35atender os propósitos da pesquisa; auxiliar como roteiro na coleta de da<strong>do</strong>s e ajudara motivar o entrevista<strong>do</strong>. Esta técnica propicia captar aspectos específicos edetalha<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s entrevista<strong>do</strong>s (DYNIEWICZ, 2007).Para a efetivação das entrevistas, realizou-se uma reunião com os agentescomunitários de saúde (ACS) das três áreas de a<strong>br</strong>angência, para identificar elocalizar os sujeitos seleciona<strong>do</strong>s. Recorreu-se a ficha de cadastro da família (FichaA), ou a ficha de cadastro <strong>do</strong> HIPERDIA para maior detalhamento so<strong>br</strong>e os da<strong>do</strong>s deidentificação <strong>do</strong>s participantes. Em seguida, foram realizadas visitas <strong>do</strong>miciliares emcompanhia <strong>do</strong> agente comunitário de saúde responsável pelo acompanhamento <strong>do</strong>hipertenso seleciona<strong>do</strong>. Esta visita teve como propósito a efetivação da entrevista,no entanto, diante de algumas impossibilidades como: falta de tempo e localapropria<strong>do</strong>, esta era transferida para a unidade de saúde ou local de trabalho,conforme a disponibilidade <strong>do</strong>s participantes.Independente <strong>do</strong> ambiente onde foi efetivada a entrevista buscou-se manterlocal fecha<strong>do</strong>, com pouco barulho e sem a presença de outras pessoas. Para ossujeitos que trabalhavam, agen<strong>do</strong>u-se um horário especial, quan<strong>do</strong> não era possívelser realiza<strong>do</strong> no ambiente de trabalho. As perguntas <strong>do</strong> roteiro serviram para orientara entrevista sem excluir a possibilidade de o sujeito expor suas impressões esentimentos em relação ao tema aborda<strong>do</strong>.Esta técnica atendeu à necessidade deste estu<strong>do</strong> porque na pesquisaqualitativa a preocupação está na qualidade das informações e/ou na riqueza <strong>do</strong>conteú<strong>do</strong> <strong>do</strong> que se pretende investigar.O registro das entrevistas foi realiza<strong>do</strong> por meio de gravação digital,posteriormente realizou-se a transcrição <strong>do</strong>s depoimentos e durante a redação finalda dissertação, pequenas correções gramaticais provenientes das falas <strong>do</strong>sentrevista<strong>do</strong>s foram feitas, no entanto, sem prejudicar o senti<strong>do</strong> da informação dadapelos mesmos.3.5 PROCEDIMENTOS PARA ANÁLISE DOS DADOSPara análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s, utilizou-se o méto<strong>do</strong> de Análise de Conteú<strong>do</strong>proposta por Bardin (2009), que procura conhecer o que expressam as palavrasso<strong>br</strong>e as quais o pesquisa<strong>do</strong>r considera relevante ao seu estu<strong>do</strong>.
36A resposta obtida em relação ao tema é denominada unidade de contexto,que representa a parte mais ampla <strong>do</strong> conteú<strong>do</strong> a ser analisa<strong>do</strong>, ou seja, de posseda unidade de contexto, o pesquisa<strong>do</strong>r deverá selecionar as unidades de registrosque são frases ou palavras significativas em relação ao tema estuda<strong>do</strong>, tambémchamadas de unidades de significação. Enfim, o material principal da análise deconteú<strong>do</strong> são os significa<strong>do</strong>s (BARDIN, 2009).As fases de análises de conteú<strong>do</strong> organizam-se em três etapas: a préanálise;a exploração <strong>do</strong> material e o tratamento <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s que compreende ainferência e a interpretação (BARDIN, 2009).A pré-análise corresponde a um perío<strong>do</strong> de intuições, que consiste naescolha <strong>do</strong> material a ser submeti<strong>do</strong> para análise e tem por objetivo operacionalizare sistematizar as ideias iniciais, essa fase baseia-se em operações dedesmem<strong>br</strong>amento <strong>do</strong> texto em unidades. Desco<strong>br</strong>ir os diferentes núcleos de senti<strong>do</strong>que constituem a comunicação, e, posteriormente, realizar o seu reagrupamento emclasses ou categorias (BARDIN, 2009). Nesta fase, as entrevistas semiestruturadasjá haviam si<strong>do</strong> transcritas na íntegra, para facilitar a realização da análise elaborouseuma tabela composta de três colunas, na coluna da direita realizou-se atranscrição das entrevistas na íntegra, e após várias leituras foram destacadas asfrases ou palavras chaves, na coluna <strong>do</strong> meio efetivou-se o recorte das frases epalavras destacadas e na coluna da esquerda destacou-se o tema central queposteriormente daria origem as categorias.A segunda fase é a de exploração <strong>do</strong> material, considerada extensa, pois éessencial a operação de codificações, processo pelo qual da<strong>do</strong>s <strong>br</strong>utos sãotransforma<strong>do</strong>s sistematicamente e agrega<strong>do</strong>s em unidades, que permitem umadiscussão exata das características pertinentes ao conteú<strong>do</strong> (BARDIN, 2009). Nestaetapa efetuou-se o agrupamento das unidades de registros comuns, queanteriormente haviam si<strong>do</strong> sinalizadas no texto e em seguida realizou-se o recortepara posterior codificação.A partir <strong>do</strong> momento em que se decide codificar o material, deve-se produzirum sistema de categorias. Estas são classes que reúnem unidades de registro sobum título genérico, que são agrupadas em razão <strong>do</strong>s caracteres comuns dessasunidades (BARDIN, 2009). As categorias temáticas foram formadas basean<strong>do</strong>-se nacomposição de rede social e classificação de apoio social proposta por Sluzki(1997).
- Page 1 and 2: UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁSETO
- Page 3: Maciel, Karine FontanaRede de apoio
- Page 6 and 7: AGRADECIMENTOSAo programa de pós-g
- Page 8 and 9: MACIEL, K. F. REDE DE APOIO SOCIAL
- Page 10 and 11: LISTA DE SIGLASACS - Agentes Comuni
- Page 12 and 13: 111 INTRODUÇÃOA hipertensão arte
- Page 14 and 15: 13tratamento, mantendo os laços so
- Page 16 and 17: 15hipertensão arterial suscita cui
- Page 18 and 19: 17Estudos realizados com portadores
- Page 20 and 21: 19Para Sluzki (1997), a rede social
- Page 22 and 23: 21recebe, como também para quem of
- Page 24 and 25: 23envolvimento entre as pessoas; fr
- Page 26 and 27: 25No atendimento à saúde, torna-s
- Page 28 and 29: 27doença primária, sua origem pro
- Page 30 and 31: 29prevenção primária e a detecç
- Page 32 and 33: 313 METODOLOGIA3.1 CARACTERIZAÇÃO
- Page 34 and 35: 33mais de um ano, aceitar participa
- Page 38 and 39: 37A categorização tem como objeti
- Page 40 and 41: 39da hipertensão arterial ocorre e
- Page 42 and 43: 41diferentes maneiras: fornecendo a
- Page 44 and 45: 43o afeto, a aceitação e o compro
- Page 46 and 47: 45O apoio emocional é considerado
- Page 48 and 49: 47Por ter curso prolongado, a enfer
- Page 50 and 51: 49não dispõem de apoio da rede so
- Page 52 and 53: 51de seguir o tratamento farmacoló
- Page 54 and 55: 53prevenção da progressão da doe
- Page 56 and 57: 55converso com ela, ela vê para mi
- Page 58 and 59: 57estar, reduzindo o sentimento de
- Page 60 and 61: 59entre seus membros desde o diagn
- Page 62 and 63: 61Eu busco força em Deus. (U1)Cada
- Page 64 and 65: 63Os usuários deste estudo conside
- Page 66 and 67: 65Eu tenho duas pessoinhas que semp
- Page 68 and 69: 67sociais. Pela proximidade de aces
- Page 70 and 71: 69só eu mesmo […] o cuidado que
- Page 72 and 73: 71que não contam com o apoio de se
- Page 74 and 75: 73Nota-se que os usuários não con
- Page 76 and 77: 755 CONSIDERAÇÕES FINAISA constru
- Page 78 and 79: 77Esta investigação objetivou a c
- Page 80 and 81: 79BARROSO, L. M. et al. Evaluación
- Page 82 and 83: 81CADE, N.V. A teoria do déficit d
- Page 84 and 85: 83FRANCIONI, F. F.; SILVA, D. M. G.
- Page 86 and 87:
85LOPES, M. C. L. et al. O autocuid
- Page 88 and 89:
87MOREIRA, M.; SARRIERA, J. Satisfa
- Page 90 and 91:
89RIBEIRO, K. S. Q. S. Redes sociai
- Page 92 and 93:
91SOUZA, S. S. et al. Redes sociais
- Page 94 and 95:
93Apêndice A - Roteiro de Entrevis
- Page 96 and 97:
95Apêndice B - TERMO DE CONSENTIME
- Page 98:
ANEXO A - MAPA MUNICIPIO DE COLOMBO