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Eco Animal Aula Vida em grupo 2013.pdf

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<strong>Vida</strong> <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> ??? Por que viv<strong>em</strong>os juntos?


Duas abordagens 1. Abordag<strong>em</strong> funcional: viver <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> só compensa se o bene9cio líquido <strong>em</strong> termos de ap=dão darwiniana for maior do que o custo 2. Abordag<strong>em</strong> colateral: vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> como consequência direta e não intencional de outro processo


a. Bene9cios da vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> -­‐ Redução da pressão de predação -­‐ Aumento da eficiência de forrageamento -­‐ Defesa mais efe=va de recursos limitados -­‐ Aumento do cuidado com a prole b. Custos da vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> -­‐ Aumento da compe=ção por recursos dentro do <strong>grupo</strong> -­‐ Aumento do risco de doenças contagiosas e infecção por parasitas -­‐ Aumento do risco de exploração do cuidado parental por co-­‐ específicos -­‐ Aumento do risco de infan=cídio c. Tamanho de <strong>grupo</strong> ó=mo <strong>Vida</strong> <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> 1. Abordag<strong>em</strong> funcional: viver <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> só compensa se o bene9cio líquido <strong>em</strong> termos de ap=dão darwiniana for maior do que o custo


Bene9cios: redução da pressão de predação Cobra (predador) – predará um dos sapos sentados na beira lago ?Qual é o melhor lugar para um sapo se sentar e minimizar seu risco? Cobra -­‐> probabilidade = de se mover <strong>em</strong> qualquer direção. Hamilton, W.D. 1971


Bene9cios: redução da pressão de predação Rebanho egoísta Estratégia do rebanho egoísta é boa para o <strong>grupo</strong>? ?Predação seleciona aformação de <strong>grupo</strong>s“rebanho egoísta”?Presas agrupadas: alvo mais tentador Defini=vamente não é bom para o <strong>grupo</strong> (estratégia egoísta) -­‐> aumentará predação total. Entretanto, indivíduos que se agrupam são menos predados do que os outros.


Bene9cios: redução da pressão de predação Rebanho egoísta Indivíduos expostos a um risco de predação iminente tentam se mover <strong>em</strong> direção ao centro do <strong>grupo</strong>, tornando o <strong>grupo</strong> mais compacto


Bene9cios: redução da pressão de predação Besouro d’água Grupos maiores são mais atra=vos para os predadores Famíla Gyrinidae Em <strong>grupo</strong>s maiores, a taxa de predação por indivíduo é menor


Bene9cios: redução da pressão de predação Efeito diluidor 5 predadores, cada um preda uma presa por dia 40 presas Em um <strong>grupo</strong> de 40, a chance de ser comido é 5/40 = 0,125 Em um <strong>grupo</strong> de 400, a chance de ser comido é 5/400 = 0,0125


Bene9cios: redução da pressão de predação Efeito diluidor Ef<strong>em</strong>erópteras: ninfas aquá=cas e adultos voadores. Efeito diluidor fará com que a seleção favoreça uma maior sincronia de <strong>em</strong>ergência. risco predação maior Isto é essencialmente o rebanho egoísta no t<strong>em</strong>po. risco predação menor (aves saciadas mais rapidamente) Sweeney & Vannote 1982


Bene9cios: redução da pressão de predação Efeito diluidor Gaivota marinha Postura de ovos e momento <strong>em</strong> que os filhotes ganham penas (mais vulneráveis) -­‐sincrônica. Proporção de filhotes predados é menor.


Bene9cios: redução da pressão de predação Detecção e vigilância Formação de <strong>grupo</strong>s – pode reduzir ataque/sucesso do predador através de maior vigilância. Accipter gen+lis Columba palumbus Gavião faminto solto a uma distância padrão de bandos de pombos selvagens (n variável) Kenward (1978)


Bene9cios: redução da pressão de predação Detecção e vigilância Kenward (1978)


Bene9cios: redução da pressão de predação Detecção e vigilância Grupos maiores de animais detectam predadores mais rapidamente que <strong>grupo</strong>s menores. Hipótese dos “muitos-­‐olhos” ou detecção cole=va – Lima (1990) Mais pares de olhos para perceber predadores que se aproximam e maior probabilidade de <strong>em</strong>issão de gritos de alarme. Ave originária da Arábia,Turdoides squamiceps, <strong>em</strong>ite aproximadamente 50% mais gritos de alarme por minuto ao avistar uma cobra quando está <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> do que quando sozinha (Ostreiher 2003).


Bene9cios: redução da pressão de predação Defesa <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> Boi almiscarado indivíduos se dispõ<strong>em</strong> <strong>em</strong> círculo para se proteger contra predadores, com a cria no centro Mobbing behaviour Suricatos atacam <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> predadores detectados, como cobras


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Redução do t<strong>em</strong>po de vigilância Blumstein et al. 2001


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Redução do t<strong>em</strong>po de vigilância A vigilância dentro de um <strong>grupo</strong> social é expressa pelo comportamento de sen=nela: um m<strong>em</strong>bro de um <strong>grupo</strong> coopera=vo vigia, enquanto o resto do <strong>grupo</strong> coleta <strong>em</strong> segurança. Suricata surica5a


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Redução do t<strong>em</strong>po de vigilância Tockus deckeni and T. flavirostris Calau Deserto de Taru Kênia Mangustos anões Helogale parvula Maior predador de mangustos e de calaus: aves de rapina Rasa 1983


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> Américas –Eciton sp Army ants Formigas correição África – Dorylus sp Pequenas formigas pod<strong>em</strong> capturar presas grandes forrageando juntas.


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong>: trilhas de odor Formiga faraó Monomorium pharaonis Número pequeno de formigas não deixa trilhas – feromônio constant<strong>em</strong>ente evaporando. Quanto mais formigas depositam feromônios nas trilhas, mais a trilha é b<strong>em</strong> sucedida <strong>em</strong> atrair outras formigas. Beekman, Sumpter & Ratnieks 2001


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Mamíferos carnívoros sociais pod<strong>em</strong> capturar presas que pesam entre 6 a 12 vezes o peso de um adulto. Carnívoros solitários =picamente caçam espécies de presas muito menores. Esse é um padrão comum <strong>em</strong> carnívoros de taxa não relacionados (lobos, cachorros selvagens, leões, hienas). Caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> Estudos compara=vos indicam que caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> é uma adaptação comportamental para caçar presas maiores, baseada na correlação posi=va entre vida social e tamanho de presa. Geralmente, fêmeas caçam juntas


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> Leoas n o horas observação Packer et al. 1990 Por que continuam caçando <strong>em</strong> <strong>grupo</strong>s?


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento a) Ao tolerar irmãs e fêmeas aparentadas: fêmea converte perda <strong>em</strong> ganho – pois os indivíduos que serão beneficiados par=lham genes com ela. b) Compe=ção por territórios permanentes: adquirir e defender territórios contra coalisões rivais. Se hipótese verdadeira: -­‐ <strong>em</strong> confrontos entre <strong>grupo</strong>s, vencerá o <strong>grupo</strong> maior. Packer e colaboradores (1990): 15 interações agressivas entre coalisões de tamanho conhecido – 13 foram vencidos pelo <strong>grupo</strong> maior. Caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> c) Infan=cídio pode ser outro fator para manutenção de coalisões de leoas: maior chance de proteger filhotes de machos que tent<strong>em</strong> dominar o bando e matar os filhotes


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Pod<strong>em</strong> exis=r bene9cios que nada têm a ver com vantagens <strong>em</strong> alimentação e que, na verdade, têm que compensar as desvantagens de curto prazo no consumo diário de alimento causado por viver com outros. Necessidade de se considerar hipóteses alterna=vas antes de se concluir que uma determinada caracterís=ca possui um valor adapta=vo par=cular.


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Creel & Creel (1995)apontaram que obenefício <strong>em</strong> termos decaça apreendida ésomente metade daquestão. Exist<strong>em</strong>também custos <strong>em</strong>termos de energiadispendida paraencontrar a presa,cercá-la, etc.Caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> Cães selvagens africanos Lycaon pictus Será que os caçadores <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> estão realmente maximizandoa diferença entre energia ganha e energia dispendida?


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Cães selvagens africanos Caça <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> Mediram custos <strong>em</strong> termos de distância percorrida durante a caçada. Calcularam: 1) carne adquirida/indivíduo/dia; 2) carne adquirida/indivíduo/dia menos o custo energé=co de caçada. Bandos de 3 a 20 indivíduos Creel & Creel 1995


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Centro de informação Ward & Zahavi 1973Áreas comunais permit<strong>em</strong> que os indivíduos obtenham informação sobre o ambiente de outras aves, principalmente sobre alimento. Águia-­‐pesqueira Pandion haliaetus Será que as águias observam seus companheiros de colônia para achar os peixes? Formam colônias de nidificação; predam principalmente peixes Green 1987


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento (B) Centro de informação Arenque branco A informação não é deliberadamente comunicada, e a águia b<strong>em</strong> sucedida provavelmente não recebe nenhum bene9cio (e talvez tenha até um custo) <strong>em</strong> informar os outros sobre a localização dos peixes. Green 1987


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Centro de informação Green 1987


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Centro de informação Mas não é isto o que acontece! = Hirundo rusGca (andorinha-­‐das-­‐chaminés) nidifica <strong>em</strong> agregações coloniais. Se exis=r a transmissão de informação sobre a localização do alimento por companheiros de ninho b<strong>em</strong> sucedidos, então forrageadores mal sucedidos dev<strong>em</strong> tentar seguir um vizinho b<strong>em</strong> sucedido. Hebblethwaite & Shields 1990


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Centro de informação Pr<strong>em</strong>issas da hipótese sobre o centro de informação: -­‐ Reconhecimento dos indivíduos que foram b<strong>em</strong> sucedidos na coleta de alimento. -­‐ Alimento deve ser abundante e a compe=ção durante o forrageamento não importante. As fontes de alimento dev<strong>em</strong> aparecer ao acaso na paisag<strong>em</strong>, senão os indivíduos poderiam desenvolver estratégias diferentes para encontrar alimento por si mesmos. -­‐ As fontes de alimento dev<strong>em</strong> durar o suficiente para permi=r que os indivíduos que a descobriram tenham a chance de retornar a elas pelo menos uma vez. Crí=cas à hipótese de Ward & Zahavi -­‐ resultados ob=dos poderiam ser explicados por mecanismos alterna=vos.


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Hipótese alterna=va – Richner & Heeb (1995, 1996) Centro de recrutamento Indivíduos que encontram alimento se beneficiam <strong>em</strong> retornar à area comunal para recrutar coespecíficos. A hipótese prediz que, quando indivíduos encontram alimento e retornam à colônia, comunicarão sua descoberta a coespecíficos para atraí-­‐los. Forrageamento cole=vo é favorecido pelos bene9cios da alimentação <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> e não pelos bene9cios de transferência de informação na área comunal. Diferença entre as duas: comunicação intencional


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Centro de recrutamento Gritos de alarme <strong>em</strong>i=dos por adulto a cerca de 10 m da colônia Repe=ção do alarme 2 ou 3 vezes Todos adultos deixam ninhos, indo na mesma direção do <strong>em</strong>issor Começam a se alimentar; 3 minutos depois retornam e alimentam filhotes Hirundo pyrrhonota Andorinhas de penhasco Até 3 mil pares Várias viagens até recurso acabar Stoddart (1988)


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento A intensidade do sinal de recrutamento pode variar <strong>em</strong> função do bene9cio potencial líquido para qu<strong>em</strong> achou o alimento, que é diretamente relacionado ao tamanho do <strong>grupo</strong>. Centro de recrutamento Passer domes+cus Elgar 1986


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Centro de recrutamento A proporção de pioneiros que <strong>em</strong>i=ram pelo menos uma vocalização foi maior quando os recursos eram divisíveis 3g 3g 12g A taxa média de vocalizações aumentou quando os recursos eram mais divisíveis Elgar 1986


Bene9cios: aumento da eficiência de forrageamento Playback Número de vezes <strong>em</strong> que pardais foram até o alimentador vazio Número de vezes <strong>em</strong> que nenhum pardal foi até o alimentador vazio Trinados pardais (52 trinados/min) Assobios humanos (52 assovios/min) Nenhum som 14 5 6 6 15 14 Vocalizações parec<strong>em</strong> exercer uma função de recrutamento -­‐ Pardais sofr<strong>em</strong> riscos de predação enquanto se alimentam. -­‐ Um indivíduo que encontra um recurso alimentar divisível pode se beneficiar <strong>em</strong> atrair coespecíficos. -­‐ Quando o recurso alimentar não for divisível, atrair coespecíficos pode aumentar a compe=ção direta com eles, talvez até correndo o risco de perder o alimento. Elgar 1986


Benedcios: defesa recursos limitados contra outros <strong>grupo</strong>s coespecíficos Recursos: alimento, parceiros sexuais, sí=os de reprodução, sí=os de nidificação Sociedade mul=nível: Haréns com um macho e até 10 fêmeas mais um macho jov<strong>em</strong> parente do líder. 2 ou 3 haréns formam um clã (machos parentes e hierarquia de dominância por idade). 2 ou 3 clãs – bando – viajar e dormir. Papio hamadryas Nordeste África e península arábica Onívoros; viv<strong>em</strong> <strong>em</strong> ambientes secos Vários bandos formam uma tropa. Bandos lutam entre si por alimento e machos defend<strong>em</strong> o bando.


Bene9cios: aumento do cuidado com a prole Aves <strong>em</strong> idade reprodu=va permanec<strong>em</strong> aos pares <strong>em</strong> territórios ao longo do ano todo. Gralha da Flórida Aphelocoma coerulencens Média=1,8 ajudantes por par N o filhotes vivos após 60 dias Experimento: s<strong>em</strong> ajudantes Controle: com ajudantes Mumme 1992


Bene9cios: aumento do cuidado com a prole Panthera leo Creches: proteção contra machos infan=cidas Cuidado parental estendido: filhotes são protegidos e alimentados com carne regurgitada Lycaon pictus


a. Bene9cios da vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> -­‐ Redução da pressão de predação -­‐ Aumento da eficiência de forrageamento -­‐ Defesa mais efe=va de recursos limitados -­‐ Aumento do cuidado com a prole b. Custos da vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> -­‐ Aumento da compe=ção por recursos dentro do <strong>grupo</strong> -­‐ Aumento do risco de doenças contagiosas e infecção por parasitas -­‐ Aumento do risco de exploração do cuidado parental por co-­‐ específicos -­‐ Aumento do risco de infan=cídio c. Tamanho de <strong>grupo</strong> ó=mo <strong>Vida</strong> <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> 1. Abordag<strong>em</strong> funcional: viver <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> só compensa se o bene9cio líquido <strong>em</strong> termos de ap=dão darwiniana for maior do que o custo


Custos: aumento da compe=ção por recursos Recursos: alimento, parceiros sexuais, sí=os de reprodução, sí=os de nidificação Pica-­‐pau da Califórnia Melanerpes formicivorus Grupos territoriais reprodu=vos: Até 15 indivíduos, 2 reprodutores de cada sexo e seus filhotes de um ano de idade. Geralmente, <strong>grupo</strong> formado por machos irmãos e fêmeas irmãs de famílias dis=ntas. Fêmea jogando fora ovo de outra fêmea do ninho comunal Koenig et al. 1984


Custos: aumento da compe=ção por recursos Recursos: alimento, parceiros sexuais, sí=os de reprodução, sí=os de nidificação Tordo zornal Turdus pilaris Alta mortalidade juvenil <strong>em</strong> grande parte devida à fome


Custos: aumento da compe=ção por recursos Recursos: alimento, parceiros sexuais, sí=os de reprodução, sí=os de nidificação


Custos: aumento do risco de infecção por parasitasParasitas: h<strong>em</strong>ípteras Hirundo pyrrhonota Andorinha de penhasco Brown & Brown 1986


Custos: aumento do risco de infecção por parasitasfilhotes com 10 dias de idade ° 1982 1983 Brown & Brown 1986


Custos: aumento risco exploração cuidado parental Tadarida brasiliensis mexicana Morcegos mexicanos – colônias com milhões de indivíduos Migra para cavernas no sudoeste da América do Norte Cada fêmea – um único filhote Quando retorna do forrageio, dirige-­‐se ao ponto onde viu o filhote pela úl=ma vez e é assediada por uma centena de filhotes famintos McCracken 1984


Custos: aumento risco exploração cuidado parental Mães alimentam filhotes indiscriminadamente? Análise eletroforé=ca de 2 =pos de enzimas: málica (ME) -­‐ 5 alelos superóxido dismutase (SOD)-­‐ 6 alelos fêmeas – cuidado indiscriminado: alelos das enzimas de fêmeas e filhotes – frequent<strong>em</strong>ente diferentes fêmeas – cuidado direcionado à sua prole: compar=lham mesmo alelo Fêmeas encontravam os próprios filhotes pelo menos 80% das vezes Embora maior parte das vezes a fêmea encontre seu filhote, erros são come=dos e fêmea pode alimentar outros filhotes que não sejam seus. McCracken 1984


Custos: aumento do risco de infan=cídio Presby+s entellus


Custos: aumento do risco de infan=cídio Machos infan=cidas não eram gene=camente relacionados às suas ví=mas. Em todos os casos, os atacantes eram os pais dos filhotes posteriores. Borries et al. 1999


a. Bene9cios da vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> -­‐ Redução da pressão de predação -­‐ Aumento da eficiência de forrageamento -­‐ Defesa mais efe=va de recursos limitados -­‐ Aumento do cuidado com a prole b. Custos da vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> -­‐ Aumento da compe=ção por recursos dentro do <strong>grupo</strong> -­‐ Aumento do risco de doenças contagiosas e infecção por parasitas -­‐ Aumento do risco de exploração do cuidado parental por co-­‐ específicos -­‐ Aumento do risco de infan=cídio c. Tamanho de <strong>grupo</strong> ó=mo <strong>Vida</strong> <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> 1. Abordag<strong>em</strong> funcional: viver <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> só compensa se o bene9cio líquido <strong>em</strong> termos de ap=dão darwiniana for maior do que o custo


Tamanho de <strong>grupo</strong> ó=mo Relação entre ap=dão darwiniana e tamanho de <strong>grupo</strong> Tamanho de <strong>grupo</strong> ó=mo – ponto onde a ap=dão individual é máxima Tamanho de <strong>grupo</strong> ó=mo deve ser o tamanho de <strong>grupo</strong> mais benéfico Custos e bene9cios associados ao tamanho de <strong>grupo</strong> limita o tamanho do <strong>grupo</strong> observado a um intervalo previsível.


Tamanho de <strong>grupo</strong> ó=mo Inverno – <strong>grupo</strong>s de 2 a 22 indivíduos (pico frequente – 11 indivíduos) Bene9cio: defesa contra predadores * Por que <strong>grupo</strong>s de 11 indivíduos? Grupos maiores: aumento compe=ção por alimento, evidenciada pelo deslocamento maior (*) desses <strong>grupo</strong>s a cada dia e perda de massa corpórea Grupos menores: deslocamento diário maior e taxa de sobrevivência menor : apesar de se alimentar<strong>em</strong> mais eficient<strong>em</strong>ente – menos vigilantes contra predadores Williams et al. 2003


Duas abordagens dishntas 1. Abordag<strong>em</strong> funcional: viver <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> só compensa se o bene9cio líquido <strong>em</strong> termos de ap=dão darwiniana for maior do que o custo 2. Abordag<strong>em</strong> colateral: vida <strong>em</strong> <strong>grupo</strong> como consequência direta e não intencional de outro processo


Abordag<strong>em</strong> colateralReformulação da questão sobre evolução de agrupamentos animais: Não é necessário entender os custos e beneMcios de viver <strong>em</strong> <strong>grupo</strong>, mas os processos que geram padrões de distribuição enviesadas dos indivíduos no espaço. Duas hipóteses principais: Habitat copying -­‐ consequência do processo de escolha de habitat. Par=cularmente a escolha de habitat para reprodução baseada <strong>em</strong> informações sociais inadver=das (ISI) fornecidas pelo des<strong>em</strong>penho reprodu=vo de coespecíficos usadas para acessar qualidade do habitat. Ex.: prospecção de informações -­‐ final estação reprodu=va-­‐ sucesso dos ninhos <strong>em</strong> relação à produção de filhotes <strong>em</strong>plumados Hidden leks – consequência do processo de escolha de parceiros por fêmeas.


Abordag<strong>em</strong> colateral‘Hidden leks' Seleção sexual: força motriz para a formação de <strong>grupo</strong>s


Abordag<strong>em</strong> colateral


Abordag<strong>em</strong> colateral‘Hidden leks' Seleção sexual: força motriz para a formação de <strong>grupo</strong>s


Abordag<strong>em</strong> colateralNão se pode entender a evolução de agrupamentos s<strong>em</strong> integrar os mecanismos de escolha de habitat e de parceiros. Ambos pod<strong>em</strong> gerar agrupamentos de territórios de acasalamento como sub-­‐produto. Seleção de ‘commodi=es’ Danchin & Wagner (1997) <strong>Vida</strong> <strong>em</strong> <strong>grupo</strong>: sub-­‐produto da seleção de ‘commodi=es’ (habitat para reprodução e parceiros) por muitos indivíduos.


Abordag<strong>em</strong> colateralComo na abordag<strong>em</strong> funcional – informação des<strong>em</strong>penha papel essencial Qualidade do ambiente Parceiros potenciais Figure 14.17 Relahonships between the various components of the commodity selechon framework for the evoluhon of aggregahon and group living Danchin et al. 2008

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