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Dissertacao Karine - Ppgenf.ufpr.br - Universidade Federal do Paraná

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68De acor<strong>do</strong> com Ferreira e Garcia (2008), parentes e amigos são fontes deapoio importantes na adaptação à <strong>do</strong>ença crônica e, neste caso, possivelmentepoderiam participar de mo<strong>do</strong> mais efetivo na promoção da qualidade de vida <strong>do</strong>sporta<strong>do</strong>res de hipertensão arterial.4.1.4 O Cuida<strong>do</strong> sem ApoioA rede social que envolve o porta<strong>do</strong>r de hipertensão arterial tem a função deincentivar a a<strong>do</strong>ção de atitudes pessoais que influenciam positivamente no cuida<strong>do</strong>à saúde, como compartilhar informações, auxiliar em momentos de dificuldades ecuida<strong>do</strong>s com a enfermidade, incluin<strong>do</strong> a dieta, exercícios físicos, sono e adesão àterapia medicamentosa (COSTA; NOGUEIRA, 2008). Diversos estu<strong>do</strong>s confirmam acorrelação positiva entre a presença de apoio social e a saúde e o bem-estar daspessoas (RODRIGUES; SEIDL, 2008; CUNHA et al., 2006; NUNES, 2009; LEVER;MARTINEZ, 2007; SILVA et. al., 2003; LACERDA, 2002).No entanto, ressalta-se que nesta categoria os usuários por motivos diversosmencionam que o apoio social é inexistente ou pouco representativo em suas vidas,pois relatam dificuldades em obter colaboração no tratamento, preferem preservar avida <strong>do</strong>s familiares, não confiam nos cuida<strong>do</strong>s ofereci<strong>do</strong>s pela família edemonstram autonomia e independência no cuida<strong>do</strong> com a enfermidade.Algumas dificuldades, em relação à participação da rede social no cuida<strong>do</strong>com a hipertensão, foram mencionadas pelos participantes, pois estes relatamdificuldades de obter colaboração no acompanhamento da sua enfermidade crônica,bem como no apoio a outros problemas de saúde, como nota-se nos relatos aseguir:[...] eu toda a vida corri sozinha, eu me internava, eu ia na consulta, tu<strong>do</strong>sozinha, ia nos exames. Nunca tive ninguém para me dar um apoio [...] masapoio da família, eu nunca tive. (U7)[...] pessoas da família com ninguém próxima. Porque desde o momentoque eu fiz meu transplante de rim, ninguém foi no hospital me visitar, fiquei47 dias internada, eu recebi umas duas ou três visitas, inclusive a médicaaté perguntou se eu era daqui, porque nunca ninguém ia me visitar. Entãoeu conto comigo mesmo. Eu vou atrás <strong>do</strong> meu medicamento, eu fui atrás <strong>do</strong>meu tratamento. (U7)

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