11.07.2015 Views

Documentos IAC 103 - Governo do Estado de São Paulo

Documentos IAC 103 - Governo do Estado de São Paulo

Documentos IAC 103 - Governo do Estado de São Paulo

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

ISSN 1809-7693O Instituto Agronômico (<strong>IAC</strong>) e fatos históricosrelaciona<strong>do</strong>s ao <strong>de</strong>senvolvimento da cultura <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar até o fim <strong>do</strong> século XXPery FIGUEIREDOMarcos Guimarães <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> LANDELLMário Pércio CAMPANAMaximiliano Salles SCARPARIMauro Alexandre XAVIERIvan Antônio <strong>do</strong>s ANJOS<strong>Documentos</strong> <strong>IAC</strong>, Campinas, n. o <strong>103</strong>, 2011


Ficha elaborada pelo Núcleo <strong>de</strong> Informação e Documentação <strong>do</strong> Instituto AgronômicoI59O Instituto Agronômico (<strong>IAC</strong>) e fatos históricos relaciona<strong>do</strong>sao <strong>de</strong>senvolvimento da cultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar até o fim<strong>do</strong> século XX / Pery Figueire<strong>do</strong> et al. Campinas: InstitutoAgronômico, 2011.47p. (<strong>Documentos</strong> <strong>IAC</strong>, <strong>103</strong>)Versão onlineISSN:1809-76931. Cana-<strong>de</strong>-açúcar - Instituto Agronômico (SP) - história. I.Figueire<strong>do</strong>, Pery. II. Lan<strong>de</strong>ll, Marcos Guimarães <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>.III. Campana, Mário Pércio. IV Scarpari, Maximiliano Salles.V. Xavier, Mauro Alexandre. VI. Anjos, Ivan Antônio <strong>do</strong>s. VII.Título. VIII Série.CDD. 633.61A eventual citação <strong>de</strong> produtos e marcas comerciais, não expressa, necessariamente, recomendações<strong>do</strong> seu uso pela Instituição.É permitida a reprodução, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que citada a fonte. A reprodução total <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> anuência expressa <strong>do</strong>Instituto Agronômico.Comitê Editorial <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>Rafael Vasconcelos Ribeiro - Editor-chefeDirceu <strong>de</strong> Mattos Júnior - Editor-assistenteOliveiro Guerreiro Filho - Editor-assistenteEquipe Participante <strong>de</strong>sta PublicaçãoRevisão <strong>de</strong> vernáculo: Maria Angela Manzi da SilvaCoor<strong>de</strong>nação da Editoração: Marilza Ribeiro Alves <strong>de</strong> SouzaEditoração eletrônica e Capa: Cíntia Rafaela AmaroInstituto AgronômicoCentro <strong>de</strong> Comunicação e Transferência <strong>do</strong> ConhecimentoAv. Barão <strong>de</strong> Itapura, 1.48113020-902 - Campinas (SP) BRASILFone: (19) 2137-0600 Fax: (19) 2137-0706www.iac.sp.gov.br


SUMÁRIOPáginaRESUMO ....................................................................................................................................... 1ABSTRACT ................................................................................................................................... 21. INTRODUÇÃO ................................................................................................................................. 32. DOCUMENTAÇÃO REGISTRADA .................................................................................................. 43. A FASE APÓS A CRIAÇÃO DO INSTITUTO AGRONÔMICO......................................................... 254. FATOS RELACIONADOS COM EPIFITIA DO MOSAICO .............................................................. 255. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1920 ................................................... 266. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1930 ................................................... 267. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1940 ................................................... 278. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1950 ................................................... 289. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1960 ................................................... 2910. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1970 ................................................. 2911. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1980 ................................................. 3012. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1990 ................................................. 31BIBLIOGRAFIA CONSULTADA .................................................................................................... 32


O Instituto Agronômico (<strong>IAC</strong>) e fatos históricos relaciona<strong>do</strong>sao <strong>de</strong>senvolvimento da cultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar até o fim<strong>do</strong> século XXPery FIGUEIREDO ( 1 )Marcos Guimarães <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> LANDELL ( 2 )Mário Pércio CAMPANA ( 1 )Maximiliano Salles SCARPARI ( 2 )Mauro Alexandre XAVIER ( 2 )Ivan Antônio <strong>do</strong>s ANJOS ( 2 )RESUMOEste trabalho é um levantamento histórico-institucional <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumentos registra<strong>do</strong>s no<strong>IAC</strong>, no serviço <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> plantas, biblioteca da antiga Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicabae da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar. Registra também a trajetória da cultura da cana antes e <strong>de</strong>pois<strong>de</strong> sua chegada ao Brasil e a contribuição <strong>do</strong> Instituto Agronômico (<strong>IAC</strong>) no <strong>de</strong>senvolvimento daagroindústria sucroalcooleira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua fundação até o fim <strong>do</strong> século XX. Na época da fundação<strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, chamou a atenção o fato <strong>de</strong> que a cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar já havia conquista<strong>do</strong> umespaço importante entre as plantas mais cultivadas no Esta<strong>do</strong>, no entanto, <strong>de</strong>mandava muitosestu<strong>do</strong>s. A epifitia <strong>do</strong> mosaico, na década <strong>de</strong> 1920, com danos diretos à produção <strong>de</strong> açúcarpromoveu uma mudança drástica, substituin<strong>do</strong> o cultivo comercial das varieda<strong>de</strong>s nobres,tradicionais, pelos primeiros híbri<strong>do</strong>s importa<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Java. As introduções <strong>de</strong> cana registradasno Instituto Agronômico nesse perío<strong>do</strong> chegaram a 57, oriundas <strong>de</strong> vários programas <strong>de</strong>melhoramento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar e locais <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, como: Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s da América (CanalPoint, Havaí e Porto Rico), In<strong>do</strong>nésia, Índia, Argentina, Guiana Francesa, Guiana Inglesa, Barba<strong>do</strong>s,Jamaica, Colômbia, México, Panamá, Austrália e África <strong>do</strong> Sul, totalizan<strong>do</strong> 823 novos materiaisdas siglas POJ, Co, CP, H, PR, TUC, NA, F, Q, NCo. Tais acontecimentos foram muito importantespara a manutenção <strong>do</strong> cultivo comercial e a formação <strong>do</strong> banco <strong>de</strong> germoplasma, que contribuírampara as primeiras hibridações no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.A <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> José Manoel Aguirre, em 1930, para coor<strong>de</strong>nar o Programa <strong>de</strong>Melhoramento <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, foi fundamental para estabelecer as primeiras hibridações,em 1934, na Estação <strong>de</strong> Miracatu, litoral sul <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. No entanto, com a criação da Seção <strong>de</strong>Cana <strong>de</strong> Açúcar (SCA) e a <strong>de</strong>signação <strong>de</strong> José M. Aguirre para chefiar esta seção e a EstaçãoExperimental <strong>de</strong> Cana <strong>de</strong> Piracicaba, em 1935, em <strong>de</strong>trimento <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong>cana, o processo <strong>de</strong> hibridações estagnou até 1947. No fim da década <strong>de</strong> 1940, a volta <strong>de</strong>Aguirre na coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> Programa <strong>de</strong> Melhoramento possibilitou ao Instituto Agronômico começar( 1 ) Pesquisa<strong>do</strong>r Científico voluntário <strong>do</strong> Centro Avança<strong>do</strong> <strong>de</strong> Pesquisa Tecnológica <strong>do</strong> Agronegócio <strong>de</strong> Cana, <strong>IAC</strong>, ProgramaCana <strong>IAC</strong>, Ribeirão Preto (SP).( 2 ) Pesquisa<strong>do</strong>r Científico, Centro APTA Cana/<strong>IAC</strong>, Programa Cana <strong>IAC</strong>, Ribeirão Preto (SP).


a distribuição para <strong>do</strong>mínio público das primeiras varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sigla <strong>IAC</strong>. Ressalta-se a importânciada varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25, a mais cultivada para fins forrageiros. No entanto, com a criação <strong>de</strong> <strong>do</strong>isnovos programas <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar – Copersucar e Planalsucar – os recursosoficiais para pesquisa no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> passaram a ser <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s a outras culturas maiscarentes, refletin<strong>do</strong> negativamente na continuida<strong>de</strong> e no <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong>s projetos na SCA/<strong>IAC</strong> até a década <strong>de</strong> 1990.Palavras-chave: Cana-<strong>de</strong>-açúcar, varieda<strong>de</strong>s, introduções <strong>de</strong> cana, germoplasma,hibridações.ABSTRACTThe Instituto Agronômico (<strong>IAC</strong>) and historical survey of the institutionaltrajectory for sugarcane culture <strong>de</strong>velopment until the late twentieth centuryThis work is a historical survey of institutional <strong>do</strong>cuments filed in the <strong>IAC</strong>, Office of PlantIntroduction, Library, Experimental Station of Piracicaba and Section of Sugarcane. This articlealso aims to cover the trajectory of sugarcane before and after arriving in Brazil and the contributionof <strong>IAC</strong> in the <strong>de</strong>velopment of agro-industry (sugar and alcohol), since its foundation until the latetwentieth century. At the time of <strong>IAC</strong> founding, a fact that drew attention was that sugarcanecultivation had already gained an important place among the most wi<strong>de</strong>ly cultivated plants in theSão <strong>Paulo</strong> State and <strong>de</strong>man<strong>de</strong>d other major studies. The mosaic virus arrival in the 1920s withdirect damage to sugar production promoted a drastic change by replacing the commercialcultivation of noble and traditional varieties by the early hybrids imported from Java.The sugarcaneintroductions recor<strong>de</strong>d at the Instituto Agronômico in this period reached 57, coming from severalbreeding programs around the world, and the countries which have contributed most were: USA(Canal Point, Hawaii and Puerto Rico), In<strong>do</strong>nesia, India, Argentina, French and English Guiana,Barba<strong>do</strong>s, Jamaica, Colombia, Mexico, Panama, Australia and South Africa, totaling 823 newmaterials of acronyms POJ, Co, CP, H, PR, TUC, NA, F, Q, NCo. All these facts were veryimportant to maintain the commercial cultivation and to estabilish a germplasm collection, thatallowed the first sugarcane hybridizations in the São <strong>Paulo</strong> State. The appointment of JoséManoel Aguirre, in 1930, to organize and coordinate the Program for Sugarcane Improvement,was fundamental to <strong>de</strong>velop the first hybrids in 1934, at Miracatu location, Southern coast of São<strong>Paulo</strong> State. However, upon the foundation of Sugarcane Section (SCA) and the nomination ofAguirre to lead both the Experimental Sugarcane Station of Piracicaba and SCA in 1935, in<strong>de</strong>triment of the breeding sugarcane program, the hybridizations stagnated until 1947. With thereturn of Aguirre to the coordination of the <strong>IAC</strong> sugarcane breeding program, the InstitutoAgronômico was able to start the distribution of the first varieties acronym <strong>IAC</strong>,in the late 1940s,distribution to the public <strong>do</strong>main, , and <strong>IAC</strong> 36-25 was one of the most wi<strong>de</strong>ly cultivated forforage. Later, with the establishment of two new programs for sugarcane breeding, namelyCopersucar and Planalsucar, the public resources for research in the São <strong>Paulo</strong> State wereinten<strong>de</strong>d for other cultures, reflecting negatively on the continuity and <strong>de</strong>velopment of projects inthe SCA / <strong>IAC</strong> until 1990s.Key words: sugarcane, varieties, introductions, cane germplasm and crosses.2<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


1. INTRODUÇÃOTo<strong>do</strong>s têm interesse pelo passa<strong>do</strong> mais <strong>do</strong> que se julga e, embora no momento atual se vivaem um ambiente <strong>de</strong> muitas inovações, estamos sempre em busca das novas tecnologias e <strong>de</strong> suasatualizações. Assim mesmo, manter o passa<strong>do</strong> vivo é uma gratificante oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conhecerfatos, até então alheios ao conhecimento, que foram importantes na <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> caminhos e nacriação <strong>de</strong> novas experiências culturais.Foi assim, nas <strong>de</strong>scobertas mais antigas, que discretamente remontam as tradiçõesin<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente das culturas <strong>do</strong>s povos orientais e oci<strong>de</strong>ntais. Com o passar <strong>do</strong>s tempos e o<strong>de</strong>senvolvimento da cultura escrita, essas tradições foram transformadas em textos, e a maioria <strong>de</strong>ssesmanuscritos foi traduzida para o latim, uma vez que, o repositório <strong>do</strong> conhecimento sobre religião,ciências e arte, naquela época, ocorria geralmente <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong>s mosteiros cristãos.As superstições, os mitos, os costumes e o conhecimento das plantas em seu ambientegeográfico foram <strong>do</strong>cumenta<strong>do</strong>s, começan<strong>do</strong> a se expandir, quan<strong>do</strong> aumentaram as trocas queampliaram o horizonte <strong>do</strong> conhecimento; as plantas sempre estiveram entre os inúmeros produtosintimamente liga<strong>do</strong>s à vida humana, suprin<strong>do</strong> as necessida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alimento, remédios, abrigo e vestuário(CORRÊA, 1926).A partir <strong>do</strong> século XV, a intensificação <strong>do</strong> comércio marítimo <strong>de</strong> especiarias e o <strong>de</strong>scobrimento<strong>de</strong> novas terras fizeram com que se expandissem, cada vez mais, entre Oci<strong>de</strong>nte e o Oriente a troca<strong>de</strong> conhecimentos, <strong>de</strong> costumes e práticas <strong>de</strong> cultivos <strong>de</strong> plantas entre os diferentes povos.Os primeiros coloniza<strong>do</strong>res logo <strong>de</strong>scobriram que muitas plantas que eles conheciam nãoeram encontradas nas novas terras, assim, <strong>de</strong>senvolveu-se o negócio <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> plantas daEuropa, Ásia e África. Essa imigração <strong>de</strong> plantas, inicialmente foi tímida, mas com o passar <strong>do</strong> tempo,a observação <strong>de</strong> que muitas <strong>de</strong>ssas plantas exóticas naturalizaram nas novas terras, fez com que osnegócios expandissem bilateralmente, incluin<strong>do</strong> as plantas <strong>de</strong>scobertas nas colônias. Dessa forma,ativaram-se os negócios <strong>de</strong> comercialização <strong>de</strong> plantas, que promoveram a formação <strong>do</strong>s primeirosherbários, das primeiras coleções <strong>de</strong> plantas, marcan<strong>do</strong> o início na Europa <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> botânica(CORRÊA, 1926).A cana-<strong>de</strong>-açúcar fez parte ativa <strong>de</strong>sse comércio na época das gran<strong>de</strong>s <strong>de</strong>scobertas. Comose sabe, o centro <strong>de</strong> origem da cana é a região das ilhas <strong>do</strong> arquipélago da Polinésia; assim, ahistória <strong>do</strong> Brasil não possui registros oficiais das introduções realizadas até a década <strong>de</strong> 1530.Mesmo assim, há fortes indícios <strong>de</strong> que a cana tenha si<strong>do</strong> introduzida aqui poucos anos após o<strong>de</strong>scobrimento e contribuiu como fator <strong>de</strong> sobrevivência e objeto <strong>de</strong> troca pelos seus primeiroscoloniza<strong>do</strong>res até o início das capitanias. A comprovação <strong>de</strong> que esse fato ocorreu está nos hábitostradicionais <strong>do</strong>s viajantes e aventureiros que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos remotos, faziam negócios, através <strong>de</strong>troca <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong> plantas para estabelecer as primeiras relações e os cultivos <strong>de</strong> plantasem locais <strong>de</strong> interesse comercial (FIGUEIREDO, 2008).Tal atitu<strong>de</strong> foi, no passa<strong>do</strong>, uma das mais importantes contribuições para a disseminação e<strong>do</strong>mesticação <strong>de</strong> plantas exóticas em novas terras. A<strong>de</strong>mais, na época <strong>do</strong> <strong>de</strong>scobrimento da América,o fato que <strong>de</strong>ve ter contribuí<strong>do</strong> para que a cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar fizesse parte <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong>plantas a serem levadas nas embarcações, era que essa cultura já estava estabelecida na Ilha daMa<strong>de</strong>ira. Este local era ponto estratégico <strong>de</strong> parada <strong>de</strong> todas as embarcações vindas da Europa com<strong>de</strong>stino à América ou África, on<strong>de</strong> se cultivava a varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong>nominada Mirin ou Creola, híbri<strong>do</strong>natural entre Saccharum officinarum e Saccharum barberi, a única conhecida na Europa e Américasaté o século XVIII (COSTA, 1958; DEER, 1928).<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 20113


Mais tar<strong>de</strong>, com o passar <strong>do</strong>s séculos, diversas varieda<strong>de</strong>s foram introduzidas <strong>de</strong> outras terras,como as das ilhas <strong>do</strong> su<strong>do</strong>este <strong>do</strong> Pacífico, como as Caianas, provavelmente introduzida pelosholan<strong>de</strong>ses em Pernambuco no século XVII, e outras cultivares <strong>de</strong> canas nobres <strong>de</strong> diferentes<strong>de</strong>nominações e origens (CALMON, 1935).O aparecimento das primeiras <strong>do</strong>enças <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, em 1840, como podridão <strong>de</strong> raízesnas Ilhas Maurício, gomose nos canaviais da Bahia, Pernambuco e Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1863 (DANTAS,1960), sereh em Java e mosaico em vários países trouxe consequências econômicas negativas ao<strong>de</strong>senvolvimento da cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar em muitos locais. O aumento e a frequência <strong>de</strong>ssasepifitias evi<strong>de</strong>nciaram as falhas e os antagonismos <strong>do</strong> livre trânsito <strong>de</strong> material vegetal sem os<strong>de</strong>termina<strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s fitossanitários ainda <strong>de</strong>sconheci<strong>do</strong>s (EDGERTON, 1955).Ressalta-se que, em muitos casos, as zelosas introduções em bagagens <strong>de</strong> viajantes, asquais anteriormente só causaram benefícios, trazen<strong>do</strong> as primeiras sementes que <strong>de</strong>ram início àsnovas culturas, foram também, igualmente, as responsáveis pela introdução <strong>de</strong> muitas pragas e <strong>de</strong>importantes <strong>do</strong>enças para a agricultura em <strong>de</strong>senvolvimento em muitos países (GERMECK, 1959).No início <strong>do</strong> estabelecimento da cultura canavieira nas terras brasileiras, seu <strong>de</strong>senvolvimentofoi maior no Nor<strong>de</strong>ste, nos Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Pernambuco, da Bahia e <strong>de</strong> Alagoas, <strong>de</strong>slocan<strong>do</strong>-se maistar<strong>de</strong> para o Rio <strong>de</strong> Janeiro e outros Esta<strong>do</strong>s, expandin<strong>do</strong>-se no planalto paulista quan<strong>do</strong> a cultura <strong>de</strong>café era o gran<strong>de</strong> fator <strong>de</strong> progresso e <strong>de</strong>senvolvimento (CORRÊA, 1935).Para diminuir estes efeitos negativos das introduções, somente no início <strong>do</strong> século XX é queforam cria<strong>do</strong>s os primeiros serviços <strong>de</strong> vigilância sanitária entre os países, estabelecen<strong>do</strong> as medidaspreventivas, <strong>de</strong> cunho internacional, para permitir a introdução e o cultivo <strong>de</strong> material reconhecidamentesadio (GERMECK, 1961).No Brasil, o Ministério da Agricultura foi o cria<strong>do</strong>r <strong>de</strong> normas e o principal responsável pelaentrada <strong>de</strong> material vegetal no país, mas por causa da vasta extensão costeira, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início foi<strong>de</strong>lega<strong>do</strong> parte <strong>de</strong>sse serviço a algumas instituições científicas em diversos Esta<strong>do</strong>s (GERMECK, 1960).O Instituto Agronômico tem participa<strong>do</strong> <strong>de</strong>sse serviço <strong>de</strong>s<strong>de</strong> sua criação em 1897, porématuan<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma mais organizada a partir <strong>de</strong> 1928, sob a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Arnal<strong>do</strong> Krug; Alci<strong>de</strong>sCarvalho, <strong>de</strong> 1934 a 1950 e <strong>de</strong>pois Luiz Aristêo Nucci, <strong>de</strong> 1950 a 1958, os quais realizaram diversasintroduções <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong> centenas <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong> plantas. A fase áurea <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>expansão, porém, foi realizada pelo coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r Emílio Bruno Germeck, responsável pela Seção <strong>de</strong>Botânica Econômica <strong>de</strong> 1958 a 1981 (GERMECK, 1992).Atualmente, este trabalho é realiza<strong>do</strong> pelo Quarentenário <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong> por RenatoFerraz <strong>de</strong> Arruda Veiga, com melhorias das instalações, tornan<strong>do</strong>-as mais mo<strong>de</strong>rnas, qualificadaspelo CTNBio, semelhante aos melhores mo<strong>de</strong>los internacionais. Aten<strong>de</strong>-se, assim, à legislaçãofitossanitária brasileira e às normas e aos procedimentos <strong>de</strong> intercâmbio internacional <strong>de</strong> vegetais, <strong>de</strong>sementes, <strong>de</strong> solos e outros materiais <strong>de</strong> propagação vegetativa, como colmos <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar,permitin<strong>do</strong> intercâmbio mais efetivo com o exterior e outros Esta<strong>do</strong>s brasileiros, bem como efetivarquarentena <strong>de</strong> materiais transgênicos (VEIGA, 2004).2. DOCUMENTAÇÃO REGISTRADA1493 - Registrada a introdução <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no continente americano, na atual RepúblicaDominicana, proce<strong>de</strong>nte da Ilha da Ma<strong>de</strong>ira, na segunda viagem <strong>de</strong> Cristóvão Colombo (STEVENSON,1965).4<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


1840 - Registro da primeira epifitia sobre a cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar no mun<strong>do</strong>: podridão <strong>de</strong>raízes, registrada nas Ilhas Maurício, <strong>de</strong>pois no Havaí e nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s (EDGERTON, 1955).1863 - Registro <strong>do</strong> ataque <strong>de</strong> gomose (bactéria) nos canaviais da Bahia, Pernambuco e<strong>de</strong>pois Rio <strong>de</strong> Janeiro (DANTAS, 1960).1882 - Menção ao ataque <strong>de</strong> sereh, nova <strong>do</strong>ença, sobre as varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana mais cultivadasem Java e na In<strong>do</strong>nésia (EDGERTON, 1955).1887 - Fundação <strong>do</strong> Instituto Agronômico – Franz Wilhelm Dafert apresenta uma relação <strong>de</strong>42 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> canas nobres da coleção, entre as quais se <strong>de</strong>stacavam: Listrada, Cristalina,Kavangire, Rajada, Tiambo, Bois Rouge, Bourbon, Cayana, Imperial, Poudre d’or e Rosa (DAFERT,1893, 1894 e 1895).1889 - São realizadas as primeiras hibridações artificiais <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar com produção <strong>de</strong>sementes na ilha <strong>de</strong> Java, mas as muitas dificulda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> hibridação continuavam sen<strong>do</strong>estudadas por meio <strong>de</strong> técnicas especiais nos anos subsequentes (BREMER, 1923).1901 - Ocorrem as primeiras tentativas <strong>de</strong> hibridações <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Brasil, no Esta<strong>do</strong><strong>de</strong> Pernambuco, mas sem sucesso prático (D’UTRA e BOLLIGER, 1904).1903 - Organiza<strong>do</strong> no Rio <strong>de</strong> Janeiro, o Primeiro Congresso Nacional <strong>de</strong> Aplicação Industrial<strong>do</strong> Álcool e a 1.ª Exposição Internacional <strong>de</strong> Aparelhos a Álcool. Na Bahia, foi lança<strong>do</strong> o livro: Açúcare álcool, <strong>de</strong> Miguel Calmon Du Pin <strong>de</strong> Almeida (D’UTRA e BOLLIGER, 1904).1904 - No trabalho “Informações aperfeiçoadas da cana-<strong>de</strong>-açúcar” estava relacionada alista <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da coleção <strong>do</strong> Instituto Agronômico, passan<strong>do</strong> para 65; entreoutros nomes estavam: Amarela das Antilhas, Bambu, Férrea, Louisier, Mapou Pulé, Mole, Quissaman,Riscada, Cayana rosa, Cayana ver<strong>de</strong>, Taquara, Ver<strong>de</strong> das Antilhas e Ubá (D’UTRA e BOLLIGER, 1904).1906 - Gaspar D’Utra, que trabalhava com cana-<strong>de</strong>-açúcar, assume a diretoria geral <strong>do</strong> InstitutoAgronômico, em substituição <strong>de</strong> W. Dafert, que voltou para a Áustria em 1899 (Documento anônimocataloga<strong>do</strong> na biblioteca <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>).1914 - A eclosão da Primeira Guerra Mundial, contrarian<strong>do</strong> o que se esperava, não provocou oaumento das exportações <strong>de</strong> açúcar brasileiro (Documento anônimo cataloga<strong>do</strong> na biblioteca <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>).1918 - Ocorreu a maior geada <strong>do</strong> século XX. O termômetro atingiu a temperatura <strong>de</strong> –1,5 °Cno abrigo meteorológico, em Campinas, <strong>de</strong>vastan<strong>do</strong> toda a cultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, <strong>de</strong> café eoutras <strong>de</strong> importância no Esta<strong>do</strong> (25 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 1918) (Documento anônimo cataloga<strong>do</strong> na climatologia<strong>do</strong> <strong>IAC</strong>).1916 a 1920 - Nesta época, evi<strong>de</strong>ncia-se, em várias partes <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, a importância econômica<strong>de</strong> algumas <strong>do</strong>enças com: podridão <strong>de</strong> raízes, gomose, sereh e mosaico e seus efeitos negativossobre a cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar, nos seguintes países: Ilhas Maurício, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, Brasil,Java, Índia, Argentina, Cuba e Porto Rico (DANTAS, 1960; EDGERTON, 1955; VIZIOLI, 1924).<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 20115


1922 - Foi <strong>de</strong>tectada por Mário Calvino a presença <strong>do</strong> mosaico na coleção <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar<strong>do</strong> Instituto Agronômico na Fazenda Santa Elisa (CAMARGO, 1926)1926 - Realiza-se a introdução e multiplicação das POJ 36, POJ 105, POJ 213 e POJ 228,oriundas das experiências <strong>de</strong> Bolliger, na Fazenda Santa Elisa; tais varieda<strong>de</strong>s já eram cultivadasem pequena escala na Fazenda Guatapará, em São <strong>Paulo</strong> e introduzidas, ainda durante o projeto <strong>de</strong>criação, na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba (SP); também se iniciou a distribuição <strong>de</strong> mudas selecionadas <strong>de</strong>ssasvarieda<strong>de</strong>s para substituir as canas nobres cultivadas e suscetíveis ao mosaico (BOLLIGER, 1901).Theo<strong>do</strong>reto <strong>de</strong> Camargo, então diretor geral <strong>do</strong> Instituto Agronômico, levantou uma polêmicana imprensa sobre o projeto apresenta<strong>do</strong> para a renovação <strong>do</strong>s canaviais paulistas (CAMARGO, 1926).1927 - Neste perío<strong>do</strong>, o agrônomo José Vizioli, lí<strong>de</strong>r <strong>do</strong>s anseios da indústria açucareira daregião <strong>de</strong> Piracicaba, envia ao secretário da agricultura sugestões <strong>do</strong> plano geral <strong>de</strong> serviços visan<strong>do</strong>à renovação <strong>do</strong>s canaviais paulistas. Pela primeira vez, a imprensa cita a fundação da EstaçãoExperimental <strong>de</strong> Piracicaba, na revista Mun<strong>do</strong> Agronômico.1928 - Introdução <strong>de</strong> mais varieda<strong>de</strong>s javanesas e outras oriundas <strong>de</strong> programa <strong>de</strong>melhoramento: POJ 977, POJ 979, POJ 2727, POJ 2714, POJ 2878 e F 4 na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba(ARRUDA, 1951).Formaliza-se o projeto oficial da Secretaria da Agricultura <strong>de</strong> criação da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba,nas terras e <strong>de</strong>pendências cedidas pela Esalq, que somente foi concretiza<strong>do</strong> pelo Decreto Lei 4.803<strong>de</strong> 1930 (ARRUDA, 1951).1930 - Relação das introduções na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba das varieda<strong>de</strong>s indianas e americanas,criadas em programas <strong>de</strong> melhoramento em seus países: Co 281, Co 290, Co 312, Co 313, F 29-7 eCP 27-139 (ARRUDA, 1951, 1952).1931 - José Vizioli se afasta da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba para ocupar um cargo na Secretaria daAgricultura, suce<strong>de</strong>n<strong>do</strong>-o na chefia da Estação, Antonio Corrêa Meyer com o grupo <strong>de</strong> agrônomos:Ricar<strong>do</strong> Azzi, Raul Drumond Gonçalves, José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Júnior, Antonio Branco, Arman<strong>do</strong><strong>do</strong>s Santos Leal e Argemiro Frota (Anônimo/Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, Súmula 1935 a 1948).Neste ano, José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Júnior foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para a área <strong>de</strong> melhoramento, fican<strong>do</strong>subordina<strong>do</strong> à antiga Seção <strong>de</strong> Genética <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, aproveitan<strong>do</strong> o perío<strong>do</strong> para fazer estágio sob aorientação <strong>de</strong> <strong>do</strong>is especialistas atuantes no <strong>IAC</strong> e na Esalq, Carlos Krug e F. Brieger, respectivamente(Anônimo/SCA, Súmula 1935 a 1948). Neste perío<strong>do</strong>, preparou a tese sobre: “Creação <strong>de</strong> novasvarieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> canna no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>”, sen<strong>do</strong> publicada posteriormente.1933 - Foi cria<strong>do</strong> o Instituto <strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Álcool (IAA) pelo Decreto 22.789, para fortalecer osetor sucroalcooleiro, regular a produção <strong>de</strong> açúcar por meio <strong>de</strong> cotas <strong>de</strong> produção e promover maiorindustrialização e consumo <strong>de</strong> etanol. Com retórica patriótica, tal instituto proíbe a importação e aintrodução <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar pelos produtores e pelas usinas no Brasil (VARGAS, 1938).A seguir, com a estabilização <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> açúcar no merca<strong>do</strong> internacional, propicia-se ummomento para o investimento na melhoria <strong>do</strong>s canaviais e das usinas <strong>do</strong> Su<strong>de</strong>ste brasileiro, pois asusinas paulistas ainda não tinham alcança<strong>do</strong> a quota estabelecida pelo IAA; inicia-se, assim, atransferência <strong>do</strong> eixo <strong>de</strong> produção da cana-<strong>de</strong>-açúcar, até então basicamente localiza<strong>do</strong> no Nor<strong>de</strong>ste,para o eixo consumi<strong>do</strong>r, alcança<strong>do</strong> <strong>de</strong> fato na década <strong>de</strong> 1950 (VARGAS, 1938).6<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Neste ano, foi iniciada a produção <strong>de</strong> álcool anidro para ser mistura<strong>do</strong> à gasolina importadaem <strong>de</strong>stilarias centrais com muitos incentivos e projetos governamentais para criar <strong>de</strong>stilarias nosEsta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>de</strong> Minas Gerais e Pernambuco. Então, o presi<strong>de</strong>nte Getúlio Vargas<strong>de</strong>creta, pela primeira vez, a adição obrigatória <strong>de</strong> 5% e até 20% <strong>de</strong> álcool à gasolina, a fim <strong>de</strong>reduzir os efeitos da crise econômica causada pela quebra da Bolsa <strong>de</strong> Nova York. Entretanto,<strong>de</strong>pois <strong>de</strong> alguns anos, essa iniciativa não apresentara os resulta<strong>do</strong>s espera<strong>do</strong>s (SZMRECSÁNYI, 1991).1934 - Aguirre faz os primeiros cruzamentos <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar na E.E. <strong>de</strong> Miracatu, litoralsul <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, on<strong>de</strong> consegue produzir mais <strong>de</strong> mil seedlings que <strong>de</strong>ram origem às primeirasvarieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> sigla <strong>IAC</strong>, das quais se <strong>de</strong>stacaram a <strong>IAC</strong>34-373, <strong>IAC</strong>34-536 e a <strong>IAC</strong>34-553 comomuito produtivas. Também se constata a presença <strong>de</strong> nova <strong>do</strong>ença, atacan<strong>do</strong> os seedlings, sen<strong>do</strong><strong>de</strong>scrita como escaldadura, pelo fitopatologista Spencer Corrêa <strong>de</strong> Arruda, <strong>do</strong> Instituto Biológico(AGUIRRE, 1937).A renovação <strong>do</strong>s canaviais paulistas <strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>s pelo mosaico estava praticamente concluída,ten<strong>do</strong> lavouras com mais <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s javanesas resistentes ao mosaico (Anônimo/Súmula<strong>do</strong>s trabalhos da SCA, 1935 a 1948).1935 - É criada a USP, e a Esalq sai da Secretaria da Agricultura e passa a fazer parte dauniversida<strong>de</strong> paulista. Tal fato contribuiu negativamente para a Secretaria da Agricultura quanto àpesquisa iniciada com cana, <strong>de</strong>sestabilizan<strong>do</strong> por alguns anos, a Estação <strong>de</strong> Piracicaba, localizadanos terrenos da Esalq (ARRUDA, 1948).Aguirre faz a segunda série <strong>de</strong> cruzamentos e consegue produzir ainda na Estação <strong>de</strong> Miracatu15 mil seedlings (AGUIRRE, 1936).A Secretaria da Agricultura faz reformas com proposta mais ampla para a pesquisa com cana<strong>de</strong>-açúcar.Pelo Decreto 7.443, <strong>de</strong> 6/11/35, a Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba foi transferidapara o Instituto Agronômico e criada a Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (SCA), pelo Decreto n.° 7.312 <strong>de</strong> 5/7/1935); seu estabelecimento em Campinas (Decreto 7.443, <strong>de</strong> 3/11/35) na prática só ocorreu em1941. Aguirre foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para a chefia da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba e, ao mesmo tempo, <strong>de</strong>veria respon<strong>de</strong>rpela chefia da recém-criada Seção (ARRUDA, 1951).A Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar tinha como atribuições o estu<strong>do</strong> fitotécnico (espaçamento,profundida<strong>de</strong>, época <strong>de</strong> plantio e <strong>de</strong> colheita, tipo <strong>de</strong> mudas, adubação, queima da palha, irrigação,multiplicação <strong>de</strong> mudas das melhores varieda<strong>de</strong>s para fornecer aos produtores), realizar trabalhos<strong>de</strong> cooperação com as principais usinas <strong>de</strong> açúcar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, e multiplicação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>sintroduzidas ou selecionadas pelo serviço <strong>de</strong> genética <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> plantas <strong>do</strong>Instituto Agronômico (AGUIRRE, 1940).Com as mudanças acima e as responsabilida<strong>de</strong>s em curso, foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para continuar ostrabalhos <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> cana, Pedro Teixeira Men<strong>de</strong>s, da Seção <strong>de</strong> Genética, porém porpouco tempo. A continuida<strong>de</strong> <strong>do</strong>s trabalhos ocorreu em 1939, inicialmente, com o estagiário OtavioBacchi e <strong>de</strong>pois com a ajuda <strong>do</strong> assistente da SCA Antonio José Rodrigues Filho, os quais fizeram aseleção <strong>de</strong> 15 mil seedlings <strong>de</strong> cruzamentos realiza<strong>do</strong>s por Aguirre das séries <strong>de</strong> 1935 (ANÔNIMO,1935 a 1948).1936 - Foi publicada a tese: Criação <strong>de</strong> novas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>São <strong>Paulo</strong>, <strong>de</strong> autoria <strong>de</strong> J.M. Aguirre Junior (AGUIRRE Júnior, 1936).<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 20117


Os cruzamentos da série 1936 ainda foram realiza<strong>do</strong>s no litoral, sob a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> JoséManoel <strong>de</strong> Aguirre Júnior: a multiplicação foi realizada pelo serviço <strong>de</strong> genética, na Fazenda SantaElisa, em Campinas (ANÔNIMO, 1935 a 1948).Neste ano, ressalta-se o bom <strong>de</strong>sempenho da varieda<strong>de</strong> Co 290, sensível ao mosaico,introduzida em 1930, em Piracicaba, sen<strong>do</strong> muito superior, nos ensaios <strong>de</strong> competição <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s,em relação à POJ 213, até então a mais cultivada em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>. Assim, foi promovida a multiplicação<strong>de</strong> mudas-matrizes da varieda<strong>de</strong> Co 290, em Campinas e Ribeirão Preto (ANÔNIMO, 1935 a 1948).Nesta época, o serviço <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudas selecionadas era composto <strong>de</strong> uma coleção<strong>de</strong> 60 cultivares <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar para multiplicação na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, das quais as principaiseram usadas para produção <strong>de</strong> mudas selecionadas e distribuídas aos produtores. Foram amplia<strong>do</strong>sos projetos por Aguirre, chefe da SCA e da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, junto às principais usinas <strong>de</strong> São<strong>Paulo</strong> e, concomitantemente, os estu<strong>do</strong>s fitotécnicos tanto em Piracicaba como em outras regiõescanavieiras <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Todas as usinas comprovaram o potencial da Co 290 sobre as POJ, CP e <strong>de</strong>outras siglas introduzidas até aquela época, propician<strong>do</strong> larga distribuição da Co 290, para o plantiocomercial no Esta<strong>do</strong> (ANÔNIMO, 1935 a 1948).Neste ano, foi inicia<strong>do</strong> <strong>de</strong> forma mais organizada, o serviço <strong>de</strong> introduções <strong>de</strong> plantas <strong>do</strong>Instituto Agronômico, fican<strong>do</strong> centraliza<strong>do</strong> e registra<strong>do</strong> no setor <strong>de</strong> genética toda a <strong>do</strong>cumentação eo material vegetal que passava a ser acompanha<strong>do</strong> durante to<strong>do</strong> o processo pela instituição (GERMECK,1960, 1992).1937 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da Guiana Inglesa, 22/11.Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Barba<strong>do</strong>s, 2/12.Neste ano, foram contrata<strong>do</strong>s pelo Instituto Agronômico os agrônomos Homero Corrêa <strong>de</strong>Arruda e Antônio José Rodrigues Filho, para auxiliar nos trabalhos <strong>de</strong> ampliação <strong>do</strong> programa <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar no esta<strong>do</strong> (AGUIRRE, 1937).O governo brasileiro, através <strong>do</strong> IAA, intervém na agroindústria <strong>de</strong> cana com regulamentaçãodas cotas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> açúcar e incentivo à produção <strong>de</strong> álcool (VARGAS, 1938).1938 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar <strong>de</strong> Porto Rico, 28/3.Documento com as introduções <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar <strong>de</strong> Cuiabá (MT).Documento com as introduções <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar <strong>de</strong> Maryland, EUA, 10/5.Viagem <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Júnior aos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e países da AméricaCentral (AGUIRRE, 1939).1939 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar <strong>de</strong> Washington, EUA, 28/1.Documento com as introduções <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar <strong>de</strong> Pernambuco (PE), 14/2.Contratação <strong>de</strong> Otávio Bacchi que, sob a orientação <strong>de</strong> Teixeira Men<strong>de</strong>s, colaborou noprosseguimento <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> seedlings das séries 1935 e 1936 realizadas na fazendaSanta Eliza (AGUIRRE, 1939).Contribuição <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> da Co 290 em São <strong>Paulo</strong> (RODRIGUES FILHO, 1939).A <strong>de</strong>flagração da Segunda Guerra Mundial (1939 a 1945) criou dificulda<strong>de</strong>s na comercialização paraa agroindústria açucareira, por motivo <strong>do</strong> <strong>de</strong>clínio da movimentação <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong> cabotagem na costabrasileira, pois a produção nor<strong>de</strong>stina <strong>de</strong> açúcar <strong>de</strong>pendia <strong>de</strong>sse serviço para chegar ao centro <strong>de</strong> maiorconsumo. Esse obstáculo criou as condições necessárias para a expansão da produção <strong>de</strong> açúcar e, maistar<strong>de</strong>, a transferência <strong>do</strong> eixo <strong>de</strong> produção da cana-<strong>de</strong>-açúcar para o Su<strong>de</strong>ste brasileiro (SZMRECSÁNYI, 1991).8<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


1940 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Tucuman, Argentina, 5/6.José Manoel Aguirre <strong>de</strong>signou Antonio José Rodrigues Filho, auxiliar técnico da SCA, aindasediada em Piracicaba, para ajudar Pedro Teixeira Men<strong>de</strong>s, no transporte <strong>de</strong> 2.013 seedlingsseleciona<strong>do</strong>s <strong>de</strong> uma população <strong>de</strong> 15 mil, das séries <strong>de</strong> 1935 e 1936, que ainda estavam em Campinaspara a E.E. <strong>de</strong> Piracicaba (AGUIRRE, 1940).A boa qualida<strong>de</strong> agroindustrial da Co 290, mesmo consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> a sensibilida<strong>de</strong> ao mosaico,com diferenças <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> até 40 toneladas em parcelas <strong>de</strong> mudas sadias em <strong>de</strong>trimento dasinfectadas com mosaico. Qualquer <strong>de</strong>scui<strong>do</strong> po<strong>de</strong>ria incorrer na volta <strong>de</strong> problemas, como a epifetia,ocorri<strong>do</strong>s na década <strong>de</strong> 1920. Assim mesmo, o Instituto Agronômico, através <strong>do</strong>s cuida<strong>do</strong>s com roguingna produção <strong>de</strong> mudas selecionadas, livres <strong>de</strong> mosaico, conseguiu que essa varieda<strong>de</strong> chegasse aocupar cerca <strong>de</strong> 90% da área comercial cultivada no Esta<strong>do</strong> (AGUIRRE, 1940).1941 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Campos, RJ, 3/3.A Esalq solicita <strong>de</strong>volução da área <strong>de</strong> terreno on<strong>de</strong> está estabelecida a E.E. <strong>de</strong> Piracicaba(ARRUDA, 1941).Transferência da SCA <strong>de</strong> Piracicaba para Campinas (AGUIRRE, 1941).Homero Corrêa <strong>de</strong> Arruda é nomea<strong>do</strong> chefe-substituto da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba (AGUIRRE, 1941).Antonio José Rodrigues Filho, em seguida, <strong>de</strong>ixa os trabalhos <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcarem Piracicaba, que ficaram sob a supervisão <strong>do</strong> chefe da estação (ARRUDA, 1942).1942 - Ocorre reformulação na Secretaria da Agricultura com mudança interna no InstitutoAgronômico. José Vizioli foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> chefe da SCA (mas não tomou posse), José Manoel <strong>de</strong> AguirreJúnior para a chefia da Seção <strong>de</strong> Plantas Fibrosas e Sebastião <strong>de</strong> Campos Sampaio para chefesubstituto da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, <strong>de</strong>signan<strong>do</strong> Carlos Castro Neves para <strong>de</strong>senvolver estu<strong>do</strong>ssobre o melhoramento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar (SAMPAIO, 1942).Com o problema <strong>do</strong> transporte marítimo em razão da Segunda Guerra Mundial, houve exce<strong>de</strong>nte<strong>de</strong> açúcar no Nor<strong>de</strong>ste e <strong>de</strong> carência na região <strong>de</strong> maior consumo, o Centro-Sul (SZMRECSÁNYI,1991).1943 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Washington, EUA, 16/1.Carlos Castro Neves, agrônomo recém-contrata<strong>do</strong>, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para <strong>de</strong>senvolver os trabalhos<strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, solicitou a colaboração <strong>do</strong> fitopatologista, Spencer Corrêa <strong>de</strong>Arruda, <strong>do</strong> Instituto Biológico, para os testes <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças (ANÔNIMO, 1943).Neste ano, foi introduzida em grupo com outros materiais para quarentena, mais uma varieda<strong>de</strong>que marcaria época nos canaviais paulistas, a Co 419 (ANÔNIMO, 1935 a 1948).1944 - Uma coleção <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> 19 varieda<strong>de</strong>s chega à E.E. <strong>de</strong> Piracicaba,proce<strong>de</strong>nte da E.E. <strong>de</strong> Campos, RJ, <strong>de</strong> siglas CB 33-4; 33-23; 33-47; 33-68; 36-14; 36-24; 38-1; 38-24; POJ 2822; POJ 2961; Co 413; Co 421; Co 508; Co X; Co 2X; Co 331; TUC 26-45; Mz 151 e PWD38 (ARRUDA, 1960).Ciro Corte Brilho foi admiti<strong>do</strong> para a Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar e a Estação Experimental <strong>de</strong>Piracicaba mu<strong>do</strong>u <strong>do</strong>s terrenos pertencentes à Esalq para terras próprias (ANÔNIMO/Relatório Anualda E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, 1944).1945 - Ocorre a transformação <strong>de</strong> vários engenhos <strong>de</strong> cana, cria<strong>do</strong>s durante a Segunda Guerra,<strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à escassez <strong>de</strong> açúcar, em novas usinas <strong>de</strong> açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> (Relatório Anual da<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 20119


SCA, 1945) e o agrônomo Antonio Lazzarini Segalla foi admiti<strong>do</strong> para a Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar.1946 - Na SCA, Ciro Corte Brilho foi <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para trabalhar no melhoramento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcar(AGUIRRE, 1947).Homero C. <strong>de</strong> Arruda, chefe da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, por meio <strong>de</strong> carta recebida da Argentina,<strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> fevereiro, comunicou à diretoria geral <strong>do</strong> Instituto Agronômico, a constatação <strong>de</strong> nova<strong>do</strong>ença, o carvão, atacan<strong>do</strong> os canaviais <strong>de</strong> Tucuman, Salta e Jujuy. Essa notícia <strong>de</strong>spertou temornas li<strong>de</strong>ranças <strong>do</strong> setor, como no con<strong>de</strong> Francisco Matarazzo, mas o chefe da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba otranquilizou, informan<strong>do</strong> que até aquela data a <strong>do</strong>ença não havia si<strong>do</strong> observada nos canaviaispaulistas.Fre<strong>de</strong>rico M. Veiga cumprimenta, por carta, Homero C. <strong>de</strong> Arruda pela sua efetivação nachefia da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, 31/7.Cartas <strong>de</strong> Homero C. <strong>de</strong> Arruda aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ao chefe substituto da Seção <strong>de</strong> Cana e comunican<strong>do</strong>o envio <strong>de</strong> rebolos <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana solicita<strong>do</strong>s, 30/10 e 20/12.1947 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Maryland, EUA, 29/4.Constatação <strong>do</strong> carvão em canaviais paulistas na região <strong>de</strong> Assis, SP (AGUIRRE, 1947).José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Júnior foi reconduzi<strong>do</strong> à chefia da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar,dinamizan<strong>do</strong> os trabalhos com os agrônomos contrata<strong>do</strong>s: Carlos Castro Neves, Luiz Tole<strong>do</strong> <strong>de</strong> Moraise Ciro Corte Brilho, Antonio Lazzarini Segalla, Joaquim Bento Rodrigues e o estagiário Celso BarbosaFerraz. Com Corte Brilho, Aguirre reorganizou e reassumiu o programa <strong>de</strong> melhoramento, regularizan<strong>do</strong>os cruzamentos <strong>de</strong> cana em Ubatuba (AGUIRRE, 1947).Os trabalhos foram redireciona<strong>do</strong>s por Aguirre para obtenção <strong>de</strong> seedlings com boascaracterísticas agroindustriais pelo uso <strong>de</strong> bons progenitores, <strong>do</strong> banco <strong>de</strong> germoplasma e testes <strong>de</strong>resistência às <strong>do</strong>enças, com a participação <strong>do</strong> Instituto Biológico, através <strong>de</strong> inoculações artificiaisnos seedlings, <strong>de</strong> agentes patogênicos em casa <strong>de</strong> vegetação, em Campinas. Dos seedlings planta<strong>do</strong>sem campo na fazenda Santa Eliza, os seleciona<strong>do</strong>s com boas características eram direciona<strong>do</strong>s paraensaios preliminares <strong>de</strong> campo na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba; <strong>de</strong>pois, os melhores <strong>do</strong> grupo, eram planta<strong>do</strong>sem ensaios regionais nas usinas (ANÔNIMO, 1935 a 1948).Ressalta-se que os <strong>do</strong>is clones <strong>IAC</strong> 34-373 e <strong>IAC</strong> 34-536 em campos <strong>de</strong> testes <strong>de</strong> competiçãocom varieda<strong>de</strong>s conhecidas, tais como TUC 2645, CP 34-120 e Co 290, saíram-se muito bem,superan<strong>do</strong>-as em toneladas <strong>de</strong> cana por hectare (TCH) (AGUIRRE, 1947).A coleção <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> <strong>IAC</strong> atingia a 130 espécimes <strong>de</strong> siglas POJ, Co, CP, TUC,F, D, NCo, <strong>IAC</strong>, CB, PR. Na Estação Experimental <strong>de</strong> Ubatuba tinham si<strong>do</strong> planta<strong>do</strong>s 80 materiaisoriginários <strong>de</strong> S. officinarum, S. spontaneum e S. barberi, os quais permitiram realizar o programa <strong>de</strong>cruzamento e o reinício das hibridações com a produção <strong>de</strong> 15.920 seedlings, contrapon<strong>do</strong> asquantida<strong>de</strong>s ínfimas, obtidas nos anos anteriores (AGUIRRE, 1949).Pela abundância <strong>de</strong> chuvas durante o perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> cruzamentos e da precarieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> condiçõesda E.E. <strong>de</strong> Ubatuba, para aumentar a eficiência da operação, Aguirre inovava melhoran<strong>do</strong> as condições<strong>de</strong> hibridação com o transporte <strong>de</strong> alguns parentais floresci<strong>do</strong>s para realizar os cruzamentos emCampinas (AGUIRRE, 1947).1948 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Porto Rico, 28/04.Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da África <strong>do</strong> Sul, 1.°/06.Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da Colômbia, 3/07.10<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da Jamaica, 19/10.Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 2/12.Das varieda<strong>de</strong>s CP 34-120, Co 221 e Co 419, introduzidas via Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s em 1943, acultivar Co 419, por suas boas qualida<strong>de</strong>s agronômicas e industriais, foi multiplicada na E.E. <strong>de</strong>Piracicaba, sen<strong>do</strong> posteriormente cultivada em gran<strong>de</strong> escala em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> (SEGALLA, 1956).1949 - A Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba recebe para ensaios <strong>de</strong> competição, da E.E. <strong>de</strong>Campos, RJ, quinze novas varieda<strong>de</strong>s, sen<strong>do</strong> duas estrangeiras: CP 29-116 e CP 36-13 e trezebrasileiras: CB 40-7, 40-11, 40-13, 40-19, 40-33, 40-35, 40-41, 40-45, 40-69, 40-77, 46-3, 46-4, 46-5 (ARRUDA, 1960).Foi estabeleci<strong>do</strong> o primeiro convênio entre a Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba (representante<strong>do</strong> governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>), o Instituto <strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Álcool (IAA) e a Associação <strong>do</strong>s Usineiros <strong>do</strong>Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, com o objetivo <strong>de</strong> implementar <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> experimentos <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar,realiza<strong>do</strong>s normalmente, na Estação Experimental José Vizioli e em usinas privadas no Esta<strong>do</strong> (ARRUDA,1954).José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Júnior, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> na oportunida<strong>de</strong> coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, apresentou o <strong>do</strong>cumento: Organização <strong>do</strong>s Serviços <strong>de</strong> Cana da Secretariada Agricultura.1950 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 3/11.Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 20/12.1951 - Documento com as introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da Usina Miranda, SP, 4/5.A Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba recebeu <strong>de</strong> Campos, RJ, mudas da CB 38-22 (Súmula<strong>de</strong> Trabalhos <strong>de</strong> Experimentação da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, 1960).Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba: histórico, realizações e trabalhos em andamento (ANÔNIMO,1951)Histórico, organização e trabalhos da Seção <strong>de</strong> Introdução <strong>de</strong> Plantas <strong>do</strong> Instituto Agronômico/<strong>IAC</strong> (NUCCI, 1951).1952 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Porto Feliz, SP, 5/5.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da Austrália, 17/10.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Maryland, EUA, 28/10.A Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba recebeu da E.E. <strong>de</strong> Cura<strong>do</strong> Pernambuco, as PB 46-92,46-108 e 46-117. Proce<strong>de</strong>nte da E.E. <strong>de</strong> Natal (África <strong>do</strong> Sul), por intermédio <strong>do</strong> Instituto Agronômico,a NCo 352. Proce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> Campos/RJ por intermédio da Usina Rafard, as introduções CP36-105 eCB 41-35; 41-70; 41-76; 45-3; 45-5; 45-110 (ARRUDA, 1960).O diretor <strong>do</strong> Departamento da Produção Vegetal (DPV-SP) solicitou ao <strong>do</strong>utor José Manoel <strong>de</strong>Aguirre Júnior, presi<strong>de</strong>nte da Comissão <strong>de</strong> Cana, a preparação <strong>de</strong> um plano para ampliar a produção<strong>de</strong> mudas selecionadas <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, visan<strong>do</strong> aten<strong>de</strong>r a toda <strong>de</strong>manda <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> (RAMOS,1952).Comportamento <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, (AGUIRRE, 1952).1953 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Havaí, 12/12.A Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba recebe <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, por intermédio <strong>do</strong> <strong>do</strong>utorSpencer Corrêa <strong>de</strong> Arruda, <strong>do</strong> Instituto Biológico, as varieda<strong>de</strong>s: CP 29-<strong>103</strong>; 33-224; 34-79; 36-134;<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201111


36-197; 38-34; 43-64; 44-101; 44-150; 44-155; 45-184; ML 308; Co 221; NCo 310; e POJ 3016.Proce<strong>de</strong>ntes da E.E. <strong>de</strong> Campos, RJ, as CB 36-14; 36-24; 41-20; 44-72; 44-90; 44-105; 45-3; 45-16;45-19; 46-16; 46-40; 46-44; 46-52; NCo 292; NCo 293; NCo 310; NCo 334; NCo 339 e Casa Gran<strong>de</strong>Azul (peruana) (ARRUDA, 1960).A Comissão <strong>de</strong> Cana <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> envia ao diretor <strong>do</strong> DPV-SP um projeto para ampliar a produção<strong>de</strong> mudas selecionadas, 5/1.O diretor <strong>do</strong> DPV-SP comunica à DG <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, sobre a <strong>de</strong>signação <strong>do</strong> agrônomo, Antonio JoséRodrigues Filho para <strong>de</strong>senvolver o novo serviço <strong>de</strong> multiplicação <strong>de</strong> mudas selecionadas <strong>de</strong> cana<strong>de</strong>-açúcar,13/2.O diretor <strong>do</strong> Instituto Agronômico informa ao DPV-SP as providências tomadas com relação àdistribuição <strong>de</strong> mudas selecionadas, 16/11.A política <strong>do</strong> governo em busca <strong>de</strong> ampliar o merca<strong>do</strong> externo, levou à superprodução <strong>de</strong>açúcar e os protestos <strong>do</strong>s usineiros <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, em razão <strong>do</strong>s preços extremamente baixos pratica<strong>do</strong>s(SZMRECSÁNYI, 1991).1954 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 5/2.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 3/3.A E.E. <strong>de</strong> Piracicaba recebeu da E.E. <strong>de</strong> Campos, RJ, três varieda<strong>de</strong>s POJ 3016: CB 40-10 eCB 49-62 (CORRÊA, 1960).Ensaios <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar realiza<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1951 a 1954 (SEGALLA,1954).1955 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Campos, RJ, 10/9.E.E. <strong>de</strong> Piracicaba recebe da E.E. <strong>de</strong> Campos, RJ, mais 25 clones CBs e três Bs para testes:CB 37-44; 41-14; 41-76; 41-58; 41-227; 44-87; 46-16; 46-40; 46-47; 46-48; 47-8; 47-15; 47-107; 47-114;47-164; 47-296; 47-355; 47-368; 48-12; 49-15; 49-129; 49-227; 49-260; 50-41; 50-66 e B37-161;B40-98 e B40-105 (ARRUDA, 1960).1956 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da Flórida, EUA, 29/10.É firma<strong>do</strong> convênio da SAA <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> com o IAA e entida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> classerepresentantes <strong>do</strong>s usineiros e fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar paulistas, <strong>de</strong>nominada “Comissão<strong>de</strong> Controle <strong>do</strong> Carvão da Cana-<strong>de</strong>-Açúcar <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>”, criada para combater o carvão <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> como Diário Oficial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, Decreto 3.399.1957 - O IBEC Research Institute (IRI), instala<strong>do</strong> em Matão (SP), com investimentos daFundação Rockfeller, <strong>de</strong>senvolveu o Projeto Cerra<strong>do</strong> em colaboração com a Seção <strong>de</strong> Solos <strong>do</strong>Instituto Agronômico. Concluíram que os cerra<strong>do</strong>s brasileiros têm alta aci<strong>de</strong>z e eleva<strong>do</strong> nível <strong>de</strong>saturação <strong>de</strong> alumínio. Na década <strong>de</strong> 1960, o IBEC fez também a introdução nos cerra<strong>do</strong>s brasileirosda Brachiaria humidicula, <strong>de</strong>nominada na época <strong>de</strong> Kikuio amazônico, que revolucionou a pecuáriabrasileira, trabalhos pioneiros para época.Raphael Alvarez e Lazarine Segalla apresentaram o projeto em andamento: Criação <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar para o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. (Com estu<strong>do</strong> da fertilida<strong>de</strong> <strong>do</strong> pólen nosanos <strong>de</strong> 1954 a 1957) (ALVAREZ e SEGALLA, 1957).Na época, um problema que passou a ser analisa<strong>do</strong> foi o nível tecnológico no setor canavieiroem relação ao que se passava no exterior, caracterizan<strong>do</strong> os altos custos e a baixa produtivida<strong>de</strong>,12<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


mesmo com a política governamental <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s subsídios. Essa <strong>de</strong>fasagem levou à formação <strong>de</strong> umgrupo <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s com li<strong>de</strong>ranças <strong>do</strong> Instituto Agronômico, <strong>de</strong> outros Institutos e Universida<strong>de</strong>sbrasileiras para elaborar propostas relativas às mudanças necessárias (SZMRECSÁNYI, 1991).1958 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 20/2.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 11/10.A Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba recebe 15 varieda<strong>de</strong>s proce<strong>de</strong>ntes da Seção <strong>de</strong> Cana<strong>de</strong>-Açúcar:<strong>IAC</strong> 54-69, 54-74, 54-75, 54-76, 54-267, 54-279, 54-365, 54-439, 55-3, 55-4, 55-18, 55-22,55-24, 55-26 e 55-29 (ARRUDA, 1960).Antonio Lazarine Segalla apresentou a Súmula <strong>do</strong>s Trabalhos <strong>de</strong> Melhoramento e Adubaçãoda Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (SEGALLA, 1955 a 1958).1959 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Campos, RJ, 2/3.A E.E. <strong>de</strong> Piracicaba recebe da E.E. <strong>de</strong> Cura<strong>do</strong>, PE, os clones para teste: IANE 53-12; 53-28;54-1; 55-25; 55-34; 55-38; 55-45; 55-76 e 55-78 (CORRÊA, 1960).Varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar. Ensaios realiza<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1957 a 1959 (SEGALLA, 1963).1960 - Com a Revolução Cubana, seguida pelo rompimento das relações entre Cuba e Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s e a exclusão das exportações preferenciais <strong>de</strong> açúcar daquele país para o merca<strong>do</strong>estaduni<strong>de</strong>nse, foram alteradas a comercialização mundial <strong>de</strong> açúcar e a política <strong>do</strong> governo brasileiroem relação à agroindústria canavieira. O Brasil naquela ocasião teve acesso pela primeira vez aesse merca<strong>do</strong> preferencial <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, levan<strong>do</strong> o IAA a conferir priorida<strong>de</strong> ao abastecimento<strong>do</strong>s merca<strong>do</strong>s externos (SZMRECSÁNYI, 1991).1961 - Diante <strong>do</strong> clima <strong>de</strong> euforia <strong>de</strong>sperta<strong>do</strong> pelas perspectivas <strong>do</strong> crescimento <strong>do</strong> merca<strong>do</strong>mundial <strong>do</strong> açúcar, iniciaram-se muitas discussões entre setores governamentais e priva<strong>do</strong>s. Asli<strong>de</strong>ranças empresariais da agroindústria canavieira elaboraram um <strong>do</strong>cumento en<strong>de</strong>reça<strong>do</strong> ao IAA,no qual se projetava uma gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> açúcar nos próximos anos. Solicitavam autorizaçãopara expandirem em mais <strong>de</strong> 50% a capacida<strong>de</strong> produtiva e os financiamentos necessários para oempreendimento, sen<strong>do</strong> na oportunida<strong>de</strong>, totalmente atendi<strong>do</strong>s pelas autorida<strong>de</strong>s governamentais.Este movimento levou à construção <strong>de</strong> <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> novas usinas <strong>de</strong> açúcar no país, que foramincorporadas ao programa governamental <strong>de</strong> longo prazo, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong> Plano <strong>de</strong> Expansão da IndústriaAçucareira (SZMRECSÁNYI, 1991).1962 e 1963 - Documento com introduções na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba <strong>de</strong> clones <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcar<strong>de</strong> Campos (RJ), 31/5 (ARRUDA, 1962).É registrada a maior seca <strong>do</strong> século XX, sem chuvas <strong>de</strong> março a <strong>de</strong>zembro, atingin<strong>do</strong> aagricultura e a pecuária, notadamente nos Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, <strong>do</strong> Paraná, Mato Grosso <strong>do</strong> Sul,parte <strong>de</strong> Minas Gerais e Rio <strong>de</strong> Janeiro (Documento Anônimo da Seção <strong>de</strong> Climatologia/<strong>IAC</strong>).1964 - Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para <strong>Paulo</strong> Basto Neves, Brasília (DF), 6/3.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> várias varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> para Flávio Azeve<strong>do</strong> Mello, Monte Santo (MG), 28/4.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> cinco varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> para Antonio Viégas, Belo Horizonte (MG), 11/9.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> quatro varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> para José Campos Neto, Caratinga (MG), 30/9.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> quinze varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong>, Co e CB para o presi<strong>de</strong>nte da Associação Comerciale Industrial <strong>de</strong> Erechim (RS), 7/10.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201113


Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> oito varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> e CB para Joaquim Ferreira, Uberlândia (MG), 9/10.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 36-25, para José H. Leme Nogueira, Formosa (GO), 26/10.Nova crise <strong>de</strong> superprodução <strong>de</strong> açúcar provoca forte queda <strong>de</strong> preços no merca<strong>do</strong> mundial ecoinci<strong>de</strong> com a recessão instaurada no merca<strong>do</strong> interno, em <strong>de</strong>corrência <strong>do</strong> início <strong>do</strong> regime <strong>de</strong>ditadura militar. To<strong>do</strong>s os projetos anteriores em <strong>de</strong>senvolvimento foram abruptamente interrompi<strong>do</strong>sem virtu<strong>de</strong> da crise (SZMRECSÁNYI, 1991).1965 - Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Leonar<strong>do</strong> Carlos <strong>de</strong> Oliveira, Brazilândia(DF), 18/3.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para o Instituto <strong>de</strong> Investigação Agronômica, NovaLisboa, Angola, 29/9.1966 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 11/3.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para o diretor <strong>do</strong> Patronato Agrícola, Gustavo Dutra,distrito <strong>de</strong> Cuiabá (MT), via Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ), 8/3.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Campos (RJ), 16/5.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para F. A. Lalli, Lins (SP), 20/10.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> nove varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong>, CB e Co 419 para José Carlos Fernan<strong>de</strong>s, Neópolis(SE), 24/10.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Hugo A. Kühner, Penápolis (SP), 27/10.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Antônio Reis, Luziânia (GO), 30/10.1967 - Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Hermano <strong>de</strong> Araújo Salga<strong>do</strong>, Andrelândia(MG), 9/1.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 36-25 e Co 413 para José Vieira Gomes <strong>de</strong> Souza, Brasília(DF), 17/4.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 36-25 e Co 413 para Flávio <strong>de</strong> Oliveira Moraes, Itapecerica(MG), 21/7.Aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à solicitação da FAO, envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> clones e varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 40-65, 51-201,51-204, 51-205, 51-271, 51-150, 52-172,52-179, 52-326, 52-474, 52-488 e <strong>IAC</strong> 55-26, para Departmentof Agriculture, Giza, Orman, Egito, 21/7.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 e Co 413 para Sebastião Nogueira Braga, São Lourenço (MG),13/10.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 49-131 e Co 413 para José Leme Nogueira, Formosa (GO), 15/10.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 e Co 413 para Benedito <strong>de</strong> Araújo Melo, Luziânia (GO), 17/10.1968 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 2/12.Cria-se a Cooperativa <strong>de</strong> Produtores <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-açúcar, Açúcar e Álcool <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São<strong>Paulo</strong> – Copersucar e o Programa <strong>de</strong> Melhoramento <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, priva<strong>do</strong>, financia<strong>do</strong> pelaagroindústria canavieira. Colaborou intensivamente nesta iniciativa o Dr. Carlos Krug, ex-diretor-geral<strong>do</strong> Instituto Agronômico, nessa época, aposenta<strong>do</strong> e adjunto da FAO. Ele acompanhou o melhorista<strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, professor Albert J. Mangels<strong>do</strong>rf, que em suas estadas no Brasil estabeleceuconvênios com instituições <strong>de</strong> pesquisa <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, como Instituto Agronômico, InstitutoBiológico e Escola Superior <strong>de</strong> Agricultura “Luiz <strong>de</strong> Queiroz”; participou também na <strong>de</strong>finição <strong>do</strong>coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> melhoramento genético, Hermin<strong>do</strong> Antunes Filho, ex-pesquisa<strong>do</strong>r da14<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Seção <strong>de</strong> Genética <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>. Essas ações agilizaram o início imediato <strong>do</strong> programa <strong>de</strong> melhoramentogenético (ANTUNES FILHO, 1969).Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 e Co 413 para Georges Delanos, Vitória (ES), 15/1.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Inocêncio Pires, São Sepé (RS), 20/1.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Maurício M. Moraes, Santa Rita <strong>do</strong> Sapucaí(MG), 23/2.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Fri<strong>do</strong>lino Stapenhorst, Gaucho (PR), 28/2.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> cana para o exterior aten<strong>de</strong>n<strong>do</strong> à solicitação <strong>de</strong> G.A.W.Wagnaar, da FAO epedi<strong>do</strong> o ressarcimento das <strong>de</strong>spesas efetuadas, 19/6.Solicitação à DSV-SP para introduzir clones <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> Beltsville, EUA, 22/7.Informação à Copersucar sobre a importação <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> cana <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 27/08.Informação à Copersucar sobre a solicitação <strong>de</strong> 28/10/68, o novo pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> importação <strong>de</strong>cana <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 1.°/11.Envio <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>IAC</strong> e resposta à Sugarcane Field Station, Canal Point, EUA,sobre a solicitação, 4/11.1969 - Informação à Inspetoria Regional <strong>de</strong> Defesa Sanitária Vegetal (DSV-SP) sobre varieda<strong>de</strong>sintroduzidas e que estão em quarentena, 24/1.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 36-25 e Co 413 para Vicente <strong>de</strong> Paula Men<strong>de</strong>s Peloso daUniversida<strong>de</strong> Rural <strong>do</strong> Brasil (RJ), 17/4.Envio <strong>de</strong> toletes da varieda<strong>de</strong> <strong>IAC</strong> 36-25 para Rubem Pereira da Silva, Miracema (RJ), 8/5.Informação sobre gastos e ressarcimento das <strong>de</strong>spesas aéreas para aten<strong>de</strong>r a FAO, <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>IAC</strong> enviadas para o Egito, 30/5.1970 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Beltsville, EUA, 2/10.Um convênio é estabeleci<strong>do</strong> entre a Copersucar e o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, por meio da Secretariada Agricultura e Abastecimento, para que o Instituto Agronômico/<strong>IAC</strong> realize a introdução <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> diversas procedências visan<strong>do</strong> aos trabalhos <strong>de</strong> melhoramento e oacompanhamento da quarentena nas instalações da E.E. <strong>de</strong> Monte Alegre <strong>do</strong> Sul. Convênioestabeleci<strong>do</strong> em 1970, mas oficializa<strong>do</strong> em 27 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 1972.Informação à Copersucar sobre a liberação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s introduzidas <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>sem quarentena, 9/01.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> nove varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>IAC</strong>, para Mr. Kasen Sooksathan, KasetsartUniversity, Bangcok, Tailândia, 12/3.Envio <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>IAC</strong> 48-65 e <strong>IAC</strong> 50-134, para Mr. Kasen Sooksathan,Kasetsart University, Bangcok, Tailândia, 4/6.Solicitação <strong>de</strong> autorização para introdução <strong>de</strong> 21 clones <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar à DSV-SP, <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 10/8.Solicitação à Inspetoria Fe<strong>de</strong>ral para liberação <strong>de</strong> um volume proce<strong>de</strong>nte <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s,conten<strong>do</strong> toletes <strong>de</strong> cana, 1.°/10.Agra<strong>de</strong>cimento ao <strong>do</strong>utor R.E. Coleman, <strong>do</strong> U.S. Department of Agriculture, pelo atendimentoao pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> clones <strong>de</strong> cana da Copersucar, 7/10.Informação à Copersucar sobre o manejo <strong>de</strong> 28 clones em quarentena introduzi<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>sUni<strong>do</strong>s, 7/10.Informação à Companhia Vale <strong>do</strong> Rio Doce sobre o atendimento da solicitação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cana e <strong>de</strong> procedimentos técnicos a que elas <strong>de</strong>vem ser submetidas, 11/12.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201115


No início <strong>de</strong>sta década, foi introduzida a varieda<strong>de</strong> NA 56-79, oriunda da Argentina, originária<strong>de</strong> Salta; tal introdução foi realizada <strong>de</strong> forma extraoficial, (irregular e data não <strong>de</strong>finida). Inicialmente,foi cultivada no Paraná; no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, somente foi liberada para o cultivo comercial nasusinas, <strong>de</strong>pois que as mudas produzidas no Paraná pelo <strong>do</strong>utor Homero Corrêa <strong>de</strong> Arruda foramsubmetidas aos testes oficiais da Comissão <strong>do</strong> Carvão (FIGUEIREDO, 1983; SEGALLA, 1970).Apresenta<strong>do</strong> no Congresso da SBPC, em Salva<strong>do</strong>r (BA): Varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar noEsta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> (SEGALLA, 1970) e Aspectos da adubação da cana-<strong>de</strong>-açúcar em São <strong>Paulo</strong>(ESPIRONELO, 1970).1971 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 8/10.Para apoiar a expansão da agroindústria canavieira o governo fe<strong>de</strong>ral cria, através <strong>do</strong> IAA,<strong>do</strong>is gran<strong>de</strong>s programas: Programa Nacional <strong>de</strong> Melhoramento <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, o Planalsucar, eo Programa <strong>de</strong> Apoio à Indústria Açucareira (PLANALSUCAR, 1972).Reclamação da SCA à diretoria <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, pelos problemas enfrenta<strong>do</strong>s para realizar análisesquímicas <strong>de</strong> clones em experimentação, 1.°/4.Solicitação da SCA à diretoria <strong>do</strong> <strong>IAC</strong> <strong>de</strong> compra <strong>de</strong> equipamentos para montar o laboratório<strong>de</strong> análise, 14/6.Informação ao Instituto Biológico sobre 28 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana introduzidas e em quarentena, 9/8.Informação àDefesa Sanitária Vegetal (DSV-SP) sobre as introduções <strong>de</strong> 21 clones em toletes<strong>de</strong> cana <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s e que estavam em quarentena, 18/8.Informação à Copersucar sobre a liberação <strong>de</strong> material <strong>de</strong> cana em quarentena oriun<strong>do</strong> <strong>do</strong>sEsta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 13/9.Informação à Copersucar sobre a permissão <strong>de</strong> importação <strong>de</strong> 288 toletes <strong>de</strong> clones <strong>de</strong> canavin<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 13/9.Informação à DSV-SP sobre a chegada em Viracopos <strong>de</strong> volume com 24 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana,<strong>de</strong> Canal Point, EUA, 13/10.1972 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Porto Rico, 27/10;Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> México, 21/12.Envio <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 52-326 e NA 56-62, para Edward Bezerril Fontenele, Viçosa, CE, 24/3.Envio da <strong>IAC</strong> 50-134 para Usina Barão <strong>de</strong> Suassuna, Escada, PE, 24/3.Documento com informações técnicas e sobre a evolução da cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>São <strong>Paulo</strong>, envia<strong>do</strong> por Segalla à diretoria <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, 11/4.Envia<strong>do</strong> ao Instituto Biológico toletes <strong>de</strong> clones <strong>de</strong> cana em experimentação no <strong>IAC</strong> para fazertestes quanto à suscetibilida<strong>de</strong> ao carvão, 29/6.Envia<strong>do</strong> um termo <strong>de</strong> apreensão e incineração <strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar introduzi<strong>do</strong>sirregularmente da Argentina pela Usina <strong>de</strong> Barra Bonita, 1.°/8.Informação à DSV-SP sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se importar 27 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar<strong>do</strong> México, 68 <strong>de</strong> Barba<strong>do</strong>s, 19 da Argentina e 30 <strong>de</strong> Porto Rico, 9/8.Informação à DSV-SP sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se importar 136 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> CanalPoint, EUA, 4/9.Informação ao diretor <strong>do</strong> DEMA sobre introduções e pedin<strong>do</strong> a isenção <strong>de</strong> impostos, conformeDecreto 63.683/68, 18 e 19/09.Envio <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>IAC</strong> para Moçambique, 4/10.Informação à Copersucar quanto ao número da introdução está em quarentena e envia<strong>do</strong>s16<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


<strong>do</strong>cumentos relativos à importação, 8/11, 22/11.1973 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Barba<strong>do</strong>s, 2/2.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Tucuman, Argentina, 9/3.Informação sobre a chegada <strong>de</strong> introduções <strong>do</strong> México, mas sem o Certifica<strong>do</strong> Fitossanitárioque <strong>de</strong>veria acompanhar o material, 3/1.Envio <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong>48-65, <strong>IAC</strong> 51-205 e CB 41-76 para o Instituto <strong>de</strong> InvestigaçãoAgronômica, Malavane, Moçambique, 16/1.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar sobre varieda<strong>de</strong>s importadas <strong>do</strong> México com<strong>do</strong>cumentos relativos à introdução anexa<strong>do</strong>s, 31/1.Envio <strong>de</strong> correspondência à DSV-SP <strong>do</strong> Ministério da Agricultura comunican<strong>do</strong> sobre 36introduções <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> Barba<strong>do</strong>s, 7/2.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar informan<strong>do</strong> sobre a introdução <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> Barba<strong>do</strong>s, 21/3.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre a liberação <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong>cana, 20/4.Envio <strong>de</strong> correspondência à DSV-SP <strong>do</strong> Ministério da Agricultura, solicitan<strong>do</strong> autorização paraimportação <strong>de</strong> 49 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 29/5.Parecer da SCA sobre os produtores <strong>de</strong> aguar<strong>de</strong>nte e a Autuação Fiscal da Diretoria Tributária, 6/6.Envio <strong>de</strong> clones ao Instituto Biológico a serem testa<strong>do</strong>s com relação à resistência ao carvão, 2/10.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico comunican<strong>do</strong> sobre o recebimento <strong>de</strong>introdução <strong>de</strong> cana, 12/10.Carta ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre nova importação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 30/10.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar com <strong>do</strong>cumentos relativos à introdução <strong>de</strong> cana, 4/12.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico informan<strong>do</strong> a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> importação <strong>de</strong>65 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí, 13/12.1974 - Documento com introdução <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí, 12/3.Carta ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre nova importação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 30/1.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar informan<strong>do</strong> os procedimentos a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s na importação<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, conforme Portaria n.° 15, <strong>de</strong> 31/12/73, 6/2.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar e à SCA informan<strong>do</strong> sobre a liberação <strong>de</strong> 36 varieda<strong>de</strong>sintroduzidas <strong>de</strong> Barba<strong>do</strong>s, 12 e 19/2.Carta ao diretor <strong>do</strong> DEMA solicitan<strong>do</strong> a regularização para a liberação com isenção <strong>de</strong> taxas, 14/3.Carta ao Instituto Biológico sobre a introdução <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí e o plantio no quarentenário, 20/3.Carta ao Planalsucar e à Copersucar sobre o plantio <strong>de</strong> cana introduzida <strong>do</strong> Havaí noquarentenário, 20/3.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre a liberação <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong>cana, 20/4.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar informan<strong>do</strong> sobre a chegada <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s importadase o envio <strong>do</strong>s <strong>do</strong>cumentos relativos à introdução, 3/6.Envio <strong>de</strong> seis lotes <strong>de</strong> clones <strong>de</strong> cana <strong>IAC</strong> ao Instituto Biológico para serem testa<strong>do</strong>s comrelação à resistência ao carvão, 20/8; 28/8; 3/9, 17/09, 25/9 e 1.°/10.Envio <strong>de</strong> correspondência da SCA ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre o interesse em receberas 52 varieda<strong>de</strong>s, 20/9.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico informan<strong>do</strong> sobre novo pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> importação<strong>de</strong> 60 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí, 29/10.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201117


Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre nova importação <strong>de</strong> 60 clones evarieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí, e no fim <strong>do</strong> processo <strong>de</strong> quarentena, parte <strong>de</strong>sse material estariadisponível, 30/10.1975 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Havaí, 19/2.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 10/10.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Havaí, 23/10.O preço <strong>do</strong> açúcar nas bolsas internacionais tinha atingi<strong>do</strong> o nível máximo <strong>de</strong> alta no fim <strong>de</strong>1974, mas seis meses mais tar<strong>de</strong>, <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> ao crescimento contínuo das exportações com a liberação<strong>do</strong>s estoques e o excesso <strong>de</strong> oferta, o preço alto não pô<strong>de</strong> ser sustenta<strong>do</strong>, vin<strong>do</strong> o <strong>de</strong>clíniorepentinamente, intensifican<strong>do</strong>-se no início <strong>de</strong> 1975. Esta crise não foi tão marcante para o setorcomo algumas ocorridas em perío<strong>do</strong>s anteriores, amortizada na época em razão, <strong>do</strong>s altos preços <strong>do</strong>petróleo, o que contribuiu para o lançamento <strong>do</strong> Proálcool (SZMRECSÁNYI, 1991).Correspondência à Copersucar acusan<strong>do</strong> recebimento <strong>de</strong> <strong>do</strong>cumento relativo à prorrogação<strong>do</strong> Convênio <strong>de</strong> Controle <strong>do</strong> Carvão da Cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong>, 7/2.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar e Copersucar informan<strong>do</strong> sobre a introdução <strong>do</strong>Havaí, que chegou ao <strong>IAC</strong> para quarentena, 26/2.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar comunican<strong>do</strong> o fim da quarentena e a liberação, 20/3.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar informan<strong>do</strong> sobre a autorização da finalização daquarentena MA 397/75 pelo Instituto Biológico, 9/4.Envio <strong>de</strong> correspondência ao GEPV-DEMA, SP, solicitan<strong>do</strong> isenção <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong> importações<strong>de</strong> materiais <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, 10/4.Envio <strong>de</strong> correspondência à Divisão <strong>de</strong> Defesa, MA, solicitan<strong>do</strong> autorização para importarvarieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 10/4.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre a liberação das varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cana, 11/4.Subsídios à implantação da indústria produtora <strong>de</strong> álcool carburante (SAA, 1975).Envio <strong>de</strong> relatório à Copersucar sobre as 321 introduções <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana e realizações<strong>de</strong> quarentenas, 9/6.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico informan<strong>do</strong> sobre a importação <strong>de</strong> 60 varieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí, 17/6.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico informan<strong>do</strong> sobre a importação <strong>de</strong> 28 clonese varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 17/6.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico informan<strong>do</strong> sobre a importação <strong>de</strong> 43 varieda<strong>de</strong>s<strong>de</strong> cana, <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 7/7.A intensa geada <strong>de</strong> 18 <strong>de</strong> julho, menor somente que a ocorrida em 1918, com temperatura <strong>de</strong>0,6 ºC no abrigo meteorológico <strong>de</strong> Campinas, to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná e com gran<strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> oSu<strong>do</strong>este <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Como consequência, houve muitos prejuízos para a agricultura em geral,incluin<strong>do</strong> todas as lavouras <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, <strong>de</strong> café e outras (ANÔNIMO, Climatologia/<strong>IAC</strong>).Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico, à SCA/<strong>IAC</strong>, ao Planalsucar e à Copersucarconten<strong>do</strong> a lista e informan<strong>do</strong> sobre a introdução <strong>de</strong> 14 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí, 13/8, 14/8, 23/8, 15/9.Envio <strong>de</strong> correspondência à GEPV-DEMA, São <strong>Paulo</strong>, informan<strong>do</strong> sobre canas introduzidas<strong>do</strong>s EUA e solicitan<strong>do</strong> a isenção <strong>de</strong> cobrança <strong>de</strong> taxas, 19/10.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico informan<strong>do</strong> sobre introdução <strong>de</strong> canas <strong>do</strong>18<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Havaí, plantadas no quarentenário, 27/10.14/11.O presi<strong>de</strong>nte Geisel lança o projeto: A Criação <strong>do</strong> Programa Nacional <strong>do</strong> Álcool (PROÁLCOOL),1976 - Documento referente às introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Louisiana, EUA, 4/9.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar, informan<strong>do</strong> sobre a liberação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cana <strong>de</strong> diversas procedências, 4/3.Envio <strong>de</strong> correspondência ao SRL-USA, solicitan<strong>do</strong> uma lista <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana resistentesà broca, 1.°/4.Envio <strong>de</strong> correspondência ao GEPV-DEMA, São <strong>Paulo</strong>, informan<strong>do</strong> sobre 18 novas importações<strong>de</strong> cana <strong>do</strong>s EUA, 23/6.Envio <strong>de</strong> correspondência ao GEPV-DEMA, São <strong>Paulo</strong>, solicitan<strong>do</strong> a isenção <strong>de</strong> taxas <strong>de</strong>importação, 28/6.Envio <strong>de</strong> correspondência ao <strong>do</strong>utor James Irvine, Sugarcane Research Laboratory, Houma,EUA, informan<strong>do</strong> sobre o recebimento <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s, 7/7.Envio <strong>de</strong> correspondência ao GEPV-DEMA, São <strong>Paulo</strong>, informan<strong>do</strong> sobre material que estáem quarentena, 8/9.Envio <strong>de</strong> correspondência à SCA/<strong>IAC</strong>, informan<strong>do</strong> sobre a data da liberação e a lista <strong>do</strong> material<strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, 13/9.Envio <strong>de</strong> correspondência à diretoria <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, solicitan<strong>do</strong> providências e recursos necessáriospara plantar 300 mil seedlings, provenientes <strong>do</strong>s cruzamentos realiza<strong>do</strong>s pela primeira vez no banco<strong>de</strong> germopláma da Copersucar, em Camamu (BA), 8/10.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar, informan<strong>do</strong> sobre a data <strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> cana <strong>do</strong>quarentenário, 13/10.Carta ao Planalsucar informan<strong>do</strong> sobre nova importação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 30/10.Com o lançamento <strong>do</strong> Proálcool, inicia-se a fase <strong>de</strong> condições muito favoráveis ao crescimentoda agroindústria canavieira, com financiamentos públicos para fins agrícolas e industriais.1977 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Havaí, 26/1.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Canal Point, EUA, 4/3.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar, das varieda<strong>de</strong>s introduzidas <strong>do</strong> Havaí, 3/2.Envio <strong>de</strong> correspondência à SCA/<strong>IAC</strong> e ao Planalsucar das varieda<strong>de</strong>s introduzidas <strong>do</strong>s EUA,10/3, 16/3.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar <strong>do</strong>s pedi<strong>do</strong>s <strong>de</strong> introduções <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s realiza<strong>do</strong>spelo Planalsucar, 3/05.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar, informan<strong>do</strong> sobre introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarrealizada pela Seção <strong>de</strong> Entomologia <strong>do</strong> <strong>IAC</strong> para estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> resistência à broca, 29/11.1978 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> açúcar <strong>do</strong> Havaí, 26/7.Histórico e realizações da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba em seus 50 anos (ARRUDA, 1978).Envio <strong>de</strong> correspondência à diretoria <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, solicitan<strong>do</strong> autorização para fornecer gratuitamenteao Planalsucar e à Copersucar, toletes em quarentena <strong>de</strong> 41 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 11/1.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar, comunican<strong>do</strong> a data <strong>de</strong> retirada e a liberação <strong>de</strong>introdução <strong>de</strong> cana, 13/1.Envio <strong>de</strong> correspondência ao GEPV-DEMA, São <strong>Paulo</strong>, solicitan<strong>do</strong> isenção <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong><strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201119


importação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 26/1.Envio <strong>de</strong> correspondência à diretoria <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, solicitan<strong>do</strong> autorização para fornecer gratuitamenteao Planalsucar e à Copersucar, toletes em quarentena <strong>de</strong> 12 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 31/1.Envio <strong>de</strong> correspondência à Copersucar, comunican<strong>do</strong> a liberação <strong>do</strong> material proce<strong>de</strong>nte<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s no quarentenário <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, 2/2.Envio <strong>de</strong> correspondência ao diretor <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, em atenção à solicitação, com as atribuições daSeção <strong>de</strong> Introdução <strong>de</strong> Plantas, 3/3.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico, informan<strong>do</strong> sobre pedi<strong>do</strong> <strong>de</strong> importação <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 30/6.Correspondência da diretoria da Copersucar ao Instituto Agronômico, informan<strong>do</strong> sobre ainstituição no Brasil <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong> pagamento da cana-<strong>de</strong>-açúcar pelo teor <strong>de</strong> sacarose, 8/7.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico, com xerox da carta <strong>de</strong> 14/7/78, informan<strong>do</strong>sobre as duas constatações <strong>de</strong> carvão na Flórida, EUA, e solicitan<strong>do</strong> informações sobre resistênciadas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> siglas CP, CL e L., 27/7.Envio <strong>de</strong> correspondência à SCA/<strong>IAC</strong>, à Copersucar e ao Planalsucar conten<strong>do</strong> listagem dasvarieda<strong>de</strong>s introduzidas <strong>do</strong> Havaí, em quarentena, 14/8, 15/8, 23/8.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Ministério da Agricultura, solicitan<strong>do</strong> autorização para importação<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 19/9.Envio <strong>de</strong> correspondência ao diretor <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, solicitan<strong>do</strong> autorização para fornecer gratuitamenteà Copersucar e ao Planalsucar, toletes <strong>de</strong> 42 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana introduzidas e em quarentena, 1.°/11.Varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar em 50 anos da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba (SEGALLA, 1978).1979 - Segunda alta súbita <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> petróleo no merca<strong>do</strong> internacional - as autorida<strong>de</strong>sbrasileiras lançam a segunda fase <strong>do</strong> Proálcool, mais ambiciosa, além da produção <strong>do</strong> álcool anidroutiliza<strong>do</strong> como aditivo da gasolina, foi dada ênfase à produção <strong>do</strong> álcool hidrata<strong>do</strong>, que seria usa<strong>do</strong>como combustível exclusivo em substituição à gasolina (WAACK, 1997).Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico, informan<strong>do</strong> sobre a importação <strong>de</strong> clones <strong>de</strong>cana, 30/6.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Ministério da Agricultura, solicitan<strong>do</strong> autorização para importação<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana, 19/09.Envio <strong>de</strong> correspondência ao diretor <strong>do</strong> Instituto Agronômico, solicitan<strong>do</strong> autorização parafornecer gratuitamente à Copersucar e ao Planalsucar toletes <strong>de</strong> 42 varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar,em final <strong>de</strong> quarentena no <strong>IAC</strong>, 1.°/11.Envio <strong>de</strong> correspondência à SCA/<strong>IAC</strong>, informan<strong>do</strong> a data <strong>de</strong> liberação, proce<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> Havaí,5/11.Envio <strong>de</strong> correspondência à SCA/<strong>IAC</strong>, informan<strong>do</strong> sobre a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> incinerar a varieda<strong>de</strong>H69-9<strong>103</strong>, pertencente à introdução I-52357, proce<strong>de</strong>nte <strong>do</strong> Havaí, 12/11.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Planalsucar, informan<strong>do</strong> sobre a data <strong>de</strong> liberação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>sproce<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong> Havaí, 21/11.Envio <strong>de</strong> correspondência ao Instituto Biológico, informan<strong>do</strong> sobre importação <strong>de</strong> novasvarieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>do</strong> Havaí, 26/12.1980 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Havaí, 28/3.1981 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Havaí, 18/2.20<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Envio <strong>de</strong> correspondência ao SERDV/DFA, São <strong>Paulo</strong>, solicitan<strong>do</strong> autorização para importação<strong>de</strong> clones <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 1.°/4.Envio <strong>de</strong> correspondência ao SCTPPDE, São <strong>Paulo</strong>, solicitan<strong>do</strong> autorização para importação<strong>de</strong> toletes <strong>de</strong> clones <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 8/5.Envio <strong>de</strong> correspondência ao SERDV/DFA, São <strong>Paulo</strong>, solicitan<strong>do</strong> autorização para importação<strong>de</strong> 48 clones <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, 3/11.1982 - Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Panamá, 19/3.Documento com introduções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> Beltsville, EUA, 16/11.Envio <strong>de</strong> correspondência ao SERDV/DFA, São <strong>Paulo</strong>, cancelan<strong>do</strong> processo 25/4445/82referente à importação, 22/6.Envio <strong>de</strong> correspondência ao professor Russell, University of New Castle, Inglaterra, informan<strong>do</strong>sobre a resistência a nematói<strong>de</strong>s <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar, 8/10.Envio <strong>de</strong> correspondência ao diretor <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, informan<strong>do</strong> a chegada <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcar<strong>de</strong> Beltsville, EUA, 17/11.Contribuição <strong>do</strong> Instituto Agronômico (<strong>IAC</strong>) para cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar e implicações noProálcool (ESPIRONELO, 1982).1983 - O Brasil já era autossuficiente na produção <strong>de</strong> etanol anídrico para misturar à gasolinae se tornava cada vez mais autossuficiente em etanol hidrata<strong>do</strong>, exclusivo para veículos adapta<strong>do</strong>s. Aaceitação da população brasileira às inovações foi rápida, superan<strong>do</strong> as expectativas e os carros aálcool constituíram 90% da produção das monta<strong>do</strong>ras. A política <strong>de</strong>finida pelo governo remuneravaa<strong>de</strong>quadamente a produção <strong>de</strong> álcool e mantinha uma relação diferenciada entre os preços <strong>do</strong> etanole da gasolina, contribuin<strong>do</strong> para reduzir as importações <strong>de</strong> petróleo para menos <strong>de</strong> 40% <strong>de</strong> seusníveis <strong>de</strong> consumo (COPERSUCAR, 1989).Envio <strong>de</strong> correspondência ao diretor <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, informan<strong>do</strong> sobre liberação <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Havaí, 10/2.Envio <strong>de</strong> correspondência ao SERDV/DFA, São <strong>Paulo</strong>, solicitan<strong>do</strong> reavaliação da autorização<strong>de</strong> importação n.° 527/82, <strong>de</strong> 26 <strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1982, por mais 90 dias 22/3.Envio <strong>de</strong> correspondência ao <strong>do</strong>utor Kershaw, da Universida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Newcastle, Inglaterra,informan<strong>do</strong>-o sobre os procedimentos para receber varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong>, 22/3.Envio <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>IAC</strong> 48-65, <strong>IAC</strong> 58-480, <strong>IAC</strong> 64-257 e NA 56-79 da coleção <strong>do</strong><strong>IAC</strong>, com informações complementares ao P. Baudin, Defése dés Cultures, Montpllier, França, 6/5.1984 - Encerra<strong>do</strong> o convênio <strong>de</strong> introdução e quarentena <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar em Monte Alegre<strong>do</strong> Sul, e correspondência ao diretor <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, liberan<strong>do</strong> as estruturas <strong>do</strong> quarentenário para usoimediato da Estação Experimental, 17/8.1985 - Envio <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana <strong>IAC</strong> (sem especificação) a E. B. Fontenelle, <strong>de</strong> Viçosa,CE, 30/4.O lançamento <strong>do</strong> Proálcool aumentou a produção <strong>de</strong> etanol nos primeiros <strong>de</strong>z anos, a umataxa média <strong>de</strong> 35% ao ano, sem que o setor <strong>de</strong>ixasse <strong>de</strong> produzir volumosa quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> açúcar(WAARCK, 1997).<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201121


1986 - Constatação pela Copersucar da ferrugem, Puccinia melanocephala, nova <strong>do</strong>ençada cana, sobre os canaviais brasileiros (O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> S. <strong>Paulo</strong>, 24/12/1986).Neste ano, Raphael Alvarez, pesquisa<strong>do</strong>r da SCA/<strong>IAC</strong>, aproximava-se da aposenta<strong>do</strong>riacompulsória e, mesmo assim, <strong>de</strong>u início ao projeto <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> regional <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcar,abrangen<strong>do</strong> as Estações Experimentais <strong>de</strong> Piracicaba, Ribeirão Preto, Jaú, Mococa, Pin<strong>do</strong>ramae Assis para a produção <strong>de</strong> seedlings (ALVAREZ, 1986).1987 - A queda gradual <strong>do</strong> preço internacional <strong>do</strong> petróleo teve como consequência a sobra<strong>de</strong> gasolina nas refinarias brasileiras. A ausência <strong>de</strong> política pública que <strong>de</strong>finisse os limites impediu osucesso <strong>do</strong> Proálcool. As discussões <strong>do</strong> setor sucroalcooleiro com a Petrobrás e o governo nãoprogrediam e, paulatinamente, foi-se agravan<strong>do</strong> o <strong>de</strong>sentendimento entre as partes até culminar naescassez <strong>de</strong> álcool no país, <strong>de</strong>ixan<strong>do</strong> claro para a opinião pública que o Proálcool ainda não tinhaadquiri<strong>do</strong> sustentação própria (SZMRECSÁNYI, 1991).1988 - Com o problema <strong>de</strong> regularização <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> etanol nos postos <strong>de</strong>combustíveis, a população per<strong>de</strong>u a confiança no setor sucroalcooleiro e produção <strong>de</strong> carros aálcool pelas monta<strong>do</strong>ras caiu repentinamente; a <strong>de</strong>fasagem nos custos <strong>do</strong>s combustíveis fósseisficou aquém <strong>do</strong> etanol, sen<strong>do</strong> suficiente para mudar a preferência <strong>do</strong>s compra<strong>do</strong>res <strong>de</strong> carros novos(WAARCK, 1997).1989 - A <strong>de</strong>cadência <strong>do</strong> setor sucroalcooleiro, teve como consequência explícita a redução daprodução <strong>de</strong> carros a álcool nas monta<strong>do</strong>ras brasileiras, passan<strong>do</strong> <strong>de</strong> 88,4% para 19,9% (WAARCK, 1997).Envio <strong>de</strong> sete varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>IAC</strong> ao Ministério <strong>de</strong> Desenvolvimento Rural(MDR) <strong>de</strong> Santo Antão, Cabo Ver<strong>de</strong>, 24/7.1990 - O governo fe<strong>de</strong>ral fecha o Instituto <strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Álcool (IAA), inician<strong>do</strong>-se assim a<strong>de</strong>sregulamentação <strong>do</strong> setor sucroalcooleiro, com a diminuição <strong>do</strong> suporte governamental às usinas.Com o aumento da produção <strong>de</strong> cana brasileira e a superoferta <strong>de</strong> açúcar nos merca<strong>do</strong>s livresmundiais, ocorreu uma gran<strong>de</strong> queda <strong>do</strong>s preços (SZMRECSÁNYI, 1991).No Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, para diminuir os custos <strong>de</strong> produção, as usinas a<strong>do</strong>taram inovações<strong>de</strong> mo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> setor. Um <strong>do</strong>s tópicos que passaram a ter ênfase foi o meio ambiente: estu<strong>do</strong>ssobre a supressão <strong>do</strong> fogo na colheita e <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s para implementação da colheita <strong>de</strong> cana crua(GOULART, 1997). Com a melhor a<strong>de</strong>quação <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong> subprodutos agrega<strong>do</strong>s, comobagaço na produção <strong>de</strong> energia e papel, vinhaça e torta <strong>de</strong> filtro como fertilizantes e outros subprodutosagrega<strong>do</strong>s da industrialização (São <strong>Paulo</strong>, SAA/SP, Documento Plano Indicativo: Comissão <strong>de</strong>Programação <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-açúcar, 1990).1991 - Criação da Fundação <strong>do</strong> Instituto Agronômico <strong>de</strong> Campinas (F<strong>IAC</strong>), com objetivo <strong>de</strong>colaborar com o <strong>IAC</strong> para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> suas ativida<strong>de</strong>s científicas, em 4 <strong>de</strong> abril, DiárioOficial <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.A crise <strong>do</strong> setor canavieiro continuava agravada, pela queda <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> petróleo, que refletiana diminuição da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong> carro a álcool no Brasil.Com novas discussões iniciadas há alguns anos, em nível mundial, pelos ecologistas <strong>de</strong>países mais <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s sobre meio ambiente e energia limpa, essa idéia logo apo<strong>de</strong>rada pelaComissão Mundial Sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento das Nações Unidas ao lançar “A22<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Carta da Terra”, em 1992. Exploram fatos como a <strong>de</strong>gradação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> através <strong>de</strong> vários fatosincontestáveis como: a poluição <strong>do</strong> ar, da água, <strong>do</strong>s solos, <strong>do</strong> efeito estufa, da camada <strong>de</strong> ozônio, <strong>do</strong><strong>de</strong>smatamento, das catástrofes, e tornou-se o <strong>do</strong>cumento mais usa<strong>do</strong> para pressionar os governos aguiar-se por novos <strong>do</strong>gmas (www.cartadaterrabrasil.org). O programa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> álcool brasileirojá instituí<strong>do</strong>, por se tratar <strong>de</strong> energia limpa e renovável, passou a ser mais divulga<strong>do</strong> mundialmente ecita<strong>do</strong> como exemplo, fator que aju<strong>do</strong>u a reconquistar a simpatia perdida na década <strong>de</strong> 1980.1992 - Criação <strong>do</strong> grupo fitotécnico <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar na E.E. Ribeirão Preto <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, sob acoor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Marcos Guimarães <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong> Lan<strong>de</strong>ll. Esse grupo congrega pesquisa<strong>do</strong>res <strong>de</strong>instituições <strong>de</strong> pesquisa e <strong>de</strong> universida<strong>de</strong>s, agrônomos fitotecnistas <strong>de</strong> usinas, <strong>de</strong>stilarias, cooperativase empresas da área <strong>de</strong> insumos (Livro <strong>de</strong> Ata <strong>do</strong> mês <strong>de</strong> abril).Transformação da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (SCA) em Programa Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (<strong>IAC</strong>),incorporan<strong>do</strong>-a à Divisão <strong>de</strong> Estações Experimentais, transferin<strong>do</strong> para a E.E. <strong>de</strong> Piracicaba to<strong>do</strong> o seupatrimônio. Resolução <strong>do</strong> Conselho Diretor <strong>do</strong> Instituto Agronômico (reunião em setembro <strong>de</strong> 2006).1993 - É registrada nova <strong>do</strong>ença nos canaviais brasileiros, o amarelinho - <strong>do</strong>ença virótica quetirou <strong>do</strong> cultivo a varieda<strong>de</strong> mais importante, em gran<strong>de</strong> fase <strong>de</strong> expansão na época, a SP 71-6163(Ata <strong>de</strong> reunião <strong>do</strong> Grupo Fitotécnico <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar em julho <strong>de</strong> 1993).Convênio <strong>IAC</strong>/Copersucar. Des<strong>de</strong> a fundação da Copersucar estabeleceu-se uma cooperaçãotécnico-científica informal com o Instituto Agronômico até 1993, quan<strong>do</strong> as duas instituições formularamo primeiro contrato <strong>de</strong> interesse comum, <strong>de</strong> vigência <strong>de</strong> cinco anos e renovável: “Convênio firma<strong>do</strong>entre <strong>IAC</strong>/SAA e Copersucar, processo SAA 22.234/92, objetivan<strong>do</strong> o interesse científico comum, o<strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> Know-how <strong>de</strong> hibridação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar em Camamu, BA”. (Diário Oficial,Folha 14, Seção I, <strong>de</strong> 27/04/1993).Envio <strong>de</strong> minuta <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> convênio pelo <strong>IAC</strong> com a Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Alagoas(semelhante ao firma<strong>do</strong> com a Copersucar), objetivan<strong>do</strong> um projeto <strong>de</strong> hibridação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarna Serra <strong>do</strong> Ouro, 31/8.Envio <strong>de</strong> correspondência à SAA/SP, solicitan<strong>do</strong> autorização para que os pesquisa<strong>do</strong>res <strong>do</strong>Programa Cana/<strong>IAC</strong> realizassem uma viagem científica a Tucuman e Salta, com o propósito <strong>de</strong> conhecerin loco o programa <strong>de</strong> hibridação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar realiza<strong>do</strong> na Argentina, 12/4.Experiências e <strong>de</strong>poimentos. Gestão da cooperação internacional. Aprimoramento dacooperação técnica científica internacional no Instituto Agronômico (LOPES, 1993).1994 - Efetivação <strong>do</strong> Projeto Procana, sob coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Marcos Guimarães <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>Lan<strong>de</strong>l,l com uma proposta <strong>de</strong> cooperação, envolven<strong>do</strong> empresas <strong>do</strong> setor canavieiro, o InstitutoAgronômico (<strong>IAC</strong>) e a Fundação <strong>de</strong> apoio à Pesquisa Agrícola (Fundag) (FIGUEIREDO, 2008).1995 e 1996 - Realização <strong>do</strong> Primeiro e <strong>do</strong> Segun<strong>do</strong> Treinamento Procana <strong>IAC</strong>. O objetivoera treinar os técnicos e fitotecnistas das empresas parceiras com os procedimentos experimentaisa<strong>do</strong>ta<strong>do</strong>s pelo Programa Cana <strong>IAC</strong>. “Não basta dar um manual para os técnicos <strong>de</strong> empresas, pois aprática experimental envolve muitos conhecimentos que só po<strong>de</strong>m ser adquiri<strong>do</strong>s com a convivênciaprática” (LANDELL, atas <strong>do</strong> Grupo Fitotécnico, janeiro <strong>de</strong> 1995 e outubro <strong>de</strong> 1996).1997 - O monopólio <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> combustível, que era da Petrobrás até 1997, foi quebra<strong>do</strong>,passan<strong>do</strong> a ser feito também por outras distribui<strong>do</strong>ras privadas e in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes (Decreto Oficial <strong>de</strong> 1.°/05).<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201123


O governo <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir os preços da cana, <strong>do</strong> açúcar e <strong>do</strong> álcool. Com a saída gradativada intervenção <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>, o setor se aproxima cada vez mais da realida<strong>de</strong> em termos <strong>de</strong> custos epreços pratica<strong>do</strong>s (ESALQ, 1.°/05).O governo brasileiro criou a legislação sobre os direitos <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> novas varieda<strong>de</strong>svegetais, a Lei n.° 9.456. Também, na regulamentação <strong>de</strong>ssa Lei, criou-se junto ao Ministério daAgricultura, Pecuária e Abastecimento e o Serviço Nacional <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Cultivares (SNPC, 25/4).Legislação ambiental e queimada da cana-<strong>de</strong>-açúcar (GOULART, 1997).Lançamento <strong>de</strong> novas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> sigla <strong>IAC</strong> que logo voltam a sercultivadas comercialmente nas usinas (LANDELL, 1997).Terceira Conferência Mundial <strong>do</strong> Meio Ambiente em Kyoto, Japão, cujo resulta<strong>do</strong> marcante foio reconhecimento mundial que: “O progresso não po<strong>de</strong> ser símbolo <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição com ônus para omeio ambiente” e a criação <strong>de</strong> projetos classifica<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Mecanismo <strong>de</strong> Desenvolvimento Limpo, queestimula a redução da emissão <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> efeito estufa no planeta (KYOTO, 1997).1998 - Proteção no SNPC <strong>do</strong> Ministério da Agricultura das varieda<strong>de</strong>s <strong>IAC</strong> 86-2210 e <strong>IAC</strong> 87-3396, lançadas no ano anterior, 5/11. Atesta<strong>do</strong>s n.º 55 e 56.Transformação <strong>do</strong> Programa Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (<strong>IAC</strong>) em Centro <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, com se<strong>de</strong>em Ribeirão Preto, SP (Decreto 43.037/98, Diário Oficial).Apresentação <strong>de</strong> proposta <strong>de</strong> aumento <strong>do</strong> porcentual <strong>de</strong> adição <strong>de</strong> álcool anidro à gasolina<strong>de</strong> 22% para 24%, <strong>de</strong>ven<strong>do</strong> aumentar para 26%, contrarian<strong>do</strong> os interesses da Petrobrás e monta<strong>do</strong>ras<strong>de</strong> veículos (Dec. Oficial, 15 <strong>de</strong> junho).Realização <strong>do</strong> Terceiro Treinamento Procana/<strong>IAC</strong>. Diante das dificulda<strong>de</strong>s <strong>do</strong> setor na época,esse treinamento teve como característica peculiar o objetivo <strong>de</strong> antever e direcionar projetos <strong>de</strong>pesquisa futuros, compartilhar visões econômicas, e avaliar as perspectivas da cultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcarpara os próximos anos (LANDELL, atas <strong>do</strong> Grupo Fitotécnico, 10/1997).1999 - A liberação <strong>do</strong>s preços da cana, <strong>do</strong> açúcar e <strong>do</strong> álcool e as novas medidas a<strong>do</strong>tadaspelas usinas para conter gastos, alteraram o relacionamento entre usineiros e fornece<strong>do</strong>res <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar (fevereiro <strong>de</strong> 1999).A Fapesp lança o Projeto Genoma da Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, sob a Coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong> professor<strong>Paulo</strong> <strong>de</strong> Arruda da Unicamp (12 <strong>de</strong> abril).A nova resolução governamental apresentada no ano anterior passa a vigorar com aumento<strong>do</strong> porcentual <strong>de</strong> álcool anidro à gasolina <strong>de</strong> 22% a 24% (Dec. Oficial, 15 <strong>de</strong> julho).Com a liberação <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong>s subprodutos da cana-<strong>de</strong>-açúcar pelo governo, <strong>de</strong>senvolveusenovo mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> autogestão conten<strong>do</strong> um sistema para remunerar a matéria-prima e regras paraaten<strong>de</strong>r o relacionamento entre os produtores <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar e as usinas <strong>de</strong> açúcar e álcool,consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong>-se os custos <strong>de</strong> produção na lavoura e indústria e preços <strong>do</strong>s produtos industrializa<strong>do</strong>s(açúcar e álcool) no merca<strong>do</strong>. Este novo sistema foi a<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> em vista da ATR (Açúcar TotalRecuperável). Assim, o valor da tonelada <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar passou a ser <strong>de</strong>fini<strong>do</strong> pela quantida<strong>de</strong><strong>de</strong> ATR entregue na usina pelo produtor <strong>de</strong> cana e pelos preços <strong>do</strong>s produtos industrializa<strong>do</strong>s nomerca<strong>do</strong>, que são fatores <strong>de</strong> conversão <strong>do</strong> cálculo da ATR por uma fórmula matemática (ManifestoSertãozinho, 1999).24<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


3. A FASE APÓS A CRIAÇÃO DO INSTITUTO AGRONÔMICONeste trabalho <strong>de</strong> levantamento no Instituto Agronômico sobre a trajetória da cana-<strong>de</strong>-açúcar,a primeira fase revela informações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os primórdios <strong>do</strong> <strong>de</strong>scobrimento das terras brasileiras até acriação <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>. Em seguida é relata<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> o que foi feito pelo Instituto Agronômico e também háregistro, no <strong>de</strong>correr <strong>do</strong>s anos seguintes, <strong>de</strong> alguns fatos históricos correlatos e <strong>de</strong> importância, queocorreram paralelamente em várias épocas. Destacam-se o início da criação <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong>melhoramento genético <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no mun<strong>do</strong> e outros relaciona<strong>do</strong>s com o <strong>de</strong>senvolvimentoda cultura, com a pesquisa agrícola brasileira e <strong>de</strong> certa forma <strong>de</strong> alguns momentos positivos enegativos, que contribuíram para o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> novas tecnologias e seus reflexos no<strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> setor canavieiro, com o objetivo <strong>de</strong> construir a memória das ativida<strong>de</strong>s<strong>de</strong>senvolvidas no passa<strong>do</strong> até o fim <strong>do</strong> século XX.São relaciona<strong>do</strong>s alguns fatos políticos, econômicos e sociais registra<strong>do</strong>s em <strong>do</strong>cumentos,associa<strong>do</strong>s ao setor canavieiro e relevantes, como a participação organizada <strong>do</strong> Instituto Agronômicopara evitar a entrada <strong>de</strong> materiais vegetais com patógenos exóticos no país. Essa atuação pioneirano Esta<strong>do</strong> foi <strong>de</strong>terminante no intercâmbio <strong>de</strong> sementes e mudas <strong>de</strong> diversas plantas, na formaçãodas primeiras coleções e <strong>de</strong> bancos <strong>de</strong> germoplasmas, responsáveis pela criação das primeirasvarieda<strong>de</strong>s brasileiras.Logo após a fundação <strong>do</strong> Instituto Agronômico, Dafert e outros pesquisa<strong>do</strong>res fizeram asprimeiras experiências sobre adubação em cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> uma coleção <strong>de</strong> 42 varieda<strong>de</strong>sclassificadas por Franz Benck em condições <strong>de</strong> campo. Os resulta<strong>do</strong>s foram relevantes, <strong>de</strong>finin<strong>do</strong> asvarieda<strong>de</strong>s mais sensíveis a essa tecnologia, conforme relatórios <strong>de</strong> 1894, 1895 e 1896. Outrostrabalhos <strong>de</strong> pesquisa foram <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong>s na época e a coleção <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> <strong>IAC</strong> aumentavapara 65 varieda<strong>de</strong>s em 1904. Assim, mediante esses <strong>do</strong>cumentos, nota-se que no auge da cultura <strong>de</strong>café, a cultura <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar já tinha um espaço no Esta<strong>do</strong> e contribuía para a expansão dasusinas, com <strong>de</strong>mandas e estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> interesse.Neste perío<strong>do</strong>, as pesquisas com a cultura <strong>de</strong> cana estavam organizadas, com bom plantel <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s, técnicas <strong>de</strong> adubação e informações sobre manejo das lavouras condizentes com aépoca e apoiadas pelos produtores <strong>de</strong> cana e usineiros.4. FATOS RELACIONADOS COM EPIFITIA DO MOSAICOA epifitia <strong>do</strong> mosaico chega aos canaviais paulistas, diziman<strong>do</strong>-os pelo ataque generaliza<strong>do</strong>das varieda<strong>de</strong>s nobres em cultivo. Há também informações sobre as varieda<strong>de</strong>s POJ 36 e POJ 213,criadas em cruzamentos realiza<strong>do</strong>s em Java, que já estavam em experimentação na fazenda SantaElisa <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, proce<strong>de</strong>ntes da Argentina e cultivadas em pequena escala na fazenda Guatapará, naregião <strong>de</strong> Ribeirão Preto (SP).O papel <strong>do</strong> Instituto Agronômico é marcante na renovação <strong>do</strong>s canaviais <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> arrasa<strong>do</strong>spelo ataque <strong>do</strong> mosaico nas varieda<strong>de</strong>s nobres cultivadas em torno da década <strong>de</strong> 1920; atuou com aintrodução das primeiras varieda<strong>de</strong>s criadas nos programas <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> Java, da Índia e <strong>de</strong>Canal Point, nos Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, e <strong>de</strong> outros países e também participou da adaptação <strong>de</strong>ssesmateriais em experimentos na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201125


5. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1920A constatação <strong>do</strong> mosaico nos canaviais paulistas, causan<strong>do</strong> drástica queda <strong>de</strong> produçãocom gran<strong>de</strong>s consequências econômicas para to<strong>do</strong> o setor, promoveu o envolvimento <strong>de</strong> dirigentes<strong>de</strong> classe, políticos, pesquisa<strong>do</strong>res, professores, agrônomos e produtores para resolver esse problemacomplexo. Como esse fato requeria tempo e mais investimentos financeiros, houve muitas discussõese <strong>de</strong>sgastes para <strong>de</strong>finir a melhor proposta. Um grupo <strong>de</strong>fendia a tese <strong>do</strong> melhoramento genético,um trabalho <strong>de</strong> longo prazo; as tentativas realizadas no passa<strong>do</strong>, no Nor<strong>de</strong>ste, em 1901, no Rio <strong>de</strong>Janeiro, em 1918, e em Piracicaba, em 1927, todas ineficientes, naquele momento contribuíramcomo argumentos para valorizar e a<strong>do</strong>tar uma proposta mais simples. Ganhou a tese <strong>de</strong>fendida porJosé Vizioli, proposta <strong>de</strong> curto prazo e que atendia diretamente à classe produtora.A proposta consistia na criação da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba com um grupo <strong>de</strong>agrônomos para trabalhar com cana sob seu coman<strong>do</strong>; as atribuições constariam <strong>de</strong>: importação <strong>de</strong>varieda<strong>de</strong>s estrangeiras <strong>de</strong> boa qualida<strong>de</strong> agroindustrial por intermédio <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, enquanto aclimatação,seleção e produção <strong>de</strong> mudas rogadas, livres <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças em campos experimentais, seriam feitasna unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Piracicaba, para aten<strong>de</strong>r <strong>de</strong> forma rápida à renovação <strong>do</strong>s canaviais paulistas dizima<strong>do</strong>spelo mosaico.Assim, o Programa <strong>de</strong> Criação <strong>de</strong> Mudas Selecionadas, <strong>do</strong> plantel <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s introduzidas,inicialmente pô<strong>de</strong> servir as usinas com as varieda<strong>de</strong>s que aqui chegaram primeiro, as canas javanesas<strong>de</strong> prefixo POJ, que, a partir <strong>de</strong> 1932, já <strong>do</strong>minavam 80% das áreas renovadas. Esse trabalho continuoupor vários anos segui<strong>do</strong>s, dan<strong>do</strong> suporte à canavicultura brasileira com outras varieda<strong>de</strong>s importadas:POJ, Co, CP e outras siglas, que eram aclimatadas na Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba.6. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1930A criação <strong>do</strong> grupo <strong>de</strong> trabalho foi iniciativa <strong>de</strong> José Vizioli, agrônomo da Terceira SeçãoTécnica <strong>do</strong> Departamento <strong>de</strong> Produção Vegetal, com se<strong>de</strong> no Campo <strong>de</strong> Demonstração <strong>de</strong> PlantasSacarinas e Oleaginosas, localizada nas terras da Escola Superior <strong>de</strong> Agricultura Luiz <strong>de</strong> Queiroz daSecretaria da Agricultura, <strong>do</strong> qual ele logo se afastou. Nesta época, José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Junior foi<strong>de</strong>signa<strong>do</strong> para a área <strong>de</strong> melhoramento genético <strong>de</strong> cana e em seguida prepara<strong>do</strong> para <strong>de</strong>senvolvero projeto <strong>de</strong> hibridação por meio <strong>de</strong> estágio sob a orientação <strong>do</strong>s melhores especialistas <strong>do</strong> <strong>IAC</strong> e daEsalq, <strong>do</strong>utor Krug e <strong>do</strong>utor Briger respectivamente. Ele respon<strong>de</strong>u aos ensinamentos teóricos,passan<strong>do</strong> para a prática e dan<strong>do</strong> início ao processo <strong>de</strong> experimentação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar,primeiramente na Estação Experimental <strong>de</strong> Miracatu, litoral sul, marcan<strong>do</strong> com este ato, nova erapara a cana-<strong>de</strong>-açúcar no Instituto Agronômico e no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, com a realização <strong>do</strong>sprimeiros cruzamentos em 1934, que somaram mais <strong>de</strong> mil seedlings. Dessa população saíram asprimeiras canas <strong>de</strong> sigla <strong>IAC</strong> (<strong>IAC</strong> 34-376; <strong>IAC</strong> 34-536; <strong>IAC</strong> 34-553; <strong>IAC</strong> 34-563). Continuou com ostrabalhos <strong>de</strong> hibridação em 1935 e 1936, na região quan<strong>do</strong> surgiu a <strong>IAC</strong> 36-25, que perdurou pormuitos anos em cultivo como varieda<strong>de</strong> forrageira.No ambiente <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento e mudanças pelo qual atravessava a agroindústria da cana<strong>de</strong>-açúcarhavia muitos interesses e pressões tanto da área agrícola como da indústria. As canasjavanesas, a princípio encaradas como a gran<strong>de</strong> solução para controlar o mosaico, não correspondiamno campo à expectativa <strong>do</strong>s usineiros acostuma<strong>do</strong>s com a riqueza das canas nobres como as daespécie S. officinarum.26<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


A Secretaria da Agricultura para aten<strong>de</strong>r às <strong>de</strong>mandas políticas e econômicas fazia reformas epromovia várias mudanças estruturais e <strong>de</strong> encargos, provocan<strong>do</strong> muitas vezes acúmulo <strong>de</strong> atribuiçõese tarefas. Os dirigentes estavam mais interessa<strong>do</strong>s em resolver problemas imediatos <strong>de</strong> curto prazoque aten<strong>de</strong>ssem às pressões <strong>do</strong> setor canavieiro. O momento era <strong>de</strong> muitos questionamentos eincertezas sobre os trabalhos experimentais e as mudanças técnicas que estavam ocorren<strong>do</strong> naquelemomento nas lavouras <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> e quanto às perspectivas futuras da cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar,aliada às novas exigências <strong>do</strong> setor.O Instituto Agronômico, que <strong>de</strong>fendia como principal linha <strong>de</strong> trabalho um projeto <strong>de</strong> longoprazo, ten<strong>do</strong> como base o melhoramento genético, carecia <strong>de</strong> apoio e argumentos para superar osobstáculos políticos e convencer os dirigentes da Secretaria da Agricultura, que ignoravam as vantagensda tecnologia <strong>do</strong> melhoramento genético para a cana-<strong>de</strong>-açúcar naquele momento. Por esse motivo,esse assunto não era prioritário entre as li<strong>de</strong>ranças políticas, fican<strong>do</strong> assim por falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>finição e <strong>de</strong>recursos em segun<strong>do</strong> plano. Passou por um perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> várias coor<strong>de</strong>nações <strong>de</strong>ntro <strong>do</strong> InstitutoAgronômico, sem alcançar a continuida<strong>de</strong> necessária no <strong>de</strong>senvolvimento das hibridações nos 12anos seguintes, até a constatação <strong>de</strong> um novo patógeno, Ustilago scitaminea, agente causal <strong>do</strong>carvão da cana, na região <strong>de</strong> Assis (SP), em 1947.Das novas introduções, o maior <strong>de</strong>staque foi a Co 290, a melhor varieda<strong>de</strong> adaptada <strong>do</strong>grupo, embora <strong>de</strong> resistência intermediária ao mosaico, mas com o programa <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudassadias, seu cultivo expandiu-se rapidamente em to<strong>do</strong> o Esta<strong>do</strong>.A Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba tinha um plantel <strong>de</strong> 60 cultivares <strong>de</strong> cana em multiplicaçãono projeto <strong>de</strong> mudas selecionadas, e essas mudas foram usadas para a renovação <strong>do</strong>s canaviaispaulistas.José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Junior <strong>de</strong>stacava-se no grupo, pois era o pesquisa<strong>do</strong>r mais habilita<strong>do</strong>para <strong>de</strong>senvolver as ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> cana, mas estava sobrecarrega<strong>do</strong> com ativida<strong>de</strong>sadministrativas, ou seja, respondia pela chefia da E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, que recentemente tinha passa<strong>do</strong>para o coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Instituto Agronômico, e também respondia pela chefia da recém-criada Seção <strong>de</strong>Cana-<strong>de</strong>-Açúcar/<strong>IAC</strong>. Soma<strong>do</strong> ao acúmulo <strong>de</strong> tarefas, <strong>de</strong> incertezas científicas e com a reclamação<strong>do</strong> setor sobre a baixa produtivida<strong>de</strong> <strong>de</strong> açúcar <strong>do</strong>s canaviais renova<strong>do</strong>s com as varieda<strong>de</strong>s javanesas,havia a falta <strong>de</strong> apoio estrutural, financeiro e até <strong>de</strong> pessoal para <strong>de</strong>senvolver o programa <strong>de</strong>melhoramento <strong>de</strong> cana no litoral naquela época. Diante <strong>de</strong>ssas dificulda<strong>de</strong>s, ele ficou com a chefia,opção mais coerente para as circunstâncias daquele momento.Em consequência da crise financeira mundial <strong>de</strong>corrente da quebra da bolsa <strong>de</strong> Nova York, ogoverno brasileiro tomou algumas medidas para aliviar a crise açucareira, entre as quais estava acriação <strong>do</strong> IAA para impor cotas <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> açúcar às usinas e promover a produção <strong>de</strong> álcoolanidro em larga escala para misturar à gasolina e aten<strong>de</strong>r ao <strong>de</strong>creto governamental para conter oscustos com a importação <strong>de</strong> combustível.7. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1940A Esalq, sob a coor<strong>de</strong>nação da USP, restringe a atuação da Estação Experimental <strong>de</strong>Piracicaba, solicitan<strong>do</strong> as áreas ocupadas.A SCA foi transferida para Campinas, e Homero Corrêa <strong>de</strong> Arruda assume a chefia da E.E.,que anos mais tar<strong>de</strong> faz a mudança da Estação para terras próprias.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201127


Aguirre tem nova função no Instituto Agronômico, sen<strong>do</strong> nomea<strong>do</strong> chefe da Seção <strong>de</strong> PlantasFibrosas. O retrospecto <strong>do</strong> andamento <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> novas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcarno <strong>IAC</strong>, inicia<strong>do</strong> em 1934, ainda continuou até 1936 sob o coman<strong>do</strong> <strong>de</strong> Aguirre. Com a saída<strong>de</strong> Aguirre <strong>do</strong> projeto <strong>de</strong> melhoramento para cargos administrativos, em mea<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ssa década, omelhoramento <strong>de</strong> cana passa para a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> outros pesquisa<strong>do</strong>res e a seguir atravessauma fase <strong>de</strong> instabilida<strong>de</strong> e estagnação, com a <strong>de</strong>scontinuida<strong>de</strong> das hibridações até 1947.É constata<strong>do</strong> o carvão nos canaviais paulistas, na região <strong>de</strong> Assis, e para aten<strong>de</strong>r àsnecessida<strong>de</strong>s <strong>do</strong> momento, reorganizam-se na SAA as pesquisas <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong>. Omelhoramento <strong>de</strong> cana volta às mãos <strong>do</strong> seu cria<strong>do</strong>r, José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Junior, que logoreorganizou o programa, passan<strong>do</strong> a fazer os cruzamentos na E.E. <strong>de</strong> Ubatuba.Na Estação <strong>de</strong> Piracicaba chega mais uma introdução <strong>de</strong> cana <strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s, entreelas está a Co 419, varieda<strong>de</strong> que foi também <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> aceitação na agroindústria brasileira. Nestadécada chegam <strong>de</strong> Campos/RJ para teste na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, os primeiros clones <strong>de</strong> sigla CB.Por causa da guerra e <strong>do</strong>s problemas cria<strong>do</strong>s com o transporte marítimo na costa brasileira,houve exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> açúcar no Nor<strong>de</strong>ste e escassez no Centro-Sul, o que gerou a criação novosengenhos no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>.8. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1950Por causa <strong>do</strong> carvão, surge nova fase no setor canavieiro <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, quan<strong>do</strong>José Manoel <strong>de</strong> Aguirre Junior, o mais capacita<strong>do</strong> para <strong>de</strong>senvolver o programa <strong>de</strong> melhoramento, foireconduzi<strong>do</strong> à direção da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar on<strong>de</strong> havia um grupo <strong>de</strong> cinco agrônomoscontrata<strong>do</strong>s. Logo são reinicia<strong>do</strong>s e regulariza<strong>do</strong>s os cruzamentos <strong>de</strong> progênies <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarno banco <strong>de</strong> germoplasma <strong>de</strong> Ubatuba, <strong>de</strong> on<strong>de</strong> se obtém as sementes <strong>do</strong>s cruzamentos, enquanto aprodução <strong>de</strong> seedlings era realizada simultaneamente em Campinas, com testes <strong>de</strong> agentespatogênicos <strong>de</strong> <strong>do</strong>enças em casa <strong>de</strong> vegetação, e pelo Instituto Biológico.Os seedlings que passavam na primeira fase eram cultiva<strong>do</strong>s no campo e submeti<strong>do</strong>s à seleçãono final <strong>do</strong> ciclo; os seleciona<strong>do</strong>s eram leva<strong>do</strong>s e submeti<strong>do</strong>s a ensaios preliminares <strong>de</strong> competiçãona E.E. <strong>de</strong> Piracicaba, que duravam alguns anos, e, em seguida, os melhores clones obti<strong>do</strong>s eramleva<strong>do</strong>s para os ensaios regionais nas usinas cooperadas <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.A SAA solicita ao <strong>do</strong>utor Aguirre, coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r das pesquisas com cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong>,a ampliação da produção <strong>de</strong> mudas selecionadas no Instituto Agronômico, com objetivo <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>r à<strong>de</strong>manda <strong>do</strong> setor canavieiro naquele momento.Os trabalhos <strong>de</strong> hibridação <strong>de</strong> Aguirre no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, sua li<strong>de</strong>rança em trabalhos <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar da Secretaria da Agricultura, <strong>de</strong>nomina<strong>do</strong>s Organização <strong>do</strong>s serviços <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>açúcarda Secretaria da Agricultura, e com a ampliação <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> mudas selecionadas,expandin<strong>do</strong>-se para outras Estações Experimentais <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, <strong>de</strong>ntro e fora <strong>do</strong> Instituto, foram muitoimportantes para estabilizar e dar continuida<strong>de</strong> nas décadas seguintes ao programa <strong>de</strong> melhoramento<strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>do</strong> Instituto Agronômico.A criação da Comissão <strong>de</strong> Controle <strong>do</strong> Carvão da Cana-<strong>de</strong>-açúcar e o rigor <strong>de</strong> sua atuaçãologo erradicaram a <strong>do</strong>ença nos canaviais <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>.Clones das siglas <strong>IAC</strong>, CB e <strong>de</strong> outras são envia<strong>do</strong>s para teste <strong>de</strong> competição na E.E. <strong>de</strong>Piracicaba.O Instituto Agronômico e o setor canavieiro per<strong>de</strong>m o <strong>do</strong>utor Aguirre, faleci<strong>do</strong> em 1954, e28<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Antonio Lazzarini Segalla, Rafael Alvarez e Homero Corrêa <strong>de</strong> Arruda começam a aparecer no cenário,com projetos, trabalhos e relatórios sobre pesquisa <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da SCA/<strong>IAC</strong> e da E.E. <strong>de</strong>Piracicaba.Esta década também <strong>de</strong>spertou nas li<strong>de</strong>ranças <strong>do</strong> setor a busca <strong>de</strong> novos rumos para promovera expansão da agroindústria canavieira brasileira. Com o projeto <strong>de</strong> estu<strong>do</strong> <strong>de</strong> solos <strong>de</strong> cerra<strong>do</strong>sbrasileiros, iniciou-se a correção <strong>de</strong>sses solos, a fim <strong>de</strong> aproveitá-los para a implantação da agricultura.9. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1960No fim da década <strong>de</strong> 1960, foi cria<strong>do</strong> um novo programa <strong>de</strong> melhoramento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarno Esta<strong>do</strong>: a Copersucar, gran<strong>de</strong> empresa privada com recursos para atuar em todas as áreas daagroindústria sucroalcooleira e logo a seguir o Planalsucar, subordina<strong>do</strong> ao IAA, com projetosplaneja<strong>do</strong>s e executa<strong>do</strong>s com recursos fe<strong>de</strong>rais. As auspiciosas atuações das li<strong>de</strong>ranças <strong>de</strong>ssasinstituições fortaleceram suas ações na área <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento tecnológico em busca <strong>de</strong> novasvarieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana das siglas SP e RB.O Instituto Agronômico iniciou a distribuição para os Esta<strong>do</strong>s brasileiros <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>cana-<strong>de</strong>-açúcar <strong>de</strong> sigla <strong>IAC</strong>.O aumento significativo da importação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s e clones <strong>de</strong> cana pelo Instituto Agronômicoenriquecia as coleções <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar e os bancos <strong>de</strong> germoplasma <strong>do</strong> <strong>IAC</strong>, favorecen<strong>do</strong> tambémos programas da Copersucar e <strong>do</strong> Planalsucar, que estavam sen<strong>do</strong> cria<strong>do</strong>s.Houve introdução <strong>de</strong> mais clones <strong>de</strong> sigla CB para testes <strong>de</strong> competição na E.E. <strong>de</strong> Piracicaba.10. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1970Enquanto os <strong>do</strong>is novos programas, Copersucar e Planalsucar, se <strong>de</strong>senvolviam, a pesquisaoficial <strong>de</strong> cana da Secretaria da Agricultura refletia negativamente no Esta<strong>do</strong>, que passava a priorizaroutras culturas mais carentes <strong>de</strong> recursos. A SCA <strong>do</strong> Instituto Agronômico ainda se ressentia com afalta <strong>de</strong> seu gran<strong>de</strong> lí<strong>de</strong>r Aguirre, além <strong>de</strong> não possuir recursos financeiros, estrutura e pessoal habilita<strong>do</strong>para <strong>de</strong>senvolver o projeto <strong>de</strong> melhoramento na SCA. A falta <strong>de</strong> interesse pelos projetos institucionais<strong>de</strong> cana forçou outras modificações, às quais os pesquisa<strong>do</strong>res da seção tiveram que se adaptarprontamente, restringin<strong>do</strong> ainda mais suas ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesquisa nesta área.Houve gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> importações <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s e clones <strong>de</strong> cana pelo Instituto Agronômico,evi<strong>de</strong>ncia<strong>do</strong> pela <strong>do</strong>cumentação levantada e pelo gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> agentes envolvi<strong>do</strong>s no processo<strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> materiais vegetais, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong>-se os muitos agentes governamentais para o assuntoe a burocracia que transitava entre várias instituições, antes, durante e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> cada processo,enfatizan<strong>do</strong> os cuida<strong>do</strong>s na introdução <strong>de</strong> plantas.O fato mundial negativo para a socieda<strong>de</strong> foi a alta repentina <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> petróleo no merca<strong>do</strong>mundial. Nessa época também, começava outra crise <strong>de</strong> superprodução <strong>de</strong> açúcar para o setorcanavieiro brasileiro, atingin<strong>do</strong> novo pico <strong>de</strong> oferta <strong>de</strong> açúcar no merca<strong>do</strong> livre mundial. Foram esses<strong>do</strong>is fatores negativos para a economia brasileira que promoveram uma ação ousada <strong>do</strong> governo napolítica agrícola brasileira: A criação <strong>do</strong> programa fe<strong>de</strong>ral Proálcool, inicialmente, como aditivo à gasolinae <strong>de</strong>pois da segunda alta <strong>de</strong> preços <strong>do</strong> petróleo, o passo mais ambicioso: substituir a gasolina porálcool hidrata<strong>do</strong>.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201129


Para aten<strong>de</strong>r a esse programa foram também disponibiliza<strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s financiamentos peloBanco Mundial para ampliação e criação <strong>de</strong> <strong>de</strong>stilarias autônomas e <strong>de</strong> lavouras <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarem to<strong>do</strong> o país, ten<strong>do</strong> em vista o processo inflacionário a custo muito baixo, o que promoveu gran<strong>de</strong>crescimento da agroindústria canavieira.Com a criação <strong>do</strong> Proálcool em 1975, houve gran<strong>de</strong> surto <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>do</strong> setorcanavieiro até o fim da década <strong>de</strong> 1980, e os carros a álcool constituíam 94% da produção dasmonta<strong>do</strong>ras. O governo <strong>de</strong>finia e remunerava a<strong>de</strong>quadamente as usinas e <strong>de</strong>stilarias <strong>de</strong> álcool emantinha uma relação diferenciada entre os preços <strong>de</strong> álcool e da gasolina, levan<strong>do</strong> a produção <strong>de</strong>álcool por to<strong>do</strong>s os Esta<strong>do</strong>s brasileiros.Foi introduzida da Argentina, a varieda<strong>de</strong> Na 56-79, que pelas suas características agrícolas etecnológicas marcou época nas lavouras brasileiras, sen<strong>do</strong> a mais cultivada em todas as usinas até1987.Foi substituí<strong>do</strong> o pagamento da produção pelo peso da cana (TCH) pelo teor <strong>de</strong> sacaroseencontra<strong>do</strong> na matéria-prima.11. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1980É oportuno frisar que até 1984 o êxito <strong>do</strong> Proálcool superava todas as previsões e seapresentava estável. Em São <strong>Paulo</strong>, a Região Oeste <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> foi a que mais se <strong>de</strong>senvolveu. Esseprograma promoveu o <strong>de</strong>senvolvimento da agricultura para fins energéticos. A queda gradual <strong>do</strong>preço <strong>do</strong> petróleo e a consequente sobra <strong>de</strong> gasolina nas refinarias brasileiras, porém, começaram a<strong>de</strong>sorganizar o setor sucroalcooleiro e diminuir a venda <strong>de</strong> veículos a álcool, que <strong>de</strong>spencou em 1988<strong>de</strong> 88% para 20% em 1989 e continuou <strong>de</strong>scen<strong>do</strong>, <strong>de</strong>sagregan<strong>do</strong> financeiramente muito da estrutura<strong>do</strong> Proálcool, montada na década anterior.Foi um susto a constatação da ferrugem atacan<strong>do</strong> os canaviais <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, Paraná e MinasGerais, em 1986, afetan<strong>do</strong> diretamente algumas varieda<strong>de</strong>s importantes comercialmente cultivadas.Porém, em virtu<strong>de</strong> das medidas tomadas previamente (testes <strong>de</strong> resistência <strong>de</strong> muitas varieda<strong>de</strong>scomerciais realiza<strong>do</strong>s no exterior), <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> geral, o impacto foi bem menor que as constataçõesanteriores <strong>de</strong> outras <strong>do</strong>enças.A SCA já vinha <strong>de</strong>senvolven<strong>do</strong> seedlings em Piracicaba, Ribeirão Preto, Jaú e Pin<strong>do</strong>rama.Alvarez, ao se aproximar da aposenta<strong>do</strong>ria compulsória, lançou a i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> criação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>sregionais, engloban<strong>do</strong> no programa, as estações <strong>de</strong> Mococa e Assis, aproveitan<strong>do</strong> melhor, parapesquisas com cana-<strong>de</strong>-açúcar, a estrutura <strong>de</strong> seis Estações Experimentais <strong>do</strong> Instituto Agronômico(Piracicaba, Ribeirão Preto, Jaú, Mococa, Pin<strong>do</strong>rama e Assis).Esta década caracteriza-se pelo esplen<strong>do</strong>r e pela <strong>de</strong>cadência <strong>do</strong> Proálcool por causa <strong>de</strong>alguns fatores ocorri<strong>do</strong>s na época, como: falta <strong>de</strong> política a<strong>de</strong>quada para o setor, queda gradual <strong>do</strong>preço <strong>do</strong> petróleo, sobra <strong>de</strong> gasolina nas refinarias brasileiras, aumento <strong>do</strong> preço <strong>do</strong> açúcar no merca<strong>do</strong>internacional e ganância e imaturida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas li<strong>de</strong>ranças, resultan<strong>do</strong> no <strong>de</strong>sentendimento entre<strong>Governo</strong> e Petrobrás e na <strong>de</strong>sorganização <strong>do</strong> setor. A crise <strong>de</strong> abastecimento <strong>de</strong> álcool chegou aospostos <strong>de</strong> combustíveis, geran<strong>do</strong> o <strong>de</strong>scrédito da socieda<strong>de</strong> brasileira com o Proálcool. Esses fatos<strong>de</strong>ram início a um gran<strong>de</strong> perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> crise econômica para o setor.O <strong>Governo</strong> <strong>de</strong>creta o fim <strong>do</strong> Instituto <strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Álcool, justamente quan<strong>do</strong> há uma sensívelqueda <strong>do</strong>s preços <strong>do</strong> açúcar no merca<strong>do</strong> externo. Ainda, pelas boas condições climáticas <strong>do</strong> Centro-Sul houve aumento da produção e queda <strong>do</strong>s preços tanto no merca<strong>do</strong> externo como no interno.30<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


O <strong>IAC</strong>, que tinha perdi<strong>do</strong> o espaço técnico-científico para outros programas <strong>de</strong> melhoramentono Esta<strong>do</strong>, também encerrou o convênio <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar e <strong>de</strong>salojou as instalações<strong>do</strong> quarentenário na E.E. <strong>de</strong> Monte Alegre <strong>do</strong> Sul, enquanto a SCA estava com a imagem comprometidainternamente por motivo <strong>de</strong> crise administrativa.12. REGISTRO DE FATOS IMPORTANTES DA DÉCADA DE 1990Na década <strong>de</strong> 1990, permaneceram os reflexos negativos da crise <strong>do</strong> setor, com aumentocrescente da produção e <strong>de</strong> estoques <strong>de</strong> açúcar e álcool, sem aumento <strong>de</strong> <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>sses produtosno merca<strong>do</strong> nacional e internacional. Esse ambiente negativo <strong>de</strong>spertou muitas discussões e estu<strong>do</strong>s<strong>de</strong> temas importantes, como a substituição da colheita manual com queima para a colheita da canacrua, que po<strong>de</strong>ria proporcionar às usinas boas economias sem, contu<strong>do</strong>, agredir ao meio ambiente.Também os subprodutos da cana po<strong>de</strong>riam ser usa<strong>do</strong>s na produção <strong>de</strong> energia, <strong>de</strong> fertilizantes, naindústria <strong>de</strong> papel, <strong>de</strong> biogás, <strong>de</strong> leveduras que po<strong>de</strong>riam complementar a ração animal.Outro fator importante das discussões era o respeito ao meio ambiente; analisavam-se asvantagens <strong>do</strong> etanol e as perspectivas futuras que po<strong>de</strong>riam ajudar no controle <strong>do</strong> efeito estufa, dapoluição provocada pela queima <strong>de</strong> combustíveis fósseis comprometen<strong>do</strong> a qualida<strong>de</strong> <strong>do</strong> ar,principalmente nos gran<strong>de</strong>s centros urbanos. To<strong>do</strong>s esses fatores contribuíram para que o merca<strong>do</strong><strong>do</strong> álcool começasse a crescer, principalmente o <strong>de</strong> álcool anidro, já usa<strong>do</strong> com sucesso no Brasilcomo aditivo da gasolina. Este po<strong>de</strong>ria ser exemplo e boa alternativa para diminuir a poluição emoutros países.A Lei <strong>de</strong> Proteção <strong>de</strong> Cultivares foi promulgada e instituída por meio <strong>do</strong> Serviço Nacional <strong>de</strong>Proteção <strong>de</strong> Cultivares (SNPC), contribuin<strong>do</strong> para maior valorização <strong>do</strong>s programas <strong>de</strong> melhoramento<strong>de</strong> plantas e foram também as gran<strong>de</strong>s inovações da agricultura brasileira.O setor sucroalcooleiro continua ainda <strong>de</strong> forma nítida sob os reflexos negativos da crisecausada no final da década anterior.O Programa Cana <strong>do</strong> Instituto Agronômico, sob a coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Marcos G. A. Lan<strong>de</strong>ll e Hélio<strong>do</strong> Pra<strong>do</strong> começou a fazer os primeiros estu<strong>do</strong>s sobre ambientes <strong>de</strong> produção <strong>de</strong> cana, envolven<strong>do</strong>análises pe<strong>do</strong>lógicas e <strong>de</strong> retenção <strong>de</strong> água, em condições <strong>de</strong> clima tropical. Os resulta<strong>do</strong>s permitirama i<strong>de</strong>ntificação da potencialida<strong>de</strong> e limitações <strong>do</strong>s principais tipos <strong>de</strong> solos para o cultivo e a alocaçãodas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar mais responsivas para cada ambiente <strong>de</strong> produção nas lavouras.Foram oficializadas as reuniões <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar na E.E. <strong>de</strong> Ribeirão Preto, passan<strong>do</strong> a ser<strong>de</strong>nominadas <strong>de</strong> reuniões <strong>do</strong> Grupo Fitotécnico. A SCA/<strong>IAC</strong> foi transformada em Programa Cana/<strong>IAC</strong>,subordinada à Divisão <strong>de</strong> Estações Experimentais, passan<strong>do</strong> naquele momento a atuar <strong>de</strong> formasistêmica em sete estações localizadas nas regiões canavieiras mais importantes, e a interagirdiretamente com usinas e produtores <strong>de</strong> cana próximos <strong>de</strong>ssas unida<strong>de</strong>s no Esta<strong>do</strong>. Sen<strong>do</strong> essamedida positiva pelas consequências notadas nos anos subsequentes, ela possibilitou em poucotempo a efetivação da cooperação através <strong>de</strong> convênio técnico com as empresas <strong>do</strong> setor canavieiro.Por outro la<strong>do</strong>, nesta década, ocorreram muitas discussões <strong>de</strong> temas importantes, entre osquais, os relaciona<strong>do</strong>s com o meio ambiente, como o uso <strong>do</strong> fogo, da água, <strong>do</strong> solo e <strong>de</strong> <strong>de</strong>fensivos,entran<strong>do</strong> em pauta: a discussão da queima da cana-<strong>de</strong>-açúcar, tradicionalmente usada para facilitar ocorte manual; as discussões e os testes <strong>de</strong> plantio mecaniza<strong>do</strong>s e <strong>de</strong> colhe<strong>do</strong>ras <strong>de</strong> cana crua; aretirada <strong>de</strong> circulação <strong>do</strong>s <strong>de</strong>fensivos clora<strong>do</strong>s; o maior rigor <strong>de</strong> controle da erosão no preparo <strong>do</strong> soloe <strong>do</strong> uso <strong>do</strong> plantio direto; maiores cuida<strong>do</strong>s na aplicação <strong>de</strong> vinhaça e <strong>do</strong> uso da água na irrigação.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201131


De certa forma, essas discussões resultaram em algumas mudanças interessantes, que estão sen<strong>do</strong>implementadas gradativamente no setor.A constatação <strong>de</strong> nova <strong>do</strong>ença <strong>de</strong>sconhecida na cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar – o amarelinho –e a <strong>de</strong>mora para <strong>de</strong>finir o agente causal <strong>de</strong>ssa <strong>do</strong>ença, que se manifestou <strong>de</strong> forma drástica sobre aSP71-6163, varieda<strong>de</strong> em gran<strong>de</strong> expansão nos canaviais comerciais, resultaram em muitas reuniõese discussões técnicas <strong>do</strong> setor para <strong>de</strong>finir as melhores estratégias <strong>de</strong> controle <strong>do</strong> mal, uma vez que,muitas usinas plantaram essa varieda<strong>de</strong> em gran<strong>de</strong>s áreas, e estavam em busca <strong>de</strong> soluções, diante<strong>de</strong>sse problema complexo, a fim <strong>de</strong> diminuir os prováveis prejuízos econômicos que ocorreriam.A liberação <strong>do</strong>s preços da cana, <strong>do</strong> açúcar e <strong>do</strong> álcool, a redução da <strong>de</strong>manda <strong>de</strong>sses produtosno merca<strong>do</strong>, e a a<strong>do</strong>ção da ATR (açúcar total recuperável) como unida<strong>de</strong> regula<strong>do</strong>ra entre os agentesprodutores <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar e os da agroindústria configuravam os momentos difíceis pelos quaispassava o setor.O complexo agroindustrial canavieiro ainda continuava passan<strong>do</strong> por uma grave crise econômicaprovocada pelo excesso <strong>de</strong> oferta, pelos gran<strong>de</strong>s estoques <strong>de</strong> produção, pela baixa <strong>de</strong>manda etambém pela pressão <strong>de</strong> nova legislação ambiental. Esse fato refletiu na redução <strong>de</strong> 4,5% da área <strong>de</strong>colheita <strong>de</strong> 1999/2000, (o que significa <strong>do</strong>ze milhões <strong>de</strong> toneladas), promoven<strong>do</strong> ainda a <strong>de</strong>volução<strong>de</strong> áreas arrendadas, a redução da renovação <strong>de</strong> canaviais velhos e a <strong>de</strong> tratos culturais, diminuin<strong>do</strong>a produtivida<strong>de</strong> <strong>do</strong> setor.BIBLIOGRAFIA CONSULTADA“A Carta da Terra Brasil”. Lançada pela comissão mundial sobre o meio ambiente e <strong>de</strong>senvolvimentodas Nações Unidas. In: CONFERÊNCIA MUNDIAL SOBRE O MEIO AMBIENTE, 2., 1992, Rio <strong>de</strong>Janeiro.Aguirre Júnior, J.M. <strong>de</strong>. Creação <strong>de</strong> novas varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> canna no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. Campinas:Instituto Agronômico, 1936. 64p. (Boletim Técnico, 34)______.Relatório anual da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba e da SCA/<strong>IAC</strong>, 1937.______.Relatório bi-anual da SCA/<strong>IAC</strong>, referentes aos anos 1938 e 1939.______.Relatório anual da SCA/<strong>IAC</strong>, referente ao ano <strong>de</strong> 1940.______.Relatório anual da SCA/<strong>IAC</strong>, referente ao ano <strong>de</strong> 1941.______.Relatório anual da SCA/<strong>IAC</strong>, referente ao ano <strong>de</strong> 1947.______.Relatório anual da SCA/<strong>IAC</strong>, referente ao ano <strong>de</strong> 1949.______.Programa <strong>de</strong> intensificação da multiplicação <strong>de</strong> mudas selecionadas <strong>de</strong> cana no InstitutoAgronômico/<strong>IAC</strong>, 1952.________; SEGALLA, A.L.; ALVAREZ, R. Comportamento <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong><strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. In: REUNIÃO LATINO-AMERICANA DE FITOGENETICISTAS EFITOPARASITOLOGISTAS, 2. 1952, São <strong>Paulo</strong>.32<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


ALVAREZ, R. Projeto: criação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s regionais <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar. SCA/<strong>IAC</strong>, 1986.________; R.; SEGALLA, A.L. A criação <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s e estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> florescimento <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcarpara o Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, 1957.ANÔNIMO. Relatório anual da SCA/<strong>IAC</strong>, referente ao ano <strong>de</strong> 1943.________. Relatório anual da SCA/<strong>IAC</strong>, referente ao ano <strong>de</strong> 1944.________. Cana-<strong>de</strong>-açúcar. Documento <strong>IAC</strong>, <strong>de</strong> 1948.______. Súmula <strong>do</strong>s trabalhos da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba (1935 a 1948), 1948.______. Relatório e história das ativida<strong>de</strong>s e realizações <strong>de</strong>senvolvidas com cana-<strong>de</strong>-açúcar noInstituto Agronômico até 1950.______. Estação Experimental <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> Piracicaba, histórico, realizações e trabalhos em andamento,1951.______. Copersucar. Cana-<strong>de</strong>-Açúcar e Álcool. A energia que vem <strong>do</strong> sol, 1989._____. Copersucar. Proálcool: Fundamentos e Perspectivas. 1989.Antunes Filho, H. Amparo às pesquisas canavieiras. In: CONGRESSO LATINO-AMERICANO DEALIMENTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO SOCIOECONÔMICO, 1969, São <strong>Paulo</strong>. 17p.ARRUDA, H. C. Relatório anual da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba, referente ao ano <strong>de</strong> 1941.______. Relatório anual da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba, referente ao ano <strong>de</strong> 1942.______. Relatório anual da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba, referente ao ano <strong>de</strong> 1943.______. Relatório anual da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba, referente ao ano <strong>de</strong> 1944.______. Súmula <strong>do</strong>s trabalhos da SCA, referente a (1935 a 1948), 1948.______. Cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar: Instruções Gerais. Revista da Agricultura, Piracicaba, v.26, p.349-355, 1951.______. Contribuição para o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> comportamento <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s da cana-<strong>de</strong>-açúcar paulistas.In: REUNIÃO LATINO-AMERICANA DE FITOGENETICISTAS, 1952, São <strong>Paulo</strong>.______. Balanço financeiro. Aplicação <strong>de</strong> verbas <strong>do</strong> convênio <strong>do</strong> governo <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>,Instituto <strong>do</strong> Açúcar e <strong>do</strong> Álcool (IAA) e Associação <strong>do</strong>s usineiros <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, 1954.______. Súmula <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> experimentação e pesquisa com cana-<strong>de</strong>-açúcar e <strong>de</strong> assistênciaà agroindústria açucareira realiza<strong>do</strong>s, em realização e planeja<strong>do</strong>s na Estação Experimental <strong>de</strong>Piracicaba, 1960. Piracicaba: <strong>IAC</strong>, 1960. 6p.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201133


______. Planos e súmulas <strong>de</strong> trabalhos experimentais e <strong>de</strong> assistência à agroindústria açucareira<strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>. E.E. <strong>de</strong> Piracicaba (1961-1962), 1962.______. Histórico e realizações da Estação Experimental <strong>de</strong> cana <strong>de</strong> Piracicaba. Comemoração <strong>do</strong>cinquentenário da Estação Experimental <strong>de</strong> Piracicaba, 1978.BOLLIGER, R. Extensão geográfica da cana-<strong>de</strong>-açúcar. In: RELATÓRIO anual da Estação Agronômica<strong>de</strong> Campinas. São <strong>Paulo</strong>: Secretaria da Agricultura, Indústria e Comércio <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>,1901.BREMER, G. A cytological investigation of some species hybrids within the genus Saccharum. Genética,p.273-326, 1923.Camargo, T. F. A. O mosaico. (Resposta a uma crítica <strong>do</strong> sr. José Vizioli. O Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> S. <strong>Paulo</strong>, São<strong>Paulo</strong>, 1926.Calmon, P. O açúcar, sua história e influência na civilização brasileira. Anuário Açucareiro, Rio <strong>de</strong>Janeiro, p 7-12, 1935.Cartas expedidas pela Seção <strong>de</strong> Introdução <strong>de</strong> Plantas <strong>de</strong> 1936 a 1970.Cartas expedidas pela E. Experimental <strong>de</strong> Piracicaba <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1945 a março <strong>de</strong> 1946.Cartas expedidas pela E. Experimental <strong>de</strong> Piracicaba <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1946 a março <strong>de</strong> 1947.Cartas expedidas pela Seção <strong>de</strong> Botânica Econômica <strong>de</strong> 1970 a 1984.CORRÊA, M.A. Sinopse histórica <strong>do</strong> açúcar em São <strong>Paulo</strong>. Anuário Açucareiro, Rio <strong>de</strong> Janeiro,p.153-163,1935.CORRÊA, P.M. Dicionário <strong>de</strong> plantas úteis <strong>do</strong> Brasil e das exóticas cultivadas. v.1. Rio <strong>de</strong> Janeiro:Imprensa Nacional, 1926.COSTA, C. Primeiras canas e primeiros açúcares no Brasil. Brasil Açucareiro, v.3, p.160–168, 1958.DAFERT, F.W; POTEL, H; BOLLIGER, R. Sobre cannas <strong>de</strong> assucar nacionais. In: RELATÓRIO daEstação Agronômica <strong>de</strong> Campinas. São <strong>Paulo</strong>: Companhia Industrial <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, 1893. p.220-227.______. Sobre as cannas <strong>de</strong> assucar nacionais em Campinas. In: RELATÓRIO anual <strong>do</strong> InstitutoAgronômico <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> em Campinas, 1894 e 1895. São <strong>Paulo</strong>: Companhia Industrial<strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong>, 1896. p.53-73.DEER, N. The i<strong>de</strong>ntity of the creola cane of the West Indies. Sugar Journal, v.30, p. 11-12, 1928.DANTAS, B. Contribuição para a história da gomose da cana-<strong>de</strong>-açúcar em Pernambuco e no Brasil.Boletim Técnico <strong>do</strong> Instituto Agronômico <strong>do</strong> Nor<strong>de</strong>ste, n. 11, p.3–17, 1960.34<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


DUTRA, G. R. P; Bolliger, R. Cultura da canna <strong>de</strong> assúcar. In: Boletim da Agricultura, v.5, n.1, p.3-39,1904.ESPIRONELO, A. Contribuição <strong>do</strong> Instituto Agronômico/<strong>IAC</strong> para a cultura da cana-<strong>de</strong>-açúcar:Implicações <strong>do</strong> Proálcool. In: SIMPÓSIO SOBRE ÁLCOOL, 1982, São <strong>Paulo</strong>. Anais... São <strong>Paulo</strong>:ACIESP, 1982. p.37-47.ESPIRONELO, A; ALVAREZ, R; OLIVEIRA, H. Aspectos da adubação da cana-<strong>de</strong>-açúcar em São<strong>Paulo</strong>. In: REUNIÃO DA SOCIEDADE BRASILEIRA PARA O PROGRESSO DA CIÊNCIA, 22., SIMPÓSIODE TECNOLOGIA, 1970, Salva<strong>do</strong>r.FIGUEIREDO, P. Breve história da cana-<strong>de</strong>-açúcar e o papel <strong>do</strong> Instituto Agronômico no seuestabelecimento no Brasil. In: Cana-<strong>de</strong>-Açúcar. 1.ed. Campinas, SP: Instituto Agronômico, 2008.Cap. 1, p.31-44.FIGUEIREDO, P.; MATSUOKA, S.; E.R. FIGUEIREDO JÚNIOR; PARADELA FILHO, O.; SILVA, W.M.;TOKESHI, H. Resistência <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar a Ustilago scitaminea Syd.: testes emcondições <strong>de</strong> campo. Biológico, n. 49, p.175-186, 1983.GERMECK, E.B. Seção <strong>de</strong> introdução <strong>de</strong> plantas – Plano <strong>de</strong> trabalho para 1959.______. Seção <strong>de</strong> Introdução <strong>de</strong> Plantas – Relatório anual <strong>de</strong> 1959.______. Seção <strong>de</strong> Introdução <strong>de</strong> Plantas – Relatório anual <strong>de</strong> 1960.______. Seção <strong>de</strong> Introdução <strong>de</strong> Plantas – Plano <strong>de</strong> trabalho para 1961.______. A importância da introdução <strong>de</strong> plantas nos trabalhos <strong>de</strong> melhoramento. Campinas: InstitutoAgronômico, 1992. (<strong>Documentos</strong> <strong>IAC</strong>, 28)GOULART, M.P. Legislação ambiental e queimada da cana. In: SEMANA DA CANA-DE-AÇÚCAR DEPIRACICABA, 2., 1997. Piracicaba. Anais... Piracicaba, 1997.JORGE, J.A; GERMECK, E. B; CAMARGO, A. P; BOOCK, O. J; CONAGIN, A. Memórias <strong>do</strong> InstitutoAgronômico. Campinas: Instituto Agronômico, 1993. 136p. (<strong>Documentos</strong> <strong>IAC</strong>, 32)LANDELL, M.G.A.; CAMPANA, M.P.; FIGUEIREDO, P.; ZIMBACK, L.; SILVA, M.A.; PRADO, H. Novasvarieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar. Campinas: Instituto Agronômico, 1967. 16p. (Boletim Técnico, 169)LANDELL, M.G.A.; VASCONCELLOS, A.C.M. Grupo Fitotécnico <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-açúcar – Atas dasReuniões. 1992 a 2004.LOPES, E.L. Aprimoramento da cooperação técnica científica internacional no Instituto Agronômico<strong>de</strong> Campinas. Experiências e <strong>de</strong>poimentos. Gestão da cooperação internacional. PNUD. Programadas Nações Unidas para o <strong>de</strong>senvolvimento, 1993.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201135


NUCCI, L.A. Seção <strong>de</strong> introduções <strong>de</strong> plantas <strong>do</strong> Instituto Agronômico: histórico, organização e trabalhos.In: REUNIÃO DE FITOSSANITARISTAS, 4., 1951, Rio <strong>de</strong> Janeiro. Anais... Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1951.p.27-31.O MUNDO agronômico. Revista Mensal <strong>de</strong> Agricultura, p.7, 1927.PLANALSUCAR. IAA. MIC. Relatório anual: 1972. Rio <strong>de</strong> Janeiro, 1972. 52 p.PROJETO genoma cana. Tecnologia <strong>de</strong> ponta vai sequenciar genes relaciona<strong>do</strong>s com o metabolismoda sacarose e com a resistência da planta. In: WORKSHOP INTERNACIONAL, São <strong>Paulo</strong>, 1999.(Notícias Fapesp 41)RODRIGUES FILHO, A.J. Contribuição ao estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> comportamento da Co 290 em São <strong>Paulo</strong>.Jornal <strong>de</strong> Agronomia, v.2, p.9-20, 1939.SAMPAIO, S.C. Relatório anual da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, referente ao ano <strong>de</strong> 1942.______. Relatório anual da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar, referente ao ano 1945.SECRETARIA da Agricultura e Abastecimento <strong>de</strong> São <strong>Paulo</strong> (SAA/SP). Subsídios à implantação daindústria produtora <strong>de</strong> álcool carburante. Comissão <strong>de</strong>signada pela Secretaria da Agricultura, outubro<strong>de</strong> 1975.______. Plano indicativo. Comissão <strong>de</strong> estu<strong>do</strong>s <strong>de</strong> subprodutos da cana-<strong>de</strong>-açúcar. Comissão <strong>de</strong>programação <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar da SAA, 1990.______. Documento. Resolução SAA/SMA-3. Normas técnicas sobre o “emprego <strong>do</strong> fogo” na colheitada cana-<strong>de</strong>-açúcar, 1991.SEGALLA, A.L. Súmula <strong>do</strong>s trabalhos da Seção <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar (SCA) no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1955 a1958.______. Varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar. Ensaios realiza<strong>do</strong>s no perío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1957 a 1959. Bragantia,v. 22, p.91 a 115, 1963.______. Varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar. In: 50 Anos da Estação Piracicaba (1928 a 1978). Planalsucar,p.19-34, 1978.______.; ALVAREZ, R.L. Ensaios <strong>de</strong> varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar. I. série <strong>de</strong> ensaios realiza<strong>do</strong>s noperío<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1951 a 1954. Bragantia, v.15, p.373-392, 1956.______.; ALVARES, R.; BRINHOLI, O; OLIVEIRA, H. Varieda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> cana-<strong>de</strong>-açúcar no Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>São <strong>Paulo</strong>. In: Reunião anual da socieda<strong>de</strong> brasileira <strong>de</strong> pesquisa científica (SBPC). Simpósio sobreo progresso na cultura e na tecnologia da cana-<strong>de</strong>-açúcar. Salva<strong>do</strong>r, BA, 1970.SEGUNDO FÓRUM NACIONAL SOBRE ÁLCOOL. Manifesto Sertãozinho, 1999. p.17-18.SILVA, C.M. Lei <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> cultivares. Biotecnologia ciência e <strong>de</strong>senvolvimento. 1997.36<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


STEVENSON, G.C. Genetics and Breeding of Sugar Cane. Lon<strong>do</strong>n: Longman Green, 1965. 232p.(Tropical Series)SZMRECSÁNYI, T; MOREIRA, E.P. O <strong>de</strong>senvolvimento da agroindústria canavieira <strong>do</strong> Brasil <strong>de</strong>s<strong>de</strong> aSegunda Guerra Mundial. Estu<strong>do</strong>s avança<strong>do</strong>s, São <strong>Paulo</strong>, v.5. p.1-18, 1991.VARGAS, G.A nova política <strong>do</strong> Brasil, 1938.VEIGA, R.F.A. Quarentenário <strong>de</strong> plantas no Instituto Agronômico. O Agronômico, Campinas, v.56,p.12-14, 2004.VIZIOLI, J. O mosaico e outras moléstias da cana-<strong>de</strong>-açúcar em São <strong>Paulo</strong>. Boletim da Agricultura,p.1-11, 1924.WAARCK, R.S; NEVES, M.F; MORAES, S. Proálcool: A necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> uma visão sistêmica diante<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s incertezas e oportunida<strong>de</strong>s. São <strong>Paulo</strong>: USP/Pensa, 1997. 28p.<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201137


Tabela 1. Relação das Varieda<strong>de</strong>s e Clones <strong>de</strong> Cana-<strong>de</strong>-Açúcar introduzidas no <strong>IAC</strong> (Instituto Agronômico <strong>de</strong> Campinas)Continua38<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Tabela 1. ContinuaçãoContinua<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201139


Tabela 1. ContinuaçãoContinua40<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Tabela 1. ContinuaçãoContinua<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201141


Tabela 1. ContinuaçãoContinua42<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Tabela 1. ContinuaçãoContinua<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201143


Tabela 1. ContinuaçãoContinua44<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Tabela 1. ContinuaçãoContinua<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201145


Tabela 1. ContinuaçãoContinua46<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 2011


Tabela 1. Conclusão<strong>Documentos</strong>, <strong>IAC</strong>, Campinas, <strong>103</strong>, 201147

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!