>de</strong> 1950 a 1958, os quais realizaram diversasintroduções <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> plantas. A fase áurea <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>expansão, porém, foi realizada pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Emílio Bruno Germeck, responsável pela Seção <strong>de</strong>Botânica Econômica <strong>de</strong> 1958 a 1981 (GERMECK, 1992).Atualmente, este trabalho é realiza<strong>do</strong> pelo Quarentenário <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> por RenatoFerraz <strong>de</strong> Arruda Veiga, com melhorias das instalações, tornan<strong>do</strong>-as mais mo<strong>de</strong>rnas, qualificadaspelo CTNBio, semelhante aos melhores mo<strong>de</strong>los internacionais. Aten<strong>de</strong>-se, assim, à legislaçãofitossanitária brasileira e às normas e aos procedimentos <strong>de</strong> intercâmbio internacional <strong>de</strong> vegetais, <strong>de</strong>sementes, <strong>de</strong> solos e outros materiais <strong>de</strong> propagação vegetativa, como colmos <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar,permitin<strong>do</strong> intercâmbio mais efetivo com o exterior e outros Esta<strong>do</strong>s brasileiros, bem como efetivarquarentena <strong>de</strong> materiais transgênicos (VEIGA, 2004).2. DOCUMENTAÇÃO REGISTRADA1493 - Registrada a introdução <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no continente americano, na atual RepúblicaDominicana, proce<strong>de</strong>nte da Ilha da Ma<strong>de</strong>ira, na segunda viagem <strong>de</strong> Cristóvão Colombo (STEVENSON,1965).4<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011

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