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Dissertacao Karine - Ppgenf.ufpr.br - Universidade Federal do Paraná

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73Nota-se que os usuários não conseguem vislum<strong>br</strong>arem-se comodependentes de cuida<strong>do</strong>, pois em seus discursos utilizam a primeira pessoa <strong>do</strong>singular “eu” faço tu<strong>do</strong> sozinha. Ressalta-se que os sujeitos <strong>do</strong> estu<strong>do</strong> são adultos eindependentes, o que pode propiciar maior autonomia e liberdade para cuidarem-sesem apoio.No entanto Faé (2006) afirma que os porta<strong>do</strong>res de hipertensão arterial quenão buscam apoio no tratamento da enfermidade apresentam maiores dificuldadespara realizar os cuida<strong>do</strong>s, visto que em seu estu<strong>do</strong> constatou que em relação aosuporte social, os aderentes ao tratamento procuravam colegas de igreja oufamiliares para ajudar na resolução <strong>do</strong>s problemas, enquanto os não aderentesrelataram não pertencer a nenhum grupo social e não procuravam ninguém no casode dificuldades.Bochi e Angelo (2008) complementam que indivíduos que percebem osuporte social como insatisfatório ou indisponível poderão sentir-se incapazes paramudar e manter comportamentos favoráveis à saúde cardiovascular tais como:praticar exercícios físicos, ter uma dieta adequada e deixar de fumar.Em um <strong>do</strong>s depoimentos observou-se que a entrevistada relata não contarcom apoio de ninguém, pois prefere resolver tu<strong>do</strong> sozinha:[...] tu<strong>do</strong> sozinha mesmo. Ajuda <strong>do</strong>s outros às vezes complica mais, se eutenho um problema às vezes só vai piorar meu problema, eu sou umapessoa que estou acostumada fazer tu<strong>do</strong> sozinha. Porque é aquele negócioàs vezes eu prefiro ir lá fora resolver o problema, <strong>do</strong> que dentro de casa.(U2)No relato de U2 é possível verificar que além de não procurar apoio, diz queprefere não contar com a ajuda da família, ressalta-se que durante a entrevista estarelatou que convive com a mãe e o cônjuge, no entanto não tem uma boa relaçãoem casa. Embora não cita<strong>do</strong> pelos usuários, a dificuldade na adesão e odesinteresse pelo tratamento aumentam quan<strong>do</strong> não há envolvimento da família nocuida<strong>do</strong> diário com o <strong>do</strong>ente e o relacionamento entre seus mem<strong>br</strong>os é conflituoso(COSTA; NOGUEIRA, 2008).Deste mo<strong>do</strong>, o engajamento entre os mem<strong>br</strong>os da rede social e osporta<strong>do</strong>res de <strong>do</strong>ença crônica é essencial para facilitar a adesão ao tratamento, umavez que para se atingir e manter os níveis pressóricos adequa<strong>do</strong>s, além daparticipação ativa <strong>do</strong> hipertenso, é preciso estímulo constante por parte das pessoas

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