41diferentes maneiras: fornecen<strong>do</strong> apoio material ou financeiro, executan<strong>do</strong> tarefas<strong>do</strong>mésticas, orientan<strong>do</strong>, prestan<strong>do</strong> informações e oferecen<strong>do</strong> suporte emocionale/ou espiritual (SOUZA et al., 2009).So<strong>br</strong>e as crenças religiosas, to<strong>do</strong>s os usuários relataram serem segui<strong>do</strong>resde uma religião sen<strong>do</strong> que 20 eram católicos e 11 evangélicos, a religiosidade é umacaracterística da comunidade estudada, pois a participação na igreja é referida comoimportante forma de apoio para esses usuários.Há que se enfatizar que a religião é considerada uma forma de conforto esuporte, pois pode proporcionar momentos de tranquilidade e bem-estar. Areligiosidade e a espiritualidade se configuram em estratégias de enfrentamento daenfermidade, modifican<strong>do</strong> a maneira pela qual o <strong>do</strong>ente e a comunidade percebem oproblema, promoven<strong>do</strong> alívio da <strong>do</strong>r e da aflição (SANTOS, PELSER, RODRIGUES,2007).4.1.1 A Família como suporte ao porta<strong>do</strong>r de Hipertensão ArterialPorta<strong>do</strong>r deHipertensãoArterial• Ajuda material / deserviços• Guia cognitivo eConselhos• Apoio Emocional• Companhia SocialCônjuges - Filhos – IrmãosFamiliares
42Nesta categoria evidenciou-se que os familiares constituem-se a principalfonte de apoio <strong>do</strong>s usuários. Dos integrantes da família que compõem a rede social<strong>do</strong>s hipertensos, destacam-se os cônjuges, filhos e irmãos que são referi<strong>do</strong>s como opromotores de apoio no âmbito emocional, material, guia cognitivo e companhiasocial.A família constitui o primeiro grupo de relações em que o indivíduo estáinseri<strong>do</strong>, para tanto se torna referência no mo<strong>do</strong> de agir e enfrentar as dificuldades.Esta é considerada a unidade primária de cuida<strong>do</strong> à saúde, pois, na maioria dasvezes, os familiares são as pessoas mais próximas <strong>do</strong> convívio <strong>do</strong>s pacientes(MARCON et al., 2005 ). A maioria <strong>do</strong>s usuários (28) afirmaram que recebem apoio<strong>do</strong>s familiares no tratamento da hipertensão, conforme ilustra o depoimento de E6:[...] a minha família sempre ajuda, cuida muito, está sempre preocupada,tem meu filho, ele está sempre preocupa<strong>do</strong>: mãe quer que eu vá nafarmácia? Mãe quer que eu compre o remédio?(U6)Os familiares representam a principal fonte apoio aos usuários,corroboran<strong>do</strong> com outros estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s com adultos porta<strong>do</strong>res de <strong>do</strong>ençascrônicas em que os mem<strong>br</strong>os da família são considera<strong>do</strong>s fundamentais para apromoção da saúde, exercen<strong>do</strong> função protetora frente às adversidades cotidianas(MORAES; DANTAS, 2007; LIMA; NORMAN; LIMA, 2005).Para Sluzki (1997, p.31), “quan<strong>do</strong> o circo pega fogo as relaçõesconsangüíneas são mais confiáveis que as outras”. Desse mo<strong>do</strong>, em situações de<strong>do</strong>enças que gera a perda <strong>do</strong> equilí<strong>br</strong>io, crises e momentos de desestruturação tantopara o paciente como aos seus familiares, a presença de mem<strong>br</strong>os da família noacompanhamento ao <strong>do</strong>ente pode ter impacto positivo so<strong>br</strong>e o estresse causa<strong>do</strong>pelas <strong>do</strong>enças (MESSA, 2010).Sluzki (1997) cita um exemplo dessa correlação em um estu<strong>do</strong> comparativoso<strong>br</strong>e o processo de recuperação de pacientes com infarto <strong>do</strong> miocárdio interna<strong>do</strong>sem hospitais. Os resulta<strong>do</strong>s demonstraram que aqueles que possuíam umacompanhamento <strong>do</strong>s familiares tiveram uma recuperação melhor e mais rápida secompara<strong>do</strong>s aos que estavam sozinhos. Urizzi e Correa (2007) reforçam que apresença da família junto ao <strong>do</strong>ente é capaz de lhe transmitir tranquilidade, força ecoragem, o que o faz sentir-se seguro e ampara<strong>do</strong> no convívio com a enfermidade.Em um estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> com porta<strong>do</strong>res de diabetes mellitus tipo 2, a maiorfonte de apoio referida é a própria família, proven<strong>do</strong> suporte <strong>do</strong> tipo emocional como
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