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A Reescrita e os Caminhos da Construção do Sujeito - Centro de ...

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as melhores: aplicar-se n<strong>os</strong> estud<strong>os</strong>, ter comportamento exemplar, terassidui<strong>da</strong><strong>de</strong>, ser sociável..., tu<strong>do</strong> bem ao g<strong>os</strong>to <strong>do</strong> figurino institucional escolar.).O tema podia ser qualquer um que servisse <strong>de</strong> pretexto para "um diagnóstico":"Como vêm escreven<strong>do</strong> essas crianças?".Não é meu propósito aqui discutir o uso <strong>de</strong> uma avaliação diagnóstica comoinstrumento nortea<strong>do</strong>r <strong>do</strong> planejamento escolar. Entretanto, não é p<strong>os</strong>sível <strong>de</strong>ixar<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>rar que, se o propósito era avaliarem que medi<strong>da</strong> as criançasproduziam text<strong>os</strong> coerentes e coes<strong>os</strong>, o tema é uma armadilha. "O que espero<strong>de</strong>... qualquer coisa" sugere uma lista "cheia <strong>da</strong>s melhores intenções". Éexatamente o que Tatiana faz: retoman<strong>do</strong> o título <strong>da</strong> prop<strong>os</strong>ta como a uma"pergunta", apresenta a "resp<strong>os</strong>ta completa" - "Eu espero que eu vou..." e segueacrescentan<strong>do</strong> <strong>os</strong> itens <strong>da</strong> lista.O que Tatiana <strong>de</strong>veria ter feito? Ter entendi<strong>do</strong> que a pergunta não era umapergunta; que ninguém estava interessa<strong>do</strong> em suas experiências pessoais, emsuas expectativas; que era para fazer uma re<strong>da</strong>ção como fizeram alguns <strong>de</strong> seuscolegas.Observan<strong>do</strong>-se as passagens assinala<strong>da</strong>s e <strong>os</strong> comentári<strong>os</strong> feit<strong>os</strong> pelaprofessora, verifica-se:a) à esquer<strong>da</strong>, um "C" e uma linha vertical paralela ao texto;b) no próprio texto, marca<strong>da</strong>s com um traço, as formas incorretas no emprego <strong>do</strong>presente <strong>do</strong> subjuntivo;c) após o texto, um comentário recriminan<strong>do</strong> o fato <strong>de</strong> as orações construírem-sepor paralelismo sintático;d) em segui<strong>da</strong>, a transcrição <strong>da</strong>s formas incorretas <strong>do</strong> presente <strong>do</strong> subjuntivo jáassinala<strong>da</strong>s, apenas corrigin<strong>do</strong> a ortografia <strong>de</strong> "fasso"/faço e registran<strong>do</strong> aola<strong>do</strong> a "correção".O que representa o "C"? Certo? Visto? Não é conceito. As escolas municipais emSão Paulo não a<strong>do</strong>tam esse sistema. A linha estaria em relação com o "C" oucom o comentário sobre o início idêntico <strong>da</strong>s orações?O que Tatiana sabe e não sabe sobre as formas <strong>do</strong> presente <strong>do</strong> subjuntivo? Elasabe conjugá-lo: há sete ocorrências no texto <strong>da</strong>s quais quatro ela empregacorretamente (passe, comporte, chame, apren<strong>da</strong>); <strong>da</strong>s três que Tatiana "erra",duas são formas <strong>de</strong> verb<strong>os</strong> irregulares (ir e fazer). Parece-me muito razoável queTatiana <strong>de</strong>sconheça as formas irregulares, já que o esforço <strong>da</strong> criança aoconstruir a gramática <strong>de</strong> sua língua é o <strong>de</strong> buscar suas regulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s. É por issoque Tatiana está na escola: "para apren<strong>de</strong>r coisas novas".84

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