Dissertacao Karine - Ppgenf.ufpr.br - Universidade Federal do Paraná
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29prevenção primária e a detecção precoce são as formas mais efetivas de evitar asdoenças e devem ser metas prioritárias dos profissionais de saúde (SBC, 2010).A prevenção primária da hipertensão tem como objetivo a redução oumodificação dos fatores de risco para doença hipertensiva através daimplementação de políticas apropriadas e programas educativos que busquem evitarou retardar o desenvolvimento da doença. Desta forma, visa garantir umatendimento de forma integral ao hipertenso de modo a atender as suasnecessidades de saúde, visando o controle da PA (BORGES; SANTOS, 2004).Para fazer frente a esse agravo e implementar a atenção de forma integral apartir da atenção básica, o Ministério da Saúde implantou em 2001, o Plano deReorganização da Atenção à Hipertensão Arterial (BRASIL, 2006a). O objetivo destefoi o estabelecimento de diretrizes e metas para a reorganização da atenção àhipertensão arterial no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da atualização dosprofissionais da rede básica, garantia do diagnóstico e a vinculação do paciente àsunidades de saúde para tratamento e acompanhamento, promovendo, assim, areestruturação e ampliação de um atendimento resolutivo e de qualidade para osportadores dessa patologia na rede pública de serviços de saúde (BRASIL, 2006a).A priorização do cuidado a esse segmento populacional é orientada pelaNorma Operacional da Assistência à Saúde/SUS (NOAS-SUS 01/2001), queestabelece como responsabilidade dos municípios, as ações estratégicas em áreasprioritárias de saúde, entre elas, o controle da hipertensão arterial (BRASIL, 2001).No Brasil, o Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensose Diabéticos (HIPERDIA), foi criado em 2002 pelo Ministério da Saúde, como partedo plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes melitus(BRASIL, 2001). O HIPERDIA é um sistema de informação em saúde que tem comoobjetivos principais permitir o monitoramento dos pacientes atendidos e cadastradosna rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS) e, desta forma, gerarinformações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos, e fornecersubsídios para o planejamento da atenção à saúde dos diabéticos e hipertensos(JARDIM; LEAL, 2009).O acompanhamento e monitoramento dos portadores de hipertensão arterialcontam com a participação da Estratégia Saúde da Família (ESF), cuja proposta visaa promoção da saúde e integralidade da assistência ao usuário. Atua com umaequipe multiprofissional composta por médico generalista, enfermeiro, auxiliar de
30enfermagem e agente comunitário de saúde, cujo processo de trabalho pressupõeações intersetoriais que envolvem família e comunidade, e considera a diversidaderacial, cultural, religiosa e os fatores sociais envolvidos. Dentre as prioridades deatendimento das equipes da ESF, destacam-se os portadores de hipertensão arterial(BRASIL, 2006a; BESEN et al., 2007).O Ministério da Saúde preconiza uma equipe mínima para a atuação naEstratégia Saúde da Família, todavia a inserção de outros profissionais,especialmente nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos, cirurgiões dentistas,professores de educação física é vista de forma positiva, não só para o atendimentodos hipertensos, mas também para aqueles com outras patologias crônicas como odiabetes (BRASIL, 2006a). A abordagem da hipertensão por uma equipeinterdisciplinar contribui para oferecer ao paciente e/ou à comunidade uma visãoampla do problema, dando-lhe motivação para adotar mudanças nos hábitos de vidae adesão ao tratamento.Dentre as ações mínimas de responsabilidade da equipe de ESF noatendimento aos portadores de hipertensão arterial destaca-se, realizar diagnósticoprecoce de casos, cadastramento e acompanhamento de portadores, realização devisitas domiciliares, busca ativa de faltosos ao programa e efetivação de atividadeseducativas de promoção da saúde, individual e/ou em grupos. Diante destaproposta, a atenção ao portador de hipertensão arterial é centrada na promoção daqualidade de vida e intervenção nos fatores de risco (BRASIL, 2001).A ESF procura realizar a detecção precoce de portadores de hipertensãoarterial e os acompanhamentos periódicos para evitar o surgimento decomplicações, assim como desenvolve ações para outras doenças crônicas. Com oacesso dos profissionais de saúde às famílias dos hipertensos, bem como aocontexto onde este está inserido, amplia-se a possibilidade de realizar ações deprevenção que abarquem além dos doentes crônicos, também a sua rede de relaçãosocial, fato que pode contribuir para que os integrantes da rede se envolvam notratamento e auxiliem na adoção de hábitos de vida saudáveis e adesão aotratamento (SBC, 2010).
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29prevenção primária e a detecção precoce são as formas mais efetivas de evitar as<strong>do</strong>enças e devem ser metas prioritárias <strong>do</strong>s profissionais de saúde (SBC, 2010).A prevenção primária da hipertensão tem como objetivo a redução oumodificação <strong>do</strong>s fatores de risco para <strong>do</strong>ença hipertensiva através daimplementação de políticas apropriadas e programas educativos que busquem evitarou retardar o desenvolvimento da <strong>do</strong>ença. Desta forma, visa garantir umatendimento de forma integral ao hipertenso de mo<strong>do</strong> a atender as suasnecessidades de saúde, visan<strong>do</strong> o controle da PA (BORGES; SANTOS, 2004).Para fazer frente a esse agravo e implementar a atenção de forma integral apartir da atenção básica, o Ministério da Saúde implantou em 2001, o Plano deReorganização da Atenção à Hipertensão Arterial (BRASIL, 2006a). O objetivo destefoi o estabelecimento de diretrizes e metas para a reorganização da atenção àhipertensão arterial no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da atualização <strong>do</strong>sprofissionais da rede básica, garantia <strong>do</strong> diagnóstico e a vinculação <strong>do</strong> paciente àsunidades de saúde para tratamento e acompanhamento, promoven<strong>do</strong>, assim, areestruturação e ampliação de um atendimento resolutivo e de qualidade para osporta<strong>do</strong>res dessa patologia na rede pública de serviços de saúde (BRASIL, 2006a).A priorização <strong>do</strong> cuida<strong>do</strong> a esse segmento populacional é orientada pelaNorma Operacional da Assistência à Saúde/SUS (NOAS-SUS 01/2001), queestabelece como responsabilidade <strong>do</strong>s municípios, as ações estratégicas em áreasprioritárias de saúde, entre elas, o controle da hipertensão arterial (BRASIL, 2001).No Brasil, o Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensose Diabéticos (HIPERDIA), foi cria<strong>do</strong> em 2002 pelo Ministério da Saúde, como parte<strong>do</strong> plano de reorganização da atenção à hipertensão arterial e ao diabetes melitus(BRASIL, 2001). O HIPERDIA é um sistema de informação em saúde que tem comoobjetivos principais permitir o monitoramento <strong>do</strong>s pacientes atendi<strong>do</strong>s e cadastra<strong>do</strong>sna rede ambulatorial <strong>do</strong> Sistema Único de Saúde (SUS) e, desta forma, gerarinformações para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos, e fornecersubsídios para o planejamento da atenção à saúde <strong>do</strong>s diabéticos e hipertensos(JARDIM; LEAL, 2009).O acompanhamento e monitoramento <strong>do</strong>s porta<strong>do</strong>res de hipertensão arterialcontam com a participação da Estratégia Saúde da Família (ESF), cuja proposta visaa promoção da saúde e integralidade da assistência ao usuário. Atua com umaequipe multiprofissional composta por médico generalista, enfermeiro, auxiliar de