Dissertacao Karine - Ppgenf.ufpr.br - Universidade Federal do Paraná
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21recebe, como também para quem oferece o apoio, permitindo que ambostenham mais sentido de controle sobre suas vidas. Desse processo seapreende que as pessoas necessitam uma das outras. (Valla, 1999, p.10).Para tanto, o apoio social refere-se ao nível em que as relaçõesinterpessoais atendem a determinadas necessidades ou funções (LEVER;MARTINEZ, 2007; SLUZKI, 1997). E pode estar relacionado aos aspectos positivosque permeiam as relações sociais, através do compartilhamento informações, doauxílio em momentos de crise e da assistência às pessoas na adaptação dedeterminadas situações como estresse, ajustamento social, enfermidades(ANDRADE et al., 2005; SIQUEIRA; BETTS; DELL AGLIO, 2006; ANTUNES;FONTAINE, 2005).A literatura distingue diferentes funções e formas de apoio social, existindouma grande variabilidade nas propostas dos investigadores. Diante disso, adotou-sea classificação sugerida por Sluzki (1997) e complementou-se com as consideraçõesde outros autores, assim, o apoio social classifica-se como apoio emocional,companhia social, guia cognitivo e conselho, apoio instrumental e acesso a novoscontatos.O apoio emocional é concebido pela confiança em compartilhar sentimentose problemas, que faz com que o sujeito sinta-se protegido; é característico dasamizades íntimas, com baixos níveis de ambivalência. Refere-se a um processo deajuda que gera atitude emocional positiva e reforça a estima e a confiança dossujeitos, por se sentirem acolhidos, cuidados, valorizados e respeitados pelos outros(SLUZKI, 1997; ANDRADE, 2005). Pesce et al. (2004) acrescenta que o apoioemocional é fornecido através da demonstração de afeto e amor, como dar umabraço; esta forma de apoio é fundamental para transmitir qualidade às relaçõessociais e contribuir para a manutenção dos vínculos.O apoio social pode servir como função de companhia social tambémreferido como apoio de interação positiva que é comum na realização de atividadesem conjunto, como se divertir, fazer atividades agradáveis e distrair-se com alguém.Esse tipo de apoio é muito encontrado nas amizades íntimas, relações familiarespróximas, grupos religiosos, de autoajuda, e nas relações entre profissionais desaúde e pacientes (SLUZKI, 1997; PESCE et. al. 2004).Outra forma de apoio é o guia cognitivo e conselho, cuja função écompartilhar informações pessoais e sociais, esclarecer dúvidas, bem como fornecerconselhos e orientações que podem ajudar os sujeitos a solucionarem os problemas
22e adquirirem maior conhecimento sobre os cuidados em saúde (SLUZKI, 1997).Também é importante em situações de estresse para resolver conflitos e tomardecisões (LACERDA, 2002).A função de regulação ou controle social propõe modos de condutasadequadas, estabelece acordos e normas de convivência e reafirma asresponsabilidades de papéis dos membros da rede (SLUZKI, 1997).O apoio instrumental, definido como ajuda material ou de serviços,compreende diversas atividades, como a ajuda física, o auxílio nos trabalhosdomésticos e a realização de algumas tarefas para os indivíduos que estãofisicamente incapacitados, até auxílio financeiro ou material propriamente dito(LACERDA, 2002; SLUZKI, 1997).O acesso a novos contatos permite conexões com pessoas e redes que atéentão não faziam parte do convívio social do indivíduo, família, grupo e comunidade.As relações que se estabelecem com membros de outras redes sociais é umapossibilidade de formar novas conexões e ampliar a rede de relacionamentos(SLUZKI, 1997).As diversas formas de apoio social compreendem um processo mútuo, quegeram efeitos positivos tanto para o sujeito que recebe como também para quemoferece, de modo a permitir que exista um processo de troca e interação entre osmembros (VALLA, 1999). Todas as relações que o indivíduo estabelece com asoutras pessoas, advindas dos diversos microssistemas nos quais está inserido,como família, amigos, escola, abrigo, entre outros, podem assumir o papel defornecer apoio (SIQUEIRA; BETTS; DELL AGLIO, 2006).Assim, a prática do apoio social deve ser permeada por momentos de afeto,união, afinidade, empatia, diálogo, escuta, contato físico, calor humano, informaçãoe respeito às diferenças. Todas essas relações são responsáveis pela formação dovínculo entre os integrantes da rede, que pode contribuir para manutenção do bemestarindividual e coletivo, minimizar situações estressantes e, por conseguinte,melhorar a saúde e a qualidade de vida (PEREIRA, 2007).Desta forma, cada vínculo é classificado em termos de seus atributos, ouseja, suas características; estas são definidas por Sluzki (1997) como: funçãopredominante, principal papel desempenhado pela rede; multidimensionalidade,refere-se às diferentes funções de apoio que são desempenhadas pela rede;reciprocidade, trata-se das trocas de apoio da rede; intensidade, o grau de
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22e adquirirem maior conhecimento so<strong>br</strong>e os cuida<strong>do</strong>s em saúde (SLUZKI, 1997).Também é importante em situações de estresse para resolver conflitos e tomardecisões (LACERDA, 2002).A função de regulação ou controle social propõe mo<strong>do</strong>s de condutasadequadas, estabelece acor<strong>do</strong>s e normas de convivência e reafirma asresponsabilidades de papéis <strong>do</strong>s mem<strong>br</strong>os da rede (SLUZKI, 1997).O apoio instrumental, defini<strong>do</strong> como ajuda material ou de serviços,compreende diversas atividades, como a ajuda física, o auxílio nos trabalhos<strong>do</strong>mésticos e a realização de algumas tarefas para os indivíduos que estãofisicamente incapacita<strong>do</strong>s, até auxílio financeiro ou material propriamente dito(LACERDA, 2002; SLUZKI, 1997).O acesso a novos contatos permite conexões com pessoas e redes que atéentão não faziam parte <strong>do</strong> convívio social <strong>do</strong> indivíduo, família, grupo e comunidade.As relações que se estabelecem com mem<strong>br</strong>os de outras redes sociais é umapossibilidade de formar novas conexões e ampliar a rede de relacionamentos(SLUZKI, 1997).As diversas formas de apoio social compreendem um processo mútuo, quegeram efeitos positivos tanto para o sujeito que recebe como também para quemoferece, de mo<strong>do</strong> a permitir que exista um processo de troca e interação entre osmem<strong>br</strong>os (VALLA, 1999). Todas as relações que o indivíduo estabelece com asoutras pessoas, advindas <strong>do</strong>s diversos microssistemas nos quais está inseri<strong>do</strong>,como família, amigos, escola, a<strong>br</strong>igo, entre outros, podem assumir o papel defornecer apoio (SIQUEIRA; BETTS; DELL AGLIO, 2006).Assim, a prática <strong>do</strong> apoio social deve ser permeada por momentos de afeto,união, afinidade, empatia, diálogo, escuta, contato físico, calor humano, informaçãoe respeito às diferenças. Todas essas relações são responsáveis pela formação <strong>do</strong>vínculo entre os integrantes da rede, que pode contribuir para manutenção <strong>do</strong> bemestarindividual e coletivo, minimizar situações estressantes e, por conseguinte,melhorar a saúde e a qualidade de vida (PEREIRA, 2007).Desta forma, cada vínculo é classifica<strong>do</strong> em termos de seus atributos, ouseja, suas características; estas são definidas por Sluzki (1997) como: funçãopre<strong>do</strong>minante, principal papel desempenha<strong>do</strong> pela rede; multidimensionalidade,refere-se às diferentes funções de apoio que são desempenhadas pela rede;reciprocidade, trata-se das trocas de apoio da rede; intensidade, o grau de