Carta da Terra”, em 1992. Exploram fatos como a <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> através <strong>de</strong> vários fatosincontestáveis como: a poluição <strong>do</strong> ar, da água, <strong>do</strong>s solos, <strong>do</strong> efeito estufa, da camada <strong>de</strong> ozônio, <strong>do</strong><strong>de</strong>smatamento, das catástrofes, e tornou-se o <strong>do</strong>cumento mais usa<strong>do</strong> para pressionar os governos aguiar-se por novos <strong>do</strong>gmas (www.cartadaterrabrasil.org). O programa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> álcool brasileirojá instituí<strong>do</strong>, por se tratar <strong>de</strong> energia limpa e renovável, passou a ser mais divulga<strong>do</strong> mundialmente ecita<strong>do</strong> como exemplo, fator que aju<strong>do</strong>u a reconquistar a simpatia perdida na década <strong>de</strong> 1980.1992 - Criação <strong>do</strong> grupo fitotécnico <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar na E.E. Ribeirão Preto <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, sob acoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Marcos Guimarães <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Lan<strong>de</strong>ll. Esse grupo congrega pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong>instituições <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s, agrônomos fitotecnistas <strong>de</strong> usinas, <strong>de</strong>stilarias, cooperativase empresas da área <strong>de</strong> insumos (Livro <strong>de</strong> Ata <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> abril).Transformação da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (SCA) em Programa Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (<strong>IAC</strong>),incorporan<strong>do</strong>-a à Divisão <strong>de</strong> Estações Experimentais, transferin<strong>do</strong> para a E.E. <strong>de</strong> Piracicaba to<strong>do</strong> o seupatrimônio. Resolução <strong>do</strong> Conselho Diretor <strong>do</strong> Instituto Agronômico (reunião em setembro <strong>de</strong> 2006).1993 - É registrada nova <strong>do</strong>ença nos canaviais brasileiros, o amarelinho - <strong>do</strong>ença virótica quetirou <strong>do</strong> cultivo a varieda<strong>de</strong> mais importante, em gran<strong>de</strong> fase <strong>de</strong> expansão na época, a SP 71-6163(Ata <strong>de</strong> reunião <strong>do</strong> Grupo Fitotécnico <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar em julho <strong>de</strong> 1993).Convênio <strong>IAC</strong>/Copersucar. Des<strong>de</strong> a fundação da Copersucar estabeleceu-se uma cooperaçãotécnico-científica informal com o Instituto Agronômico até 1993, quan<strong>do</strong> as duas instituições formularamo primeiro contrato <strong>de</strong> interesse comum, <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong> cinco anos e renovável: “Convênio firma<strong>do</strong>entre <strong>IAC</strong>/SAA e Copersucar, processo SAA 22.234/92, objetivan<strong>do</strong> o interesse científico comum, o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Know-how <strong>de</strong> hibridação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar em Camamu, BA”. (Diário Oficial,Folha 14, Seção I, <strong>de</strong> 27/04/1993).Envio <strong>de</strong> minuta <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> convênio pelo <strong>IAC</strong> com a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas(semelhante ao firma<strong>do</strong> com a Copersucar), objetivan<strong>do</strong> um projeto <strong>de</strong> hibridação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarna Serra <strong>do</strong> Ouro, 31/8.Envio <strong>de</strong> correspondência à SAA/SP, solicitan<strong>do</strong> autorização para que os pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong>Programa Cana/<strong>IAC</strong> realizassem uma viagem científica a Tucuman e Salta, com o propósito <strong>de</strong> conhecerin loco o programa <strong>de</strong> hibridação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar realiza<strong>do</strong> na Argentina, 12/4.Experiências e <strong>de</strong>poimentos. Gestão da cooperação internacional. Aprimoramento dacooperação técnica científica internacional no Instituto Agronômico (LOPES, 1993).1994 - Efetivação <strong>do</strong> Projeto Procana, sob coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Marcos Guimarães <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>Lan<strong>de</strong>l,l com uma proposta <strong>de</strong> cooperação, envolven<strong>do</strong> empresas <strong>do</strong> setor canavieiro, o InstitutoAgronômico (<strong>IAC</strong>) e a Fundação <strong>de</strong> apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) (FIGUEIREDO, 2008).1995 e 1996 - Realização <strong>do</strong> Primeiro e <strong>do</strong> Segun<strong>do</strong> Treinamento Procana <strong>IAC</strong>. O objetivoera treinar os técnicos e fitotecnistas das empresas parceiras com os procedimentos experimentaisa<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s pelo Programa Cana <strong>IAC</strong>. “Não basta dar um manual para os técnicos <strong>de</strong> empresas, pois aprática experimental envolve muitos conhecimentos que só po<strong>de</strong>m ser adquiri<strong>do</strong>s com a convivênciaprática” (LANDELL, atas <strong>do</strong> Grupo Fitotécnico, janeiro <strong>de</strong> 1995 e outubro <strong>de</strong> 1996).1997 - O monopólio <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> combustível, que era da Petrobrás até 1997, foi quebra<strong>do</strong>,passan<strong>do</strong> a ser feito também por outras distribui<strong>do</strong>ras privadas e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (Decreto Oficial <strong>de</strong> 1.°/05).<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201123
O governo <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir os preços da cana, <strong>do</strong> açúcar e <strong>do</strong> álcool. Com a saída gradativada intervenção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, o setor se aproxima cada vez mais da realida<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong> custos epreços pratica<strong>do</strong>s (ESALQ, 1.°/05).O governo brasileiro criou a legislação sobre os direitos <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> novas varieda<strong>de</strong>svegetais, a Lei n.° 9.456. Também, na regulamentação <strong>de</strong>ssa Lei, criou-se junto ao Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento e o Serviço Nacional <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Cultivares (SNPC, 25/4).Legislação ambiental e queimada da cana-<strong>de</strong>-açúcar (GOULART, 1997).Lançamento <strong>de</strong> novas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> sigla <strong>IAC</strong> que logo voltam a sercultivadas comercialmente nas usinas (LANDELL, 1997).Terceira Conferência Mundial <strong>do</strong> Meio Ambiente em Kyoto, Japão, cujo resulta<strong>do</strong> marcante foio reconhecimento mundial que: “O progresso não po<strong>de</strong> ser símbolo <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição com ônus para omeio ambiente” e a criação <strong>de</strong> projetos classifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo, queestimula a redução da emissão <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa no planeta (KYOTO, 1997).1998 - Proteção no SNPC <strong>do</strong> Ministério da Agricultura das varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 86-2210 e <strong>IAC</strong> 87-3396, lançadas no ano anterior, 5/11. Atesta<strong>do</strong>s n.º 55 e 56.Transformação <strong>do</strong> Programa Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (<strong>IAC</strong>) em Centro <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, com se<strong>de</strong>em Ribeirão Preto, SP (Decreto 43.037/98, Diário Oficial).Apresentação <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> aumento <strong>do</strong> porcentual <strong>de</strong> adição <strong>de</strong> álcool anidro à gasolina<strong>de</strong> 22% para 24%, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> aumentar para 26%, contrarian<strong>do</strong> os interesses da Petrobrás e monta<strong>do</strong>ras<strong>de</strong> veículos (Dec. Oficial, 15 <strong>de</strong> junho).Realização <strong>do</strong> Terceiro Treinamento Procana/<strong>IAC</strong>. Diante das dificulda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> setor na época,esse treinamento teve como característica peculiar o objetivo <strong>de</strong> antever e direcionar projetos <strong>de</strong>pesquisa futuros, compartilhar visões econômicas, e avaliar as perspectivas da cultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcarpara os próximos anos (LANDELL, atas <strong>do</strong> Grupo Fitotécnico, 10/1997).1999 - A liberação <strong>do</strong>s preços da cana, <strong>do</strong> açúcar e <strong>do</strong> álcool e as novas medidas a<strong>do</strong>tadaspelas usinas para conter gastos, alteraram o relacionamento entre usineiros e fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar (fevereiro <strong>de</strong> 1999).A Fapesp lança o Projeto Genoma da Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, sob a Coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> professor<strong>Paulo</strong> <strong>de</strong> Arruda da Unicamp (12 <strong>de</strong> abril).A nova resolução governamental apresentada no ano anterior passa a vigorar com aumento<strong>do</strong> porcentual <strong>de</strong> álcool anidro à gasolina <strong>de</strong> 22% a 24% (Dec. Oficial, 15 <strong>de</strong> julho).Com a liberação <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s subprodutos da cana-<strong>de</strong>-açúcar pelo governo, <strong>de</strong>senvolveusenovo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> autogestão conten<strong>do</strong> um sistema para remunerar a matéria-prima e regras paraaten<strong>de</strong>r o relacionamento entre os produtores <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar e as usinas <strong>de</strong> açúcar e álcool,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se os custos <strong>de</strong> produção na lavoura e indústria e preços <strong>do</strong>s produtos industrializa<strong>do</strong>s(açúcar e álcool) no merca<strong>do</strong>. Este novo sistema foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> em vista da ATR (Açúcar TotalRecuperável). Assim, o valor da tonelada <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar passou a ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pela quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> ATR entregue na usina pelo produtor <strong>de</strong> cana e pelos preços <strong>do</strong>s produtos industrializa<strong>do</strong>s nomerca<strong>do</strong>, que são fatores <strong>de</strong> conversão <strong>do</strong> cálculo da ATR por uma fórmula matemática (ManifestoSertãozinho, 1999).24<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011