49não dispõem de apoio da rede social para auxiliar no cuida<strong>do</strong> <strong>do</strong> familiar <strong>do</strong>entecrônico e com isso acabam assumin<strong>do</strong> os cuida<strong>do</strong>s sozinhos e comprometen<strong>do</strong> asua qualidade de vida. Pois, no caso de U20 a <strong>do</strong>ença da mãe restringiu a suamobilidade e reduziu a oportunidade de estabelecer contatos sociais levan<strong>do</strong> aoisolamento.No processo de cuidar <strong>do</strong> i<strong>do</strong>so, é imprescindível que o cuida<strong>do</strong>r nãocomprometa sua qualidade de vida, isolan<strong>do</strong>-se da sociedade e de sua família, vistoque a instauração de uma <strong>do</strong>ença afeta a rede, na medida em que reduz aoportunidade de contatos sociais e de reciprocidade (SANTOS; PELZER;RODRIGUES, 2007, SIQUEIRA; BETTS; DELL’AGLIO, 2006). Fato que é observa<strong>do</strong>no relato de U7 que se isolou da sociedade para dedicar-se aos cuida<strong>do</strong>s integraisde sua mãe. Isso porque as relações sociais têm por base a troca, em que se esperaque a atenção oferecida seja retribuída na mesma intensidade (ANDRADE;VAITSMAN, 2002).No entanto, a articulação <strong>do</strong> hipertenso com os mem<strong>br</strong>os de sua redeconsanguínea é facilitada e preservada quan<strong>do</strong> as pessoas residem próximas(SLUZKI,1997). Neste caso, o contato com os filhos e irmãos pode ser estabeleci<strong>do</strong>de maneira frequente e diária, pelo fato <strong>do</strong> hipertenso ter o familiar como vizinho oupor residirem no mesmo <strong>do</strong>micílio, conforme relatam U4, U15, U20:[...] essa minha irmã ela me escuta, ela é uma pessoa que é bem gostosoconversar com ela, tem várias irmãs aqui próximas e tem a minha mãe quemora aqui perto, por isso eu tenho mais contato, mais intimidade com essaminha irmã. (U4)[...] a gente está o tempo inteiro junto, embora eu moro sozinha, uma morana frente, a outra mora na rua de baixo (filhas) e essa que mora na rua debaixo vem to<strong>do</strong>s os dias, liga, vem me ver na minha casa. (U15)[...] a minha irmã, que somos nós duas, moramos juntas, ela é mais velha,então eu sempre recorro a ela. (U20)A proximidade com os mem<strong>br</strong>os familiares favorece o fornecimento de apoioaos sujeitos desse estu<strong>do</strong> como se observa nos relatos. Diante <strong>do</strong>s acha<strong>do</strong>s, éimportante ressaltar um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> com pessoas acometidas por enfermidadescardíacas, que demonstrou que o fato de ter os familiares próximos pode contribuirpara a melhora das condições de saúde <strong>do</strong>s pacientes, uma vez que tende a
50aumentar a adesão ao tratamento e melhorar os comportamentos promotores desaúde (RODRIGUES; SEIDL, 2008)Ressalta-se como já referi<strong>do</strong> anteriormente que a adesão ao tratamento dahipertensão arterial é facilitada com a disponibilidade de apoio familiar e social. Pois,sabe-se, que a presença de uma enfermidade crônica na família suscitamodificações nos hábitos diários <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res e desta forma provoca mudançasem to<strong>do</strong> contexto familiar ou em alguns de seus mem<strong>br</strong>os, deven<strong>do</strong> estes estaremincluí<strong>do</strong>s no tratamento e acompanhamento <strong>do</strong>s hipertensos (CONTIERO et al.,2009).4.1.2 As Relações Comunitárias <strong>do</strong> HipertensoPorta<strong>do</strong>r de HipertensãoArterialApoioEmocionalGuia CognitivoApoio MaterialAcesso a novoscontatosCompanhia SocialGrupos ReligiososUnidade de saúdeGrupo de hipertensosMédico – Enfermeiro - Agente ComunitárioRelaçõesComunitáriasO porta<strong>do</strong>r de hipertensão arterial necessita a<strong>do</strong>tar atitudes para modificaros hábitos de vida, como a realização de atividade física, o controle de peso, arestrição sódica, a suspensão <strong>do</strong> tabagismo, a redução da ingestão de álcool, além
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